A 20th Century Studios apresenta O Génio do Mal: O Início (The First Omen, como título original) que é uma
prequela desta saga de terror psicológico e ainda, um autêntico clássico para
os admiradores deste género. O filme é realizado por Arkasha Stevenson, sendo
feito a partir de personagens criadas por David Seltzer e com estreia nos
cinemas a partir de 4 de abril.
Já o elenco é composto por Nell Tiger Free, Tawfeek Barhom, Sónia Braga,
Ralph Ineson e Bill Nighy.
A história desenrola-se quando uma jovem americana é enviada para Roma para
começar uma vida de serviço à igreja, depara-se com uma escuridão que a leva a
questionar a sua própria fé e descobre uma conspiração aterradora que espera
provocar o nascimento do mal encarnado.
Preparados para uma experiência de uma certa forma aterrorizante que vai
levar a momentos arrepiantes?
Apesar de ser uma narrativa relativamente conhecida para quem gosta de
assistir a produções de terror, existem sempre elementos novos que até têm a
capacidade de surpreender e quem sabe, pregando um susto e fazendo por vezes, a
pessoa saltar da cadeira. Neste caso não é exceção, pois o que não vão faltar
são gritos repletos de sofrimento e situações sanguinárias cheias de
intensidade.
O modo como a parte técnica é executada é sem dúvida, fundamental para
criar uma produção de qualidade na área do horror que tenha a capacidade nata
de prender a atenção desde o primeiro instante. E esta produção conseguiu
fazê-lo de uma forma muito peculiar, apresentando a sua visão numa perspetiva
bem própria.
Para além de termos cenas mais violentas e algumas delas, macabras, também
temos uma parte mais leve que nos deixa criar algum tipo de conexão com a
história em si que é bem previsível. Uma ligação nem que seja com a própria cidade,
onde ocorre a criação de algo aterrador que irá trazer uma destruição iminente
e esperada.
Divulgação: 20th Century Pictures
Tudo acontece para chegar a um evento em que muitos elementos da Igreja
Católica têm as convicções erradas e escolheram pertencer ao lado oposto ao que
era suposto. Acreditam que todo o mal que fizeram foi para o bem comum e em
nome de Deus. E que no 6º dia do 6º mês à 6ª hora, vai nascer um ser que irá
ser vital para a missão deste lado mais obscuro desta entidade. Estamos a falar
do Anti-Cristo que irá trazer o caos para a humanidade, fazendo com que as
pessoas que se afastaram da Igreja Católica regressem como uma forma de se
salvarem do mal! Mas afinal, como é que vai surgir o Anti-Cristo? Todo este
filme é envolvido nessa premissa que pelos vistos já estava a ser planeada há
muito tempo e não faltaram diversas tentativas falhadas.
Esse dia há muito esperado começa a aproximar-se, principalmente quando uma
jovem americana é enviada para Roma para fazer os seus votos, dedicando a sua
vida a servir Deus e a Igreja Católica. Mas na realidade, a razão para a sua
deslocação tinha um propósito muito maior e até perigoso. E o que ela não
imaginava é que seria constantemente testada em situações perturbadoras e
loucas que fazem questionar a sua fé. Será que ela vai ser suficientemente
forte para superar todas as adversidades e acontecimentos estranhos que vão
ocorrendo ao seu redor? O que é certo é que Maggie terá um papel
importante para desempenhar!
É relevante referir como um dos principais destaques, a interpretação própria
de Nell Tiger Free que depois de ter conhecido o seu trabalho arrepiante na
série de terror psicológico, The Servant estava curiosa para ver como
seria desta vez a sua atuação. A sensação de assistir a traços peculiares da
sua personagem na série referida anteriormente foi bem evidente, em que a
pessoa começa a imaginar como seria se essas duas jovens se cruzassem e como se
iriam comportar uma com a outra. É impressionante como esta atriz consegue mostrar
tudo aquilo que está a sentir, através de meras expressões faciais e sem
precisar de dizer grande coisa.
O Génio do Mal: O Início é daqueles filmes de terror que consegue captar a
atenção do espetador e até possui umas revelações interessantes e inesperadas
pelo meio, chegando a um ponto que a pessoa até precisa de tempo para processar
certas cenas que acabou de ver. É constituído pelos elementos necessários para
construir uma produção de terror com qualidade, trazendo assim, uma experiência
positiva e envolvente para com o público. Também contém uma boa escolha na
fotografia e a realização foi bem executada, onde as cenas foram filmadas em
ângulos criativos e algumas em câmara lenta que resultou bem, trazendo ainda
mais suspense e criando um maior impacto à própria cena. Além disso, foi muito
boa a forma como apresentaram a cidade de Roma, onde em alturas mais
específicas acabou por me trazer memórias das minhas visitas a esse local.
Esta prequela desta saga de terror psicológico cumpriu com o seu propósito, criando uma vontade imediata em querer ver como seria uma nova versão dos próximos acontecimentos. É um conteúdo com as suas surpresas que irá entreter e que traz mais uma narrativa repleta de escuridão relacionada com conspirações, o oculto, a religião, a fé e o papel do Anti-Cristo. E que ainda, aborda um lado mais danificado da Igreja Católica que precisa de ser discutido e resolvido.
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