A
série original Cursed é uma das principais apostas da Netflix para este ano, em
que o próprio trailer criou expetativas para os admiradores das lendas do Rei
Arthur e onde estreou recentemente nesta plataforma. Sendo constituída por 10
episódios, esta é baseada num romance escrito por Tom Wheeler e com a
ilustração de Frank Miller, nos quais também têm o papel de produtores
executivos e criadores da mesma.
Nimue
(Katherine Langford) é uma jovem que vive numa aldeia, mas que não é bem aceite
pelos outros, devido aos poderes que tem e por não ter a capacidade de os
conseguir controlar. Um dia, a sua aldeia é atacada pelos Paladinos Vermelhos e
a sua mãe dá-lhe uma missão muito importante que é entregar uma espada poderosa
ao feiticeiro Merlin (Gustaf Skarsgård).
Durante a sua jornada, Nimue vai passar por vários obstáculos e conhecer os
aliados que serão fundamentais para que consiga proteger o seu povo da extinção,
mas não será um caminho nada fácil de percorrer, principalmente quando cruza-se
com um humano jovem chamado Arthur (Devon Terrell).
O
elenco é constituído por Katherine Langford (Nimue), Devon Terrell (Arthur), Gustaf Skarsgård
(Merlin), Daniel Sharman (The Weeping Monk), Sebastian Armesto (Uther
Pendragon), Lily Newmark (Pym), Shalom Brune-Franklin (Sister Igraine), Bella
Dayne (Red Spear), Matt Stokoe (Gawain), Peter Mullan (Father Carden), Emily
Coates (Sister Iris), Polly Walker (Lady Lunete), Billy Jenkins (Squirrel),
Adaku Ononogbo (Kaze), Catherine Walker (Lenore), Jóhannes Haukur Jóhannesson
(Cumber – The Ice King), Sofia Oxenham (Eydis), Clive Russell (Wroth the Tusk
Commander), Sophie Harkness (Sister Celia), Zoe Waites (The Widow), Andrew
Whipp (Jonah), Nickolaj Dencker Schmidt (Dof) e Peter Guinness (Sir Ector).
Esta
é uma série que não aborda as lendas do Rei Arthur da forma que estaríamos à
espera, pois neste caso é contada, segundo a perspetiva de Nimue, que está
destinada a tornar-se na mítica Lady of the Lake (Senhora do Lago em português).
Esta apresenta um lado bem diferente daquilo que já lemos e vimos, seja na
apresentação das respetivas personagens icónicas da história, que têm um
passado diferente do original.
Esta
é uma história mais dirigida para um público mais juvenil, dando para perceber
na forma como a mesma vai sendo estruturada, ao longo dos episódios, onde a
série aproveitou a sua liberdade criativa para fazer mudanças significativas
neste universo que é tão conhecido pelo público. É uma nova invenção da lenda
do Rei Arthur, que tem um lado mais moderno e não tão sério a nível de
argumento.
O
livro As Brumas de Avalon da norte-americana Marion Zimmer Bradley é um exemplo
que conta estas lendas, segundo uma perspetiva feminina, considerado como um
sucesso autêntico, desde que foi publicado no início dos anos 80.
Nimue
é uma personagem que tem tido funções diferentes nas adaptações já existentes,
onde ela protege e tem uma ligação forte com uma espada denominada por
Excalibur, acabando por vir a entregar ao merecedor Arthur, mas neste caso, ela
tem um papel muito mais significativo.
Desde
muito nova, Nimue é uma jovem que manifesta poderes com uma intensidade bem
superior ao que se esperava, mas ela considera que isto não seja um dom, mas
sim, uma maldição que a permite aceder a forças obscuras poderosas, depois de
ter sido atacada por um demónio. Mesmo assim, ela é eleita por uns seres
místicos da floresta denominados por Ocults (Ocultos, em português), para ser a
nova líder da sua comunidade, mas ela não concorda e tenta fugir ao seu
destino.
Um
dia, a sua aldeia é atacada pelos Red Paladins (Paladinos Vermelhos em
português), onde consegue sobreviver, mas infelizmente presencia o assassinato
da sua mãe Lenore pelas mãos de um destes soldados. Por isso, Nimue entra numa
jornada perigosa, onde irá fazer os possíveis para cumprir a promessa que fez à
sua mãe de entregar uma espada misteriosa a Merlin, que poderá salvar o futuro
do seu povo, através da união que a espada pode criar entre as diferentes
comunidades que vivem em diversos reinos.
Sendo
Nimue, a protetora da Sword of Power ou Espada do Poder, em português
(referência à lendária Excalibur) e a futura líder de uma revolução faz com que
ela torne-se num alvo, tanto por Reis como pela própria Igreja, que querem
adquirir esta espada, a todo o custo. Assim, temos uma lista vasta de inimigos
que querem ter a espada para os seus próprios planos que não chegam a ser
revelados e Nimue estará num perigo constante, para evitar que a espada possa
vir a cair nas mãos erradas.
Inicialmente,
Nimue foi toda a sua vida ignorada, atacada e humilhada pelos outros, acabando
por ser abandonada pelo seu próprio pai. Ela é uma rapariga impulsiva e
insegura, que não acredita em si própria, tendo muito por amadurecer, em que as
pessoas da sua aldeia têm medo do quanto poderosa ela é. Assim, ela ainda não
se sente preparada para seguir o seu destino e para além disso são muitos os
obstáculos que terá de ultrapassar para cumprir com a sua missão.
Após
ter morto uma alcateia com uma espada poderosa, Nimue começa a ficar conhecida
como a Wolf Blood Witch (Bruxa de Sangue de Lobo, em português) e a sua
história começa a chegar a todos os pontos do reino, conseguindo adquirir cada
vez mais seguidores para a sua causa.
Ao
longo dos episódios, ela passa por alguns momentos de insegurança, ao mesmo
tempo que tenta ser corajosa quando enfrenta os seus inimigos ou está em perigo
mortal, utilizando os seus poderes e a própria espada. Mesmo assim, Nimue terá
de ter cuidado, pois a Espada do Poder é muito misteriosa e considerada
amaldiçoada por muitos, nos quais é constituída por poderes inexplicáveis, que
pode levar ao seu portador a ter momentos de pura obsessão e loucura.
Durante
esta jornada, Nimue conhece um mercenário problemático chamado Arthur que
torna-se no seu companheiro de viagem e acaba por ajudá-la no que for
necessário para cumprir a missão de encontrar Merlin e entregar-lhe uma
relíquia sagrada.
Esta
rapariga precisa de viajar por terras desconhecidas para descobrir a sua
própria identidade, ao mesmo tempo que tenta cumprir a promessa que fez à sua
mãe, tornando-se mais tarde, na Rainha e líder da revolução da comunidade Fey,
que são seres mágicos com poderes, que por vezes podem ser confundidos como humanos
e onde a magia corre dentro de cada um.
Um
dia, Nimue desloca-se ao esconderijo onde estão os Fey ou seja, uma espécie de
povo das fadas, que sobreviveram aos ataques dos Paladinos. Ela torna-se num
símbolo de esperança na luta contra os Paladinos Vermelhos e o Rei Uther, pois
isso, também é importante que ela inspire o povo com a sua voz e através de
ações e eu acho que houve pouco disso a acontecer. Eu acredito que ela tentou
sempre fazer o que achava que é certo para proteger e salvar o seu povo de uma
possível extinção, mas nem sempre tomou as melhores decisões, acabando por sofrer
as consequências dos seus atos e diminuindo as hipóteses dos Fey sobreviverem.
O
desenvolvimento de Nimue não é feito da melhor forma, principalmente na sua
aprendizagem, seja a controlar os seus poderes ou na jornada que precisa de
percorrer para tornar-se na líder nata que o seu povo precisa. Para além disso,
também falta um pouco mais de brilho e capacidades de luta e ação na Nimue, que
são fundamentais não só para a história, mas também para a importância da
própria personagem.
Infelizmente,
não dão espaço suficiente para que a Nimue possa desenvolver as suas
capacidades para que depois possa metê-las em ação, de um modo muito mais
realista e não tão artificial e forçado, como ocorreu em determinadas
situações. Por isso, eu acho que a Nimue necessitava de mais tempo para se
preparar e assim aprender a segurar e a lutar com uma espada, de uma forma
eficiente e coordenada, fazendo com que as suas cenas de ação fossem muito mais
interessantes e bem realizadas.
Arthur
é um mercenário que apaixona-se por Nimue, tem capacidades boas para lutar com
espadas e quer recuperar a honra da sua família. Neste caso temos um Arthur que
tem um passado diferente da sua lenda e vemos uma perspetiva bem diferente
desta personagem, nos quais achei que houve algumas falhas na sua
interpretação, muito devido a não ter surgido a oportunidade de explorar muito
mais sobre a mesma. Para além disso, eu considero que não houvesse muita
química entre ele e Nimue, sendo que o romance entre os dois poderia ter sido
introduzido e abordado mais tarde, pois nesta altura não achei que tivesse sido
muito relevante para a história.
Será
que Arthur é um mero mercenário ou será que terá um futuro brilhante pela
frente?
A
performance de Arthur ficou abaixo das expetativas esperadas para uma
personagem tão marcante que tanto ficou na nossa memória, sempre que ouvimos
falar da lenda do Rei Arthur.
Infelizmente,
este Arthur não consegue transparecer a personalidade que tanto o caracteriza
nesta lenda e por isso não me conseguiu conquistar da forma que outras versões
o fizeram.
Merlin
é daquelas personagens lendárias que continuam a ser interessantes, mesmo que
tenha algumas mudanças significativas, relativamente à história original. Neste
caso, Merlin é conselheiro do Rei Uther Pendragon, numa altura que pelos vistos
já tinha passado pelos seus tempos mais gloriosos. Ele era considerado como um
dos feiticeiros mais poderosos daquela época, mas perdeu as suas habilidades,
apesar de ninguém saber.
Ele
é uma pessoa imprevisível e inteligente, que tem atitudes impulsivas e está constantemente
bêbado e perdido, sem saber qual é a sua missão atual. Ao mesmo tempo também sofre
de rumores que espalham-se pelo reino de que perdeu a sua magia e já não era
tão poderoso quanto foi no passado. Assim, acabamos por ver um Merlin sem
magia, um pouco desleixado, mas que é divertido à sua maneira, continuando a
aconselhar um Rei, sem precisar de usar os seus poderes.
Apesar de Merlin ter perdido os seus poderes, isso não significa que não tenha planos para pôr em prátca.
Gustaf Skarsgård faz uma ótima
interpretação desta versão do Merlin, dando um certo carisma à personagem e
trazendo um lado muito mais divertido para a mesma.
Os
Paladinos Vermelhos são um exército de monges guerreiros cristãos liderados
pelo Padre Carden, que têm como principal objetivo, acabar com todas as
comunidades que sejam diferentes, como por exemplo, os Fey (povo das fadas), ou
seja, querem eliminar todo o tipo de criaturas mágicas e assim, conseguir extinguir
com a magia existente na terra. Estes utilizam a sua própria religião como
justificação para cometerem atos terríveis.
O
Padre Cadarn é um bom vilão, onde constantemente vai mostrando o quanto cruel é
seja com os seus inimigos ou com mulheres e crianças inocentes. Ele considera
que na guerra não pode haver misericórdia, pois está nesta luta a fazer o trabalho,
em nome de Deus e assim, espalhar a sua religião do cristianismo, livrando o
mundo de seres que não são humanos.
Uma
das armas mais letais dos Paladinos Vermelhos é o The Weeping Monk (Monge
Chorão em português). É um monge guerreiro e assassina que contém lágrimas no
rosto e que luta de uma forma perspicaz como se fosse um ninja.
O
Monge Chorão é uma pessoa muito misteriosa, com segredos por desvendar, nos
quais as reviravoltas à volta desta personagem são bem empolgantes. Ao longo
dos episódios que aparece, consegue-se perceber que ele tem uma dor profunda
com a qual tem de lidar mais cedo ou mais tarde e também tem uma grande devoção
pela sua missão, mas chega a um momento que ele não sabe se está a fazer o mais
correto.
Este
monge tem habilidades extraordinárias não só com a espada, mas também em
encontrar os Feys, nos quais não se percebe como consegue caçar estas criaturas
mágicas, da forma que o faz. Ele tem cenas bem interessantes, seja nas suas
cenas de luta e ação ou mesmo através do seu silêncio, que vai transmitindo
emoções ao público, cativando o mesmo.
Daniel
Sharman faz uma boa performance desta personagem que vai criando curiosidade ao
espetador, ao mesmo tempo que dá a entender, a sua importância cada vez mais
vital na história.
As
cenas de luta poderiam ter sido bem melhores, mesmo que as minhas favoritas
tenham sido desempenhadas pelo Daniel Sharman, em que estava à espera que este
tivesse estado mais presente nos episódios. Há partes que parece que este tipo
de cenas são mais artificiais e que nem sempre a filmagem em câmara lenta
funcionava da melhor forma.
Ao
longo dos episódios, as personagens vão passar por alguns desafios, mostrando
assim, a sua coragem para lutarem e também podemos ver Nimue a ter ao seu lado
para apoiar, um grupo de personagens femininas igualmente fortes e corajosas,
disponíveis para fazerem o que é certo.
Um dos exemplos é a Irmã Igraine, nos quais Shalom Brune-Franklin interpreta de um modo bem competente, fazendo com que o público tenha curiosidade para saber mais sobre esta versão da personagem, principalmente no seu envolvimento com as artes das trevas, apesar de haver partes que poderiam ser desnecessárias de estarem presentes nesta 1ª temporada.
A
Irmã Igraine tem os seus próprios segredos que irão fazer toda a diferença na
sua jornada, enquanto descobre qual é a sua verdadeira missão, sendo que ela
tem um destino muito mais importante do que ela julga.
Uma
personagem que também achei divertida foi o Squirrel, que é uma criança
corajosa, muito amiga de Nimue que apesar de não ter experiência como
guerreiro, quer proteger o seu povo a todo o custo, sem importar-se com as
consequências e para além disso, tem as suas falas mais cómicas, principalmente
quando tenta humilhar alguns dos seus inimigos. Squirrel acaba por ter como
mentor, Gawain ou o Cavaleiro Verde, sendo um amigo de infância de Nimue e tem
um papel importante na proteção dos Fey.
Esta
versão de Uther Pendragon é aquela que menos gostei até agora, sendo uma pessoa
irritante e mimada, sem qualquer brilho, sempre que aparece. Depois temos um
viking que é o Rei Cumber, tendo como objetivo, obter o trono de Uther, pois
considera-se como o herdeiro legítimo do mesmo. Por um lado, eu achei que foi
interessante incluírem os vikings e as suas invasões nesta história que acabam
por empolgar mais o lado da ação, por outro eu acho que foram introduzidos na
altura errada, nos quais nem sempre fazia sentido, estarem presentes, em
determinadas cenas.
Nem
todas as personagens foram desenvolvidas da melhor forma e por vezes pareciam
meros figurantes com poucas falas, como por exemplo, a irmã Iris que parecia um
pouco perdida e deslocada deste argumento, nos quais considero que a sua
jornada não foi bem construída. Para além disso quando existe uma certa
evolução numa determinada personagem, mas infelizmente, essa é realizada de um
modo muito mais lento, quando poderia ter sido a um ritmo mais intermédio, sem
que houvesse grandes pressas.
Na
minha opinião há determinadas cenas que são excessivas e que não deveriam ter
sido introduzidas nesta altura inicial da história, mas quem sabe explorar mais
numa eventual 2ª temporada, pois fariam muito mais sentido se fossem abordadas
muito mais para a frente. Eu acho que deveriam ter incluído partes muito mais
empolgantes para o espetador, com o objetivo de o cativar, aumentando cada vez
mais a sua curiosidade em querer saber mais sobre a história.
Também
poderiam ter aproveitado muito mais as personagens que estão incluídas na
história e são tão carismáticas para o público, como por exemplo, o Merlin ou
mesmo o Arthur.
É
muito importante que tenha muita atenção à história, pois tem uma lista extensa
de personagens que pode confundir o espetador relativamente à origem e à missão
de cada um, pois é fornecida de repente, demasiada informação para uma só
temporada. Assim, eu acho que em alguns episódios, a pessoa sente-se um pouco
perdida e fica com a sensação que falta algo, porque há muita coisa a acontecer
ao mesmo tempo.
Infelizmente,
nem todos os episódios são constituídos por um bom ritmo, onde nem sempre há um
equilíbrio do mesmo e nem todas as interpretações estiveram bem, que eu
acredito que tenha sucedido, devido a falhas no argumento.
Ao
contrário de outras adaptações, neste caso não sabemos em que época decorre a
história ou em que reino tudo acontece, criando uma certa dúvida no espetador e
também, alguns dos diálogos não são feitos, de acordo com uma pessoa que
pudesse viver naquela altura medieval.
Apesar
de conter cenas interessantes da pessoa acompanhar, a história continua a ter
alguns problemas no seu argumento, que infelizmente nem sempre é sólido, perdendo
um pouco o ritmo e levando a que possa diminuir a própria qualidade da série.
A
série não trouxe batalhas emocionantes misturadas com uma quantidade
considerável de magia e isso foi algo que senti muita falta de ver neste tipo
de histórias de fantasia. Estas batalhas aconteciam poucas vezes, de um modo
muito rápido e nem sempre foram bem coordenadas, nos quais mostrou situações
que parecem improváveis de acontecer. Também acabamos por ver mais sangue e
violência do que o habitual, relativamente às versões que já foram feitas
destas histórias.
Eu
achei interessante a forma como as cenas eram separadas umas das outras,
através de animações relativamente semelhantes às de banda desenhada e dá para
ver aqui o toque de Frank Miller. Também o genérico da série é muito bem feito,
seja nas cores, nos próprios movimentos ou mesmo na sua identidade visual e as florestas
são representadas de uma forma bem próxima aos contos de fadas, onde vemos uma
certa simplicidade e beleza à volta deste local.
Por vezes, os efeitos visuais têm uma falta de equilíbrio de umas cenas para as outras, mas considero que são relativamente simples e competentes quando são introduzidos, de um modo bem leve, sem qualquer tipo de complexidade, mesmo que não estejam na lista dos melhores que eu já vi até agora, e a banda sonora está mesmo muito bem inserida para o tipo de história que é.
Sendo
uma história tão clássica e ambiciosa que traz personagens tão tradicionais que
é difícil a pessoa não se cativar, mas infelizmente neste caso, isso aconteceu
em alguns episódios desta série, mesmo tendo os ingredientes necessários que
poderia vir a interessar o espetador, desde o início até ao fim.
Eu também acho que é muito interessante e importante incluir cada vez mais personagens femininas como as heroínas da história, sem precisarem da ajuda de ninguém, mesmo que tenham aliados disponíveis para o fazer. Por isso, eu gostaria de ter visto mais sobre a aprendizagem, as aventuras e a jornada mais pormenorizada da Nimue.
Esta
série é uma versão peculiar e moderna da lenda do Rei Arthur contada a partir
da perspetiva de Nimue e é sempre interessante de ver as aventuras de Merlin,
Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda, tais como Gawain, Lancelot e Percival,
mesmo que sejam representações novas destas personagens tradicionais e tão
icónicas nesta lenda. Para além disso, também existe uma grande diversidade de
etnias no elenco desta série que sempre é um ponto positivo, quando queremos
criar algo mais moderno.
Considero
que seja uma história contada de um ângulo diferente, mas ao mesmo tempo
interessante para quem é admirador destas lendas revolucionárias do Rei Arthur.
Também é constituído por momentos intrigantes que surpreende o público na forma
como a história vai-se desenrolando ao longo dos episódios.
Para
quem gosta de histórias de fantasia, esta é uma boa recomendação, onde temos
lutas em climas empolgantes ou vistas bonitas de se ver, que faz lembrar este
universo de magia e onde acontecem algumas reviravoltas inesperadas, sendo um
bom entretenimento e valendo a pena a maratona. Sem dúvida que acabamos por ver
um lado da história do Rei Arthur, constituído por um rumo diferente, mas não
deixa de ser interessante, mas acredito que seriam necessárias algumas mudanças
para que conseguisse chegar à qualidade que muitas outras versões desta lenda
têm tido.
Esta história é uma ideia bem inteligente, com uma boa iniciativa e com muito potencial, tendo uma versão mais feminina, mas que eu acho que ainda tem por onde melhorar. Com um universo tão extenso e uma mitologia tão rica, ainda há muito por onde poderiam explorar nesta adaptação, caso tenham a oportunidade de voltar para uma nova temporada.
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