Sweet Tooth é a nova série original da Netflix
que acabou de estrear com oito episódios nesta plataforma, sendo que é baseada
na banda desenhada da DC com o mesmo nome, da autoria de Jeff Lemire. Esta é
uma produção da Warner Television Production que foi criada por Jim Mickle que
também tem o papel de produtor executivo, juntamente com Beth Schwartz, Robert
Downey Jr, Susan Downey, Amanda Burrell e Linda Moran.
Há cerca de 10 anos atrás, o Grande Colapso, um evento marcante que incluiu um vírus que espalhou
a morte e o caos pelo mundo inteiro também trouxe o misterioso aparecimento de
híbridos ou seja bebés que nasceram com partes humanas e com partes de animais.
Mesmo sem saberem se os híbridos foram a causa ou mesmo o resultado deste
vírus, muitos dos seres humanos temiam e chegavam a caçar esta nova espécie. Depois
de viver durante uma década em segurança numa cabana isolada na floresta com o
seu pai, um rapaz, metade humano, metade veado chamado Gus (Christian Convery) cria uma amizade improvável com Jepperd (Nonso Anozie), um solitário que
estava apenas de passagem e surgiu no momento certo. Juntos, eles partem numa aventura
extraordinária pelo que restou dos EUA, na procura por respostas, seja sobre as
origens de Gus, o passado de Jepperd e descobrir qual é o verdadeiro
significado de ter um lar. Esta será uma jornada cheia de obstáculos, revelações,
aliados e inimigos inesperados e aos poucos Gus
começa a perceber que afinal o mundo exterior à floresta é mais perigoso,
exuberante e complexo do que ele pensava. Será que Gus vai conseguir encontrar as respostas para as suas inúmeras
questões que o seu pai não lhe chegou a dar?
O elenco é constituído por Nonso Anozie (Tommy Jepperd),
Christian Convery (Gus), Adeel Akhtar (Dr. Aditya Singh), Will Forte (pai de
Gus), Dania Ramirez (Aimee), Stefania LaVie Owen (Bear), Dania Ramirez (Aimee),
Neil Sandilands (General Steven Abbot), Aliza Vellani (Rani Singh) e James
Brolin, como o narrador da história.
Divulgação: Netflix
A vida de todas estas personagens nunca mais seria normal,
sendo que tudo mudou com a ocorrência do Grande
Colapso através da estirpe H5G9 como tendo sido considerado como o vírus
mais mortífero que deram origem a eventos de puro caos, mas ao mesmo tempo
acontecia outra coisa ou seja, algo extraordinário e inesperado. Começaram a
nascer diversos bebés bem peculiares que eram metade humana e metade animais
que foram designados por híbridos e mais tarde se tornaram alvos de
discriminação. E como os seres humanos têm receio daquilo que não conhecem,
acabam por agir por instinto, pois acreditam que os híbridos possam ser um
perigo para eles e para todos aqueles que mais amam e por isso, existe quem
coloque como principal missão de caçá-los como os últimos homens, eliminando-os
ou enviando-os para experiências científicas, onde seriam torturados e muito
mais.
Neste mundo pós-apocalíptico que sofreu mudanças
significativas e em que muito já tinha acontecido e onde a natureza voltava a
dominar o mesmo, mas uma pergunta mantinha-se. Quem veio primeiro? Os híbridos
ou o vírus? Uma pergunta que acabava por ser o maior mistério existente naquele
momento. Mas será que alguma vez se vai descobrir mais sobre a origem deste
fenómeno inexplicável destes seres que têm partes humanas e partes animais?
Divulgação: Netflix
Claro que houve quem tivesse fé nestes híbridos e preferisse
deixar o mundo para trás, protegendo estes híbridos de quem os quisesse fazer
mal. Um desses exemplos foi um pai que fugia para a floresta inserida no Parque
Nacional Yellowstone com o seu filho, Gus
que era metade humano, metade veado para terem assim, uma vida em segurança e
em paz.
Ao longo de uma década, Gus
aprendeu diferentes técnicas de sobrevivência com o seu pai na sua casa bem
afastada de tudo e de todos, sendo que ele sempre foi proibido de atravessar a
vedação e sem perceber as razões para tal. Um dia, uma série de acontecimentos
sucedem e Gus tem de colocar em
prática tudo aquilo que o seu pai lhe ensinou, mas aquilo que este rapaz mais
desejava de fazer era encontrar a sua mãe que nunca conheceu.
Divulgação: Netflix
De um modo inesperado e preciso, Gus conhece Jepperd, um
homem com boas habilidades de sobrevivência e de combate, mas que esconde os
seus próprios segredos e que simplesmente quer estar sozinho e não quer ser
incomodado. Depois de muita persistência, Gus
e Jepperd começam uma perigosa viagem
por este mundo pós-apocalíptico na tentativa de encontrar a mãe deste rapaz ao
mesmo tempo que desenvolvem uma amizade bem especial. Mesmo com alguém que
possa guiar e proteger Gus, ele vai
ter de enfrentar novos perigos nas suas aventuras. Será que ele está preparado
para todos os obstáculos que possam vir a ocorrer na sua jornada com Jepperd?
Divulgação: Netflix
Gus é um menino tímido cheio de vida e
amor para dar que é cativante e tem um pensamento otimista e curioso, um lado
divertido e um bom coração, sendo que acaba por nos ensinar lições bem vitais,
dando importância ao que realmente importa e muito mais. Ele é um miúdo doce, ingénuo
e inocente que tem características de um veado como os sentidos mais apurados,
mas faz um trabalho árduo quando é necessário ao mesmo tempo que quer
divertir-se como nunca o fez e conhecer um mundo que acredita que tem muito
para oferecer.
Ele tem uma relação de altos e baixos com Jepperd, mas é Gus que vai fazer a diferença na vida deste homem que queria estar
completamente sozinho, mas que mais cedo ou mais tarde foi-se adaptando à
presença deste rapaz que acabou por lhe trazer um novo propósito.
Divulgação: Netflix
Jepperd é um ex-jogador de futebol americano
que também já foi um último homem que caçava híbridos como Gus, mas ele resolveu deixar esta parte da sua vida para trás. Ele
é uma pessoa que tem os seus próprios traumas, sendo que coloca um tipo de
barreira nessas memórias e tenta seguir em frente da melhor forma que consegue,
mas lá no fundo, ele tem um bom coração e dá para perceber ao longo da sua
jornada com Gus, em que este rapaz lhe
ensina mais do que ele julgava ser possível, mesmo que Jepperd tenha tentado a todo o custo afastá-lo de si próprio, sem
sucesso.
Esta é a história de um menino muito especial e adorável que
se viu a viver no fim do mundo, mas num mundo além da floresta que era bem
diferente e complicado do que aquilo que ele imaginava, onde certos atos de
maldade eram cometidos por uma questão de sobrevivência e pessoas estavam
dispostas a fazer o que fosse preciso para destruírem o vírus e assim,
recuperar o poder. Mesmo assim, Gus
está disposto a saber mais sobre este mundo, mesmo que possa vir a ter de conhecer
verdades que ele não esteja pronto para ouvir.
Divulgação: Netflix
Sweet Tooth é um dos grandes destaques do ano em
que tem uma história de fantasia, drama e aventura, mas com um pouco de ação
pelo meio que é atraente e divertida tanto para jovens como para adultos, sendo
que aborda de uma forma simples e natural, temas vitais para a sociedade. O
público consegue envolver-se e criar empatia imediata com as suas personagens,
principalmente com o seu protagonista Gus
que apesar de ser muito novo consegue cativar qualquer um com a sua maneira de
ver as coisas e simplesmente por ser diferente e ter uma personalidade tão
única e especial, criando um tipo de esperança e de novas possibilidades para
um futuro melhor para a humanidade, sem que haja um aproveitamento excessivo
dos recursos do planeta ou até comportamentos de egoísmo, violência ou de
superioridade do ser humano perante os outros.
Nesta produção foi feita uma ótima adaptação que prende a
atenção do espetador, desde o início ao fim e foi apresentada de um modo bem
fluído e interessante com um bom desenvolvimento da história e com um ritmo
adequado, sendo constituída por vistas panorâmicas e paisagens naturais bem
bonitas de se ver e dividida pelos seus momentos mais emocionantes e tensos,
sem deixar de nos transportar para um tipo de conto de fadas.
Divulgação: Netflix
Sweet Tooth foi feita sem dúvida, com o coração
e com o carinho suficiente para se tornar numa história incrível e comovente
que acaba por levar o público para um mundo com uma beleza própria e repleta de
fantasia que vai tendo os seus desafios e dificuldades, mas não deixa de ter uma
mensagem positiva de resiliência e de pura esperança em tempos difíceis para
que um dia possa ocorrer uma mudança que seja necessária para que haja um
futuro melhor e seguro e a importância que o amor e a família pode ter na vida
de cada um, mesmo que não sejam pessoas do nosso sangue e assim acaba por criar
uma reflexão muito pertinente que foi resultado de uma experiência maravilhosa
e cheia de aprendizagens e com um pouco de magia pelo meio.
Pela forma como terminaram estes oito episódios, eu espero que haja uma nova temporada para que tenhamos a oportunidade de continuar a acompanhar as aventuras de Gus e companhia e saber o que vai acontecer com estes híbridos que de certa forma são especiais, cada um à sua maneira e também com o vilão da história que ainda tem planos que quer muito concretizar.
Ontem eu estava pensando em qual série iria assistir, e pensei nessa, mas não sabia se valia a pena ou não e acabei deixando de lado. Assim que vi seu post, vim correndo ler pra saber sua opinião e ver se compensa assistir a série, hehehe, já fiquei encantada, e amei muito sua resenha :)
ResponderEliminarEstante da Pipoca