Já podem ver o novo filme de ação e aventura da 20th Century Studios. O
Reino do Planeta dos Macacos (Kingdom of the Planet of the Apes,
como título original) já estreou, sendo que desta vez o realizador Wes Ball dá
uma nova visão a esta franquia tão popular do universo da cultura pop. Esta
nova versão é baseada em personagens criadas por Rick Jaffa & Amanda
Silver. Atualmente, o filme pode ser visto na plataforma da Disney+.
Do elenco participam nomes, tais como: Owen Teague, Freya Allan, Kevin
Durand, Peter Macon e William H. Macy.
Esta é uma vida nova para esta franquia épica que se passa no futuro. Várias
gerações após o reinado de César, onde os macacos são a espécie
dominante que vive harmoniosamente e os humanos foram reduzidos a viver nas
sombras. À medida que um novo líder primata constrói o seu império, um jovem
macaco inicia uma jornada angustiante que o levará a questionar tudo o que sabe
sobre o passado e a fazer escolhas que irão definir o futuro dos macacos e dos
humanos.
Já não seria a primeira vez em que nós imaginávamos como seria o nosso
planeta, caso os seres humanos deixassem de ser a espécie dominante. E tivemos
a oportunidade de ver isso com a chegada dos macacos à liderança do planeta,
através da trilogia do Planeta dos Macacos que deixou a sua marca no
cinema. Contudo, será que havia muitas mais histórias para serem contadas sobre
este tema? Acredito que sim! E quando foi revelado que este seria um tipo de renovação
deste mundo, ou seja, uma vida completamente nova, a curiosidade em ver o
resultado aumenta.
Divulgação: 20th Century Studios
Primeiramente, é importante referir que não é totalmente necessário acompanhar
os filmes anteriores da trilogia. Assim, até podemos ir ver sem qualquer tipo
de expetativas e quem sabe, a experiência em si surpreender e não ter a
necessidade de fazer comparações.
Além disso, logo no início do filme, é introduzido as circunstâncias pelas
quais os macacos se tornaram na espécie dominante do planeta. Tudo foi devido à
humanidade ter criado um vírus que aumentou significativamente a inteligência dos
macacos. Ao mesmo tempo, os humanos acabaram por perder as suas capacidades,
chegando a um ponto que os sobreviventes foram obrigados a viver nas sombras.
Apesar da narrativa se desenrolar várias gerações após o reinado de César,
ele é um herói que impactou para sempre a vida dos macacos e que continua a ser
uma lenda para eles. A memória dele continua a persistir, mesmo que existam
aqueles que querem justificar que as ações cruéis que são executadas são em homenagem
a ele.
Divulgação: 20th Century Studios
Muito mudou desde a partida iminente de César e agora existe um novo
líder primata que quer construir o seu império numa forma que nem todos irão
aceitar. Depois temos, Noa, um jovem macaco que vai dar que falar e que
tem muito para aprender! Poderá ser este jovem, o líder que os macacos estão a
precisar e quem sabe, realizar um dos desejos de César que era viver
harmoniosamente com os humanos? Será que a essência de César corre nas
veias de Noa? Uma coisa é certa! Ele terá um caminho longo pela frente,
onde não terá a vida facilitada e com obstáculos que serão mais difíceis de
ultrapassar do que ele pensava.
Noa é daqueles macacos em que a pessoa cria logo uma empatia imediata e fica a
torcer para que ele consiga salvar o seu clã e vença. Com um bom coração, ele
tem as melhores das intenções, mas existem situações que vão surgindo que farão
com que Noa acabe por questionar muita coisa, incluindo o passado. E
isso, será vital para que Noa faça escolhas importantes para o futuro
dos macacos e até dos humanos.
Divulgação: 20th Century Studios
Depois, temos uma humana com habilidades que não eram vistas há algum tempo
e que de uma certa forma, é considerada como uma ameaça para os macacos,
principalmente para o novo líder intimidante. Será que ela tem boas intenções
para com Noa ou tem um plano escondido que quer ver concretizado? Interpretada
por Freya Allan, esta jovem por diversas vezes me fez lembrar traços
característicos da personalidade complexa de Ciri, a personagem que esta
atriz dá vida em The Witcher, a série da Netflix. Houve momentos, em que
parece mesmo que somos ligeiramente transportados para esse mundo.
Acompanhando há já algum tempo o trabalho de Kevin Durand, eu tinha
curiosidade em vê-lo a desempenhar o papel de antagonista desta história. Gostei
o modo como foi apresentado este líder primata que não olhava a meios para os
seus fins, mas achei que poderia ter sido muito mais bem aproveitado. Por isso,
gostava de ver mais vezes este ator num registo de vilão, pois o que não falta
é potencial para tal.
Divulgação: 20th Century Studios
O Reino do Planeta dos Macacos é um filme de ação e aventura que tem a
sua capacidade própria de entreter e de fazer a pessoa refletir, sendo que um
dos seus maiores destaques vai para os efeitos visuais fantásticos que deixam
qualquer um fascinado com aquilo que está a ver, mesmo que esteja a ser
apresentado um mundo apocalíptico. No entanto, são evidentes os seus problemas,
principalmente a nível do ritmo que acaba por ser desequilibrado, levando a que
o espetador possa vir a reduzir um pouco do interesse de ver o que vai
acontecer de seguida. As cenas de ação são bem executadas e tenho pena de não
terem havido muitas mais.
Até pode fechar o ciclo de uma história, mas depois da cena pós-créditos dá para perceber que esta produção abre diversas possibilidades para sequências futuras, criando mesmo assim, vontade em acompanhar as próximas aventuras destes macacos e a luta resiliente dos humanos. Que venham mais filmes relacionados com este mundo que possam vir a surpreender e de uma certa forma, inovar tudo o que foi feito até agora.
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