domingo, 28 de junho de 2020

Série "Alta Mar" da Netflix - nesta história espanhola, está na hora de resolver mistérios a bordo


A série espanhola "Alta Mar" é mais um original da Netflix, em que é constituída atualmente por 2 temporadas, sendo também renovada para uma 3ª e 4ª temporada e tem a criação de Ramón Campos e Gema R. Neira.

A história desenrola-se na década de 40, numa viagem no interior do navio Bárbara de Braganza, com destino ao Brasil, a partir de Espanha. Carolina (Alejandra Onieva) e Eva Villanueva (Ivana Baquero) são 2 irmãs que querem ter um novo recomeço após a morte do pai destas e por isso resolvem deslocarem-se para o Rio de Janeiro, mas o que elas não imaginavam era estarem presentes numa viagem que seria envolta de mistérios e homicídios, depois de uma mulher ser assassinada no navio e depois atirada ao mar, tornando todos os passageiros como suspeitos do crime.

O elenco é constituído por Ivana Baquero (Eva Villanueva), Jon Kortajarena (Nicolás Vazquez), Alejandra Onieva (Carolina Villanueva), Eloy Azorin (Fernando Fábregas), Chiqui Fernández (Francisca de Garcia), Tamar Novas (Sebastián de la Cuesta), Daniel Ludhn (Pierre), Manuela Vellés (Luísa), Natalia Rodriguez (Natalia Fábregas), Laura Pratis (Clara), Ignacio Montes (Dimas Gómez), Pepe Ocio (Dr. Álvaro Rojas), Antonio Durán "Morris" (Detetive Varela), José Sacristán (Pedro Villanueva), Eduardo Blanco (Capitão Santiago Aguirre), entre outros. 


O mistério inicia-se quando uma mulher é assassinada a bordo deste navio e depois é atirada ao mar, sendo que não fazia parte da lista de passageiros do mesmo e assim, vão tentar descobrir quem era esta mulher e quem será o seu assassino. Esta história acaba por dar a oportunidade, de determinadas personagens investigarem, apesar de não serem detetives, mas que podem fazer toda a diferença, na revelação de segredos escondidos naquele transatlântico.

Esta história é constituída por dramas, conspirações, manipulações, conflitos, intrigas, misticismo, mistérios, paixões, crime, reviravoltas e revelações de segredos complexos. Para além disso, também podemos ver, o modo como passageiros conseguiam entrar no navio, de forma clandestina ou devido a naufrágios. 

Este é um cenário que o espetador imagina que tudo pode acontecer neste transatlântico e são vários os mistérios e segredos que terão de ser desvendados. Isto faz lembrar o ambiente de mistério que já estamos habituados, devido ao conhecimento que temos dos livros de Agatha Christie. 

Tal como podemos observar no filme Titanic do realizador James Cameron, este navio também é dividido, de acordo com a classe social dos passageiros, que nem sempre é justo de se ver, em determinadas situações, mas sem dúvida, que isso é bem destacado. 


Eva é uma escritora de romances, independente e que quer realizar o seu sonho de publicar a sua obra no Brasil, enquanto que Carolina está completamente apaixonada e quer casar-se com Fernando, assim que chegarem ao seu destino. Estas 2 irmãs querem começar uma vida nova no Brasil e esquecer o passado, mas primeiro terão de passar por esta viagem, que tem tudo para dar errado.

Estas irmãs apesar de terem personalidades bem diferentes, não deixam de fazer o necessário para se protegerem uma à outra e isso dá para perceber, tanto a relação próxima que têm, como o apoio incondicional existente entre as duas.

Para além dos mistérios a bordo que vão sendo desvendados aos poucos, também temos a oportunidade de saber mais sobre os segredos escondidos por membros da família Villanueva, que podem ser perturbadores e assim, não serão fáceis de aceitar.


Ao longo dos episódios vão sucedendo conflitos e intrigas para descobrir quem é o passageiro responsável por assassinar uma mulher. Eva será uma das pessoas que resolve investigar por si própria e isso dá vontade ao público de juntar-se a ela, na investigação de todas as possíveis pistas que vão sendo disponibilizadas no decorrer da história.

Esta história também vai testar a paciência de todos os passageiros do navio, nos quais, vão sendo implementadas, várias confusões e reviravoltas, que fazem com que estes fiquem na dúvida sobre quem deverão confiar. 

Infelizmente, existem diálogos que são desnecessários para a história e que acabam por diminuir a qualidade da série e isso vamos vendo, durante o decorrer, não só da 1ª temporada, mas também da 2ª temporada.


Para além dos mistérios existentes, esta história também dá tempo para a construção de um relacionamento complicado entre Eva e Nicolás, que acontece devido a algumas intrigas e segredos, tornando-se assim, responsáveis por uma relação conturbada, mas quem sabe, tudo pode mudar ou não. Para além disso, dá para perceber a química evidente existente entre estas 2 personagens que têm um tipo de romance proibido e que eu tenho gostado de acompanhar. 


Sendo um dos donos do navio, Fernando é daquelas personagens que o espetador fica na dúvida sobre se este seria o bom ou o mau da fita, devido a ser frio com aqueles que lhe rodeiam, mas mesmo assim o público acaba por continuar curioso para chegar a uma possível conclusão sobre o carácter do noivo de Carolina.   

A forma como os mistérios vão sendo revelados, nem sempre têm os melhores resultados, nos quais pode vir a desiludir o público, mas não deixa de ser empolgante de assistir. 


Apesar desta série ser constituída por personagens femininas fortes, com convicções e ideias para fazerem a diferença, estas continuam a ter dificuldades em terem a sua própria opinião, numa sociedade que ainda era liderada pelos homens e onde cada indivíduo tinha a sua função e as mulheres continuavam a não ser valorizadas.  

A música, a fotografia, os figurinos e a decoração de todos os cenários do navio são dos pontos fortes da série, em que podemos ver um certo requinte e apreciar assim, a sua beleza. 

Mesmo com alguns erros e falhas no argumento, esta série é uma boa opção para acompanhar, para quem aprecia, não só suspense, mas também histórias de época, pois eu acho que está bem feito, o modo como esta época tem sido representada, com um bom guarda-roupa e cenários elegantes, que dá vontade ao espetador de visitar este navio. 

Espero que nestas próximas temporadas haja uma melhoria significativa no seu argumento, pois esta série de época tem os ingredientes necessários para prender o espetador e também tem potencial, desde que seja feito com equilíbrio e sem qualquer tipo de exageros. 


sexta-feira, 26 de junho de 2020

Top 20 das Melhores Personagens de Séries de Sempre



Quando vemos uma determinada série, nós temos a tendência de avaliarmos vários fatores da mesma, que são fundamentais para esta ser considerada como uma história de qualidade, tais como o argumento, efeitos visuais e sonoros, figurinos, fotografia, banda sonora, entre outros. Mas muito do sucesso que uma série vai adquirindo, é devido às próprias personagens, seja a nível da sua construção ou o modo como é representada pelo respetivo ator ou atriz. 

Apesar de considerar que a lista é bem longa, são vários os atores que desempenharam personagens entusiasmantes e marcantes, que acabam por ficar na memória dos espetadores. Por isso, eu partilho com vocês, a lista do meu top 20 das "Melhores Personagens de Séries de Sempre"!

1. Lucifer Morningstar de "Lucifer"


Inicialmente, esta série de 4 temporadas pertenceu à Fox e depois foi resgatada pela Netflix, onde atualmente estamos à espera da 5ª temporada. Lucifer Morningstar (Tom Ellis) é o Diabo responsável por comandar o Inferno, mas resolveu tirar umas férias e viajar para Los Angeles com um dos seus demónios Mazikeen (Lesley-Ann Brandt), onde abriu um estabelecimento noturno chamado Lux. A vida de Lucifer nunca mais será a mesma quando conhece a Detetive Chloe Decker (Lauren German) e torna-se num consultor da Polícia de Los Angeles, onde terá um papel relevante na investigação de diversos crimes. Ao mesmo tempo, resolve começar a fazer terapia, para ter alguém para partilhar as aventuras e obstáculos que são postos no seu caminho. 

Tom Ellis faz um trabalho excelente a interpretar esta personagem. Lucifer é charmoso, sarcástico, divertido, curioso, poderoso e gosta de fazer tudo à sua maneira, apesar de também gostar de aprender com a humanidade. Ao mesmo tempo, conseguimos ver um lado mais sensível deste diabo, em que acharíamos que não seria possível de algum dia acontecer. Para além disso, é interessante ver a quantidade de vezes que ele deixa outras personagens desconfortáveis com as suas piadas e com a sua maneira de ser. 

Gostariam de saber mais sobre os bastidores de Lucifer? Podem aceder às perguntas feitas ao Tom Ellis, um dos seus protagonistas, através do seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/07/tom-ellis-o-lucifer-morningstar-da.html

2. Sherlock Holmes de "Sherlock"


Com 4 temporadas, Sherlock é uma adaptação das histórias escritas por Sir Arthur Conan Doyle. Desenrola-se na cidade de Londres, onde Dr. John Watson (Martin Freeman) procura um sítio para viver e conhece Sherlock Holmes (Benedict Cumberbatch). Depois irão formar uma equipa para ajudar a desvendar investigações, que só eles conseguem resolver. São vários os mistérios, mas com a inteligência de Sherlock e com a parceria de Watson vai ser difícil os criminosos escaparem.

Benedict Cumberbatch faz uma interpretação incrível desta versão de Sherlock, nos quais considero, que esta seja a minha favorita até agora. Este ator interpreta uma personagem muito complexa, com uma personalidade muito peculiar, que nem sempre é fácil, uma pessoa lidar. Tem uma inteligência fascinante e a forma como vai resolvendo as suas investigações é muito interessante, pois vai dando atenção aos mínimos pormenores que lhe são apresentados e para além disso, ele vai encaixando todas as peças do puzzle até conseguir desvendar cada mistério.

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review que fiz da mesma, no seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/08/serie-sherlock-melhor-e-mais-brilhante.html

3. Sheldon Cooper de "The Big Bang Theory"


Esta série de comédia é constituída por 12 temporadas, nos quais conta a história de 2 físicos, Sheldon Cooper (Jim Parsons) e Leonard Hofstadter (Johnny Galecki) que dividem um apartamento e trabalham no Instituto de Tecnologia da Califórnia - Caltech. Um dia, eles conhecem a vizinha do lado chamada Penny (Kaley Cuoco), que lhes vai trazer muitos desafios pela frente, principalmente em termos de lidar com os outros e socializar. Estes 2 colegas terão uma jornada longa pela frente, mas têm como aliados, os seus amigos e colegas, Howard Wolowitz (Simon Helberg) e Rajesh Koothrappali (Kunal Nayyar), que para além de serem tímidos e reservados, também gostam de ciência e são uns geeks e nerds autênticos na área da cultura pop.

Sheldon tem uma personalidade muito complexa e peculiar, onde podemos ver a sua falta de empatia e o quanto é anti-social, por isso, é uma pessoa que não gosta de conviver. Apesar de ter uma inteligência brilhante em várias áreas da Ciência, sendo Física, aquilo que escolheu, ele acaba por não ser a pessoa mais fácil de se lidar. 

Jim Parsons representa muito bem e de um modo brilhante, a maneira de ser desta personagem, que facilmente incomoda-se com os outros. Todas as suas expressões faciais e linguagens corporais, são muito bem mostradas, nos quais podemos observar, certas manias que Sheldon tem, seja no seu egoísmo ou quando começa a tornar-se muito irritante. Considero que seja uma personagem caricata, com muita piada, deixando o público, a rir-se constantemente. 

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review que fiz da mesma, no seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/12/serie-big-bang-theory-uma-comedia-com.html

4. Shaun Murphy de "The Good Doctor"


Atualmente com 3 temporadas, esta série de drama conta a história de um jovem autista chamado Shaun Murphy (Freddie Highmore), que resolve ir trabalhar para o Hospital San Jose como estagiário da licenciatura de Medicina. Mesmo com uma inteligência superior ao normal, Shaun terá o desafio diário de enfrentar todos os seus medos e preocupações para que consiga tornar-se num cirurgião. Mas não será fácil, com a sua condição em lidar com pessoas, principalmente com os seus pacientes.

Freddie Highmore tem tido uma performance brilhante e impressionante, no modo como representa um jovem autista, no qual cativa e cria empatia com o espetador e ao mesmo tempo ensina-o, a saber mais sobre esta condição. Não é mesmo nada fácil interpretar uma personagem com este tipo de características mais específicas e o ator fá-lo de uma forma muito convincente, pensando em todos os pormenores. A principal razão pelo sucesso da série, é sem dúvida, o desempenho de Freddie. 

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review que fiz da mesma, no seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/05/serie-good-doctor-uma-serie-emocionante.html

5. Barney Stinson de "How I Met Your Mother"


Em 2030, o arquiteto Ted Mosby (Josh Radnor) resolve contar aos filhos, sobre todos os acontecimentos que sucederam até conhecer a mãe destes. Tudo começa no ano de 2005, onde partilha as suas aventuras, enquanto procura pela mulher da sua vida. De acordo, com a sua perspetiva, Ted aproveita também para contar a jornada que teve ao longo dos anos, com os seus amigos Marshall Eriksen (Jason Segel), Lily Aldrin (Alyson Hannigan), Robin Scherbatsky (Cobie Smulders) e Barney Stinson (Neil Patrick Harris).

Um dos principais fatores pelo sucesso da série é sem dúvida, todo o trabalho desenvolvido por Neil Patrick Harris para dar vida a um personagem tão emblemático e com um fato tão caraterístico como o Barney Stinson. É uma interpretação imperdível, carismática, hilariante e brilhante feita por este ator. Não é fácil desenvolver um personagem tão complexo e excêntrico, como o Barney. E não é que as minhas frases favoritas da série são ditas por este personagem. Como exemplo, temos uma das frases mais marcantes de sempre, que é a seguinte, "Legen...wait for it...dary!" ou "Challenge Accepted", quando Barney queria aceitar um determinado desafio proposto por um dos seus amigos, entre muitos outros. Sem dúvida que é a personagem que mais me faz rir na série. 

Para mim uma das partes mais divertidas da série é o modo como nos ensinam dicas de sedução ou a importância que é seguir determinados códigos. E quem acaba por nos ensinar é o Barney Stinson, que apesar de ser mulherengo e mentiroso, tem um código que segue com o maior rigor, que é o código Bro e por isso, vai ensinando aos seus amigos, as razões para segui-lo. Para além disso, também coloca em ação o seu Playbook quando quer conquistar alguém e considero que são algumas das cenas mais engraçadas que podemos assistir.

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review da mesma, no seguinte link: 

6. Tommy Shelby de "Peaky Blinders"


A história que é baseada em fatos reais, desenrola-se em Birmingham, no ano de 1919, após a 1ª Guerra Mundial, onde criminosos muito bem vestidos e com lâminas afiadas nas respetivas boinas fazem parte do gangue Peaky Blinders. A família "Shelby" é a responsável por este gangue e à medida que o negócio tanto de contrabando como de esquemas ilegais de apostas de corridas de cavalos vai crescendo, eles também sobem ao poder, com diferentes aliados dentro do sistema político ou mesmo da própria polícia e com alguns inimigos à mistura, que estão constantemente a vigiá-los.

É tudo liderado por Tommy Shelby (Cillian Murphy), que regressou recentemente da 1ª Guerra Mundial e que quer estabelecer o seu domínio e poder em Birmingham. Para além disso quer tornar o seu negócio ilegal, num legítimo, mas para isso acontecer terá de passar por muitos obstáculos, seja a nível familiar e com a presença de comunistas no seu território e de outros inimigos. Os seus braços direitos são os irmãos, Arthur Shelby (Paul Anderson) e John Shelby (Joe Cole) e a sua tia Polly Gray (Helen McCrory) que trata da parte financeira do negócio.

Cillian Murphy faz uma performance incrível e fenomenal à personagem complexa que é Tommy Shelby. Interpreta um personagem manipulador, violento, ambicioso, emblemático e que impõe um grande respeito por parte da população de Birmingham. 

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review da mesma, no seguinte link: 

7. Cookie Lyon de "Empire"


Esta é uma série com 6 temporadas que conta a história da vida de Lucious Lyon (Terrence Howard), que para além de ser um rapper reconhecido e vencedor de diversos prémios na área da música, é também o dono da Empire Entertainment, uma editora discográfica que possui os maiores artistas da indústria da música. Assim que é diagnosticado com uma doença, Lucious informa os filhos que necessita de escolher o sucessor para a sua empresa e para isso acontecer cada um terá de mostrar a sua capacidade de liderar Empire. Também irá ser revelado o passado conturbado de Lucious que lhe permitiu chegar ao sucesso.

Empire tornou-se num fenómeno devido também à interpretação brilhante da Taraji P. Henson, com a sua Cookie Lyon, mulher de Lucious Lyon. Em 2016 venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz, com este papel. A Cookie é uma personagem com uma personalidade muito forte e com alguns segredos a esconder, mas a sua garra e força fez com que influenciasse muitas mulheres na vida real, a contarem as suas próprias histórias e considero que seja um ponto muito positivo, o facto de haver uma série que fale sobre assuntos que são importantes para a sociedade. 

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review da mesma, no seguinte link: 

8. Vanessa Ives de "Penny Dreadful"


A série "Penny Dreadful" é um thriller, com muito mistério e suspense à mistura, que conta a história de uma mulher chamada Vanessa Ives (Eva Green), que esconde um segredo, nos quais terá de enfrentar, num mundo cheio de criaturas sobrenaturais, como bruxas, ou lobisomens. Passa-se em Londres, no fim da década de 1890, nos quais vivem diferentes personagens assustadoras, que fazem parte da literatura de terror britânica, tais como Frankenstein, Dr Jeckyll, Dorian Gray, Van Helsing, Drácula entre outros. 

Uma das razões pelo sucesso desta série, é sem dúvida, a protagonista Vanessa Ives. É medium e considero que seja uma personagem determinada, carismática, interessante, sedutora, misteriosa, obscura e com uma beleza inegável, que deixa o espetador curioso com o percurso da mesma, ao longo dos episódios. A interpretação feita por Eva Green é incrível e muito bem desenvolvida, onde mostra diferentes facetas e a própria complexidade do personagem, nos quais meras expressões faciais mostram o sofrimento e violência que Vanessa vai passando, sem precisarem de serem utilizadas palavras. Para além disso, o visual, maquilhagem e guarda-roupa escolhidos são ideais para complementar esta personagem. 

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review da mesma, no seguinte link: 

9. Tommy Egan de "Power"


Esta série conta a história da vida de James St. Patrick (Omari Harwick), com a alcunha de "Ghost" e dono de um clube noturno da cidade de New York. Ele vive uma vida dupla, entre ser um empresário de sucesso e ser chefe de uma das maiores redes de drogas da cidade. O seu principal objetivo é tornar o seu negócio legítimo e dedicar-se à sua família, mas para isso acontecer terá uma longa jornada pela frente, cheia de inimigos, traições, homicídios e vários diferentes tipos de obstáculos, pelo meio. 

Tommy Egan (Joseph Sikora) é o melhor amigo e parceiro de negócios de James St. Patrick. Ele é uma personagem icónica, que destaca-se muito bem nesta série e faz o que for preciso para vencer, pois é bom no seu trabalho. Ao longo do caminho, ele vai criando vários inimigos, que estarão dispostos a tudo para o prejudicar, mas sendo Tommy definido por ser uma pessoa com atitudes loucas e imprevisíveis faz com que alguns pensem antes de agir. Apesar de ser um criminoso, isso não impede com que o público torça para que ele tenha sucesso nos seus negócios mais ilegais, pois é uma personagem que cativa, desde o início até ao fim.

Joseph Sikora está de parabéns, pelo modo que foi construindo esta personagem ao longo dos episódios, levando a que fosse tomada a decisão, de ter o seu próprio spin-off, a estrear em breve.

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review da mesma, no seguinte link: 

10. Floki de "Vikings"


Esta série histórica com caráter de drama e ação é constituída por 6 temporadas e é desenrolada à volta da vida do Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel), um famoso viking e agricultor, conhecido por ter tido grandes conquistas na sua época e por ser reconhecido pelo seu povo, como um descendente de Odin, o Deus da Guerra. Acompanha a sua longa jornada de guerreiro implacável, enquanto explora novas terras e seguindo a tradição e as indicações dos deuses nórdicos.

Nesta história, temos uma das personagens mais engraçadas e interessantes da série que é o Floki (Gustaf Skarsgård), considerado como o melhor amigo e principal aliado de Ragnar Lothbrok. É uma personagem excêntrica, divertida, leal e um grande construtor de barcos, mas vê as coisas de uma maneira bem diferente das outras pessoas. Também é um grande guerreiro viking, que segue a vontade dos deuses, sempre pronto para lutar, mas tem uma linguagem corporal, bem característica da sua personalidade e por vezes é considerado como uma pessoa louca.

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review que fiz da mesma, no seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2021/02/serie-vikings-uma-historia-fascinante-e.html   

11. Tyrion Lannister de "Game of Thrones"


Baseado no conjunto de livros escritos por George R.R.Martin, esta série de 8 temporadas e vencedora de diversos Emmy conta a história de diferentes famílias poderosas, que lutam entre si para um deles conseguir adquirir o Trono de Ferro para assim, governar os 7 Reinos. São vários os conflitos que irão decorrer e não será fácil chegar ao objetivo final, pois são muitos os obstáculos presentes.

Uma das personagens que fica na memória dos espetadores é sem dúvida, o emblemático Tyrion Lannister, que é desempenhado por Peter Dinklage. Considero que Tyrion percorreu um caminho longo e interessante, em que passou por obstáculos e dificuldades difíceis, mas isso não fez com que desistisse. Ele diz tudo o que pensa, por vezes, de um modo irónico, mas ao mesmo tempo, divertido, onde pelo meio vai lançando as suas piadas, que torna partes da história muito mais leves e um pouco cómicas. Também acabamos por acompanhar vários lados desta personagem, que tenta fazer o seu melhor, mas nem sempre consegue, acabando por vingar-se na bebida. Uma das partes mais interessantes é ver a evolução que Tyrion vai tendo ao longo dos episódios.

12. Gregory House de "House"


Esta série é constituída por 8 temporadas, nos quais conta a história de Dr. Gregory House (Hugh Laurie), que é um médico que trabalha num Hospital de New Jersey, desvendando os casos mais difíceis deste estabelecimento ao mesmo tempo, que complica a vida daqueles que estão à sua volta. 

Apesar de ser inteligente e de ter uma memória impecável, House não é uma pessoa sociável e irrita-se facilmente com os outros. Em cada episódio, vão sendo apresentados casos que ainda não tinham conseguido definir um diagnóstico definitivo, mas que serão um desafio constante para House e a sua equipa. A sua equipa vai ser posta à prova, principalmente a níveis de limites de paciência para com House, que tem as suas ideias exuberantes e tem dificuldade de aceitar um não como resposta, ao mesmo tempo, que trata mal as pessoas ao seu redor. Assim, não será fácil de lidar com um ser humano tão complicado quanto este e que está num sofrimento constante.

13. Oswald Cobblepot de "Gotham"


É baseado na história original das personagens pertencentes a uma das bandas desenhadas mais conhecidas e lidas da DC Comics, que é o Batman. Esta série desenrola-se na cidade de Gotham, onde começa a jornada do Detective Jim Gordon (Ben McKenzie) no combate ao crime e conta a história de Bruce Wayne (David Mazouz), após o assassinato dos seus pais. Aproveita também para contar a origem de vilões tão icónicos como Oswald Cobblepot, o "Pinguim" (Robin Lord Taylor), Edward Nygma ou "The Riddler", Selina Kyle, Ra'a al Ghul, Ivy Pepper, Joker e muitos outros.

Um dos pontos positivos desta série foi sem dúvida a interpretação de Robin Lord Taylor, com a sua personagem Oswald Cobblepot. Foi uma personagem muito bem trabalhada e sem dúvida um desafio para o ator, que me contou pessoalmente, quando tive a oportunidade de o conhecer em Londres em 2017. Referiu-me que gostou muito de interpretar uma personagem tão complexa e interessante e que teve de fazer uma grande preparação antes de começar as filmagens. Sem dúvida, dos atores que mais gostei de conhecer, com uma grande humildade, simplicidade, muito falador e curioso por saber as opiniões dos seus admiradores.

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review da mesma, no seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/03/vai-uma-maratona-da-serie-gotham.html


14. Michael Scofield de "Prison Break"


Esta série de 5 temporadas desenrola-se à volta dos irmãos Scofield. Devido a uma conspiração, Lincoln Burrows (Dominic Purcel) é condenado à pena de morte por um crime que não cometeu. O seu irmão Michael Scofield (Wentworth Miller) irá criar um plano surpreendente e ao mesmo tempo perigoso, para tirar Lincoln desta situação injusta e conturbada pelo que está a passar. Será que Michael terá tempo de pôr o seu plano em prática, que implica ele próprio ser preso?

Wentworth Miller faz uma ótima interpretação de Michael Scofield, onde podemos ver um sofrimento silencioso desta personagem perante o seu irmão preso, por um crime que não cometeu, mas é interessante ver a forma como Michael consegue separar essas emoções e ao mesmo tempo meter em prática, o seu plano. Este é um plano que é complexo a todos os níveis, em que tem de ser pensado ao mais ínfimo pormenor e nem todas as pessoas têm a capacidade suficiente para criar algo tão complexo e que parece tão impossível de realizar, por isso, é essencial que a pessoa responsável seja muito inteligente e capaz de fazer o que for preciso para que tudo dê certo. Não é fácil, um indivíduo pensar em várias coisas ao mesmo tempo e ter ideias tão brilhantes, como Michael vai tendo, mesmo que vão sucedendo diversas dificuldades, que parecem não ter solução. Temos como exemplo, Michael ter tatuado o seu próprio corpo, com a planta da prisão que queria meter o seu plano de fuga em ação e quando chegou o dia da fuga, surgirem algumas dificuldades.

15. Dean Winchester de "Supernatural"


Atualmente com 15 temporadas, esta série conta a história dos irmãos Dean (Jensen Ackles) e Sam Winchester (Jared Padalecki) que resolvem seguir a carreira do pai, como caçadores de criaturas sobrenaturais. Irão combater todo o tipo de monstros, enquanto terão uma jornada longa pela frente a salvarem o mundo, com muitos obstáculos e inimigos improváveis a atravessarem o caminho dos mesmos. 

Dean Winchester é daquelas personagens que não imagino que pudesse ser interpretada por outra pessoa que não, o próprio Jensen Ackles. Este ator dá vida a esta personagem com um empenho impressionante, em que já tivemos a oportunidade de ver algumas vezes, a sua versatilidade. 

Dean é uma pessoa que vai passando por muitas complicações ao longo dos episódios. Já houve a oportunidade de acontecer um pouco de tudo, nos quais podemos ver vários lados desta personagem, seja num modo mais divertido, mais assustado ou mesmo como vilão. Ele faz o que for preciso para salvar tanto o seu irmão, como a humanidade, não importa o custo. É muito interessante ver a força e vontade que Dean tem para continuar em frente, mesmo que hajam obstáculos sem solução possível. Sem dúvida, que esta personagem vai ficar na memória do público, mesmo anos após terminar esta história. 

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review da mesma, no seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/11/serie-supernatural-uma-jornada-longa.html

Gostariam de saber mais sobre os bastidores de Supernatural? Podem aceder às perguntas feitas ao Jensen Ackles, um dos seus protagonistas, através do seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/10/jensen-ackles-o-dean-winchester-da.html

16. 10th Doctor de "Doctor Who"


A série Doctor Who é das mais antigas existentes e foram vários os atores que tiveram a oportunidade de desempenharem "The Doctor", em que sempre, o fizeram de formas muito distintas uns dos outros. 

Para mim, a minha interpretação favorita foi feita por David Tennant, nos quais representou o 10th Doctor. Considero que esta versão da personagem foi muito mais energética, interessante, dinâmica e divertida, do que muitas outras interpretações, onde os episódios eram sempre interessantes de ver, acompanhados com um bom guião. 

Eu admito que comecei a acompanhar esta série, muito mais tarde do que muitas pessoas e assim, eu arranjei coragem para ver a versão que tem atualmente 12 temporadas, onde demorei algum tempo a ver tudo, mas cheguei à conclusão que o 10th Doctor continua a ser o meu favorito. 

17. Dexter Morgan de "Dexter"


Conta a história do Dexter Morgan (Michael C. Hall), que é um grande profissional na área da perícia forense e com a sua inteligência ajuda a resolver crimes durante o dia, pois consegue interpretá-los de uma forma bem diferente do que as outras pessoas, pois ele próprio é um assassino em série, com o seu próprio código de conduta. Ao longo destas 8 temporadas, irá tentar controlar o seu instinto em querer matar pessoas, mas não será nada fácil. Quando não se consegue controlar, cada homicídio cometido por Dexter será preparado ao mais ínfimo pormenor, para que não seja apanhado.

O modo como Michael Hall representa esta personagem é uma das razões pela boa qualidade da série Dexter. Foi muito bem interpretado por este ator, nos quais podíamos ver as expressões faciais de Dexter em várias situações que foram acontecendo, que mesmo não deixando-o, no melhor caminho, ele não mostrava as suas inseguranças. Para além disso, também temos a oportunidade de ver a inteligência, o sentido de oportunidade e todos os cuidados que Dexter vai tendo para não ser apanhado, com o auxílio da sua própria profissão.    

18. Phil Coulson de "Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D"


Esta série da Marvel é constituída por 7 temporadas, dos quais a última irá estrear ainda este ano. Após os acontecimentos do filme Vingadores, o mundo já não é o mesmo, por isso Phil Coulson (Clark Gregg) que foi considerado como morto, continua a trabalhar na agência S.H.I.E.L.D e cria uma equipa de agentes especiais especializados em diferentes áreas para lidarem com ameaças feitas por inimigos de caráter extraterrestre, entre outros. São vários os perigos que terão pela frente e irão enfrentar com coragem e persistência.

O ator Clark Gregg tem interpretado Phil Coulson durante muito tempo, mas mesmo assim, não tem perdido o seu interesse. É uma personagem muito interessante, com muitos segredos à mistura, que tornam-o num agente competente e capaz de enfrentar qualquer tipo de ameaça. Nesta série, ele acaba por ser um mentor para as outras personagens e é bem interessante ver a evolução e união que esta equipa vai tendo, devido aos ensinamentos de Coulson, que tem o seu próprio passado para desvendar, onde pode incluir algumas traumas, que não serão fáceis de ultrapassar. 

Considero que esta personagem é uma das principais razões do sucesso desta série e por ter chegado a 7 temporadas e sem dúvida, que vai ficar na memória de todos os admiradores do universo da Marvel.

Se quiserem saber mais sobre esta série, está disponível a review que fiz da mesma e também podem aceder às perguntas feitas ao Clark Gregg, no seguinte link: https://ageektraveller.blogspot.com/2020/09/serie-marvels-agents-of-shield-com.html

19. Jack Pearson de "This is Us"


Atualmente com 4 temporadas e vencedora de alguns prémios, esta série dramática conta a história de Jack Pearson (Milo Ventimiglia) e Rebecca Pearson (Mandy Moore) e a construção da sua família, onde têm 3 filhos (Kate, Kevin e Randall). Ao longo dos episódios vai sendo acompanhada toda a jornada desta família, durante o seu passado, presente e futuro. É uma história emocionante, imprevisível, mas também com muitas lições de vida, pois acabamos por ir vendo a história de vida de cada uma destas personagens com personalidades tão distintas.

Milo Ventimiglia faz uma ótima interpretação de Jack Pearson, em que vai cativando o espetador, desde o início até ao fim, devido à personalidade tão humilde e simples que esta personagem tem. Apesar da história conter momentos mais tristes e por vezes custar a assistir, esta personagem faz com que o público fique a sentir o mesmo que ele esteja a exprimir naquele momento, devido a cenas mais emocionantes que vai apresentando.

Esta personagem acaba por dar uma lição de vida ao público que acompanha a série, onde a pessoa deve aproveitar o momento presente e não dar importância a coisas que não importam.  

 20. Berlim de "La Casa de Papel"


Atualmente, esta série é constituída por 3 partes, nos quais a 4ª parte estreou recentemente na Netflix e também foram confirmadas recentemente, mais 2 partes.   

Conta a história de oito assaltantes que resolvem roubar a Casa da Moeda em Espanha, sob a liderança de um misterioso Professor. Através de fatos e máscaras caraterísticas do pintor espanhol Salvador Dali, este grupo entra nesta instalação e à medida que uns tratam de imprimir o máximo de notas possíveis, os restantes mantêm os reféns presos dentro do edifício. Não será uma tarefa fácil de cumprir, mas será que o plano pormenorizado do Professor irá resultar?

Na minha opinião, uma das melhores personagens desta série é sem dúvida o Berlim, que é interpretado por Pedro Alonso. Berlim é um dos assaltantes que vai participar no roubo da Casa da Moeda em Espanha, que não tem nada a perder e por isso, ele faz o que for preciso para que o plano do Professor seja um sucesso. Apesar de ser considerado, como um vilão, Berlim acaba por ser daquelas personagens que deixa o público em êxtase, fazendo com que o mesmo fique do seu lado, por mais maldades que possa fazer e ao mesmo tempo, protagoniza alguns dos momentos divertidos da história.

Estas são apenas algumas das personagens de séries que eu considero as melhores de sempre na minha longa lista, pois são várias aquelas que eu acredito que também vão ficar na memória do espetador, para além daquelas que eu referi neste top 20.  

terça-feira, 23 de junho de 2020

Visita ao Restaurante "Honest Greens" no Parque das Nações


Finalmente tive a oportunidade de visitar o restaurante "Honest Greens", que situa-se na Alameda dos Oceanos 21101F, perto do Casino Lisboa.

Este local abriu no mês de Fevereiro deste ano e estava para ir visitar quando esta pandemia começou. Felizmente começaram a decorrer algumas medidas de desconfinamento e decidi que este seria o primeiro sítio escolhido para voltar a jantar fora, após este período de confinamento.

Existe a possibilidade de escolhermos onde gostaríamos de nos sentar ou seja, têm o interior, mas também têm a esplanada, se quiserem optar por ver o rio Tejo, enquanto estão a almoçar ou a jantar.

Assim que cheguei foi-nos dada a ementa, onde podíamos ir vendo todas as opções disponíveis de alimentação saudável. Enquanto a pessoa está na fila para entrar no seu interior, pode-se apreciar o aspecto que têm muitos dos pratos que já estão feitos, desde entradas ou mesmo acompanhamentos, entre outros.


Neste caso, quando a pessoa chega à caixa, pede aquilo que deseja e paga logo na altura. Quando o prato estiver pronto, será entregue na mesa respetiva, pelo funcionário do espaço. 

Na escolha do prato, o cliente pode optar por um prato que contenha proteína ou uma salada. Depois pode escolher um molho que queira acrescentar ao prato ou uma proteína que queira colocar na salada. Por fim, se ainda quiser adicionar uma guarnição extra, este espaço tem uma grande variedade por onde escolher.


Como primeira experiência resolvi escolher uma Garden Bowls, ou seja, uma salada. A salada escolhida foi Soul-Warming Curry que é constituída por uma base de arroz negro, quinoa tricolor, cenoura, abóbora, passas e couve-flor com açafrão. Para além disso, é acompanhada com couve Kale, espinafres, couve-roxa, maçã, sementes de girassol, coentros, romã, sésamo negro e molho de caril de origem vegetal. Por fim, resolvi acrescentar nesta mistura, tofu biológico.

Também resolvi escolher uma entrada que foi o hummus do dia, que neste caso era de espinafres que trazia palitos de cenoura e de pepino. Ainda não tinha tido oportunidade de experimentar este sabor de húmus e gostei muito.


Relativamente ao prato que escolhi, estava tudo muito saboroso e delicioso. O interessante é que esta salada incluía alguns ingredientes que não aprecio muito, mas com a combinação que foi feita, sem dúvida, que ficou uma boa mistura. As quantidades são bem generosas, por isso, a pessoa fica bem saciada. 

Para beber, eu resolvi escolher águas com infusões de frutas, ervas frescas e agave, que também têm disponível, o refill grátis das mesmas. Neste caso, aproveitei para experimentar 2 sabores diferentes de água com ingredientes muito bem combinados, que resultava depois num sabor bem interessante.


Como já não comia uma sobremesa há muito tempo, resolvi experimentar um Duo de Chocolate, que é uma tarte de chocolate preto e branco, frutos silvestres e banana e posso dizer, que ótima combinação para finalizar esta refeição. 

Considero que este restaurante tem a vantagem de não só estar bem localizado, de ter preços acessíveis, mas também de ter à disposição, uma variedade de pratos que inclui ingredientes tão diversificados e novos para o nosso paladar.

Eu sempre gostei de experimentar novos alimentos e quando esses estão incluídos em misturas completamente diferentes, fico com curiosidade de saborear estas combinações muito bem feitas.


Eu aconselho-vos a visitarem a este espaço, principalmente se quiserem optar por uma alimentação mais saudável, mas também se tiverem vontade de experimentar novas opções, que normalmente não costumam incluir na vossa rotina diária. Para além disso, é um espaço muito acolhedor, com uma decoração muito bonita e indicado para fazerem uma refeição descontraída, mas em segurança. 


sexta-feira, 19 de junho de 2020

Minissérie "The Great" com Elle Fanning e Nicholas Hoult - a história de "Catherine - The Great" da Rússia, num modo sarcástico, divertido e pouco convencional



A minissérie "The Great" é a nova aposta do canal Hulu, que é transmitida no nosso país, através da HBO Portugal. É uma comédia com algum drama à mistura, constituída atualmente por 10 episódios, que conta ligeiramente a história de Catherine ("The Great"), a Imperatriz da Rússia, num modo sarcástico, divertido e pouco convencional.

Esta é baseada numa peça de Tony McNamara de 2008, que acaba por ser o mesmo responsável pela criação e pelo guião desta adaptação. Tanto ele como Elle Fanning são alguns dos seus produtores executivos.

A história desenrola-se à volta de Catherine (Elle Fanning), durante a sua juventude, o período em que esteve casada com o Imperador Peter III da Rússia (Nicholas Hoult) e a preparação de um golpe de estado para retirar o seu marido do poder. 

O elenco é constituído por Elle Fanning (Imperatriz Catherine), Nicholas Hoult (Imperador Peter III), Phoebe Fox (Marial), Sacha Dhawan (Orlo), Charity Wakefield (Georgina Dymova), Gwilym Lee (Grigor Dymov), Adam Godley (Arcebispo Archie), Douglas Hodge (General Velementov), Belinda Bromilow (Tia Elizabeth), Bayo Gbadamosi (Arkady), Sebastian de Souza (Leo Voronsky) e Louis Hynes (Vlad).


Esta figura tão poderosa e histórica já foi contada por diversas vezes, mas esta versão é completamente diferente daquilo que estamos à espera. Quando estamos a assistir a uma série histórica não temos a oportunidade de ver um lado mais cómico destas personagens. E mesmo que algumas das partes que acompanhamos sejam apenas ficção, não deixa de ser interessante de ver e também de achar piada.

Neste original da Hulu, é engraçado quando a própria série vai revelando que a história não é totalmente verdade, por isso, acredito que quando alguém resolve começar a acompanhar a mesma, já está informado e preparado para ver uma versão mais divertida, com alguns factos históricos em que não é usual isso acontecer noutras séries históricas.

Esta história invulgar torna-se surpreendente à sua maneira no modo como conseguem transformar diálogos que eram suposto serem mais sérios e complexos, em cenas de humor, em que acabam por serem bem inseridos, não tornando-se assim, em piadas secas. Também é constituída por violência e crueldade, que são representadas de formas inesperadas. 

Para além disso também temos a oportunidade de assistir a alguns tipos de torturas que são invulgares e podemos ver planos que têm tudo para dar errado, mas às vezes até correm bem ou então, ouvir várias piadas diferentes, relativamente a temas da sexualidade. 


Nas séries de época não é costume ver tantas faltas de respeito, como acontece em The Great. Neste caso, existe uma liberdade de expressão bastante superior ao que poderíamos estar à espera de ver numa corte de qualquer monarquia, mas isso não deixa de ter a sua piada, apesar de achar que por vezes, há um certo exagero em determinadas cenas. Também é engraçado observar, que muitos dos diálogos estão adaptados à época, sendo alguns sarcásticos, em vez de serem dramáticos, nos quais a criatividade acaba por ser muito importante neste caso.  

Temas que poderiam ser considerados como tabus naquela época, não acontecem nesta história, pois para estas personagens é algo de muito frequente de acontecer e por isso não questionam e também não criticam. Também tinham determinadas tradições, tais como partir os copos, depois de brindarem e gritarem Huzzah!

Ao longo dos episódios, podemos acompanhar uma corte muito mais animada e bem-disposta, do que estamos habituados a ver, pois não existem limites, seja a nível da quantidade de bebidas ou de sexo. Para além disso também inclui bastante violência, mas tentam representá-la, de uma forma mais divertida, mas ao mesmo tempo, chocante.


Nesta história ocasionalmente verdadeira, acompanhamos uma jovem ingénua e inocente, que é cheia de sonhos e ideias para tornar a Rússia, num país muito melhor, através da introdução da arte, poesia e outros tipos de conhecimentos, que já faziam parte de outros países. Depois de viver algum tempo na Rússia e de sentir-se desiludida com o seu casamento, Catherine começa a perceber que este sítio tem ideias muito mais primitivas do que pensava e que era fundamental que acontecesse uma grande mudança no país. Mas para isso acontecer, Catherine terá de passar por diversos obstáculos impostos não só pelo seu marido Peter, mas também pelo clero, nobreza e os próprios militares, com o objetivo de alcançar o poder e assim, teria de planear um golpe de estado em segredo e introduzindo aos poucos, os seus aliados.

Quando Catherine chegou à corte russa, ela estava à espera de apaixonar-se e casar-se com um homem que realmente amasse, mas infelizmente isso não aconteceu, diminuindo cada vez mais, as suas expetativas perante ter uma vida com amor. Apesar de cada um ter o seu respetivo amante, isso não significava que a relação entre este Imperador e Imperatriz fosse fácil, pois acabavam por despertar um no outro, emoções improváveis e por vezes destrutivas.

Ela é uma mulher determinada, corajosa, lutadora e que não desiste, enquanto não for ela a governar a Rússia, por isso irá ter todo o cuidado para colocar o seu plano em marcha. Para além disso é muito otimista relativamente ao seu futuro e é uma pessoa culta, interessada, manipuladora, que sabe o que quer. Nestes episódios podemos acompanhar o crescimento e evolução desta Imperatriz que quer fazer a diferença na Rússia.


Um dia, Catherine recebe um amante chamado Leo, oferecido por Peter, com o objetivo de a fazer feliz. Leo é o filho de um dos melhores amantes da Rússia, acabando por ser o amante ideal, já que é estéril. A atenção de Catherine vai-se dividindo, entre a preparação do seu golpe e os momentos partilhados com Leo.

A forma como Elle Fanning interpreta esta personagem faz com que cative o público e que o mesmo esteja constantemente, a torcer pelo seu sucesso, devido a todas as ideias gloriosas que vai tendo para depois serem incluídas numa Rússia muito mais moderna. Acho que esta atriz utiliza muito bem a sua expressão corporal para representar esta Imperatriz. Assim, é interessante acompanhar a jornada desta personagem e ver situações em que existem misturas entre a ironia e o drama.


Nicholas Hoult representa um Peter amargo, mimado, infantil, agressivo e impulsivo de uma forma muito divertida, nos quais é o Imperador da Rússia e casa-se com Catherine, mas infelizmente não dá valor à mulher com quem se casou e tenta inferiorizá-la, sempre que tem uma oportunidade, por mais boas ideias que ela possa vir a ter. 

Esta personagem destaca-se pela sua personalidade exuberante e as suas atitudes imprevisíveis, que acabam por ter a sua piada. Nós temos a oportunidade de assistir a um lado deste ator, que não estamos habituados a ver e sem dúvida, é interessante acompanhar este papel caricato que pode ser uma pessoa muito bem-disposta e exibicionista, mas ao mesmo tempo violenta e vingativa, em que devido à sua influência na corte russa, torna-se complicado enfrentá-lo.

Este ator tem tido uma evolução muito positiva na sua carreira da representação, em que tivemos a oportunidade de ver papeis bem diferentes uns dos outros. Este encaixou muito bem no papel de Peter, na forma como foi explorando esta personagem, ao longo destes episódios. Acredito que tenha havido um processo longo de construção, relativamente à personagem do Peter.


Este imperador é um mau líder, gosta de festas, bebida, sexo, contar anedotas sem piada e não consegue criar boas estratégias para lidar com a guerra contra os suecos. 

Peter quer ser amado pelo seu povo e ter um herdeiro, mas tem atitudes inconscientes e sente-se completamente à vontade de falar com qualquer pessoa sobre a sua sexualidade. Para além disso, também achei engraçado, a forma como Peter conta as suas piadas na corte e apesar de no início, as pessoas não se rirem por não acharem graça, acabam por fazê-lo, de um modo artificial, mas que para Peter é uma gargalhada genuína e verdadeira.


Considero que algumas das cenas partilhadas por Catherine e Peter são hilariantes de assistir, porque mostram um casal improvável, que num dia podem aliar-se a um objetivo comum, mas no outro podem estar de costas voltadas e a pensarem em formas de prejudicarem o outro. Por vezes é difícil, a pessoa não se rir de determinadas situações que vão sucedendo, que por mais exageros que possam existir, não deixam de ter a sua piada. Assim, esta história acaba por ter um humor improvável, mas divertido ao mesmo tempo, que vai surpreendendo cada vez mais o espetador.

Nesta altura, as mulheres não eram mesmo valorizadas, nem podiam ter ideias inovadoras e também houve quem achasse que a função principal destas, de servir os outros, como por exemplo, os maridos respetivos. Por isso, estas não podiam ser cultas, nem aprender a ler. Assim, Catherine resolveu criar uma escola para mulheres, mas infelizmente acabou por ser rejeitada pelo Imperador. Esta não foi nem seria a primeira da lista de ideias que seria recusada por Peter.

Chega um momento em que Peter começa a apaixonar-se por Catherine e começa a fazer-lhe algumas vontades, tais como incluir exibições de ciência e de arte, mas será que estas pequenas mudanças irão durar muito tempo? 


Para além de Catherine e Peter, também existem personagens bem interessantes nesta história. Orloy é um homem inteligente, que torna-se num dos aliados principais de Catherine no desenvolvimento do golpe de estado, mas por vezes, o seu nervosismo sempre foi mais forte do que ele. Depois temos, Velementov, que é um general que está sempre bêbado, mesmo nas horas de serviço, mas sempre teve um interesse especial em Catherine, sendo uma das figuras fundamentais para meter o golpe de estado, em prática. Por fim, temos Marial, que não gosta da forma como as coisas são feitas na Rússia e tem como principal objetivo, restaurar a sua posição na corte e assim será a primeira aliada de Catherine, em que não vai deixar nada por dizer. 

Considero que todas as dinâmicas da história são bem construídas, nos quais as emoções são bem representadas e podemos chegar à conclusão que todas as personagens foram fundamentais para um bom resultado final.

Apesar de ser uma comédia e não ser totalmente adaptado ao original, é fundamental que o espetador esteja na mesma com atenção, para não se perder, pois pode acontecer algumas informações relevantes passarem numa velocidade, que a pessoa nem dá conta, mas considero que a história apesar de ser desconfortável para algumas pessoas, acho que vai ganhando aos poucos, interesse por parte do público.

Para além de um argumento bem escrito, a parte técnica também está de parabéns. O modo como a corte russa é representada através dos cenários, figurinos, penteados, fotografia, danças, arte retratam muito bem a época em questão. Também mostram tudo aquilo que os russos mais valorizavam naquela altura, como por exemplo, a posição respetiva na corte ou a necessidade de ter de existir guerra ou mesmo a forma como as personagens tinham de se comportar.

Este drama satírico é constituído por uma criatividade muito impressionante, pois não é fácil transformar uma série histórica numa comédia e por vezes existe o risco de cair no exagero, tornando-se assim, aborrecida. Num geral, conseguiu haver um equilíbrio na forma como as piadas iam sendo contadas, mas houve algumas cenas que acabaram por ultrapassar um pouco, os limites de exagero, apesar de ser algo que já estaríamos à espera.


Quando a pessoa resolver ver qualquer série história, aumenta a sua curiosidade em querer saber mais sobre o que aconteceu na realidade e como funcionava a monarquia de cada país.   

Esta é uma história deslumbrante e completamente oposta do original, inspirada em alguns factos históricos, onde uma Imperatriz sempre teve uma grande imaginação, de como seria cumprir o seu destino, mas infelizmente, nem tudo correu como o esperado, pois a realidade da Rússia não era aquela que Catherine julgava ser a verdadeira. Mesmo assim, Catherine não irá desistir, criando um golpe de estado, com o objetivo de trazer mudanças para a Rússia.