O demónio vermelho está de regresso numa nova adaptação com Hellboy e o
Homem Torto (Hellboy: The Crooked Man). A partir da história
original de Mike Mignola que é o criador do personagem Hellboy, esta
produção é realizada por Brian Taylor. E no elenco fazem parte nomes, tais
como, Jack Kesy, Adeline Rudolph e Jefferson White.
Hellboy (Jack Kesy) e Bobbie, a nova agente novata do BPRD (Adeline
Rudolph) ficam retidos nos Apalaches rurais dos anos 50, onde descobrem uma
pequena comunidade assombrada por bruxas e liderada por um demónio local que
possui uma inquietante ligação ao passado de Hellboy: o Homem Torto,
cujo verdadeiro nome é Jeremiah Witkins, um avarento especulador do
século XVIII que lucrava com a guerra e que foi enforcado pelos seus crimes. No
entanto, o Homem Torto voltou do inferno e tornou-se no demónio
residente da região.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Na década de 1950 e num lugar bastante remoto em que se sente desde o
início que algo de estranho se passa, Hellboy e Bobbie começam a
explorar os seus mistérios sombrios, enquanto vão sabendo histórias sobre o Homem
Torto, um demónio que foi enviado de volta à Terra para coletar almas para
o diabo. Além disso, esta figura acaba por ter uma conexão preocupante com Hellboy
que faz com que tenha de enfrentar segredos do seu passado que já estavam há
muito tempo, bem enterrados. Essa será uma batalha poderosa contra forças
malignas que ameaçam trazer o caos para o mundo. Será que este demónio vermelho
vai conseguir lidar com o seu passado e acabar com esta ameaça repleta de
escuridão?
Divulgação: NOS Audiovisuais
Hellboy e o Homem Torto é uma nova versão mais sinistra e peculiar que
nos dá a oportunidade de investigarmos e testemunharmos o início de todo o mal
que é envolvido em entidades demoníacas perigosas, violência e algumas
revelações. Também tem uma boa combinação de ação com terror e suspense que se
desenrola num ambiente sombrio, onde tudo pode acontecer.
No entanto, a escolha na fotografia não foi a mais adequada, chegando a um
ponto em que determinadas cenas eram tão escuras que acabavam por tirar o foco
naquilo que estava a suceder e criando assim, alguma distração para o próprio espetador.
E isso, também ocorreu em cenas mais impactantes como as de ação, em que
existia uma maior dificuldade em acompanhar as lutas e os movimentos que foram
sendo utilizados em certas situações. Além disso, houve diálogos que me
pareceram mais forçados, tirando assim, um pouco da essência da narrativa e das
personagens. E as próprias personagens poderiam ter sido desempenhadas de outra
forma.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Um ponto bastante positivo é que surpreendeu a nível do terror introduzido
ao longo do filme. Nesta produção, houve muitas mais situações assustadoras que
foram complementadas com efeitos visuais satisfatórios do que em outros
projetos que possuem um orçamento mais elevado. Infelizmente, os filmes de
terror já não são o que eram antigamente e por isso, é cada vez mais difícil a
pessoa surpreender-se por este género que tem inúmeros admiradores. Neste caso,
surgiram momentos na história mais aterrorizantes que foram uma boa surpresa e são
fulcrais que façam parte dos ingredientes para um bom argumento de terror.
Hellboy e o Homem Torto é daqueles filmes que apesar de algumas falhas,
continua a criar vontade em se saber o que vai acontecer de seguida e nos dá
uma boa fonte de entretenimento cheia de ação, bruxaria e terror e possui uma dose de
criatividade que é interessante de se acompanhar.
Gosto muito do Hellboy, mas são tantos reboots, que eu já me perdi. E teve um antes desse que foi bem ruim também. Talvez eu assista a esse aí. Boa crítica.
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