domingo, 22 de junho de 2025

Elio é uma aventura pelas estrelas muito divertida que nos leva a conhecer um conjunto engraçado de extraterrestres

 

Elio, o novo filme da animação da Disney*Pixar está pronto para proporcionar uma grande aventura rodeada de extraterrestres. Realizado por Madeline Sharafian, Domee Shi e Adrian Molina, as vozes da versão original são compostas por Yonas Kibreab (Elio), Zoe Saldaña (Tia Olga), Remy Edgerly (Glordon), Brad Garrett (Lord Grigon), Jameela Jamil (Embaixadora Questa) e Shirley Henderson (OOOOO). Enquanto as vozes da versão portuguesa, temos Afonso Soares, Salvador Rio, Vera Kolodzig, Diogo Amaral, João Jesus, Bruno Ferreira, Rita Ruaz e José Nobre.

Durante séculos, as pessoas têm chamado pelo universo à procura de respostas, mas desta vez, o universo responde! A aventura cósmica apresenta Elio, um apaixonado pelo espaço com uma imaginação ativa e uma enorme obsessão por extraterrestres. Assim, quando é transportado para o Communiverse, uma organização interplanetária com representantes de galáxias longínquas, Elio está totalmente disponível para a missão épica. Erroneamente identificado como o líder da Terra, Elio terá de criar novos laços com formas de vida alienígenas excêntricas, enfrentar uma crise de proporções intergalácticas e, de alguma forma, descobrir quem é e onde deve realmente estar.

Divulgação: Disney/Pixar

Já imaginaram como seria se a coisa que procurássemos acabava por vos encontrar primeiro? Aqui, Elio, obcecado por extraterrestres e fanático pelo espaço e que possui uma imaginação ativa, descobre a resposta a essa pergunta a partir do momento em que é transportado para o Communiverse. Este lugar é um paraíso interplanetário que alberga vida inteligente de galáxias muito distantes. No entanto, quando ele é confundido com o líder da Terra, Elio terá de criar laços inesperados, navegar pelo meio de uma crise de dimensões intergalácticas e ainda, certificar-se de que não perde a oportunidade de viver o seu derradeiro sonho.  

Elio é um rapaz de 11 anos que depois de uma tragédia passa a viver com a sua tia Olga, mas cujo maior desejo é ser raptado por extraterrestres. E é impressionante como tudo acaba por encaixar, principalmente quando ficamos a conhecer o primeiro amigo de Elio, que surpreendentemente é um alienígena. Ao longo desta sua jornada, Elio viajará milhões de quilómetros pelo universo, encontrando uma série de criaturas fantásticas que podem ajudá-lo a descobrir exatamente onde ele pertence.

Divulgação: Disney/Pixar

Apesar das suas trapalhadas, Elio é um menino solitário que nunca sentiu que fizesse parte da Terra, porque tinha dificuldades em se encaixar. De uma certa forma, acabava por ser rejeitado por ser alguém mais invulgar, com gostos específicos ou porque simplesmente, ninguém o compreendia. Contudo, esta narrativa transmite-nos frases que têm o seu sentido e acabam por confortar a pessoa, como é o caso de “ser único pode ser solitário, mas ninguém está sozinho”.

Ao longo desta sua expedição fora do planeta Terra, Elio irá descobrir afinal quem está verdadeiramente destinado a ser. Inicialmente, ele quer associar-se ao Communiverse, pois tem a esperança de poder mudar-se permanentemente para o espaço. No entanto, ele acaba por obter uma aprendizagem tão útil que lhe faz ver as coisas com outros olhos.

Divulgação: Disney/Pixar

Elio é uma aventura pelas estrelas muito divertida que vai tendo as suas adversidades, mas que nos leva a conhecer um conjunto engraçado e excêntrico de formas de vida alienígenas, cada uma com as peculiaridades. A história em si é desenvolvida de um modo simples e natural, enquanto consegue trazer uma criatividade e uma inovação inteligente que cria uma curiosidade imediata em saber como tudo se irá desenrolar.

Um dos seus maiores destaques é sem dúvida, a imaginação que foi usada para construir todo este ambiente mágico e na própria criação dos extraterrestres. Os efeitos visuais utilizados são deslumbrantes e fascinantes de se assistir, sendo que nos transporta imediatamente pela galáxia e cria-nos ainda mais vontade, em experienciar esta jornada com a mesma intensidade que o Elio.

Este filme de animação com os seus momentos mais emocionantes toca com eficiência no coração, enquanto também destaca o poder da amizade e faz-nos questionar sobre se realmente estamos ou não sozinhos no universo. E caso não estejamos, então automaticamente damos asas à imaginação para mergulharmos profundamente pela galáxia e pelo desconhecido que acaba assim, por levar-nos pela nossa mente, a viagens por possíveis mundos com as suas maravilhas ainda por descobrir e que continuam a ser um mistério.

Divulgação: Disney/Pixar*

E afinal, será que estamos sozinhos no universo? Uma pergunta em que cada um terá a sua teoria, mas cuja verdade ainda demorará o seu tempo até que se obtenha uma resposta mais exata. Contudo, não seria interessante imaginar uma vida no espaço na companhia de extraterrestres que poderiam ter muito para nos ensinar? À sua maneira, Elio apresentou uma versão engraçada de como seria essa interação e que foi agradável de se ver.

Elio é uma produção para toda a família que irá animar e entreter, sendo tudo mostrado sem qualquer tipo de complexidades e onde a Pixar teve a capacidade de renovar mais as histórias dos filmes de animação.


quinta-feira, 19 de junho de 2025

Filme "The Life of Chuck" - o que esperar deste drama protagonizado por Tom Hiddleston e que é baseado no livro de Stephen King

 

Preparem-se para um drama que não vai deixar ninguém indiferente. Dos criadores Stephen King e Mike Flanagan temos The Life of Chuck (A Vida de Chuck, como título em português).

Do elenco fazem parte, Tom Hiddleston, Chiwetel Ejiofor, Karen Gillan, Jacob Tremblay e Mark Hamill.

Esta é uma história extraordinária de um homem aparentemente comum. Baseado no conto de Stephen King, este celebra a vida de Charles “Chuck” Krantz (Tom Hiddleston), acompanhando-o enquanto vive o encanto do amor, a dor da perda e as muitas dimensões que existem dentro de cada um de nós.

Ao longo deste filme, acompanhamos a vida deste Charles “Chuck” Krantz ao longo de três capítulos distintos, onde explora a memória, o luto e a celebração dos pequenos momentos do quotidiano. E de uma maneira muito peculiar leva-nos a olhar para a vida com outros olhos e até a reconhecer a beleza no que é simples, e a valorizar tudo aquilo que somos e vivemos.  

Divulgação: Cinemundo

The Life of Chuck é uma obra completamente diferente daquilo que a indústria do entretenimento nos tem oferecido nos últimos tempos, sendo que nos faz refletir profundamente sobre a importância que é viver no momento presente e aproveitar todos os instantes que a vida nos proporciona.

Uma das diferenças está relacionada com a forma como a história em si é executada, onde é dividida em três atos, começando assim, pelo terceiro até chegar ao primeiro. Inicialmente com o terceiro ato, observamos um mundo à beira do colapso, onde vamos conhecer diferentes personagens que vivem num lugar em que a imagem de Chuck é um autêntico mistério. De seguida, já ficamos a saber mais sobre a vida adulta de Chuck que continua envolvida em segredos, mas que se destaca pelas suas aptidões maravilhosas de dança. E depois, é-nos apresentada a infância de Chuck e aí sim, a pessoa começa a encaixar todas as peças de puzzle que forem sendo lançadas nos atos anteriores e também fica a saber mais sobre o valor da matemática e as ligações com ela.

Ao longo destes três atos apresentados de ordem decrescente foi pertinente e por vezes, interessante descobrir as conexões das diferentes personagens com o Chuck, principalmente como tudo acabou por se interligar. Primeiramente, parecia complexo, mas no final até deu para olhar pelo ponto de vista de Chuck.  

Divulgação: Cinemundo

Tom Hiddleston dá vida a um homem bastante comum, cuja existência acaba por revelar que afinal cada vida é, por si só, um universo cheio de memórias, desafios, amor e tudo aquilo que nos define enquanto seres humanos. Este ator possui uma versatilidade e desempenho de elevada qualidade em cada uma das suas personagens e aqui não é exceção. Apesar de ter pouco tempo no ecrã, ele consegue mesmo assim, captar de um modo único, o próprio espetador. Seja simplesmente pelo olhar, pelas performances de dança fenomenais ou pelo carisma com que apresenta este Chuck, Tom Hiddleston é realmente um dos melhores atores da sua geração. Felizmente, eu já assisti a inúmeras interpretações dele em filmes, séries e até em teatro. E recomendo que se tiverem a oportunidade que vão ver uma peça de teatro protagonizada por ele, porque garanto que irão ter uma experiência inesquecível.

Graças a Tom Hiddleston, uma das melhores cenas deste drama combinado com alguma ficção científica é a sua performance de dança no meio da rua que é tão contagiante, elegante e alegre que nos dá vontade de simplesmente acompanhá-lo e dançar como se não houvesse amanhã. A coreografia mostrada foi simplesmente perfeita.

Este filme também tem um lado mais descontraído com um humor mais leve que pode soltar uns risos e ainda, aborda ligeiramente a espiritualidade, na qual pode fazer com que a pessoa questione ou mesmo crie alguma curiosidade em saber mais.

Divulgação: Cinemundo

The Life of Chuck pode por vezes ser estranho, não fazer sentido a alguns e até ter as suas falhas. No entanto, traz-nos amor, paixão, alegria, humanidade e também uma mistura de emoções, onde cada vida é um universo por si só e que nos mostra o quanto a arte é preciosa e como a felicidade existe nas pequenas coisas. Aqui, temos uma celebração comovente da vida que nos espalha a mensagem, que é em momentos muito específicos que tornam a vida digna de ser vivida. E cuja mensagem de alguma forma nos conforta daquelas alturas da nossa vida que são mais difíceis de se lidar.

Ainda assim, é uma produção que pode precisar do seu tempo para ser processada como deve ser pelo espetador e não vão faltar teorias e divisão de opiniões relacionadas com o desenvolvimento desta narrativa, mas isso é algo que faz parte do universo único de Stephen King.



sexta-feira, 13 de junho de 2025

Live-action "Como Treinares o Teu Dragão" | Entrevista exclusiva a Nuno Pardal


Chegou o momento da estreia de Como Treinares o Teu Dragão (How to Train Your Dragon, como título original), o primeiro live-action da DreamWorks!

O filme transporta-nos para a acidentada ilha de Berk, onde vikings e dragões vivem em guerra há gerações. Hiccup (Mason Thames), um jovem viking criativo e subestimado, desafia as tradições do seu povo ao formar uma improvável amizade com Desdentado, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, vão provar que a coragem e a amizade podem mudar o destino de toda uma aldeia.  

Para além da sua versão original, também podemos assistir ao filme com a dobragem portuguesa. 

Se quiserem saber mais sobre o que esperar deste live-action, então podem Ler a Crítica Aqui!

Na antestreia desta produção, A Geek Traveller esteve à conversa com o ator Nuno Pardal que na versão portuguesa dá voz à personagem Stoick.

Um agradecimento ao Nuno Pardal pela sua disponibilidade e também à Universal Pictures Portugal e Cinemundo pelo convite para a antestreia!

Não percam, Como Treinares o Teu Dragão, uma aventura fabulosa para todas faixas etárias! De seguida, partilho com vocês a entrevista completa que também podem encontrar na conta do YouTube do A Geek Traveller!



terça-feira, 10 de junho de 2025

Como Treinares o Teu Dragão é o primeiro live-action da DreamWorks que promete homenagear a animação original

Como Treinares o Teu Dragão (How To Train Your Dragon, como título original) é o primeiro live-action da DreamWorks que promete homenagear a animação original. Este clássico é realizado por Dean DeBlois que também foi o responsável pela trilogia original.

No elenco temos como protagonistas, Mason Thames, Nico Parker, Gerald Butler e Nick Frost.

Não se esqueçam que aqui, os heróis não nascem, mas sim são treinados.

O filme transporta-nos para a acidentada ilha de Berk, onde vikings e dragões vivem em guerra há gerações. Hiccup (Mason Thames), um jovem viking criativo e subestimado, desafia as tradições do seu povo ao formar uma improvável amizade com Desdentado, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, vão provar que a coragem e a amizade podem mudar o destino de toda uma aldeia.

Quando uma ameaça coloca em perigo, tanto vikings quanto dragões, a amizade entre Hiccup e Desdentado transforma-se na chave para que as duas espécies possam vir a construir um futuro em conjunto.

Divulgação: Universal Pictures Portugal e Cinemundo

Inicialmente, Hiccup tinha o desejo de caçar dragões, mas tudo muda quando ele conhece o Desdentado, um jovem dragão Fúria da Noite e formam uma amizade inseparável. E ele com as suas habilidades bem especiais também quer provar que dragões e humanos podem ser amigos.

Hiccup é engenhoso e é daqueles que se destaca pela diferença e que irá desafiar séculos de uma tradição. E ainda, terá um papel crucial para que os vikings e dragões acabem uma vez por todas com esta guerra entre eles que já dura há gerações.

Este jovem torna-se no primeiro viking não só a não matar um dragão, mas também a montar um. E é graças a ele que conhecemos a verdadeira natureza dos dragões e que na realidade, esta espécie não é bem como eles pensavam. Podiam ser temidos, mas, no entanto, havia uma razão para isso que vai sendo explicada ao longo da história.

Divulgação: Universal Pictures Portugal e Cinemundo

Como Treinares o Teu Dragão é uma bonita obra cinematográfica que entrega um dos melhores live-actions já feitos e é completamente fiel ao seu original. Possui um realismo incrível, onde cada cena é executada de um modo brilhante, criando desde o início, uma ligação especial e única com o espetador. E se a pessoa optar por assistir em IMAX ainda é mais impressionante.

Esta é uma aventura maravilhosa cheia de ação que é um presente valioso e mágico para o público, em que apresenta como uma amizade invulgar pode tornar-se num laço inquebrável e também mudar o mundo.

As cenas partilhadas entre Hiccup e o Desdentado são tão cativantes e naturalmente empolgantes que nos fazem querer acompanhar ainda mais, a jornada desta dupla que encanta não só quem é admirador deste universo, mas também uma nova geração de espetadores.

Além disso, o elenco foi todo muito bem escolhido e fez um excelente trabalho. E foi muito engraçado ver Nick Frost a interpretar um viking peculiar e caricato. É que há muito tempo que já sigo o trabalho deste ator e é espetacular assistir à sua versatilidade em cada personagem que desempenha.   

Divulgação: Universal Pictures Portugal e Cinemundo

Como Treinares o Teu Dragão proporciona uma experiência visualmente épica e emocionante para toda a família que nos faz imaginar como seria viver nesta aldeia e como uma aliança entre vikings e dragões seria fantástica e divertida de se ver. E ainda entrega uma mensagem com valores muito interessantes e que à sua maneira nos faz refletir sobre aquilo que realmente conta. E como não devemos julgar imediatamente, mas sim, dar o benefício da dúvida.

A DreamWorks acertou na perfeição na produção do seu primeiro live-action, sendo que nos cria não só mais expetativas para produções futuras, mas também ficamos com mais vontade em ver o que virá de seguida. Este é um filme que marcará a história na categoria dos live-actions e que não podem mesmo perder!

E durante a antestreia, estive à conversa com o ator Nuno Pardal que dá a voz ao Stoick que Podem Ver Aqui! Além disso, também partilho de seguida com vocês, um vídeo do evento da antestreia da versão portuguesa deste live-action.


sexta-feira, 6 de junho de 2025

Filme "Portugueses" - o que esperar do filme mais recente do realizador Vicente Alves do Ó

 

Portugueses é o novo filme do realizador Vicente Alves do Ó produzido pela Ukbar Filmes, que nos traz uma proposta descrita como pioneira, onde se celebra o passado, o presente e o futuro da portugalidade. São 13 temas musicais, simbólicos da cultura portuguesa que fazem parte do filme, tendo sido cantados e interpretados por um elenco de 50 atores e atrizes. E isso ocorreu sob a direção musical de Lúcia Moniz e banda sonora e produção musical de Fred Ferreira.

Já a lista dos autores dos temas são compostos por Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho, Fernando Tordo e Sophia de Mello Breyner.

No elenco temos Diogo Branco, Paulo Calatré, Filipe Amorim, Rita Durão, Tomás Alves, Nuno Represas, Madalena Aragão, Rita Cruz, Miguel Damião, Raquel Rocha Vieira, Vítor Norte, Maria Leite, André Albuquerque, Joana Manuel, Tomás Taborda, Eurico Lopes, Pedro Saavedra, João Ascenso, Sérgio Praia, Ana Cloe, Oceana Basílio, Margarida Moreira, António Camelier, Tiago Sarmento, Ana Sofia Martins, Lara Chelinho, Cátia Nunes, Peter Michael, Sónia Lisboa, Ana Guiomar, Carlos Alberto Moniz, David Esteves, Kévim Vicente, Miguel Melo, Luís Esparteiro, Sandra Faleiro, Ana Lopes, Rui Melo, Ana Bola, Francisco Beatriz, Ricardo barbosa, Luísa Ortigoso, João Tempera, Rute Miranda, Valerie Braddell, João Cachola, Paulo Quedas, Fernando Rocha Oliveira, Rita Lello, Lúcia Moniz e o próprio Vicente Alves Do Ó.

Relativamente à história em si, esta começa num tempo que antecede a Revolução dos Cravos. Conhecemos dois homens: um foge do país e o outro ajuda-o nessa fuga. Ao escaparem, falam das suas vidas, das suas tormentas, usando a música para retratar cada instante. Ao longo de 13 canções atravessamos o país através de várias histórias e personagens, terminando na ambiguidade do Portugal contemporâneo, 50 anos depois, numa reflexão sobre as conquistas e os desafios que persistem.

Divulgação: Cinemundo

Os Portugueses é uma autêntica homenagem à liberdade e à democracia, onde inicialmente partilha a verdade pura e dura de um tempo de tirania que podia ser definido como um pesadelo que parecia não ter fim, sendo que mostra como uma classe social específica foi de uma certa forma, torturada pelo sistema político português. E ainda, é apresentado o papel essencial da música em aliviar o sofrimento e angústia destes seres humanos.

Existem momentos que temos uma parte mais virada para a de um drama psicológico mais intenso que é envolvido em violência, medo, sofrimento, tragédia, preconceito e guerra. Contudo, também mostra a luta determinada e constante deste povo, seja devido à falta de direitos dos próprios portugueses ou simplesmente para alcançarem a liberdade. E ainda, partilha os efeitos a longo prazo que, eventos complexos e perturbadores como a guerra do Ultramar podem ter em pessoas que participaram como soldados. Participar numa guerra pode deixar uma marca muito forte no espírito de alguém e aqui não é exceção.

Divulgação: Cinemundo

São diversas as histórias contadas, onde acompanhamos a posição de cada um destes portugueses e como muitos não desistem de lutar pelos seus ideais e como outros de classes sociais mais requintadas nem têm a noção do mal que causam às pessoas com menos recursos.

Tal como ditou a história que nos trouxe a Liberdade, esta produção é um modo de representar o símbolo e a importância deste feito e como também, acabou por se tornar numa lição de vida muito útil. E por mais que a cinematografia por vezes possa ter feito impressão a alguns, isso não tira o destaque do quanto é fundamental sermos livres, principalmente nos tempos de hoje.

Portugueses pode não agradar a todos, mas não deixa de transmitir uma mensagem daquilo que realmente importa e como implementar extremos poderá não ter os resultados esperados.


domingo, 1 de junho de 2025

Filme "Karate Kid: Os Campeões" - o que esperar deste capítulo novo que faz parte de uma franquia tão popular

 

Preparem-se admiradores do universo fascinante de Karate Kid!

Karate Kid: Os Campeões é o próximo filme deste mundo que é realizado por Jonathan Entwistle.

Os protagonistas são Ben Wang, Jackie Chan e Ralph Macchio, sendo que também tem a participação de Ming-Na Wen, Joshua Jackson, Aramis Knight, Sadie Stanley e Wyatt Oleff.

Desta vez, o enredo junta dois icónicos mestres de artes marciais de um dos mais amados franchises de todos os tempos para contar uma história completamente nova, repleta de ação e emoção. Quando o prodígio do kung fu Li Fong (Ben Wang) se muda para Nova Iorque com a mãe para uma prestigiada escola, descobre uma nova amizade com uma colega de escola e o pai dela. Contudo, a tranquilidade na sua vida dura pouco tempo, quando atrai a atenção indesejada de um formidável campeão de karaté. Motivado pelo desejo de se defender, Li embarca numa jornada para participar na maior competição de karaté. Guiado pela sabedoria do seu professor de kung fu, Sr. Han (Jackie Chan) e do lendário Karate Kid, Daniel LaRusso (Ralph Macchio), Li combina seus estilos únicos para se preparar para um confronto épico de artes marciais.

Divulgação: Big Pictures Films

Li Fong é um prodígio do kung fu que é arrancado de sua casa em Pequim e forçado a mudar-se para Nova Iorque. Quando um amigo precisa da sua ajuda, Li entra numa competição de karaté. O professor de Li, o Sr. Han pede ajuda ao Karate Kid original, Daniel LaRusso.

Então, temos dois mestres prontos para ensinar a sua arte a um aluno que tem muito foco para aprender, mas ainda temos esse mesmo aluno que ensina aquilo que sabe a um amigo. Esse aluno é o Li, que apesar de possuir ensinamentos de kung fu, isso não será suficiente, pois também irá precisar do karate para vencer.

Como uma amante assumida das artes marciais e espetadora assídua do universo de Karate Kid, este drama envolvido em ação é um dos próximos filmes dedicados a este tema.

Divulgação: Big Picture Films

Karate Kid: Os Campeões é um capítulo novo desta franquia tão popular que faz uma ligeira homenagem às histórias de campeões que deixaram a sua marca nesta saga e tiveram um papel essencial para conquistar admiradores de todas as faixas etárias.

Deu para ver que quiseram arriscar no modo como tudo foi apresentado, dando um toque mais moderno, enquanto respeitavam o legado do original. E tentando encantar, tanto fãs antigos como uma nova geração de espetadores. Se conseguiram cumprir com o objetivo? Acredito que não totalmente, pois houve alturas em que essa abordagem moderna não resultou bem, tornando-se assim, ligeiramente artificial. Os jovens da atualidade até podem vir a gostar, mas pode fazer alguma impressão ao restante público.

Divulgação: Big Pictures Films

Apesar disso, do argumento ser mais apressado e de ter falhado em aspetos relevantes, não incomoda a experiência em si e por isso, não faz mal que não seja perfeito. O que importa é a sua mensagem que teve um desempenho positivo e o modo de como é transmitida.

Em relação às personagens, a maior parte delas tiveram o seu momento para brilhar, sendo que foi pena que tanto Ralph Macchio, como Jackie Chan tivessem pouco tempo de ecrã, principalmente o primeiro. Esta dupla composta por Daniel LaRusso e Sr. Han possui uma dinâmica e química muito divertida e foi para mim, um dos maiores destaques desta produção. Já cada cena partilhada por eles foi hilariante. Acredito que teria sido mais interessante focar mais tempo no treino deste jovem com os seus mentores do que abordar um triângulo amoroso que naquele caso não fez grande sentido.

Divulgação: Big Pictures Films

Também foi bom acompanhar uma perspetiva diferente a nível da aprendizagem de artes marciais, em que antes de se preparar para o seu torneio de karate, Li é inicialmente o professor e ensina um lutador de boxe a aprender técnicas de kung fu. E além disso, foi fantástico voltar a testemunhar as habilidades fantásticas de artes marciais de Aramis Knight que já conhecia quando ele participou na série Into the Badlands e que continua a fazer um ótimo trabalho neste ramo.

Como admiradora de artes marciais, as cenas focadas nas sequências de luta foram aquelas que eu achei mais cativantes e interessantes, sendo que as coreografias em si são visualmente impressionantes, tendo sido criativas e bem executadas. E até foi inteligente o modo como combinaram o kung fu com o karate, onde não faltou o valor da disciplina, da honra e da superação pessoal.

Com a sua ação, coreografias excecionais e momentos de comédia, Karate Kid: Os Campeões trouxe uma visão ousada deste universo que à sua maneira vai prendendo a atenção do espetador, juntamente com o espírito do original. Mas, que infelizmente não é suficiente para entusiasmar e impactar ao mesmo nível da mais recente produção, Cobra Kai.

Divulgação: Big Picture Films

No entanto, Ben Wang dá vida a um protagonista com um carisma e empatia tão natural que cria uma conexão com o público. Já o filme em si, proporciona referências e uma nostalgia imediata e por mais anos que possam passar, esta franquia tão clássica e fascinante vai continuar a conquistar, a emocionar e a marcar gerações. Assim, acaba por no fundo, ser uma bonita homenagem a todo o legado de Karate Kid. E não esquecer a cena final que foi uma excelente surpresa e trouxe ainda, uma enorme satisfação, criando assim, uma vontade de saber o que poderia vir de seguida.  

Depois do fenómeno marcante da série Cobra Kai, temos mais uma aventura que não nos deixará indiferentes e irá entreter. Por isso, que venham muitas mais novas histórias deste mundo no futuro, porque continua a ter muito potencial e ainda, há muitos que precisam de aprender os ensinamentos do insubstituível, Sr. Miyagi (Pat Morita) que serão eternos e únicos.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

"Lilo e Stitch" : o live-action que é um entretenimento maravilhoso com ótima qualidade, cheio de energia e divertido

 

Chegou o momento de termos a adaptação em imagem real do clássico de animação de 2002, da Disney, Lilo e Stitch. Este filme do Walt Disney Animation Studios realizado por Dean Fleischer Campera foi considerado como um dos mais esperados do ano de 2025.

O elenco é constituído por Maia Kealoha, Sydney Lizebeth Agudong, Billy Magnussen, Tia Carrere, Hannah Waddingham, Chris Sanders, Courtney B. Vance e Zach Galifianakis.

Esta é a história engraçada e emocionante de uma rapariga havaiana solitária e do alienígena fugitivo que a ajuda a recuperar a sua família desfeita.

Então, está na hora de acompanharmos esta nova versão com algumas alterações do seu original da dupla caótica, Lilo e Stitch!

Divulgação: Disney

Lilo é uma miúda extrovertida e solitária, porque infelizmente não é bem aceite pelas outras crianças e também está a passar por uma fase mais difícil. Um dia, ela conhece Stitch, um alienígena que parece um cão, mas que na realidade foi criado com o único objetivo de causar destruição. No entanto, a ligação entre eles começa a tornar-se cada vez mais próxima e especial, chegando a um ponto que Stitch vai descobrindo o verdadeiro significado da amizade e da família e o seu respetivo valor.

Stitch é o primeiro da sua espécie que foi criado no planeta Turo que é liderado pela Federação Galáctica. Foi inicialmente designado como a experiência 626, sendo que ele possui uma programação destrutiva que é praticamente impossível de ignorar.

Como referido anteriormente, o instinto deste extraterrestre procurado é destruir tudo aquilo em que toca. Mas será que há algum de bom dentro dele? Isso é o que vamos saber, depois dele conhecer Lilo.

Lilo é uma menina que deseja um amigo que não fuja e quando ela se cruza com Stitch, tudo irá mudar na vida destes dois, provocando assim, o caos. O que ela não imaginava é que o seu novo companhia tinha um nível de maldade elevado e era completamente imparável. E há quem o achasse como um monstro ou uma abominação. Será que Stitch vai aprender com a Lilo aquilo que é realmente mais importante?

Divulgação: Disney

Lilo e Stitch é um filme divertido e emocionante que nos faz rir, viajar com as suas personagens e simplesmente, deixa-nos muito bem-dispostos e fascinados com tudo o que nos vai sendo mostrado. Este live-action tem todos os elementos fulcrais para ser um sucesso e cativar com a sua essência mágica quem está a ver, principalmente graças a este alienígena fugitivo fofo que tem sido um dos nossos favoritos desde o original de 2002.

Todas as alterações feitas ao seu original foram ideias inteligentes e não afetaram em nada a sua exibição. Pessoalmente, nesta adaptação em imagem real achei mais interessante e também gostei mais do modo como desenvolveram a sua história e as dinâmicas entre as personagens.  

Tanto Lilo como Stitch conseguem criar uma empatia imediata com o espetador e existem alturas, em que acabamos por nos identificar de uma forma muito genuína com esta dupla bem engraçada. Depois, temos situações que são mesmo muito caricatas de se ver, principalmente quando Stitch é o protagonista. Ele demonstra como o caos pode ser hilariante. E é algo que já estaríamos à espera e apesar de ele ter sido feito com o intuito de destruir, tudo acaba por ser executado com criatividade e humor.

Divulgação: Disney

Lilo e Stitch é um entretenimento maravilhoso com ótima qualidade e cheio de energia que vai de certeza, animar quem for assistir, sendo que é entusiasmante, leve e transmite uma mensagem muito bonita ao redor da palavra Ohana e do seu próprio significado. E tem uma maneira muito especial de nos ensinar lições úteis, fazer sonhar e acreditar no amor da família, na aceitação, na amizade, no companheirismo e em tudo o que a humanidade tem de bom, independentemente das circunstâncias.

Este fica na lista dos melhores live-actions produzidos pela Disney que mesmo com as suas mudanças conseguiu com a sua identidade e simplicidade marcar o mundo dos filmes deste género. E que esperemos que haja uma continuação, porque tem ainda muito potencial para ser partilhado com o público. Além disso, estamos mesmo a precisar de ter mais histórias deste tipo que nos faça abstrair por um tempo do mundo em que vivemos.