O filme Paradise Highway – Perseguidas com a duração de 115 minutos é
uma das estreias desta semana nos cinemas portugueses com a distribuição da
PRIS Audiovisuais, sendo que tem a realização e o argumento de Anna Gutto e com
os vencedores da Academia, Juliette Binoche e Morgan Freeman. No elenco ainda
temos Frank Grillo, Hala Finley, Cameron Monaghan e Veronica Ferres.
Esta é uma história que é desenrolada ao redor de uma camionista que foi
forçada a fazer contrabando de cargas ilícitas para salvar o seu irmão de um
gangue mortal. Com agentes do FBI no seu encalço, a consciência de Sally
(Juliette Binoche) é desafiada quando descobre que a encomenda final acaba por
ser uma adolescente.
Tudo isto acontece quando a vida do seu irmão é ameaçada e Sally,
uma condutora de transporte de mercadorias, relutantemente concorda em fazer
contrabando de cargas ilícitas, mas desta vez era uma menina chamada Leila
(Hala Finley). Enquanto Sally e Leila começam uma viagem perigosa
através das fronteiras entre estados, um obstinado agente do FBI sai em seu
rasto, determinado a fazer o que for preciso para encerrar uma operação de
tráfico humano e trazer Sally e Leila, são e salvas.
Paradise Highway – Perseguidas é uma produção de drama e de thriller bem
apresentada e com uma boa qualidade cinematográfica que tem a capacidade de
transmitir corretamente a sua mensagem. São poucos os filmes que abordam mais
especificamente o tema das redes de tráfico sexual e queiram de uma certa forma
chamar à atenção que continuam a existir um número elevado de jovens que são
vítimas deste tipo de mercado ilegal e é necessário que seja feito alguma coisa
para que se impeça que isto continue a acontecer.
Algo que é pertinente é o facto de se acompanhar o modo como as pessoas
podem ser transportadas pelo país e ainda por cima, sem ninguém dar conta do
que está a suceder. O espetador tem a oportunidade de saber mais o que implica
ter a profissão de camionista e todas as dificuldades que fazem parte no
transporte de mercadorias, seja a quantidade de horas longas de trabalho, as
dormidas nas paragens dos camiões ou a solidão que podem vir a sentir. Porém,
também podemos ver que pode existir uma comunidade mais unida nestes
profissionais que se ajudam uns aos outros quando realmente precisam. Também foi
interessante que tivesse sido mais focado em mulheres que têm esta profissão e ainda
tivessem mostrado como um camião se pode tornar num alojamento prático!
Além disso, também são destacados os problemas que permanecem no sistema norte-americano
que faz com que vários jovens sejam mais suscetíveis a serem vítimas de tráfico
humano, pois acabam por não ter qualquer tipo de apoio do seu próprio país e por
mais que queiram sobreviver, estes têm medo daquilo que pode vir a acontecer,
caso enfrentem os seus criminosos. Este é um sistema que tem muito para mudar,
mas felizmente ainda há quem queira fazer a diferença e continuar a lutar da
forma que pode como é o caso da personagem de Morgan Freeman, um oficial das forças
da autoridade.
Este é um filme com uma história previsível cheia de perseguições que explora traumas, novas oportunidades, família e sobrevivência e com alguma emoção pelo meio que até pode não ser dos melhores do ano ou agradar a todos, mas que possui uma mensagem clara do negócio que está ao redor do tráfico humano e dos efeitos que tem nas suas vítimas!
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