sábado, 25 de fevereiro de 2023

Outlander - 8 Razões para não perderem esta série bem incrível e cativante

 

Já estava para falar há muito tempo de uma das minhas séries favoritas e é sem dúvida, daquelas que eu tenho um carinho muito especial e aconselho a toda a gente ver. Outlander é uma série produzida pela Sony Pictures Television que estreou em 2014 e é constituída por uma mistura de drama com romance e fantasia, tendo sido recentemente renovada para a oitava e última temporada pelo canal Starz.

Esta produção protagonizada por Caitriona Balfe e Sam Heughan que se tornou imediatamente num fenómeno é baseada nos livros de Diana Gabaldon, sendo que foi desenvolvida por Ronald D. Moore e pode ser vista em Portugal, através da Netflix e dos canais de televisão, AXN White e TVCine Emotion.

Outlander conta a história de vida da enfermeira Claire Randall (Caitriona Balfe), que começa em 1945, na 2ª Guerra Mundial. Ela resolve fazer uma viagem à Escócia com o seu marido, mas acaba por ser transportada de uma forma misteriosa para o ano de 1743, onde conhece Jamie Fraser (Sam Heughan), um jovem escocês e ainda se cruza com Jonathan Randall (Tobias Menzies), capitão do exército britânico e antepassado do seu marido Frank. Para conseguir sobreviver e voltar ao seu tempo, Claire terá de aprender e adaptar-se aos costumes desta época.

De seguida, partilho com vocês as 8 principais razões pelas quais é indispensável acompanharem a magia que é Outlander!

 

1.       Tem uma história intrigante e cativante

Outlander tem uma combinação evidente de romance com fantasia, drama e ação com um genérico que fica no ouvido e nos quais cada episódio deixa a pessoa emocionada e ansiosa para ver o próximo. Desde o primeiro episódio que consegue prender a atenção com uma narrativa que se inicia em 1945, onde uma enfermeira do exército britânico da Segunda Guerra Mundial acaba por viajar misteriosamente para o ano de 1743 e terá uma jornada difícil e longa pela frente, onde terá de se adaptar a um tempo mais primitivo do que o dela.  

A história em si tem um pouco de tudo, focando-se em todos os detalhes, naquilo que realmente importa e onde não irá faltar o uso do gaélico escocês, outros sotaques e o recurso aos flashbacks! É viciante, direta, realista e bem interessante, sendo repleta de amor, reviravoltas, conflitos, intrigas, lutas, perigos, violência, tortura, guerra, batalhas, política, poder, traumas, escravatura, preconceitos, dilemas, tragédias, convicções, escolhas, conspirações, revoluções, sexo, magia, inimigos, mortes e muito mais.  

Esta série é uma obra-prima profunda que contém um elenco de luxo, deixando a pessoa rendida com a sua história bem fluída e tem tido a capacidade de se inovar de um modo dinâmico e muito próprio, sendo de acordo com as expetativas e muitas vezes, superando as mesmas. Tudo é construído de uma maneira inteligente e ousada, conquistando cada vez mais admiradores e criando assim, um resultado incrível e inesperado, mas é fundamental que se esteja atento a todos os pormenores que nos são apresentados, pois depois irão ser úteis para conectar com cenas futuras da narrativa.

2.       Retrata eventos históricos

Este é um drama com uma qualidade excelente que também atravessa diversos períodos históricos e para quem tem interesse em saber mais sobre a história da Escócia, esta é a série ideal para aprendermos mais e ainda ajuda a aumentar a nossa curiosidade, chegando a um ponto que acabamos por pesquisar mais informação relacionada com este assunto, mas atenção que podem existem situações mais ficcionais e que não aconteceram na realidade. Um dos eventos mais importantes e marcantes deste país foi sem dúvida, a revolta jacobita que tinha como principal objetivo, colocar o príncipe Charles Edward Stuart no trono britânico e levando assim, à famosa Batalha de Culloden em 1746, um conflito real e sangrento entre os rebeldes jacobitas e o governo britânico, onde se perderam milhares de vidas escocesas e foram os soldados britânicos que saíram vitoriosos, mudando assim, a forma de vida dos escoceses.

Também é abordado de um modo breve, a Segunda Guerra Mundial, a famosa época de caça às bruxas, o tempo do reinado do rei Luís XV, o papel da Jamaica como centro do tráfico de escravos e o surgimento das Colónias, tendo ocorrido mais tarde outro evento impactante que foi a Revolução Americana que levou à Independência dos Estados Unidos. Por fim, também temos a oportunidade de aprender mais sobre os costumes de outros povos, como por exemplo, os Cherokee e os Mohawk que eram comunidades de índios e não tiveram uma vida fácil naquela altura.

3.       Personagens carismáticas

Outlander não é uma história só focada nos seus protagonistas. Cada uma das suas personagens tem a oportunidade de brilhar, destacar-se cada uma à sua maneira e de ainda ter um desenvolvimento interessante.

A série tem uma grande sensibilidade a retratar temas que se tornam tocantes para o espetador, relativamente a traumas sofridos pela maior parte das personagens que irão ser vitais para lidarem e evoluírem enquanto pessoas. Também temos a chance de acompanhar o amadurecimento de cada um destes seres humanos com as suas personalidades complexas que são fruto das experiências positivas e negativas que foram vivendo, acabando por surpreender o próprio público.

Um dos destaques vai para as personagens femininas desta série, tais como Claire, Brianna (Sophie Skelton) e Marsali (Lauren Lyle) que têm as suas próprias convicções e representam mulheres fortes, independentes e inteligentes com habilidades pertinentes e com uma determinação e resiliência para sobreviverem sozinhas, algo que não era muito frequente de acontecer naquela época, tornando-se assim, numa referência para muitas pessoas, principalmente jovens.

A história também não seria a mesma sem os seus antagonistas, em que Tobias Menzies fez uma interpretação excecional de Black Jack Randall, um capitão do exército britânico. Ele é um vilão temível, inteligente, muito cruel e um autêntico criminoso a nível de assassinatos e violações, trazendo um ódio imediato a quem está a assistir, mas na realidade foi um ótimo adversário para os protagonistas, principalmente para o guerreiro e protetor Jamie.

4.       Química perfeita dos seus protagonistas

Tanto Caitriona Balfe como Sam Heughan fazem uma interpretação espetacular nos papéis de Claire e Jamie e sem dúvida que foram a escolha acertada. A pessoa não consegue mesmo imaginar outros atores a representarem estas duas personagens. Cada um traz a essência necessária para este romance arrebatador, dando vida a estas figuras carismáticas, teimosas e lutadoras com personalidades fortes que conquistaram instantaneamente o espetador desde o início e fizeram com que o mesmo se identificasse com a maneira de ser tanto de Claire como de Jamie.

Esta é a épica história de amor de Claire e Jamie, onde a química entre ambos é poderosa, apaixonante, emocionante e única que faz com que o público vibre desde o primeiro momento, criando uma empatia imediata com eles e torcendo para que eles consigam ultrapassar todos os obstáculos e serem felizes. A jornada deles é constantemente desafiante com os seus altos e baixos e tem os seus momentos mais obscuros, mas é a determinação e o amor que têm um pelo outro que os faz enfrentar tudo o que possa vir a acontecer.

Este é um relacionamento forte e equilibrado entre um homem simples das Highlands que se apaixona perdidamente pela sua Sassenach que também é uma viajante do tempo. É uma cumplicidade e conexão que nos dá lições bem úteis sobre o conceito de amor verdadeiro e duradouro, o que significa amar, o respeito que se deve nutrir um pelo outro e a importância que é estar disposto a deixar de lado as suas diferenças.

5.       Cenários e Figurinos

Uma produção que seja representada num período específico tem de estar associada aos figurinos que eram utilizados na altura e com cenários adequados. Outlander faz isso de uma maneira perfeita e com uma ótima autenticidade, sendo fiéis à época representada e são compostos por trajes escoceses com o seu aspeto mais rústico como o famoso kilt dos Highlanders, por uniformes do exército inglês e ainda pelos figurinos mais bonitos e requintados que podem ser vistos em obras de época, sem não esquecer os respetivos penteados, joias e acessórios a combinar. E as roupas típicas eram escolhidas e utilizadas de acordo com a região e época, em que cada peça era cheia de detalhes, como é o caso de muitos vestidos coloridos e incríveis com tecidos mais dispendiosos que eram usados pelas mulheres da nobreza na corte francesa. Já os cenários são exuberantes, tendo sido muito bem construídos e adaptados, como foi o caso de representar a arquitetura, a moda e o luxo francês ou simplesmente construírem do zero, casas e vilas inteiras para representar uma determinada comunidade que vivia naquela altura.

6.       A beleza natural da Escócia

Outlander é das melhores produções para mostrar a beleza indescritível e de tirar o fôlego que a Escócia possui, onde temos um contacto diretamente com a natureza e parece um mundo com uma magia própria. Nós temos a oportunidade única de ver vistas extraordinárias e tão adequadas à história que está a ser contada, sendo constituída por uma excelente fotografia e ótimos ângulos de filmagem que vão sendo apresentados ao longo dos episódios, deixando o espetador completamente apaixonado, rendido e com uma vontade imediata de visitar este país. Posso garantir que eu fui uma dessas pessoas que depois de ter começado a ver a série, fiquei com muita curiosidade em visitar a Escócia e foi isso que eu acabei por fazer, tendo tido a chance de visitar alguns dos seus locais de filmagem. Se quiserem saber mais sobre os locais de filmagem que estão relacionados com Outlander, podem clicar AQUI e assim, entrar ainda mais no universo desta série.

Além de conhecermos as paisagens naturais e maravilhosas da Escócia, os respetivos castelos, montanhas, rios, lagos, florestas e de sabermos mais sobre a sua essência peculiar, nós ficamos a entender melhor a sua cultura, principalmente aquilo que acontecia no século XVIII. Este é um povo que é caracterizado como sendo corajoso e fiel aos seus princípios que respeita as suas tradições, tendo uma influência forte a nível da sua música e do famoso kilt. Além disso, é rica em mitologia, onde são muitos os mitos, rituais e lendas que residem por lá até aos dias de hoje. Esta história mostra-nos como era a vida dos clãs escoceses e como foi o progresso de destruição desta cultura das Terras Altas pelas mãos dos soldados ingleses, onde muitos dos seus costumes simplesmente desapareceram e outros regressaram, mas com certas limitações, sendo que atualmente isso ainda acontece e também é um assunto delicado para se abordar.   

7.       Viagem no Tempo

Após o fim da 2ª Guerra Mundial, Claire muda completamente a sua vida, durante uma viagem romântica com o seu marido Frank Randall (Tobias Menzies) até uma cidade pequena na Escócia que está cheia de elementos misteriosos, mitos, simbolismo e lendas, ao mesmo tempo que ele aproveita para pesquisar mais sobre os seus antepassados. Um dia, esta enfermeira resolve encostar-se a umas rochas mágicas em Craigh na Dun, mas ela não imaginava que iria acabar por atravessar um portal que a levaria desde 1945 para 1743 no século VIII, num ambiente de perigo eminente e com tradições muito antigas. A sua aventura começa quando ela se cruza com um grupo de rebeldes escoceses na qual faz parte Jamie Fraser, um jovem pelo qual cria uma atração imediata e inexplicável.

É verdade que muitas narrativas relacionadas com viagens no tempo não são bem aceites pelo público, principalmente porque não são bem explicadas ou chegam a um ponto que perdem o sentido. Mas com Outlander, este tópico não é abordado de uma maneira tradicional e combinado com ficção científica, mas sim é um tipo de ferramenta que era referida em lendas, tendo sido utilizada com uma pitada de magia e cujo objetivo específico é levar a protagonista a um tempo completamente oposto ao dela, mostrando os desafios e dificuldades que ela vai enfrentando em dois períodos do tempo completamente diferentes entre si, enquanto vai estando dividida entre dois amores plenamente distintos, um localizado no presente e outro no passado.

8.       Inspirada nos livros de Diana Gabaldon

Já vos aconteceu lerem um livro e começarem a imaginar como seria a adaptação do mesmo num formato de um filme ou série? Cada vez existem mais obras a serem adaptadas para o universo do cinema e televisão e Outlander não foi exceção, sendo considerada como uma das séries mais populares da atualidade. Neste caso e com Diana Gabaldon como consultora, cada temporada da série adapta um livro da coleção. A primeira temporada é constituída por 16 episódios e é baseada no primeiro romance Outlander (1991), enquanto a segunda já é dedicada a Dragonfly in Amber (1992) e tem 13 episódios. Já a terceira temporada com 13 episódios é baseada em Voyager (1994) e a quarta temporada com o mesmo número de episódios está associada a Drums of Autumn (1997). The Fiery Cross (2001) foi a história da quinta temporada com o número de 12 episódios, enquanto A Breath of Snow and Ashes (2005) foi adaptado para 8 episódios na sexta temporada. Agora é aguardar pela 7ª e 8ª temporada que irá adaptar mais dos livros da saga de Outlander.

Como Outlander acaba por ser uma adaptação, existem determinadas situações que são abordadas nos livros que acabam por não vir a acontecer na série ou são ligeiramente alteradas ou não são referidas, devido ao rumo da própria história e para ser mais conveniente para aquilo que está a ser contado no momento, sendo que o leitor pode ficar surpreendido com o modo como certas cenas são representadas. Mas por vezes, também é importante que ocorram mudanças que sejam necessárias para melhorar a experiência de quem está a ver. Assim, muitos dos leitores desta saga consideram Outlander como uma adaptação criativa e muito bem realizada, onde conseguiram criar uma história fiel aquilo que Diana Gabaldon escreveu.

Outlander é das séries mais extraordinárias e icónicas que podem ser vistas na atualidade com uma narrativa dividida entre o século XVIII e XX que foi muito bem recebida pelo público. É uma história envolvente para todos os gostos que nos faz refletir, trazendo uma mistura de emoções com os seus momentos mais divertidos, vulneráveis, cruéis e obscuros, ao mesmo tempo que transmite uma mensagem poderosa, clara e pertinente daquilo que realmente importa na vida e o quanto devemos dar valor às coisas mais simples. Vamos a uma maratona da série?

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