sábado, 25 de fevereiro de 2023

Outlander - 8 Razões para não perderem esta série bem incrível e cativante

 

Já estava para falar há muito tempo de uma das minhas séries favoritas e é sem dúvida, daquelas que eu tenho um carinho muito especial e aconselho a toda a gente ver. Outlander é uma série produzida pela Sony Pictures Television que estreou em 2014 e é constituída por uma mistura de drama com romance e fantasia, tendo sido recentemente renovada para a oitava e última temporada pelo canal Starz.

Esta produção protagonizada por Caitriona Balfe e Sam Heughan que se tornou imediatamente num fenómeno é baseada nos livros de Diana Gabaldon, sendo que foi desenvolvida por Ronald D. Moore e pode ser vista em Portugal, através da Netflix e dos canais de televisão, AXN White e TVCine Emotion.

Outlander conta a história de vida da enfermeira Claire Randall (Caitriona Balfe), que começa em 1945, na 2ª Guerra Mundial. Ela resolve fazer uma viagem à Escócia com o seu marido, mas acaba por ser transportada de uma forma misteriosa para o ano de 1743, onde conhece Jamie Fraser (Sam Heughan), um jovem escocês e ainda se cruza com Jonathan Randall (Tobias Menzies), capitão do exército britânico e antepassado do seu marido Frank. Para conseguir sobreviver e voltar ao seu tempo, Claire terá de aprender e adaptar-se aos costumes desta época.

De seguida, partilho com vocês as 8 principais razões pelas quais é indispensável acompanharem a magia que é Outlander!

 

1.       Tem uma história intrigante e cativante

Outlander tem uma combinação evidente de romance com fantasia, drama e ação com um genérico que fica no ouvido e nos quais cada episódio deixa a pessoa emocionada e ansiosa para ver o próximo. Desde o primeiro episódio que consegue prender a atenção com uma narrativa que se inicia em 1945, onde uma enfermeira do exército britânico da Segunda Guerra Mundial acaba por viajar misteriosamente para o ano de 1743 e terá uma jornada difícil e longa pela frente, onde terá de se adaptar a um tempo mais primitivo do que o dela.  

A história em si tem um pouco de tudo, focando-se em todos os detalhes, naquilo que realmente importa e onde não irá faltar o uso do gaélico escocês, outros sotaques e o recurso aos flashbacks! É viciante, direta, realista e bem interessante, sendo repleta de amor, reviravoltas, conflitos, intrigas, lutas, perigos, violência, tortura, guerra, batalhas, política, poder, traumas, escravatura, preconceitos, dilemas, tragédias, convicções, escolhas, conspirações, revoluções, sexo, magia, inimigos, mortes e muito mais.  

Esta série é uma obra-prima profunda que contém um elenco de luxo, deixando a pessoa rendida com a sua história bem fluída e tem tido a capacidade de se inovar de um modo dinâmico e muito próprio, sendo de acordo com as expetativas e muitas vezes, superando as mesmas. Tudo é construído de uma maneira inteligente e ousada, conquistando cada vez mais admiradores e criando assim, um resultado incrível e inesperado, mas é fundamental que se esteja atento a todos os pormenores que nos são apresentados, pois depois irão ser úteis para conectar com cenas futuras da narrativa.

2.       Retrata eventos históricos

Este é um drama com uma qualidade excelente que também atravessa diversos períodos históricos e para quem tem interesse em saber mais sobre a história da Escócia, esta é a série ideal para aprendermos mais e ainda ajuda a aumentar a nossa curiosidade, chegando a um ponto que acabamos por pesquisar mais informação relacionada com este assunto, mas atenção que podem existem situações mais ficcionais e que não aconteceram na realidade. Um dos eventos mais importantes e marcantes deste país foi sem dúvida, a revolta jacobita que tinha como principal objetivo, colocar o príncipe Charles Edward Stuart no trono britânico e levando assim, à famosa Batalha de Culloden em 1746, um conflito real e sangrento entre os rebeldes jacobitas e o governo britânico, onde se perderam milhares de vidas escocesas e foram os soldados britânicos que saíram vitoriosos, mudando assim, a forma de vida dos escoceses.

Também é abordado de um modo breve, a Segunda Guerra Mundial, a famosa época de caça às bruxas, o tempo do reinado do rei Luís XV, o papel da Jamaica como centro do tráfico de escravos e o surgimento das Colónias, tendo ocorrido mais tarde outro evento impactante que foi a Revolução Americana que levou à Independência dos Estados Unidos. Por fim, também temos a oportunidade de aprender mais sobre os costumes de outros povos, como por exemplo, os Cherokee e os Mohawk que eram comunidades de índios e não tiveram uma vida fácil naquela altura.

3.       Personagens carismáticas

Outlander não é uma história só focada nos seus protagonistas. Cada uma das suas personagens tem a oportunidade de brilhar, destacar-se cada uma à sua maneira e de ainda ter um desenvolvimento interessante.

A série tem uma grande sensibilidade a retratar temas que se tornam tocantes para o espetador, relativamente a traumas sofridos pela maior parte das personagens que irão ser vitais para lidarem e evoluírem enquanto pessoas. Também temos a chance de acompanhar o amadurecimento de cada um destes seres humanos com as suas personalidades complexas que são fruto das experiências positivas e negativas que foram vivendo, acabando por surpreender o próprio público.

Um dos destaques vai para as personagens femininas desta série, tais como Claire, Brianna (Sophie Skelton) e Marsali (Lauren Lyle) que têm as suas próprias convicções e representam mulheres fortes, independentes e inteligentes com habilidades pertinentes e com uma determinação e resiliência para sobreviverem sozinhas, algo que não era muito frequente de acontecer naquela época, tornando-se assim, numa referência para muitas pessoas, principalmente jovens.

A história também não seria a mesma sem os seus antagonistas, em que Tobias Menzies fez uma interpretação excecional de Black Jack Randall, um capitão do exército britânico. Ele é um vilão temível, inteligente, muito cruel e um autêntico criminoso a nível de assassinatos e violações, trazendo um ódio imediato a quem está a assistir, mas na realidade foi um ótimo adversário para os protagonistas, principalmente para o guerreiro e protetor Jamie.

4.       Química perfeita dos seus protagonistas

Tanto Caitriona Balfe como Sam Heughan fazem uma interpretação espetacular nos papéis de Claire e Jamie e sem dúvida que foram a escolha acertada. A pessoa não consegue mesmo imaginar outros atores a representarem estas duas personagens. Cada um traz a essência necessária para este romance arrebatador, dando vida a estas figuras carismáticas, teimosas e lutadoras com personalidades fortes que conquistaram instantaneamente o espetador desde o início e fizeram com que o mesmo se identificasse com a maneira de ser tanto de Claire como de Jamie.

Esta é a épica história de amor de Claire e Jamie, onde a química entre ambos é poderosa, apaixonante, emocionante e única que faz com que o público vibre desde o primeiro momento, criando uma empatia imediata com eles e torcendo para que eles consigam ultrapassar todos os obstáculos e serem felizes. A jornada deles é constantemente desafiante com os seus altos e baixos e tem os seus momentos mais obscuros, mas é a determinação e o amor que têm um pelo outro que os faz enfrentar tudo o que possa vir a acontecer.

Este é um relacionamento forte e equilibrado entre um homem simples das Highlands que se apaixona perdidamente pela sua Sassenach que também é uma viajante do tempo. É uma cumplicidade e conexão que nos dá lições bem úteis sobre o conceito de amor verdadeiro e duradouro, o que significa amar, o respeito que se deve nutrir um pelo outro e a importância que é estar disposto a deixar de lado as suas diferenças.

5.       Cenários e Figurinos

Uma produção que seja representada num período específico tem de estar associada aos figurinos que eram utilizados na altura e com cenários adequados. Outlander faz isso de uma maneira perfeita e com uma ótima autenticidade, sendo fiéis à época representada e são compostos por trajes escoceses com o seu aspeto mais rústico como o famoso kilt dos Highlanders, por uniformes do exército inglês e ainda pelos figurinos mais bonitos e requintados que podem ser vistos em obras de época, sem não esquecer os respetivos penteados, joias e acessórios a combinar. E as roupas típicas eram escolhidas e utilizadas de acordo com a região e época, em que cada peça era cheia de detalhes, como é o caso de muitos vestidos coloridos e incríveis com tecidos mais dispendiosos que eram usados pelas mulheres da nobreza na corte francesa. Já os cenários são exuberantes, tendo sido muito bem construídos e adaptados, como foi o caso de representar a arquitetura, a moda e o luxo francês ou simplesmente construírem do zero, casas e vilas inteiras para representar uma determinada comunidade que vivia naquela altura.

6.       A beleza natural da Escócia

Outlander é das melhores produções para mostrar a beleza indescritível e de tirar o fôlego que a Escócia possui, onde temos um contacto diretamente com a natureza e parece um mundo com uma magia própria. Nós temos a oportunidade única de ver vistas extraordinárias e tão adequadas à história que está a ser contada, sendo constituída por uma excelente fotografia e ótimos ângulos de filmagem que vão sendo apresentados ao longo dos episódios, deixando o espetador completamente apaixonado, rendido e com uma vontade imediata de visitar este país. Posso garantir que eu fui uma dessas pessoas que depois de ter começado a ver a série, fiquei com muita curiosidade em visitar a Escócia e foi isso que eu acabei por fazer, tendo tido a chance de visitar alguns dos seus locais de filmagem. Se quiserem saber mais sobre os locais de filmagem que estão relacionados com Outlander, podem clicar AQUI e assim, entrar ainda mais no universo desta série.

Além de conhecermos as paisagens naturais e maravilhosas da Escócia, os respetivos castelos, montanhas, rios, lagos, florestas e de sabermos mais sobre a sua essência peculiar, nós ficamos a entender melhor a sua cultura, principalmente aquilo que acontecia no século XVIII. Este é um povo que é caracterizado como sendo corajoso e fiel aos seus princípios que respeita as suas tradições, tendo uma influência forte a nível da sua música e do famoso kilt. Além disso, é rica em mitologia, onde são muitos os mitos, rituais e lendas que residem por lá até aos dias de hoje. Esta história mostra-nos como era a vida dos clãs escoceses e como foi o progresso de destruição desta cultura das Terras Altas pelas mãos dos soldados ingleses, onde muitos dos seus costumes simplesmente desapareceram e outros regressaram, mas com certas limitações, sendo que atualmente isso ainda acontece e também é um assunto delicado para se abordar.   

7.       Viagem no Tempo

Após o fim da 2ª Guerra Mundial, Claire muda completamente a sua vida, durante uma viagem romântica com o seu marido Frank Randall (Tobias Menzies) até uma cidade pequena na Escócia que está cheia de elementos misteriosos, mitos, simbolismo e lendas, ao mesmo tempo que ele aproveita para pesquisar mais sobre os seus antepassados. Um dia, esta enfermeira resolve encostar-se a umas rochas mágicas em Craigh na Dun, mas ela não imaginava que iria acabar por atravessar um portal que a levaria desde 1945 para 1743 no século VIII, num ambiente de perigo eminente e com tradições muito antigas. A sua aventura começa quando ela se cruza com um grupo de rebeldes escoceses na qual faz parte Jamie Fraser, um jovem pelo qual cria uma atração imediata e inexplicável.

É verdade que muitas narrativas relacionadas com viagens no tempo não são bem aceites pelo público, principalmente porque não são bem explicadas ou chegam a um ponto que perdem o sentido. Mas com Outlander, este tópico não é abordado de uma maneira tradicional e combinado com ficção científica, mas sim é um tipo de ferramenta que era referida em lendas, tendo sido utilizada com uma pitada de magia e cujo objetivo específico é levar a protagonista a um tempo completamente oposto ao dela, mostrando os desafios e dificuldades que ela vai enfrentando em dois períodos do tempo completamente diferentes entre si, enquanto vai estando dividida entre dois amores plenamente distintos, um localizado no presente e outro no passado.

8.       Inspirada nos livros de Diana Gabaldon

Já vos aconteceu lerem um livro e começarem a imaginar como seria a adaptação do mesmo num formato de um filme ou série? Cada vez existem mais obras a serem adaptadas para o universo do cinema e televisão e Outlander não foi exceção, sendo considerada como uma das séries mais populares da atualidade. Neste caso e com Diana Gabaldon como consultora, cada temporada da série adapta um livro da coleção. A primeira temporada é constituída por 16 episódios e é baseada no primeiro romance Outlander (1991), enquanto a segunda já é dedicada a Dragonfly in Amber (1992) e tem 13 episódios. Já a terceira temporada com 13 episódios é baseada em Voyager (1994) e a quarta temporada com o mesmo número de episódios está associada a Drums of Autumn (1997). The Fiery Cross (2001) foi a história da quinta temporada com o número de 12 episódios, enquanto A Breath of Snow and Ashes (2005) foi adaptado para 8 episódios na sexta temporada. Agora é aguardar pela 7ª e 8ª temporada que irá adaptar mais dos livros da saga de Outlander.

Como Outlander acaba por ser uma adaptação, existem determinadas situações que são abordadas nos livros que acabam por não vir a acontecer na série ou são ligeiramente alteradas ou não são referidas, devido ao rumo da própria história e para ser mais conveniente para aquilo que está a ser contado no momento, sendo que o leitor pode ficar surpreendido com o modo como certas cenas são representadas. Mas por vezes, também é importante que ocorram mudanças que sejam necessárias para melhorar a experiência de quem está a ver. Assim, muitos dos leitores desta saga consideram Outlander como uma adaptação criativa e muito bem realizada, onde conseguiram criar uma história fiel aquilo que Diana Gabaldon escreveu.

Outlander é das séries mais extraordinárias e icónicas que podem ser vistas na atualidade com uma narrativa dividida entre o século XVIII e XX que foi muito bem recebida pelo público. É uma história envolvente para todos os gostos que nos faz refletir, trazendo uma mistura de emoções com os seus momentos mais divertidos, vulneráveis, cruéis e obscuros, ao mesmo tempo que transmite uma mensagem poderosa, clara e pertinente daquilo que realmente importa na vida e o quanto devemos dar valor às coisas mais simples. Vamos a uma maratona da série?

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Filme "Ant-Man and the Wasp: Quantumania" - um bom começo para a fase 5 da MCU

 

A fase 5 da MCU inicia-se com a estreia do aguardado filme Ant-Man and the Wasp: Quantumania (Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania), sendo realizado por Peyton Reed e produzido por Kevin Feige, p.g.a. e Stephen Broussard, p.g.a.

O elenco é constituído por Paul Rudd (Scott Lang), Evangeline Lily (Hope Van Dyne), Jonathan Majors (Kang), Michael Douglas (Hank Pym), Michelle Pfeiffer (Janet Van Dyne), Kathryn Newton (Cassie Lang), David Dastmalchian (Veb), Katy O’Brian (Jentorra), William Jackson Harper (Quaz) e Bill Murray (Lord Krylar).

Desta vez, os parceiros super-heróis Scott Lang e Hope Van Dyne regressam para continuar as suas aventuras como Homem-Formiga e a Vespa. Juntos, com os pais de Hope, Hank Pym e Janet Van Dyne, e a filha de Scott, Cassie Lang, a família explora o Domínio Quântico, interagindo com novas criaturas estranhas e embarcando numa aventura que os irá levar para além dos limites do que pensavam ser possível.

Divulgação: Marvel Studios

A história em si é focada maioritariamente no Domínio Quântico, onde finalmente temos a oportunidade de conhecer mais pormenores sobre este lugar localizado fora do espaço e tempo e que tem características muito peculiares. Este é um universo bem colorido e vasto que se abre a uma infinidade de possibilidades, onde a nossa imaginação não tem limites e tudo é possível de acontecer.

No Domínio Quântico podemos encontrar uma magia própria e tudo aquilo que não imaginávamos que fosse possível de existir, onde as personagens são testadas de maneiras diferentes no meio de um perigo iminente. Contudo, tem uma certa vibe que faz lembrar ligeiramente os filmes dos Guardiões da Galáxia, ao mesmo tempo que possui uma identidade única que nos deixa encantados com tudo o que se está a ver e com a quantidade de criaturas estranhas que vivem por lá. Nisso, mostra os efeitos visuais de boa qualidade que consegue deixar o público completamente rendido ao modo como apresentaram este sítio, tendo conseguido superar as expetativas a nível de fotografia.

Divulgação: Marvel Studios

Um dos maiores destaques do filme vai para Kang, o Conquistador. Depois de ter sido brevemente apresentado uma das suas versões na série Loki, onde criou uma curiosidade automática para se saber mais sobre ele, Kang é introduzido oficialmente na fase 5 como muito provavelmente, o vilão mais poderoso do Universo Cinematográfico Marvel até à data, no qual a sua dinastia de terror está prestes a começar.

Kang tem uma essência bem diferente daquilo que esperamos num vilão se formos comparar com Thanos ou outros que foram surgindo neste mundo. Às vezes, o mais perigoso é subestimar as capacidades de alguém que está disposto a tudo para conseguir o que quer, não importa o tamanho de destruição que possa deixar pelo caminho. E com o seu número ilimitado de variantes, Kang tem uma influência muito poderosa e até perigosa para todo o Multiverso.

Divulgação: Marvel Studios

Neste filme, nós vemos inicialmente uma versão do Kang mais vulnerável que foi exilado para o Domínio Quântico, um local com capacidades para o manter por lá, acabando por se tornar num género de lenda que construiu o seu próprio império e ainda era temido pelas criaturas deste reino. Porém, o Kang é muito mais daquilo que aparenta e nunca se sabe o que esperar dele. Isto mostra o quanto ele é calculista, misterioso, inteligente, manipulador e consistente com os seus ideais, fazendo o que for preciso para alcançar o que quer e chegando a um ponto que ele não olha a meios para os seus fins, estando sempre dois passos à frente de qualquer um. Mesmo assim, ainda há muito para se vir a conhecer sobre Kang, o Conquistador que será explorado nas produções futuras da MCU.

Jonathan Majors faz um desempenho excelente a dar vida a este vilão arrepiante e determinado, transformando-o num monstro descontraído e perspicaz, mas também em alguém que impõe respeito e medo, enquanto vai dando dicas do que podemos esperar dele ao longo do futuro da MCU. Uma coisa é certa! Kang é uma autêntica ameaça e irá ser um adversário formidável e digno para os nossos super-heróis que mostra ter uma experiência notável em enfrentá-los. Quem será que terá a capacidade de enfrentar e quem sabe, derrotar Kang? É isso que teremos de esperar para ver nos futuros filmes dos Vingadores.

Tanto Paul Rudd como Jonathan Majors apresentaram uma dinâmica bem interessante e foi bom ver cada cena partilhada por ambos e os respetivos confrontos.

Divulgação: Marvel Studios

Em relação às outras personagens, não houve tempo para grandes desenvolvimentos, apesar de termos presenciado momentos divertidos entre Scott e a sua família. E existiu quem tivesse passado despercebido e não tivesse contribuído muito para a história, como por exemplo, o papel desempenhado por Bill Murray. Com a exceção de Kang, fiquei admirada com o tempo que foi dado a outras personagens para brilharem, principalmente no caso de Hank Pym e Janet Van Dyne, em comparação com os próprios protagonistas. A pessoa acaba por esperar mais cenas dedicadas à evolução de Scott Lang como super-herói, cuja sua ajuda foi vital para salvar o mundo, saber os efeitos reais que o Blip teve na sua vida e ainda o seu papel mais pormenorizado de mentor para com a sua filha, Cassie que não chegou a ser bem aproveitado e desenvolvido. Acho que teria sido bem interessante ter conhecido melhor as habilidades de Cassie e como foi o seu processo de aprendizagem, relativamente ao Domínio Quântico.  

Ant-Man and the Wasp: Quantumania é uma aventura cativante cheia de ação e ficção científica com um lado mais estranho que não se esquece das suas formigas e da sua dose de humor, cujas piadas foram introduzidas exatamente nos momentos certos e que fizeram todo o sentido. Ao contrário de produções anteriores, é um humor feito à medida e sem qualquer tipo de exageros, sendo que não se torna cansativo para o espetador.

Divulgação: Marvel Studios

Apesar de possuir os ingredientes mágicos do universo da Marvel, este filme tem os seus altos e baixos e não é perfeito, sendo por isso que é capaz de dividir opiniões. Mas continua na mesma a prender a atenção do espetador e a ser uma ótima fonte de entretenimento repleta de cenas de lutas muito bem coreografadas e criativas e ainda com muitas perseguições, explorações e explosões à mistura, trazendo personagens engraçadas e interessantes para o grande ecrã que espero que regressem futuramente. E por fim, apresentando um Domínio Quântico rico e irresistível aos olhos de qualquer um, elevando assim, a fasquia em termos visuais. 

Ant-Man and the Wasp: Quantumania é um bom começo para a fase 5 da MCU, trazendo uma experiência positiva e divertida para quem está a assistir e com duas cenas pós-créditos que deixam a pessoa ainda mais na expetativa e com vontade de acompanhar o que vem a seguir, sem nunca esquecer das famosas referências a este universo tão extenso e popular, mas que continua a nos conquistar.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Titanic celebra o seu 25º aniversário e está de regresso aos cinemas - um clássico que não podem mesmo perder

 

Para celebrar o seu 25º aniversário, uma versão remasterizada de Titanic será lançada nos cinemas portugueses no dia 9 de fevereiro em 3D 4K HDR.

Um dos filmes mais marcantes de todos os tempos realizado e escrito por James Cameron está de regresso ao grande ecrã que obteve um recorde de 11 Óscares, incluindo o de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Fotografia, Melhor Edição de Filme, Melhor Direção Artística, Melhor Figurino, Melhor Banda Sonora Original, Melhor Canção Original, Melhor Som, Melhor Edição de Efeitos Sonoros e Melhor Edição de Efeitos Visuais. Na sua estreia inicial, em 1997, o filme tornou-se na maior estreia mundial de bilheteira de todos os tempos e é, atualmente, o terceiro filme com a maior bilheteira a nível mundial.

Do elenco faz parte Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Billy Zane, Kathy Bates, Frances Fisher, Bernard Hill, Jonathan Hyde, Danny Nucci, Gloria Stuart, David Warner, Victor Garber e Bill Paxton.

Titanic é um romance repleto de ação, passado na malfadada viagem inaugural do “inafundável” Titanic, que era, na época, o maior navio em movimento alguma vez construído.


Durante a jornada fatídica de 1912 pelo Titanic, um artista pobre e uma jovem rica cruzam-se e apaixonam-se perdidamente um pelo outro. Embora esteja noiva de um arrogante herdeiro que não tem nada a ver com ela, esta mulher desafia a sua família e amigos numa busca pelo amor verdadeiro.

Definido como ser o navio dos sonhos e onde o inesperado pode acontecer a qualquer momento, este é um sítio que espalha uma magia instantânea por quem passa, deixando a pessoa fascinada com tudo ao seu redor.

Já perdi a conta de quantas vezes vi este filme que faz parte da lista dos meus favoritos e que sem dúvida, continua a marcar gerações e a conquistar o público. Uma história baseada num evento real que foi muito bem construída, desenvolvida e apresentada, transformando-se numa autêntica obra prima, trazendo a quem assiste uma montanha russa de emoções e uma lição de vida muito bem dada. Além disso, a música “My Heart Will Go On” de Celine Dion é mesmo perfeita para este filme, sendo que fica no ouvido e se tornou numa das minhas canções de eleição!


Titanic é um tesouro completamente valioso repleto de talento e de romance, sendo constituído por todos os ingredientes que um filme de excelente qualidade deve ter, desde a sua história cativante e apaixonante, passando pela incrível interpretação dos seus atores, os figurinos incomparáveis, os cenários elegantes, os bons efeitos visuais e sonoros e a própria banda sonora que continuam a destacar-se até aos dias de hoje.

São poucos os filmes que conseguem criar um impacto na vida de uma pessoa e Titanic é sem dúvida, um deles. É impecável o modo como tudo é produzido, onde dão atenção a todos os detalhes e têm uma perspicácia em apresentar aquilo que realmente faz sentido e abordando temas importantes para a sociedade, como o preconceito e a diferença que existe entre as classes sociais. Desde o início até ao fim, este consegue prender a atenção do público com cada uma das suas cenas memoráveis que nem damos pelo tempo a passar e deixam qualquer um com uma mistura de emoções, chegando a um ponto que a pessoa fica completamente rendida ao que está a ver, sejam eles momentos alegres ou outros mais tristes.


Além disso, este filme é tão inspirador e emocionante que também traz uma mensagem poderosa e inesquecível, criando assim, uma reflexão imediata e profunda no próprio espetador. A personagem do Jack desempenhada pelo Leonardo DiCaprio é uma pessoa corajosa e lutadora que está em busca de uma vida melhor e que não tem medo de arriscar. Ele só quer viver o momento, sendo que dá umas lições bem valiosas não só às pessoas ao seu redor, mas a quem está a assistir ao filme. O público cria logo uma empatia única com os protagonistas desta história, acreditando que o amor verdadeiro pode mesmo existir e também querem que eles consigam ter o seu final feliz. Apesar de isso não ter acontecido e de ter ocorrido uma tragédia, esta dupla de apaixonados aproveitou todos os momentos juntos da melhor maneira e como se fossem os últimos.

Por mais produções que possam vir a surgir, Titanic é um clássico bem espetacular e interessante que supera as expetativas, tem um grande significado para muitas pessoas e continuará a ser considerado como um dos melhores filmes da história do cinema e de todos os tempos que teve a capacidade de aproveitar muito bem o seu orçamento, deixando uma marca tão poderosa, épica e marcante que irá ser eterna na memória de todos nós. E não existe produção igual que terá o mesmo efeito em nós quanto esta! Um filme genial e épico com uma qualidade extraordinária que mostra o poder do amor e que nunca iremos esquecer! Quem irá rever?

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Os Pontos Fortes e Fracos da série "She-Hulk" - uma produção que pode ser vista na Disney +

Desta vez, o tema é dedicado a uma das produções da Marvel Studios que mais dividiu as opiniões do público, onde são abordados alguns dos pontos fortes e fracos da mesma. A série She-Hulk: A Advogada (She-Hulk: Attorney at Law, como título original) é constituída por nove episódios está disponível em exclusivo no Disney+, tendo Tatiana Maslany como a protagonista e com Jessica Gao como a escritora principal.

Do elenco fazem parte: Tatiana Maslany (Jennifer Walters/She-Hulk), Mark Ruffalo (Smart Hulk), Tim Roth (Emil Blonsky/the Abomination), Benedict Wong (Wong), Ginger Gonzaga (Nikki Ramos), Josh Segarra (Pug), Jameela Jamil (Titania), Jon Bass (Todd) e Renée Elise Goldsberry (Mallory Book).

Esta é uma produção com uma mistura de comédia com ação e aventura, em que acompanha Jennifer Walters (Tatiana Maslany) e a sua vida complicada de advogada solteira, aos 30 e poucos anos, que, por acaso, é também um hulk verde com dois metros, cheia de superpoderes.

Jennifer Walters é uma advogada especializada em casos jurídicos sobre-humanos que não vai deixar ninguém indiferente com a sua personalidade bem peculiar e especial!

She-Hulk é uma das séries do universo da Marvel que eu tinha mais curiosidade em conhecer, porque sou uma grande admiradora da personagem do Hulk desde que foi introduzida pela primeira vez na MCU, principalmente pelo desempenho tão próprio de Mark Ruffalo que cativou desde o início e acho que seria interessante no futuro surgirem participações mais ativas deste Hulk nas suas diferentes vertentes.

Pontos Fortes e Fracos de She-Hulk

Um dos pontos mais fortes da série é sem dúvida, as participações especiais, tanto de Mark Ruffalo como de Charlie Cox e Benedict Wong que dão a pele a personagens tão acarinhadas pelo público, como Hulk, Daredevil e Wong.

No caso do Hulk, é sempre divertido acompanhar esta figura icónica a interagir com outras personagens, sendo que maioritariamente esta história é mais focada na relação dele com a sua prima Jennifer Walters, onde ele é um tipo de mentor para com ela. Inicialmente, a pessoa acaba por ter algumas expetativas, relativamente a como será a relação entre ambos, principalmente depois dela se transformar numa hulk repleta de habilidades incríveis com o qual ela precisa de aprender a lidar. Porém, infelizmente não foi de acordo com as expetativas, chegando a um ponto que eu achei que a personagem do Bruce não foi bem aproveitada, pois ainda temos muitos lados deste super-herói ainda por conhecer, sendo que tive pena que eles não tivessem partilhado momentos mais divertidos e mesmo esclarecido algumas perguntas relacionadas com o Bruce que continuam a não ter respostas, chegando a um ponto que tudo pareceu muito apressado.  

Matt Murdock/Daredevil que terá em breve o regresso da série dedicada a este super-herói tem sido comentado como sendo uma das apostas mais esperadas da Marvel. Por isso, quando foi anunciado que ele iria aparecer em She-Hulk, criou-se uma satisfação imediata e surpreendente nos fãs deste vigilante para ver o seu retorno há muito aguardado.

Em cada minuto que apareceu, ele brilhou instantaneamente com a sua personalidade, onde tivemos a chance de conhecer um lado diferente deste advogado, acabando assim, por se tornar num dos destaques positivos e principais desta série, e de uma certa forma foi uma ótima decisão terem-no incluído nesta produção. Até foi engraçado ver a dinâmica partilhada entre o Matt e a Jennifer que até teve a sua piada, mas faltou a dupla enfrentar a sério o crime em conjunto e também esperava que o Matt surgisse mais vezes no nosso ecrã. Também já nos foi garantido que futuramente ainda iriamos ter mais cenas destas duas personagens.

Já o Wong foi bom matar saudades desta personagem caricata que diverte sempre que entra em cena com os seus momentos hilariantes e tive pena que não tivesse estado presente em mais episódios.

Apesar de nos últimos tempos terem surgido críticas aos efeitos visuais da série depois do lançamento do primeiro trailer, o público resolve na mesma dar uma oportunidade a She-Hulk e conhecer esta história, esperando que seja surpreendido pela positiva. Infelizmente, isso nem sempre aconteceu e a pessoa acaba por não conseguir conectar-se com a série.

Esta produção dá a entender que iria ser bem diferente de tudo aquilo que já vimos ter sido feito até hoje pela Marvel e isso é bem verdade, porém não foi executado da melhor forma! Apesar da Tatiana Maslany ter tido um bom desempenho nesta história da introdução da She-Hulk à MCU com uma vertente mais divertida, a narrativa teve os seus altos e baixos, tendo sido repleta de pouca ação, fragilidades e desequilíbrios evidentes. Mas, existiram apostas que até tiveram um bom resultado, como algumas cenas mostradas no último episódio que nos apresentaram os bastidores da própria história da She-Hulk de um modo criativo e arriscado, onde conhecemos o famoso Kevin e incluindo uma saída criativa diretamente do menu inicial da plataforma da Disney +.

Infelizmente, a personagem do Emil e muitas outras não foram bem desenvolvidas, passando até por situações bastante exageradas, forçadas e com um humor que não teve assim muita piada. Por isso, estas foram uma das muitas razões que She-Hulk foi considerada como uma desilusão, cujo projeto continha uma história que se perdeu e com uma qualidade bem inferior ao que esperávamos por parte de uma produção da Marvel Studios.

Como dito anteriormente, She-Hulk dividiu intensivamente as opiniões das audiências e da própria crítica que tinham determinadas expetativas. Isso aconteceu muito devido à forma como estes nove episódios foram construídos e pelos exageros realizados a vários níveis que acabaram por fazer a história perder sentido, levando assim, a uma experiência não tão positiva para o espetador.

Espero que futuramente aproveitem melhor o potencial desta nova super-heroína e consigam aperfeiçoar significativamente a nível de argumento e efeitos visuais, porque acabou por ser estranho acompanhar uma história deste universo tão mal organizada, pouco interessante e com uma falta clara dos ingredientes essenciais para cativar a atenção do público. Por vezes, ter uma história mais louca e inesperada, mas que seja muito bem escrita é espetacular, como aconteceu com a série Loki que se transformou num produto final extraordinário, mas com She-Hulk não foi o caso e quem acabou por perder foram os próprios fãs.  

Agora é aguardar pelas próximas participações de She-Hulk na MCU, sendo uma delas já na nova série focada no Daredevil. Eu desejo que nas próximas produções da Marvel Studios criem histórias mais impactantes e surpreendentes para assim, termos a oportunidade não só de ver She-Hulk em ação e quem sabe na companhia de muitos mais super-heróis, mas também conhecermos a origem e desenvolvimento de mais personagens emblemáticas que poderão ser vitais para o futuro da MCU.