quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Documentário "#Anne Frank - Parallel Stories" - uma ótima partilha das palavras do diário de Anne Frank e o testemunho de sobreviventes do Holocausto

 

#Anne Frank – Parallel Stories (Anne Frank – Vidas Paralelas, em português) é um documentário de 2019, com a duração de 1h34 que está disponível na plataforma da Netflix. É produzido por Nexo Digital, 3D Produzioni, em colaboração com Anne Frank Funds, fundado por Otto Frank, Basel e a Sky Arte, sendo escrito e realizado por Sabina Fedeli e Anna Migotto, com banda sonora de Lele Marchitelli e tendo como participação especial, a atriz Helen Mirren.

 

Este documentário é completamente dedicado à vida de Anne Frank (1929-1945) que nasceu no dia 12 de Junho em Frankfurt, em que foi uma das muitas milhares de vítimas do nazismo durante a 2ª Guerra Mundial que não descansava enquanto não eliminasse todos os judeus e para além disso, também são partilhados os testemunhos de cinco sobreviventes que sofreram e muito, devido ao Holocausto, sendo elas, Andra Bucci, Tatiana Bucci, Sarah Lichtsztejn-Montard, Helga Weiss e Arianna Szörényi.

 

Como narradora, a escolha recaiu na atriz Helen Mirren que ao longo do documentário foi lendo excertos dos muitos dos pensamentos e opiniões que Anne Frank escreveu no seu diário que já foi entretanto lido por milhares de pessoas, tornando-se numa das obras mais vendidas e de maior sucesso, a nível internacional. Esta atriz foi uma boa escolha para esta tarefa, pois fê-lo de um modo contagiante na forma como foi lendo em determinadas páginas cada pedaço das palavras escritas por Anne Frank e também conta a história tanto dela, como da sua família, mas sem dúvida, que deixa a pessoa pensar e refletir sobre a mesma.

 



O cenário maioritariamente utilizado no documentário é uma representação do quarto de Anne Frank durante os seus dois anos de confinamento no esconderijo secreto em Amesterdão, nos quais foi criado por elementos do Piccolo Theatre, em Milão, integrante da União de Teatros Europeus, sendo que o seu resultado final foi fiel e real ao esperado, onde incluía objetos da vida Anne, fotografias que colou nas paredes e os cadernos que escreveu.

 

O seu quarto de adolescente tal como era em 1942, com os vestígios da sua vida e onde escreveu o seu diário foi partilhado durante dois anos, com um dos convidados na casa, o Sr. Pfeffer, um dentista com mais de 50 anos com quem ela nunca se deu bem, tendo sido constituído por duas camas viradas uma para a outra e uma secretária, mas nas paredes estavam fotografias de celebridades que Anne sempre admirou, tais como, Deanna Durbin, Ginger Rogers e Greta Garbo em Ninotchka e a estrela do cinema alemão Heinz Rühmann, Ray Milland e depois, a outra paixão de Anne que era Sonja Henie, uma campeã mundial de patinagem no gelo da Noruega. Estes acabavam por ser fragmentos de vidas alheias que davam um toque especial à dela, onde ela observava as suas roupas e penteados, mas também tinha um interesse especial pela realeza, em que também tinha no seu quarto, uma foto da família real holandesa e o rosto da jovem Isabel, a futura rainha de Inglaterra.

 


O Diário de Anne Frank foi publicado originalmente em 1947 pelo seu pai, Otto Frank, em que Anne escreve sobre os momentos que viveu em confinamento como forma de fugir aos nazis durante a 2ª Guerra Mundial, desde junho de 1942 até Agosto de 1944 quando foi apanhada e transportada para um campo de concentração. Infelizmente, a sua vida não tem um final feliz, pois após ter vivido durante 2 anos num esconderijo do prédio, situado na rua Prinsengracht 263, em Amesterdão, esta acaba por morrer com 15 anos, num campo de concentração alemão, devido a uma epidemia de tifo.

  

Anne Maria Frank é uma jovem com muitos sonhos em que simplesmente deseja ter uma vida normal e ser livre para que possa viver de forma semelhante a qualquer outra rapariga da sua idade e durante os dois anos que esteve a viver em confinamento desde o dia 6 de Julho de 1942, ela resolve utilizar um diário para retratar cada um dos seus dias e as suas preocupações constantes sobre diversas situações que lhe vão sucedendo.

 

Quando Anne resolveu começar a escreveu no seu diário durante o tempo em que esteve escondida, ela não quis anotar os factos como a maioria das pessoas faria, mas sim, criar uma amizade com ele, através uma amiga imaginária chamada Kitty. Esta amiga iria tornar-se num tipo de companhia para Anne que ajudava-a a passar por vários momentos conturbados e difíceis que foi passando durante dois anos.

 


Anne sempre quis tornar-se numa escritora, colocando tudo o que se passou durante o seu isolamento, desde o que ia sentindo até os seus próprios pensamentos, pois ela sempre quis deixar a sua marca no mundo e não viver em vão como a maioria das pessoas, tornando-se útil de alguma forma e trazer alegria a todos, mesmo que não chegasse a conhecer os seus leitores e sem dúvida que conseguiu devido às palavras cativantes que foi partilhando no seu diário.

 

Dá para ver que Anne é uma adolescente cheia de vida, ambição e imaginação e sem dúvida, talentosa, inteligente e curiosa sobre o mundo, tendo uma certa opinião política com determinadas ideias que não costuma ser frequente para uma rapariga daquela idade que não imaginava que ia passar dois anos da sua vida escondida dos nazis numa casa em Amesterdão privada da sua liberdade.

 

Ao longo das páginas do diário, ela partilha as suas alegrias, ambições, medos e desilusões, mas não deixa de ser doce, irónica e engraçada e conta a Kitty como consegue distrair-se por horas intermináveis e também critica todos aqueles que se queixam do seu comportamento, dos seus modos e da personalidade, mas não deixa de ter esperança que tudo vai melhorar um dia.


 

Anne gosta de estudar e de ler com intensidade, de tal forma, que o seu humor vai mudando frequentemente, mas a pessoa consegue ver Anne, através das palavras do seu texto, sendo quando partilha as suas emoções perante o seu primeiro amor, Peter ou quando ela vai descrevendo o ambiente ao seu redor e também vai comentando a situação política existente, levando a que tenha uma certa noção do que se passa na sociedade. Para além disso, a sua perspetiva perante o seu esconderijo e anexo respetivo é transmitida ao mundo, de um modo que deixa a pessoa surpreendida.

 

Para Anne, Kitty é o seu conforto que a consola, um tipo de cura para a alma, pois é uma forma de desabafar os conflitos e dilemas que vai tendo perante determinados temas, utilizando metáforas para descrever como tem vivido e o que tem sentido e fica com a sensação que tudo pode ser contado a um amigo imaginário, o primeiro leitor entre muitos que Anne sonha ter um dia, quando tudo tiver passado, pois ela era de tal forma otimista que acreditava que voltaria à escola muito em breve e que a sua liberdade estava a aproximar-se, mas infelizmente não foi isso que aconteceu.


No dia 4 de Agosto de 1944, depois de Anne estar dois anos escondida, um oficial da SS, juntamente com alguns elementos da polícia holandesa foram a casa dela após uma denúncia anónima, onde subiram as escadas do abrigo, descobrindo o segredo que estava por detrás de uma estante cheia de livros, mas ao mesmo tempo, uma barreira fina que tinha protegido a vida clandestina de Anne que foi partilhada com o pai, Otto, a mãe, Edith, a irmã, Margot, Auguste e Hermann van Pels, o seu filho de 16 anos, Peter e Fritz Pfeffer, sendo que Anne acabou por ser detida e deportada, chegando ao campo de trânsito de Westerbork na Holanda oriental e depois para os campos de concentração de Auschwitz na Polónia e Bergen-Belsen na Alemanha, onde infelizmente acaba por vir a falecer neste último destino em 1945 com apenas 15 anos.


 

Apesar de Anne e a sua irmã Margot terem morrido em Bergen-Belsen, não se sabe o sítio específico, onde elas foram enterradas, pois naquela altura todos os mortos eram colocados em valas comuns feitos pelos próprios prisioneiros, mas mesmo assim elas têm um memorial nesse local para simbolizar e homenageá-las de certa forma.

 

Anne está representada em várias fotos do arquivo da família, mas apenas existe até hoje, um vídeo que mostra Anne debruçada sobre a janela da sua casa em Amesterdão, onde os Frank viviam antes de se esconderem, observando o que se passava no exterior e há quem comente que ela tinha um sorriso encantador que apesar de ser uma menina cheia de vida, de acreditar que as pessoas são realmente boas lá no fundo e agarrar-se aos seus ideais, infelizmente não conseguiu sobreviver, sendo que desapareceu juntamente com um milhão e meio de outras crianças e adolescentes como ela.



Anne influenciou milhares de pessoas, através das suas palavras e recusou-se a deixar de ter memórias e esperança, sendo que dentro da capa do diário, ela escreveu “sois gentil et tiens courage” ou seja "sê gentil e tem coragem". Durante mais de 70 anos, as palavras de Anne fizeram milhões de jovens crescer de repente e aprenderem a nunca desistirem, fazendo com que o seu rosto tivesse um poder crucial quando falamos do Holocausto, como sendo considerado como o maior genocídio documentado do século XX.

 

A pessoa até fica com vontade de imaginar como seria a vida de Anne Frank se tivesse sobrevivido e até acredito que seria repleta de lições que iriam influenciar ainda mais a sociedade através do seu testemunho, mas tivemos a oportunidade de ler o seu diário que tinha a sua forma de ver o mundo e os desabafos que foi fazendo à sua amiga imaginária chamada Kitty, que acabava por ser um tipo de conforto para ela e para não se sentir tão sozinha e isolada.

 

O tema também vai abordando o Holocausto e o que este período de ódio significou para as pessoas que viveram naquela época e como influenciou as gerações futuras, principalmente os familiares dos sobreviventes do mesmo. Foi interessante saber que algumas destas sobreviventes chegaram a conviver com a própria Anne Frank, mesmo que tenha sido por um tempo muito limitado.

 


Neste documentário são mostradas fotos de Anne Frank e também vídeos de arquivos sobre os campos de concentração e prisioneiros respetivos, mostrando as condições terríveis em que viviam, sem qualquer tipo de higiene. Também é constituído por relatos bem impressionantes de pessoas que passaram por situações complicadas em campos de concentração situados em diversas localizações seja na Alemanha ou Polónia, sem saberem se iam ou não conseguir sobreviver e também por contribuições por partes de especialistas nestes assuntos, sejam historiadores ou mesmo psicólogos que vão dando a sua visão sobre tudo o que aconteceu tanto no Holocausto, como na 2ª Guerra Mundial.

 

Traz uma visão simples e verdadeira de uma forma que o espetador consegue compreender tudo o que vai sendo contado sobre a vida de Anne Frank e o Holocausto, seja qual for, a sua faixa etária, levando a que adquira mais conhecimento mais sobre esta parte da história que foi um pesadelo para milhares de pessoas.

 

Quando ficamos a conhecer mais sobre como era o funcionamento dos campos de concentração naquela altura ficamos surpreendidos com a quantidade de maldade existente e como a vida daqueles prisioneiros era dura, mas nunca perdiam a esperança, por mais sofrimento que viessem a passar e isso foi o que aconteceu com as mulheres que sobreviveram nestes campos e quiseram partilhar as suas histórias.

 

O otimismo alimentava a ilusão de uma possível liberdade e queriam acreditar num futuro melhor, a todo o custo, mas estas pessoas estavam rodeadas de escuridão e perigo, que tinham uma busca desesperada por uma saída, pois não recebiam quase nada para comer, muito menos para beber dado que a água estava disponível apenas uma hora por dia e só havia uma sanita e lavatório para vários milhares de pessoas. Muitos nunca voltaram dos campos de concentração, principalmente crianças e adolescentes, pois era preciso crescer depressa, aprender disciplina e sobreviver, mas muitas vezes, alguns só sobreviviam por mero acaso.

 

Naquela altura, haviam transferências de uma grande quantidade de prisioneiros judeus do campo de concentração de Auschwitz para Bergen-Belsen na Alemanha, em que uma das marcas principais do acampamento era o tifo e a epidemia espalhou-se através dos piolhos. O tifo até chegou a ser considerado como um bom aliado na luta dos nazis contra os judeus, pois acabava por ter o mesmo efeito e função que as câmaras de gás, pois aumentavam o número de prisioneiros que morriam em condições terríveis, por isso os nazis estavam plenamente satisfeitos com os resultados desta doença, pois a tendência deles era mandarem crianças para as câmaras de gás.




Hitler sempre partilhou o seu ódio pelos judeus revelando que faria os possíveis para que fossem todos eliminados. Assim, os nazis tinham um ódio por estas pessoas de tal forma que quando decidiram eliminar fisicamente os judeus, eles resolveram criar campos de trânsito que tinham como objetivo principal, o extermínio total dos judeus. São vários os sítios, onde podemos perceber a violência extrema cometida pelos nazis, tais como o que está no memorial de Westerbork nos países baixos, em que estão colocadas pedras, onde cada uma delas representa uma vida num total de 102 000 que morreram neste local, o campo de concentração de Belgen-Belsen na Alemanha, em que estão enterradas cerca de 23 200 pessoas e Auschwitz ter sido o local, onde mais de um milhão de judeus foram mortos pelos nazis, dos quais 230 000 crianças e adolescentes que foram deportadas para Auschwitz, apenas foram encontradas vivas, cerca de 700, quando o campo foi libertado.

 

É fundamental que a tragédia que aconteceu no Holocausto não volte a suceder no futuro, por isso é importante que tenhamos noção da gravidade pelo qual muitos sofreram e que infelizmente não sobreviveram num dos períodos mais negros da Humanidade.





As sobreviventes do Holocausto contam as suas histórias de uma forma intimista e real de tal forma que ainda têm tatuadas, os seus números de campo de concentração que representam um passado cheio de traumas, mas que conseguiram ter coragem para falar sobre o mesmo. Estas são raparigas corajosas que sempre lutaram por aquilo que mais acreditavam e tinham um grande desejo de viver, por isso nunca desistiram por mais adversidades que fossem colocadas no caminho e também eram apenas crianças ou mesmo adolescentes quando foram capturadas e enviadas para campos de concentração.

 

Helga, Andra, Tatiana, Sarah e Arianna são as sobreviventes que passam o testemunho às novas gerações, sonhando com o futuro, onde foram indicados quando foram deportadas e em que campos de concentração estiveram a viver. Estas são pessoas que estavam constantemente a lutarem pela sobrevivência por mais difíceis que sejam as suas condições e algumas das suas memórias por vezes eram demasiado violentas para serem recordadas, sendo que acabaram por transmitirem as mesmas às gerações seguintes, mesmo depois de terem estado em silêncio por um longo período de tempo, devido a vergonha, medo de que ninguém acreditasse ou mesmo por ainda não terem combatido os traumas que adquiriram.


Contar uma história tão dramática como as que os sobreviventes viveram não é nada fácil de partilhar e parecia impossível construir uma vida sobre uma base de caos, sofrimento e morte, mas estas mulheres conseguiram e quiseram passar o seu testemunho e a sua história de tal forma que até ajuda o espetador a refletir sobre esta época que foi negra para muitas pessoas que sofreram, em que teve um excesso de crueldade humana que incluía violência e tortura causada pelos nazis.




Durante o documentário, também temos a oportunidade de acompanhar a jornada de uma jovem chamada Katherina, desempenhada por Martina Gatti, que tem curiosidade e interesse em saber mais sobre Anne Frank, uma judia que tornou-se num símbolo inspirador para muitos. Ela visita muitos dos sítios que fazem parte da história desta judia, tais como, o campo de concentração de Bergen-Belsen na Alemanha, onde Anne e a sua irmã Margot morreram, centros memoriais dedicados às vítimas do Holocausto ou até mesmo o abrigo secreto onde Anne viveu em Amesterdão, entre outros, com o objetivo de ir procurando por respostas e revelando a sua interpretação e visão perante tudo aquilo que ia sentindo em cada local, utilizando as redes sociais para se exprimir.  



Os jovens estão cada vez mais interessados em saber as memórias conturbadas e avassaladoras pelas quais os seus antepassados tiveram de passar para conseguirem sobreviver e assim, torna-se num testemunho poderoso com a transmissão de uma mensagem de coragem perante ações graves de violência cometidas pela humanidade que pode influenciar milhares e milhares de pessoas.


 

Este documentário é uma boa homenagem a Anne Frank, em que são utilizadas as páginas que escreveu de uma forma extraordinária no seu diário e também tenta transmitir uma mensagem relevante para todos para assim evitar uma tragédia como foi a do Holocausto ou também denominado por Shoah que foi considerado como o genocídio mais documentado da história, mas para além disso, dá a oportunidade de criar um diálogo sobre este tema, onde pessoas com uma faixa etária mais avançada podem partilhar as suas aprendizagens e experiências que obtiveram num período muito conturbado com as gerações mais jovens.

 

Atualmente, os quartos da casa secreta situados na rua Prinsengrach 263, em Amesterdão, estão vazias para honrar as 6 milhões de vítimas dos nazis, sendo que foi a decisão de Otto Frank, o pai de Anne e único sobrevivente das oito pessoas que se esconderam neste espaço, mas ele também quis lutar contra a discriminação na sua própria experiência, enquanto uma pessoa que conseguiu sobreviver. Por isso, se visitarmos a casa de Anne Frank visitaremos uma casa vazia, mas não deixa de ser um local muito interessante de se conhecer e ter assim, a oportunidade de entrar na vida de Anne e até subir as escadas pertencentes ao seu esconderijo e ver os objetos que sobraram desta casa.



O Diário de Anne Frank é daquelas que obras que fica na memória de qualquer um e eu não fui exceção, pois li-o durante a minha adolescência e sem dúvida que o considero como um dos melhores livros que li até agora, pois as palavras e relatos desta jovem judia continuam a ser um legado poderoso que influencia milhares de pessoas e eu fui uma dessas, principalmente depois de ter visitado a sua casa em Amesterdão e ter aprendido muito mais sobre a sua história.

 

O documentário é muito interessante de se acompanhar, pois é um tipo de chamada de atenção e de lição de uma história bem real para o público ter uma noção de como as coisas funcionavam durante o Holocausto e tendo a partilha de uma figura tão enigmática como foi Anne Frank. Este foi bem construído e estruturado, sendo constituída por uma boa qualidade de fotografia, uma boa escolha de excertos do diário de Anne e de vídeos que utilizaram de arquivos e por uma narração excelente feita por Helen Mirren, em que a forma como ela foi lendo as palavras de Anne com uma entoação específica e adequada que faz com que vai tendo movimentos corporais e expressões faciais que ajudam a mostrar o quando a escrita de Anne nos faz sentir.


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