sábado, 31 de julho de 2021

Crítica ao filme "Jungle Cruise" da Disney - uma aventura mágica, misteriosa e divertida que vai entreter o público

 

Jungle Cruise (Jungle Cruise – A Maldição nos Confins da Selva, em português) é o novo filme da Disney com uma mistura de aventura com ação, suspense, fantasia e comédia que tem a duração de cerca de 2 horas e 07 minutos que estreou recentemente nos cinemas portugueses e também está disponível na plataforma da Disney + com Acesso Premium a um custo adicional único. Com uma banda sonora de James Newton Howard tem a realização de Jaume Collet-Serra, cuja história é de John Norville & Josh Goldstein e Glenn Ficarra & John Requa e o argumento é de Michael Green e Glenn Ficarra & John Requa. Os produtores são John Davis e John Fox, da Davis Entertainment; Dwayne Johnson, Hiram Garcia e Dany Garcia da Seven Bucks Productions; e Beau Flynn da Flynn Picture Co., com Scott Sheldon e Doug Merrifield atuando como produtores executivos.

A história desta produção da Walt Disney Pictures é inspirada na famosa atração do parque temático da Disneyland, Jungle Cruise – A Maldição nos Confins da Selva, sendo uma expedição cheia de peripécias pela Amazónia com o carismático Capitão Frank Wolff (Dwayne Johnson) e a Dra. Lily Houghton (Emily Blunt), uma determinada exploradora. Lily viaja de Londres para a selva Amazónica e recruta os serviços bem questionáveis de Frank para que a possa guiar pelo rio abaixo, no La Quila – o seu charmoso barco que se está a desfazer aos poucos. Ela está determinada a encontrar uma árvore antiga que tem uma capacidade de cura inigualável, que pode mudar o futuro da medicina. Impulsionados por esta jornada épica, a improvável dupla vai encontrar inúmeros perigos e forças sobrenaturais, todos à espreita na beleza enganadora da exuberante floresta tropical. Mas, à medida que os segredos da árvore vão sendo revelados, os riscos tornam-se cada vez maiores para Lily e Frank e o seu destino, assim como o da humanidade, estará em jogo.

Divulgação: Disney Portugal

O elenco é constituído por Dwayne Johnson (Capitão Frank Wolff), Emily Blunt (Dra. Lily Houghton), Edgar Ramírez (Capitão Aguirre) e Jack Whitehall (MacGregor), com Jesse Plemons (Príncipe Joachim) e Paul Giamatti (Nilo). 

Esta é uma viagem que tem um elemento sobrenatural e lendas à mistura, sendo que se desenrola no início do século XX pelas profundezas da floresta da Amazónia que vai ser uma experiência enriquecedora para os protagonistas, sem deixar de ter os seus perigos associados, principalmente quando estão à descoberta de algo que está bem protegido e onde existem vilões que vão fazer os possíveis para apanharem uma relíquia bem poderosa que pode vir a criar mudanças significativas para o mundo, mas que também pode criar o caos, caso caia nas mãos erradas.  

O capitão Frank Wolff podia ser um guia turístico como qualquer um, mas não é o caso, pois não é bem o que um turista típico espera de uma visita guiada num passeio de barco. Mesmo assim, Frank consegue cativar à sua maneira, apesar de não revelar informações pertinentes que são dignas de um cruzeiro fluvial turístico e enganando um pouco os seus clientes que pagam por um serviço que não é totalmente fornecido, porém uma coisa é certa! Humor não vai faltar, sendo que ele está sempre a brincar e a lançar as suas piadas que podem nem sempre fazer sentido, contudo são cómicas. Ele é uma pessoa que acha que sabe tudo, bem carismática, charmosa, destemida, forte e um pouco malandra que tem tido a capacidade de manter o seu negócio a funcionar, mesmo com as dificuldades que fazem parte daquela época.

Divulgação: Disney Portugal

A vida deste capitão muda consideravelmente quando ele conhece a Dra. Lily Houghton, uma cientista e exploradora britânica que é determinada, inteligente, corajosa, aventureira, resiliente, teimosa e extravagante que quer encontrar uma árvore que se acredita que tem poderes de cura, revolucionando assim, a história da medicina com esta descoberta, caso consiga completar a sua missão. Para isso, ela precisa de contratar alguém para que lhe leve ao seu destino e depois de umas negociações, o escolhido acaba por ser Frank. Será que Lily, o seu irmão mais novo, McGregor que tem as suas manias e um certo medo da selva e não tem nada a ver com ela e Frank vão conseguir encontrar esta árvore mística que contém as lágrimas da lua? Será que a lenda é real?

Divulgação: Disney Portugal

Assim, no La Quila estas três personagens percorrem uma jornada misteriosa, desafiante e longa cheia de perigos com animais selvagens e exóticos, perseguições, explosões e muitos obstáculos à mistura que têm de enfrentar, se quiserem descobrir a localização exata desta árvore antiga, ao mesmo tempo que no seu caminho, surgem adversários e vilões como o Príncipe Joachim e o Capitão Aguirre que têm planos bem específicos para utilizarem as lágrimas da lua e também com a própria Natureza a ter o seu papel para desempenhar. Não será uma missão fácil de se concretizar, mas com as habilidades especiais de Frank, entre elas, ter uma condução nata do seu barco que é sem dúvida, a embarcação certa para fazerem esta viagem que pode vir a fazer toda a diferença e ser útil nesta missão.

Divulgação: Disney Portugal

A dinâmica entre Lily e Frank é bem natural e divertida e com diálogos curiosos que não deixam ninguém indiferente, principalmente nos momentos em que estão a discutir e se provocam mutuamente, onde este capitão vai lançando os seus comentários mais sarcásticos e esta exploradora tem sempre uma resposta bem rápida na ponta da língua. Mas McGregor não fica atrás, sendo que é daquelas personagens muito engraçadas e com um humor próprio que surpreendem pela positiva e a relação dele com Lily e Frank vai sendo desenvolvida de um modo fluído e é bem interessante de se ver.

Divulgação: Disney Portugal

Jungle Cruise é uma aventura apaixonante, mágica, misteriosa e divertida que vai entreter o público, desde o início até ao fim, mesmo que tenha uma duração superior ao esperado e com partes um pouco mais complexas, mas na minha opinião não afeta a experiência em si, principalmente se o filme for visto em IMAX, sendo que a pessoa nem dá conta do tempo a passar com as cenas de ação que são apresentadas e tantas outras coisas que criam vontade de continuar a acompanhar que consegue manter o interesse do espetador. Muito é devido ao trabalho bem realizado por parte do elenco da produção, principalmente o trio, Dwayne Johnson, Emily Blunt e Jack Whitehall, em que cada um protagonizou cenas hilariantes e cativantes, criaram uma empatia imediata e merecem que sejam destacados.

Para além disso, é uma produção agradável da Disney que apresenta vistas e paisagens magníficas e de tirar o fôlego e com cascatas pelo meio e que tem bons efeitos visuais e uma boa combinação a nível de banda sonora que até faz lembrar alguns filmes clássicos e emblemáticos de aventura, como os de Indiana Jones. É uma homenagem clara e bonita a um dos projetos que Walt Disney criou e que continua a ser uma atração de sucesso nos seus diferentes parques temáticos da Disneyland. Neste filme que apresentam figurinos adequados à época inserida são utilizados diferentes idiomas, entre eles, o português, sendo que vale a pena ver e que vai ser sem dúvida, uma ótima forma de se descontrair e de colocar a imaginação à prova!


domingo, 18 de julho de 2021

6 Razões pelas quais devem ver a série "Loki" da Disney + que é protagonizada por Tom Hiddleston

Loki é uma série de seis episódios produzida pela Marvel Studios em exclusivo para a plataforma Disney + que já foi renovada para uma segunda temporada. Esta é baseada na personagem do Marvel Comics, em que é criada por Michael Waldron e tem a realização de Kate Herron. Kevin Feige, Louis D’Esposito, Victoria Alonso, Stephen Broussard, Kate Herron, Michael Waldron e Tom Hiddleston fazem parte da equipa dos produtores executivos e Natalie Holt é a responsável pela banda sonora.

O elenco é constituído por Tom Hiddleston (Loki), Sophia Di Martino (Sylvie), Gugu Mbatha-Raw (Ravonna Renslayer), Wunmi Mosaku (Hunter B-15), Eugene Cordero (Casey), Tara Strong (Miss Minutes), Owen Wilson (Mobius M. Mobius), Jack Veal (Kid Loki), DeObia Oparei (Boastful Loki) e Richard E. Grant (Classic Loki).

A história desenrola-se na fase 4 da MCU após os eventos do filme Vingadores: Endgame (2019), onde Loki, o Deus da Mentira (Tom Hiddleston) sai da sombra do seu irmão e depois de fugir com o Tesseract, ele cruza-se no caminho da burocrática TVA (Time Variance Authority) que só lhe vai trazer problemas, mas que tem uma missão em mente para ele realizar. Como será que Loki vai reagir? Irá aceitar esta missão com satisfação? Será que ele tem um plano específico para colocar em prática?

De seguida, partilho com vocês, as 6 razões pelas quais devem ver esta série sensacional que vai dar que falar e que irá influenciar os eventos futuros da MCU.



Divulgação: Marvel Studios e Disney +

1.  O desempenho de Tom Hiddleston continua a ser brilhante

Loki é daquelas personagens que eu não consigo imaginar outro ator a interpretar do que Tom Hiddleston. Este ator tem um carisma e um talento tão próprio de representar o Loki que cria uma empatia imediata com o público, prendendo a atenção em cada cena que está presente. Dá para perceber o amor que o Tom Hiddleston tem pela sua personagem, onde ele apresenta diferentes lados de Loki que podem passar por situações de maior vulnerabilidade e por momentos em que tem comportamentos imprevisíveis bem ao estilo do Deus da Mentira que já estamos tão habituados a acompanhar.

Nesta série não é exceção, mas temos a oportunidade de conhecer um lado da personalidade complexa de Loki que ainda não conhecemos, as novas relações que ele vai construindo com diferentes personagens e as novas aventuras que lhe esperam que ele não estará devidamente preparado para as enfrentar.  

 

Divulgação: Marvel Studios e Disney +

2. Introdução da TVA na MCU

A TVA é uma organização que foi criada pelos Guardiões do Tempo que protegem o devido fluxo do tempo para todos e todas as coisas, sendo que caso algo se desvie do seu caminho que já foi anteriormente criado, então são designados por Variantes que podem dar origem a ramificações na chamada Linha de Tempo Sagrada e se não for corrigida pode vir a tornar-se numa ameaça para todo o universo. Tudo isto é explicado de um modo bem simples e prático, pela simpática Miss Minutes (Tara Strong), através da apresentação de animações que prendem a atenção. Assim, esta empresa faz o que for necessário para manter a linha de tempo a funcionar corretamente. Será que a TVA está a fazer o bem ou até são os vilões da história? Vejam a série que vai explorar de um modo mais detalhado qual é a origem da TVA, quem foi exatamente a pessoa que criou todo este procedimento, a ligação da TVA com Loki e muito mais.

Divulgação: Marvel Studios e Disney +

 3. Ficamos a conhecer as diferentes variantes de Loki

A MCU já não é a mesma coisa se não tivermos a presença de um Loki, mas imaginem como seria se surgissem diferentes versões alternativas desta personagem?

Com esta série podemos conhecer as novas variantes de Loki, em que cada uma teve o seu próprio caminho a seguir e foram desenvolvendo as suas habilidades mágicas, umas mais evoluídas do que outras para se tornarem naquilo que são hoje e com um estilo bem peculiar.

Uma das partes mais engraçadas é a forma como o Loki original lida com as suas variantes e até consegue aprender algumas coisas como lutarem todos como uma equipa.



Divulgação: Marvel Studios e Disney +

4. Uma história que pode não só explorar a jornada do protagonista, mas as infinitas possibilidades que podem ocorrer numa linha de tempo alternativa e as implicações que podem ter no multiverso

Loki é daquelas séries que tem mesmo muito potencial e que eu fico muito contente por saber que foi renovada para uma segunda temporada, pois ainda tem muitas histórias que podem contar e tendo assim, uma oportunidade para desenvolverem ainda mais as suas personagens, principalmente as aventuras carismáticas de Loki e companhia.

Quando pensamos na forma como nos é apresentada esta história, não conseguimos deixar de imaginar e criar as nossas próprias teorias sobre o que poderá acontecer em cada episódio e quem são as personagens que podem vir a surgir. Pode acontecer, algumas das teorias que acreditávamos serem possíveis não se concretizarem, mas não deixa de divertir o público que foi pensando nas infinitas possibilidades que podiam ocorrer com este Loki que conseguiu conquistar o coração do espetador desde a primeira vez que apareceu e com as novas personagens em que cada uma tem um papel a desempenhar. Porém também começamos a tentar descobrir a razão pelo qual o Multiverso da Loucura pode acontecer, sendo que vale a pena ver todos os episódios, em que muita coisa é revelada e fazendo com que apareçam ainda mais pistas e questões que são deixadas para responder mais tarde.

5.  Uma série com uma qualidade que supera qualquer tipo de expetativas

Antes de Loki chegar, o público já tinha expetativas altas de como poderia ser a história deste vilão, mas a produção conseguiu mesmo superar as mesmas com um elenco que teve uma performance impecável, sendo que a história foi intrigante e repleta de referências relacionadas com a MCU e com a banda desenhada, reviravoltas, peripécias, revelações e surpresas inesperadas que cativam quem é fã da Marvel. Para além disso, toda a história vai ter uma mistura de ficção científica com ação, aventura, policial, drama, fantasia e mistério com humor e conspirações pelo meio.

Os efeitos visuais foram sendo muito bem introduzidos e cada cena de ação e de luta foram muito bem organizadas e realizadas. Tanto a fotografia, como os figurinos, os cenários ou até a banda sonora foram escolhidos com todo o cuidado e detalhe, sendo que encaixaram perfeitamente na história em si e naquilo que esta série representa para o futuro da MCU.

Divulgação: Marvel Studios e Disney + 

6. A química de Loki com as restantes personagens 

Num modo geral, sempre acompanhámos as cenas partilhadas entre Loki e o seu irmão Thor ou com outros elementos da família. Depois de ter fugido com o Tesseract e de ter criado uma linha do tempo alternativa, Loki acabou por se cruzar no caminho de novas personagens que acabam por dar origem a novas dinâmicas com o Deus da Mentira, como foi o caso de Mobius M. Mobius (Owen Wilson) e de Sylvie (Sophia Di Martino).

Loki tem uma relação bem diferente e inesperada, principalmente com Sylvie, sendo que criaram uma química curiosa que funciona, mesmo que tenham tido experiências de vida distintas, mas que faz com que o espetador se identifique com cada uma destas personagens e a maneira como acabam por ver as coisas depois de tudo o que já passaram.

No caso de Loki com Mobius é um relacionamento divertido, mas com um pouco de aprendizagem pelo meio, sendo que vão existindo momentos em que é apresentado o humor peculiar de Loki e as piadas que vão surgindo das duas partes.

Desta vez, eu preferi não fazer uma análise mais específica à série, pois eu considero que Loki é uma das melhores séries da Marvel e eu acho que é uma produção que vale muito a pena verem e terem assim, a vossa própria experiência sobre a mesma e assim, chegarem às vossas próprias conclusões. Porém, existem muitas mais razões pelas quais devem ver Loki, mas estas são mais do que suficientes e por isso, preparem-se para uma viagem inesquecível protagonizada pelo glorioso Loki

Loki é uma série extraordinária, fascinante e surpreendente sobre uma das melhores personagens da MCU. Depois de ter visto estes seis episódios está então na altura de esperar por um dos filmes que estou mais curiosa em ver da MCU que é o Doctor Strange in the Multiverse of Madness que estreia no dia 25 de Março de 2022 e que está relacionado com os acontecimentos que ocorreram não só em Loki, mas também na minissérie WandaVision.




O que devo fazer em dias de maior calor? 12 Dicas essenciais para que não esteja desidratado!

 

Nestes dias em que estejam temperaturas mais elevadas como tem acontecido nos últimos dias em Portugal, é importante que tenham alguns cuidados extra para que não fiquem desidratados, mesmo que estejam a trabalhar ou de férias!


Partilho de seguida, 12 dicas que podem ser essenciais e vos podem ajudar nestas alturas de maior calor:


1. Beba água, mesmo que não tenha sede

  • Quando há períodos de maior calor existe uma maior perda de água, por isso é essencial que se vá hidratando para repor a respetiva perda

2. Pode aromatizar a sua água com limão ou com outra peça de fruta como laranja ou maçã ou também pode optar por hortelã ou canela

3. Pode preferir por beber chá sem adição de açúcar, caso não goste de água ou simplesmente para complementar a mesma

4. Uma boa forma de se manter hidratado é através da ingestão de sopa diariamente, sendo que também pode optar por sopas frias

5. Leve sempre consigo uma garrafa de água para ir bebendo ao longo do dia

6. Faça uma salada com frango/atum/ovo e acrescentando leguminosas (ervilhas, grão, feijão, etc) ou couscous ou quinoa + legumes ou saladas (alface/tomate/cenoura/rúcula/espinafres/pepino/agrião/beterraba ou outras opções à vossa escolha), temperada com ervas aromáticas e com uma peça de fruta

7. Aumente o consumo e frequência tanto de legumes e saladas como de fruta

8. Aproveite para consumir frutas de época

9. Evite bebidas alcoólicas

10. Não esteja exposto ao sol durante as horas de maior calor

11. As crianças e os idosos são as faixas etárias que têm um maior risco de desidratação, tenha um maior cuidado e beba pelo menos 1,5 L de água por dia

12. Se for ao ginásio, tenha em atenção que a água que bebe é à parte da água que necessita diariamente, porque com a transpiração há uma maior perda de água e aquela que se bebe durante o treino serve para repor a respetiva perda, sendo assim necessária uma maior quantidade para hidratar o organismo

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Crítica ao filme "Black Widow" da Marvel Studios - uma homenagem e uma despedida merecida de uma das personagens mais populares da MCU

Finalmente chegou a altura pela qual temos esperado muito tempo, ou seja, o filme a solo de uma das heroínas mais populares do universo da Marvel. Black Widow (A Viúva Negra, em português) é o primeiro filme da Fase 4 do Universo Cinematográfico da Marvel que é baseado na personagem da Marvel Comics que pode ser visto nos cinemas portugueses e sexta-feira no Disney+ com acesso premium a um custo adicional.

Este filme de espionagem com thriller e ação é produzido por Kevin Feige através da Marvel Studios com argumento de Eric Pearson, a partir da história de Jac Shaeffer e Ned Benson e tem a realização de Cate Shortland. O elenco é constituído por Scarlett Johansson (Natasha Romanoff/Viúva Negra), Florence Pugh (Yelena Belova), David Harbour (Alexei Shostakov/Guardião Vermelho), O-T Fagbenle (Rick Mason) e Rachel Weisz (Melina Vostokoff).

Os acontecimentos desta história desenrolam-se entre o filme do Capitão América: Guerra Civil e o do Vingadores: Guerra Infinita. Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), também conhecida como a Viúva Negra, terá de confrontar as partes mais sombrias da sua história, principalmente quando surge uma conspiração perigosa que está ligada ao seu passado. Natasha vai sendo perseguida constantemente por uma força que não vai parar enquanto não a destruir e assim, ela vai ter de lidar com o seu passado como espiã e com as relações que deixou para trás muito antes de fazer parte da equipa dos Vingadores. Será que ela vai conseguir lidar com os seus traumas e impedir que o seu inimigo concretize os seus planos?

Divulgação: Marvel Studios

Ao longo das participações da Viúva Negra no universo da Marvel, nós fomos aprendendo mais sobre esta personagem e com algumas revelações pelo meio, mas com este filme mais recente, finalmente vamos saber exatamente as respostas às nossas perguntas sobre a origem desta mulher enigmática e os motivos para ela se ter tornado na pessoa que conhecemos atualmente. Mas ao mesmo tempo, vão ser apresentadas novas personagens que vão ser relevantes para o futuro da MCU e que irão criar uma ligação não só com as próximas produções desta saga, mas também com anteriores filmes da Marvel Studios que foi tão bom de recordar já que a história está repleta de easter-eggs e referências tão únicas que às vezes cria uma mistura de emoções para quem está a ver o filme.

A Viúva Negra dá a oportunidade de conhecer melhor as raízes desta personagem, explorando a história de vida, as aventuras e a jornada que esta espiã teve de percorrer que deu para perceber que não foi um caminho nada fácil. Ela pode não ter super-poderes, mas tem habilidades de luta extraordinárias que não é para qualquer um e também não desiste, mesmo que tenha de enfrentar o pior dos seus pesadelos. Assim, ao longo deste filme, vamos desvendar mistérios sobre a sua identidade e uma conspiração que está relacionada com o passado de Natasha Romanoff que ela terá de enfrentar depois de ter passado muito tempo a evitá-lo.

Pode conter Spoilers!

Divulgação: Marvel Studios

Natasha Romanoff é uma agente e assassina profissional cheia de capacidades específicas e eficaz a cumprir as suas missões, ou seja, é um tipo de máquina mortal criada pela espionagem russa em que ela seguia ordens sem questionar. Ela teve um treino bem intensivo através de um projeto secreto, sendo que foi programada para ser implacável, letal e não ter misericórdia dos seus alvos. Atualmente, ela faz parte da equipa original dos Vingadores depois de se ter livrado da influência dos russos e existe na MCU, desde o filme do Homem de Ferro 2 (2010) e já apareceu em diferentes filmes deste mundo, fazendo com que seja das personagens mais famosas e acarinhadas do mesmo.  

Já considerada como uma Vingadora, em 2016, Natasha é uma fugitiva, pois ela violou os Acordos de Sokovia e tenta esconder-se do General Thaddeus Ross (William Hurt). Para que não seja detetada, ela conta com a ajuda do amigo Mason que lhe fornece tudo o que ela precisa que pode incluir identidades falsas, equipamentos, um local remoto na Noruega e muito mais.

Divulgação: Marvel Studios

Afinal como e porque é que a Natasha Romanoff se tornou no que é hoje? Porque é conhecida como a Viúva Negra? O que move esta personagem a sacrificar-se pelos outros? Qual é a origem da sua essência? Estas são algumas das perguntas que vão sendo esclarecidos ao mesmo tempo em que são apresentados as vulnerabilidades de Natasha e o modo como ela enfrenta os seus medos e dores e lida com conflitos e dilemas. Natasha passou por diversos traumas desde a sua infância, mas ela sofre maioritariamente de culpa, arrependendo-se de alguns dos seus atos e por vezes até acredita que está melhor sozinha, sendo que acabamos por conhecer um lado mais humano desta mulher que mesmo que possa estar à procura de vingança, também quer viver em paz e defendendo o que ela acredita que seja correto.

Este é um filme que dá a conhecer melhor a identidade de Natasha e explora o lado mais emocional dela, sendo que tudo é retratado de um modo mais profundo, sem deixar de abordar temas como a família, o abuso e o sequestro de mulheres a nível internacional, a lavagem cerebral, a manipulação e tortura psicológica, a falta de liberdade de escolhas, a influência  que o programa secreto da Red Room (Sala Vermelha, em português) tem na formação de Viúvas Negras que são treinadas para se tornarem assassinas e todo o conteúdo que esteja relacionado com o mesmo, sendo que explicações irão ser dadas.  

Divulgação: Marvel Studios

Através de um flashback, a história em si inicia-se em 1995 e numa casa em Ohio, nos EUA, onde uma jovem Natasha e a sua irmã mais nova, Yelena Belova vivem juntamente com os seus pais, Alexei e Melina que na realidade eram espiões russos que estavam infiltrados com uma missão específica que tinham de fazer para a União Soviética. Será que os momentos passados por esta família disfarçada como americana foram reais para cada um dos seus membros? Uma coisa é certa, esta família é uma das responsáveis pela pessoa que Natasha é hoje!

Infelizmente chegou a atura em que esta dupla de irmãs fosse separada dos pais e vão para a Sala Vermelha, onde o General Dreykov (Ray Winstone) tinha os seus próprios planos a concretizar e criava as Viúvas Negras. Será que Natasha e Yelena vão alguma vez escapar deste antagonista? Ficamos a saber que Natasha acabou mais tarde com as operações da Sala Vermelha e separou-se da sua irmã, mas será que foi mesmo isso que aconteceu?

No presente, Natasha pensava que estava completamente isolada do mundo. No entanto, ela é atacada de surpresa por um mercenário misterioso, mas tudo isto ocorre por um motivo bem maior do que ela pensava que implica uma conspiração que envolve o seu passado e o da sua família que já não via há muitos anos, fazendo com que ela reencontre a sua irmã Yelena que lhe pede ajuda numa missão extremamente perigosa. Será que estas irmãs vão voltar a estar reunidas com Melina e Alexei, o desajeitado, atrapalhado, mas tão divertido ex-super-soldado russo Red Guardian (Guardião Vermelho, em português) que é um tipo de Capitão América, porém tem um humor próprio com um sotaque característico que é hilariante?

Divulgação: Marvel Studios

Um dos principais focos do filme é na relação entre Natasha e Yelena Belova, em que esta última vai seguir com o legado da Viúva Negra no MCU. No tempo atual já vemos uma Yelena Belova lutadora, motivada, competente, divertida, sarcástica e um pouco arrogante que está cheia de ressentimentos pelo abandono que sofreu da sua irmã. É com a sua irmã que Natasha mostra realmente quem é e revela mistérios bem curiosos para o púbico, como o que aconteceu em Budapeste. Tanto Natasha como Yelena têm uma boa dinâmica e química entre si, fazendo assim, uma boa dupla e muito é devido à performance brilhante de Scarlett Johansson e Florence Pugh (uma boa surpresa), principalmente nas cenas que são partilhadas entre estas duas atrizes.

O filme tem uma história sólida que encaixou muito bem num filme a solo e tem referências bem claras ao mundo dos espiões, como por exemplo, James Bond ou Missão Impossível.  Tudo é contado de um modo interessante, cuidado, delicado e com alguma sensibilidade, mas infelizmente alguns detalhes da vida de Natasha como espiã não são devidamente mostrados e houve partes que continuaram a ser um mistério, sendo que a pessoa acaba por imaginar como teria sido essa fase da sua vida. Para além disso, não foi desenvolvido como deve ser o seu treinamento para se tornar na Viúva Negra que já tínhamos visto em flashbacks mais curtos e rápidos de um outro filme da MCU e na minha opinião, essa etapa da vida de Natasha seria muito cativante de se acompanhar. Assim, existem partes que poderiam ter sido aproveitadas e exploradas de outra forma.

Divulgação: Marvel Studios

A produção é bem construída e organizada e feita com uma intensidade e qualidade suficiente para criar um bom resultado final sobre um passado de uma personagem que ainda não tinha sido explorado como deve ser, sendo constituída por sequências de luta bem coreografadas, feitas a diferentes níveis e que prendem a atenção, filmagens em ângulos pertinentes e pouco usuais que mostram vistas lindíssimas de Cuba, Marrocos e Budapeste e com imagens panorâmicas a complementar e uma banda sonora que foi fazendo uma boa combinação ao longo do filme. Não vão faltar cenas de ação cheias de destruição, adrenalina, perseguições, tiroteios, explosões, lutas em queda livre e muito mais.

A Viúva Negra é um autêntico e espetacular filme de espionagem internacional com uma conspiração à mistura, mas com a identidade da MCU que tem ação, aventura, ficção científica e também alguma carga emocional e dramática e dá informações valiosas sobre uma parte da vida de Natasha que ainda não tínhamos conhecimento. Não vão faltar a abordagem de temas mais pesados, a apresentação de cenas tensas e momentos mais leves e descontraídos, protagonizados maioritariamente por David Harbour e Florence Pugh.

Divulgação: Marvel Studios

Finalmente chegou a altura certa para se contar a história da Viúva Negra que é um dos filmes mais aguardados deste ano que surpreende pela positiva e honra o legado que Natasha Romanoff deixou após sacrificar a sua vida para salvar o mundo e finalmente percebemos os seus comportamentos e decisões. Esta é uma personagem incrível que teve um destaque merecido, brilhando à sua maneira e com a sensação de missão cumprida que mostra a verdadeira força e resiliência da Viúva Negra. Foi tão bom vê-la em ação, sendo que foi uma boa despedida desta espiã carismática e o desempenho fantástico de Scarlett Johansson não desiludiu e foi mesmo de acordo com as expetativas, sendo que valeu a pena o longo tempo de espera para a sua produção e sem dúvida que compensou, porém eu sinto que faltou algo para que criasse ainda mais impacto.

Esta é sem dúvida, uma história equilibrada, misteriosa e emocionante com reviravoltas e repleta de referências ao universo da MCU com pistas do que podemos esperar nos próximos filmes da Marvel que se desenrola num ambiente mais sombrio que introduz novas personagens a este mundo que são boas adições, tendo também uma cena pós-créditos. Para além disso, esta entrega a mensagem que era precisa para que fosse feita uma homenagem e despedida digna e adequada desta personagem complexa e determinada em condições e nos seus próprios termos, criando assim no público, ainda mais empatia e uma ligação mais profunda pela personalidade de Natasha Romanoff que nunca irá ser esquecida e que vai deixar saudades.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Série "Solos" da Amazon Prime Video - uma reflexão diferente sobre o significado de ser humano, principalmente durante os momentos mais isolados

 

A série Solos é um Amazon Original que estreou no dia 25 de junho na plataforma da Amazon Prime Video, sendo constituída por uma antologia de 7 episódios e que tem a criação de David Weil que também tem o papel de realizador em três dos episódios para além de Sam Taylor-Johnson, Zach Braff e Tiffany Johnson. Ao longo destes episódios, a série oferece um tipo de reflexão sobre o significado mais profundo da conexão humana, utilizando a visão e perspetiva de cada protagonista que é interpretado por um elenco de luxo.

O elenco é constituído por Morgan Freeman (Stuart), Anne Hathaway (Leah), Helen Mirren (Peg), Uzo Aduba (Sasha), Nicole Beharie (Nera), Anthony Mackie (Tom), Dan Stevens (Otto/Tym) e Constance Wu (Jenny).

Esta produção tem uma mistura de drama com ficção científica e um pouco de fantasia pelo meio que explora as verdades mais estranhas, belas, comoventes, hilariantes e maravilhosas sobre o que afinal significa ser humano. Tudo isto vai sendo abordado em diferentes histórias e com sete pessoas distintas entre si, em que cada personagem nos ensina como é que durante os nossos momentos aparentemente mais isolados ou até nas circunstâncias mais estranhas, acabamos por estar ligados através da experiência humana que adquirimos e todas as lições que vamos aprendendo por mais sinistras que possam vir a ser.

Cada episódio traz uma história nova que é apresentada por cada uma das personagens num ponto de vista individual e desenrolada num futuro incerto que pode ter robôs de inteligência artificial ou smart houses extravagantes e úteis, sendo que pode vir a criar um nível de pensamento mais profundo e quem sabe, fazer a pessoa pensar de um determinado modo que a ajude a chegar às respostas que procura.

Esta série mostra os efeitos que a evolução da tecnologia pode ter no futuro de cada um que podem vir a ser benéficos ou prejudiciais para a humanidade, sendo constituído por monólogos e momentos de auto-reflexão que pode fazer com que o púbico fique a pensar de uma forma diferente sobre alguns assuntos. O psicológico de uma pessoa pode ser afetado por diferentes razões que podem depender das situações que estão a passar num determinado período de tempo, fazendo com que cada um destes episódios explore as emoções conforme a circunstância que podem vir a desencadear comportamentos bem específicos, tais como crises existenciais, perturbações na mente e até reflexões que podem fazer a diferença no crescimento da personagem em si.

Estas são histórias complexas que apresentam a essência do ser humano e as lutas que vão enfrentando e onde a moral de cada um é questionada, mesmo que sejam retratadas em episódios curtos e alguns deles, ousados. Se o espetador não estiver atento pode acabar por se perder naquilo que está a ser mostrado, chegando a um ponto que fica confuso, se cansa e não queira continuar a ver. Nem todos os episódios conseguiram criar uma conexão imediata com o público e com cada uma das suas histórias, sendo que levou a partes sem sentido e outras um pouco exageradas. Mas também existiram situações em que a história termina quando a pessoa começa a criar uma ligação com aquilo que está a ver, acabando por ficar um certo vazio a quem está a acompanhar.

Num dos episódios até tinha aquela sensação que me iria prender a atenção, mas de repente desenrolou-se de um modo tão estranho que acabou por estragar a experiência, pois eu achei que faltava ali qualquer coisa para que no final tenha chegado à conclusão que foi interessante.

Nem sempre o argumento foi claro e interessante e a mensagem também não é suficientemente bem abordada e transmitida. Mesmo com uma falta de equilíbrio e uma perda de rumo nas suas histórias, esta série teve os seus altos e baixos em que alguns episódios tiveram a capacidade de prender o espetador apesar de terem poucos minutos para contar as suas histórias, enquanto outros já não. Porém dão a oportunidade para que os atores mostrem de um modo mais pormenorizado a qualidade do seu trabalho e assim, os erros não importam, porque vemos um lado diferente que não estamos muito habituados em ver neste elenco.

Na minha opinião, as histórias conseguiram cativar em alguns episódios muito devido às performances incríveis dos seus atores, como foi o caso de Anthony Mackie, Dan Stevens ou de Morgan Freeman que se destacaram no modo como desempenharam as suas personagens.

Anthony Mackie teve uma das melhores interpretações da série, em que demonstra a sua versatilidade e diversos lados emocionais da sua personagem, Tom que quer arranjar uma maneira eficaz de tomar conta da sua família, mesmo após morrer e ao mesmo tempo apresenta uma parte mais sarcástica, mas também emocional numa passagem feita em meros instantes. Em tão pouco tempo dá para perceber o seu amadurecimento enquanto vai refletindo sobre o que é mais importante e ele consegue criar empatia com o espetador e assim, um resultado final satisfatório.

Solos é constituído por elementos que fazem parte da ficção científica que cria uma discussão de como são as relações da tecnologia com a humanidade e os perigos que podem trazer, caso não haja cuidado. Também tem um elenco a mostrar um trabalho com uma vertente diferente, mas que até se torna curioso por se ver diferentes técnicas que são utilizadas para interpretarem uma personagem específica que podem ter monólogos pertinentes que podem fazer a diferença para se conhecer a história que nos está a ser mostrada, sendo que não é uma tarefa nada fácil quando se tenta inovar um determinado tema.

Para além de se desenrolar num ambiente futurístico e de uma reflexão sobre temas relevantes e mais complexos, esta história também explora a inteligência artificial, a viagem ao espaço e até no tempo, uma mistura de ficção científica com suspense e terror, o isolamento social causado por uma pandemia e receios que não deixam a pessoa prosseguir com a sua vida futura, mesmo que já seja seguro, lidando assim, de um modo peculiar e como existe uma dependência da tecnologia para se sobreviver em determinadas ocasiões. Ainda conseguimos observar enquanto uma das personagens conta a história da sua vida, olhando diretamente para nós em que vai alternando as suas emoções e passando por momentos de alegria, desespero e muito mais ou quando alguém impulsiona reações a uma outra personagem com um objetivo próprio.

Esta série não deixa de ter boas surpresas e referências de um dos meus filmes favoritos, 13 Going on 30 (De Repente, já nos 30! como título em português) e de outro que ficou na minha memória, Avengers: Endgame. Existe uma ligeira comparação com a série Black Mirror, mas têm qualidades completamente diferentes uma da outra, sendo que o conceito de Solos tinha um bom potencial, mas eu acho que nem sempre foi aproveitado da melhor maneira, fazendo com que a ligação entre personagem e público resultasse poucas vezes e levando a poucas interações entre si.

Imaginem como seria conversar com a nossa própria versão que está situada no futuro num período de tempo específico e que talvez consiga responder às nossas dúvidas? Acaba por ajudar a fazer uma análise à nossa própria vida. Neste caso, será que estas personagens conseguiram aproveitar a vida enquanto tiveram essa possibilidade? Ficaram coisas por fazer ou por dizer? É o que têm de esperar para verem nestes sete episódios. Uma coisa que chegamos sem dúvida à conclusão com esta série é que mesmo que as personagens estejam isoladas entre si, estas têm algo em comum, uns com os outros, como por exemplo, terem uma vida solitária, conflitos que precisam de lidar, decisões difíceis que têm de ser tomadas, as suas cargas emocionais, medo de um futuro incerto, entre outros.

Seja qual for a reflexão que traga e mesmo a mensagem que transmita para quem está a assistir, eu aconselho a verem esta série Solos que tem desempenhos interessantes que valem a pena ver, apesar dos episódios serem constituídos maioritariamente por monólogos. Para além disso, os sentimentos das personagens são explorados de uma forma que eu acredito que podem vir a se identificarem e assim, compreenderem aquilo que está a ser mostrado neste projeto.