Portugueses é o novo filme do realizador Vicente
Alves do Ó produzido pela Ukbar Filmes, que nos traz uma proposta descrita como
pioneira, onde se celebra o passado, o presente e o futuro da portugalidade.
São 13 temas musicais, simbólicos da cultura portuguesa que fazem parte do
filme, tendo sido cantados e interpretados por um elenco de 50 atores e
atrizes. E isso ocorreu sob a direção musical de Lúcia Moniz e banda sonora e
produção musical de Fred Ferreira.
Já
a lista dos autores dos temas são compostos por Zeca Afonso, Adriano Correia de
Oliveira, José Mário Branco, Fausto, Sérgio Godinho, Fernando Tordo e Sophia de
Mello Breyner.
No
elenco temos Diogo Branco, Paulo Calatré, Filipe Amorim, Rita Durão, Tomás Alves,
Nuno Represas, Madalena Aragão, Rita Cruz, Miguel Damião, Raquel Rocha Vieira,
Vítor Norte, Maria Leite, André Albuquerque, Joana Manuel, Tomás Taborda,
Eurico Lopes, Pedro Saavedra, João Ascenso, Sérgio Praia, Ana Cloe, Oceana
Basílio, Margarida Moreira, António Camelier, Tiago Sarmento, Ana Sofia Martins,
Lara Chelinho, Cátia Nunes, Peter Michael, Sónia Lisboa, Ana Guiomar, Carlos
Alberto Moniz, David Esteves, Kévim Vicente, Miguel Melo, Luís Esparteiro,
Sandra Faleiro, Ana Lopes, Rui Melo, Ana Bola, Francisco Beatriz, Ricardo
barbosa, Luísa Ortigoso, João Tempera, Rute Miranda, Valerie Braddell, João
Cachola, Paulo Quedas, Fernando Rocha Oliveira, Rita Lello, Lúcia Moniz e o
próprio Vicente Alves Do Ó.
Relativamente
à história em si, esta começa num tempo que antecede a Revolução dos Cravos.
Conhecemos dois homens: um foge do país e o outro ajuda-o nessa fuga. Ao escaparem,
falam das suas vidas, das suas tormentas, usando a música para retratar cada
instante. Ao longo de 13 canções atravessamos o país através de várias
histórias e personagens, terminando na ambiguidade do Portugal contemporâneo, 50
anos depois, numa reflexão sobre as conquistas e os desafios que persistem.
Divulgação: Cinemundo
Os
Portugueses é uma autêntica homenagem à liberdade e à democracia, onde inicialmente partilha a verdade pura e dura de um tempo de tirania que podia ser definido
como um pesadelo que parecia não ter fim, sendo que mostra como uma classe
social específica foi de uma certa forma, torturada pelo sistema político
português. E ainda, é apresentado o papel essencial da música em aliviar o
sofrimento e angústia destes seres humanos.
Existem
momentos que temos uma parte mais virada para a de um drama psicológico mais
intenso que é envolvido em violência, medo, sofrimento, tragédia, preconceito e
guerra. Contudo, também mostra a luta determinada e constante deste povo, seja
devido à falta de direitos dos próprios portugueses ou simplesmente para
alcançarem a liberdade. E ainda, partilha os efeitos a longo prazo que, eventos
complexos e perturbadores como a guerra do Ultramar podem ter em pessoas que
participaram como soldados. Participar numa guerra pode deixar uma marca muito
forte no espírito de alguém e aqui não é exceção.
Divulgação: Cinemundo
São
diversas as histórias contadas, onde acompanhamos a posição de cada um destes
portugueses e como muitos não desistem de lutar pelos seus ideais e como outros
de classes sociais mais requintadas nem têm a noção do mal que causam às
pessoas com menos recursos.
Tal
como ditou a história que nos trouxe a Liberdade, esta produção é um modo de
representar o símbolo e a importância deste feito e como também, acabou por se tornar numa lição de
vida muito útil. E por mais que a cinematografia por vezes possa ter feito
impressão a alguns, isso não tira o destaque do quanto é fundamental sermos
livres, principalmente nos tempos de hoje.
Portugueses pode não agradar a todos, mas não
deixa de transmitir uma mensagem daquilo que realmente importa e como
implementar extremos poderá não ter os resultados esperados.
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