Desta vez, o tema é dedicado a uma das produções da Marvel Studios que mais dividiu as opiniões do público, onde são abordados alguns dos pontos fortes e fracos da mesma. A série She-Hulk: A Advogada (She-Hulk: Attorney at Law, como título original) é constituída por nove episódios está disponível em exclusivo no Disney+, tendo Tatiana Maslany como a protagonista e com Jessica Gao como a escritora principal.
Do elenco fazem
parte: Tatiana Maslany (Jennifer Walters/She-Hulk), Mark Ruffalo (Smart Hulk),
Tim Roth (Emil Blonsky/the Abomination), Benedict Wong (Wong), Ginger Gonzaga
(Nikki Ramos), Josh Segarra (Pug), Jameela Jamil (Titania), Jon Bass (Todd) e Renée
Elise Goldsberry (Mallory Book).
Esta é uma
produção com uma mistura de comédia com ação e aventura, em que acompanha Jennifer
Walters (Tatiana Maslany) e a sua vida complicada de advogada solteira, aos
30 e poucos anos, que, por acaso, é também um hulk verde com dois
metros, cheia de superpoderes.
Jennifer Walters é uma advogada
especializada em casos jurídicos sobre-humanos que não vai deixar ninguém
indiferente com a sua personalidade bem peculiar e especial!
She-Hulk é uma das séries do
universo da Marvel que eu tinha mais curiosidade em conhecer, porque sou uma
grande admiradora da personagem do Hulk desde que foi introduzida pela
primeira vez na MCU, principalmente pelo desempenho tão próprio de Mark Ruffalo
que cativou desde o início e acho que seria interessante no futuro surgirem
participações mais ativas deste Hulk nas suas diferentes vertentes.
Pontos Fortes e Fracos de She-Hulk
Um dos pontos
mais fortes da série é sem dúvida, as participações especiais, tanto de Mark Ruffalo
como de Charlie Cox e Benedict Wong que dão a pele a personagens tão acarinhadas
pelo público, como Hulk, Daredevil e Wong.
No caso do Hulk,
é sempre divertido acompanhar esta figura icónica a interagir com outras
personagens, sendo que maioritariamente esta história é mais focada na relação
dele com a sua prima Jennifer Walters, onde ele é um tipo de mentor para
com ela. Inicialmente, a pessoa acaba por ter algumas expetativas,
relativamente a como será a relação entre ambos, principalmente depois dela se
transformar numa hulk repleta de habilidades incríveis com o qual ela
precisa de aprender a lidar. Porém, infelizmente não foi de acordo com as
expetativas, chegando a um ponto que eu achei que a personagem do Bruce
não foi bem aproveitada, pois ainda temos muitos lados deste super-herói ainda
por conhecer, sendo que tive pena que eles não tivessem partilhado momentos
mais divertidos e mesmo esclarecido algumas perguntas relacionadas com o Bruce que
continuam a não ter respostas, chegando a um ponto que tudo pareceu muito
apressado.
Matt Murdock/Daredevil que terá em
breve o regresso da série dedicada a este super-herói tem sido comentado como
sendo uma das apostas mais esperadas da Marvel. Por isso, quando foi anunciado
que ele iria aparecer em She-Hulk, criou-se uma satisfação imediata e
surpreendente nos fãs deste vigilante para ver o seu retorno há muito
aguardado.
Em cada minuto
que apareceu, ele brilhou instantaneamente com a sua personalidade, onde
tivemos a chance de conhecer um lado diferente deste advogado, acabando assim,
por se tornar num dos destaques positivos e principais desta série, e de uma certa
forma foi uma ótima decisão terem-no incluído nesta produção. Até foi engraçado
ver a dinâmica partilhada entre o Matt e a Jennifer que até teve
a sua piada, mas faltou a dupla enfrentar a sério o crime em conjunto e também
esperava que o Matt surgisse mais vezes no nosso ecrã. Também já nos foi
garantido que futuramente ainda iriamos ter mais cenas destas duas personagens.
Já o Wong
foi bom matar saudades desta personagem caricata que diverte sempre que entra
em cena com os seus momentos hilariantes e tive pena que não tivesse estado presente em mais episódios.
Apesar de nos
últimos tempos terem surgido críticas aos efeitos visuais da série depois do
lançamento do primeiro trailer, o público resolve na mesma dar uma oportunidade
a She-Hulk e conhecer esta história, esperando que seja surpreendido
pela positiva. Infelizmente, isso nem sempre aconteceu e a pessoa acaba por não
conseguir conectar-se com a série.
Esta produção dá
a entender que iria ser bem diferente de tudo aquilo que já vimos ter sido
feito até hoje pela Marvel e isso é bem verdade, porém não foi executado da
melhor forma! Apesar da Tatiana Maslany ter tido um bom desempenho nesta
história da introdução da She-Hulk à MCU com uma vertente mais
divertida, a narrativa teve os seus altos e baixos, tendo sido repleta de pouca
ação, fragilidades e desequilíbrios evidentes. Mas, existiram apostas que até tiveram
um bom resultado, como algumas cenas mostradas no último episódio que nos
apresentaram os bastidores da própria história da She-Hulk de um modo
criativo e arriscado, onde conhecemos o famoso Kevin e incluindo uma
saída criativa diretamente do menu inicial da plataforma da Disney +.
Infelizmente, a
personagem do Emil e muitas outras não foram bem desenvolvidas, passando
até por situações bastante exageradas, forçadas e com um humor que não teve
assim muita piada. Por isso, estas foram uma das muitas razões que She-Hulk
foi considerada como uma desilusão, cujo projeto continha uma história que se
perdeu e com uma qualidade bem inferior ao que esperávamos por parte de uma
produção da Marvel Studios.
Como dito
anteriormente, She-Hulk dividiu intensivamente as opiniões das
audiências e da própria crítica que tinham determinadas expetativas. Isso
aconteceu muito devido à forma como estes nove episódios foram construídos e pelos
exageros realizados a vários níveis que acabaram por fazer a história perder sentido,
levando assim, a uma experiência não tão positiva para o espetador.
Espero que
futuramente aproveitem melhor o potencial desta nova super-heroína e
consigam aperfeiçoar significativamente a nível de argumento e efeitos visuais,
porque acabou por ser estranho acompanhar uma história deste universo tão mal
organizada, pouco interessante e com uma falta clara dos ingredientes essenciais
para cativar a atenção do público. Por vezes, ter uma história mais louca e
inesperada, mas que seja muito bem escrita é espetacular, como aconteceu com a série
Loki que se transformou num produto final extraordinário, mas com She-Hulk
não foi o caso e quem acabou por perder foram os próprios fãs.
Agora é aguardar pelas próximas participações de She-Hulk na MCU, sendo uma delas já na nova série focada no Daredevil. Eu desejo que nas próximas produções da Marvel Studios criem histórias mais impactantes e surpreendentes para assim, termos a oportunidade não só de ver She-Hulk em ação e quem sabe na companhia de muitos mais super-heróis, mas também conhecermos a origem e desenvolvimento de mais personagens emblemáticas que poderão ser vitais para o futuro da MCU.
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