Fãs de The
Weeknd, chegou Hurry Up Tomorrow com a realização de Trey Edward Shults.
Este é o filme que
acompanha a edição do novo álbum do artista canadiano The Weeknd, ou seja, é
uma extensão do próximo álbum de estúdio, que leva o mesmo nome e completa a
trilogia iniciada com After Hours (2020) e seguida por Dawn FM (2022).
Esta
produção é uma espécie de thriller psicológico que explora temas existenciais e
autocríticos e segundo o cantor, o objetivo é oferecer uma experiência
cinematográfica imersiva que une música e cinema, criando assim, uma odisseia
jamais vista.
Abel
Tesfaye, conhecido como The Weeknd é o protagonista que divide a tela com a
Jenna Ortega e o Barry Keoghan.
A
história desenrola-se ao redor de um músico famoso que é atormentado por uma
crise emocional. Durante uma noite de insónia, ele é levado para uma odisseia
sem precedentes com uma fã misteriosa e obcecada (Jenna Ortega). A relação
entre os dois deixa o cantor à beira de um colapso e isso o faz questionar o
cerne da sua existência.
Este
é um artista complicado que está na margem de um colapso mental, sendo que
depois de conhecer uma mulher que é considerada como uma fã obsessiva obriga-o
a embarcar numa jornada muito peculiar que desafia tudo aquilo que ele conhece
de si próprio. É algo que lhe vai abrir consideravelmente os olhos e em que a
sua vida nunca mais será a mesma. Será que ele vai sobreviver mentalmente ao
seu tormento?
Divulgação: Pris Audiovisuais
Hurry
Up Tomorrow é uma viagem
tóxica e confusa que é envolvida num ambiente intenso composto por uma loucura
ao mais alto nível, sendo que pode dar cabo da cabeça de qualquer um e esgotar
quem está a ver. E onde entramos pela mente de alguém que tem de
obrigatoriamente enfrentar os seus demónios para chegar a um determinado ponto,
enquanto existem vários comportamentos perigosos.
Esta
é daquelas situações em que chegamos ao fim desta experiência cinematográfica e
ficamos a processar aquilo que se acaba de ver, fazendo com que se tenha
diferentes interpretações em relação ao resultado em si. É garantido que vai
dividir opiniões, principalmente se a pessoa é fã ou não dos The Weeknd.
Este
é um thriller psicológico com uma combinação de suspense com drama que até é
interessante ver inicialmente a criatividade usada para transmitir o impacto
que as pessoas podem ter em alguém com a saúde mental frágil e como as
vivências desse mesmo individuo podem afetá-lo e até destruí-lo por completo. E
também, se essas pessoas estiverem ao redor dele, torna-se ainda mais assustador.
No entanto, a forma como tudo é apresentado não é a melhor, chegando a um ponto
que é cansativo, em que outras vezes perde o sentido e consequentemente, o próprio
interesse. Sim, é verdade que estamos a presenciar uma mente instável, mas
acredito que haveria estratégias mais atrativas para representar a mesma.
Divulgação: Pris Audiovisuais
Não
posso deixar de destacar positivamente a interpretação musical de Abel Tesfaye
e o bom desempenho de Jenna Ortega. E ainda, vemos um lado diferente e mais
vulnerável de Abel que pode criar uma maior ligação com o músico e também temos
a pressão constante que pode haver quando se é um artista muito popular, mesmo
que a representação do tema em si não tenha sido das melhores.
Concluindo, Hurry Up Tomorrow é um caos complexo e estranho que desiludiu bastante com a sua falta de equilíbrio, tendo sido demasiado comprido e cheio de falhas. Sei que isto era um tipo de presente para os admiradores de The Weeknd, mas na minha opinião, eles mereciam muito mais. E provavelmente, este filme não será para todos os gostos.
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