sábado, 4 de abril de 2020

Crítica do filme "Code 8"


Em 2016, Robbie e Stephen Amell lançaram uma curta-metragem com o nome de "Code 8", com o objetivo de terem a oportunidade de criarem no futuro, um filme com mais conteúdo sobre o mesmo. Para isso acontecer era fundamental terem investimento suficiente para cobrar todas as despesas necessárias para a sua realização. Por isso, estes 2 atores resolveram criar uma campanha para angariar financiamento para produzir este filme de fição científica, que incluía venda de merchandising exclusivo do mesmo, desde t-shirts, meias, postais autografados, entre outros. Foram milhares as pessoas que contribuíram para esta campanha, levando ao orçamento necessário para a concretização do projeto.

O filme de fição científica "Code 8" foi lançado em 2019 e foi criado e realizado por Jeff Chan, mas também foi produzido pelo Robbie Amell e Stephen Amell.

A história decorre numa realidade, onde cerca de 4% dos seres humanos nasceram com poderes e que têm de enfrentar as dificuldades e a discriminação de viver num mundo, onde não são aceites pela sociedade. Um deles é o jovem Conner Reed (Robbie Amell) que junta-se a um grupo de criminosos, liderado por Garrett (Stephen Amell) e que trabalham para o líder de um cartel de drogas da cidade de Lincoln, chamado Marcus Sutcliffe (Grey Bryk). Connor irá utilizar os seus poderes para cometer pequenos crimes e assim, ganhar o suficiente para ajudar a sua mãe Mary (Kari Matchett) que está doente. 
  


O elenco é constituído por: Robbie Amell (Connor Reed); Stephen Amell (Garrett); Kari Matchett (Mary Reed); Sung Kang (Park); Greg Bryk (Marcus Sutcliffe); Alex Mallari Jr. (Rainer); Aaron Abrams (Davis); Kyla Kane (Nia); Laysla De Oliveira (Maddy); Vlad Alexis (Freddie), entre outros.

Pela primeira vez, os primos Robbie e Stephen Amell partilham o grande ecrã e as cenas partilhadas por ambos foram alguns dos pontos positivos do filme.

Logo no início do filme são partilhadas diferentes imagens que faziam parte de noticiários, numa velocidade apressada, que tinha como objetivo mostrar a história da existência de pessoas com poderes, mas infelizmente, ao mesmo tempo resolveram colocar os créditos iniciais, que fez com que o espetador perca a atenção facilmente, acabando por se distrair e assim, não conseguir estar atento ao que estava a acontecer naquele momento.  

A história tinha ingredientes que tornariam o filme interessante e que captasse o espetador, mas houve partes que foram muito apressadas e outras que não foram bem explicadas. Como por exemplo, deviam ter dado mais tempo para explicarem a origem e o funcionamento da droga viciante Pskye vendida na cidade e que era o principal negócio do líder de cartel Marcus Sutcliffe. Acho que poderiam ter partilhado muito mais detalhes sobre a mesma e não da forma como o fizeram que me pareceu muito apressado.

A escolha da fotografia do filme nem sempre resultou da melhor forma em algumas partes. Para além disso, houve algumas cenas confusas, principalmente no final do filme, que deixa o espetador com dúvidas e perdido no mesmo.

Mesmo com um orçamento baixo dá para ver a criatividade e o cuidado que tiveram na produção deste filme. Um dos exemplos foi a criação dos Guardians, que são robôs pertencentes à polícia e que estão preparados para qualquer eventualidade, como lidar com pessoas com poderes. A polícia também contém drones constituídos por um sistema de reconhecimento facial de todos os humanos com dons, pois eles têm a obrigação de estar inscritos numa base de dados específica. Estes drones percorrem a cidade e quando ocorre algum crime, eles lançam Guardians para resolverem a situação.

Fiquei surpreendida com os efeitos visuais utilizados no filme. Foram bem implementados, à medida que eram necessários, como foi o caso de mostrar os poderes de algumas personagens em ação. Também achei que tanto as cenas de ação como as de luta foram bem concebidas.

Eu gostei e considero que seja um filme simples, feito com muita dedicação por parte dos intervenientes, mesmo com um orçamento baixo. Foram poucos os erros, mas acho que com o tema em questão poderia ter sido muito mais bem explorado. Foi interessante também ver um elenco repleto de atores que também fazem parte de diferentes séries que acompanho.

Recentemente, foi anunciado que será feita uma série, a partir deste filme e protagonizado por Robbie Amell e Stephen Amell. A série vai decorrer uns anos após os acontecimentos do filme e será realizado por Jeff Chan, que também fará parte do argumento, juntamente com Chris Pare e vai estar disponível na plataforma Quibi. Esta plataforma é diferente daquilo que estamos habituados a assistir, pois produz apenas conteúdos de curta duração e está disponível apenas em dispositivos móveis.

Espero que com a série, a história possa ser abordada de um modo diferente e mais pormenorizado, porque acredito que poderia dar uns episódios bem interessantes.






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