sexta-feira, 25 de julho de 2025

Filme "The Fantastic Four: First Steps" é uma viagem transformadora que apresenta a Primeira Família da Marvel

 

Chegou o tão aguardado filme que muitos esperaram durante muito tempo para finalmente celebrarem este mundo tão icónico criado por Stan Lee e Jack Kirby!

The Fantastic Four: First Steps (Quarteto Fantástico: Primeiros Passos) realizado por Matt Shakman apresenta a Primeira Família da Marvel que tem como protagonistas: Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach. No elenco, também participam Paul Walter Hauser, Natasha Lyonne e Sarah Niles.

Tendo como pano de fundo um mundo retro-futurista inspirado nos anos 60, temos Reed Richards/Mister Fantastic (Pedro Pascal), Sue Storm/Invisible Woman (Vanessa Kirby), Johnny Storm/Human Torch (Joseph Quinn) e Ben Grimm/The Thing (Ebon Moss-Bachrach) – à medida que enfrentam o seu maior desafio até à data. Forçados a equilibrar os seus papéis de heróis com a força dos seus laços familiares, têm de defender a Terra de um deus espacial voraz chamado Galactus (Ralph Ineson) e do seu enigmático Arauto, a Silver Surfer. E se o plano de Galactus para devorar o planeta inteiro e todos os que nele habitam não fosse suficientemente mau, de repente torna-se muito pessoal.

Divulgação: Marvel Studios

Com uma duração mais de 60 anos, o Fantastic Four tem sido um género de tesouro no storytelling da Marvel, misturando ciência, aventura, humor e coração.

Depois de muitos anos de antecipação por parte dos fãs espalhados por todo o mundo e de ter havido outras tentativas de adaptação deste grupo de super-heróis que não tiveram o resultado desejado. Então, finalmente chegou o momento da Marvel Studios apresentar a sua versão. Isso, também levou a que este filme fosse uma das estreias mais esperadas para 2025.

Ultimamente, a Marvel tem estado a deixar algumas dicas de que tinha o interesse de entrar por uma abordagem mais inovadora nos seus próximos projetos cinematográficos. E assim, compensar pelos erros cometidos no passado e apostando mais na qualidade, em vez da quantidade. Isso começou a ver-se com Deadpool & Wolverine e mais recentemente, Thunderbolts.

Divulgação: Marvel Studios

E que bela forma de inicial a Fase 6 da MCU do que com o filme nº 38 e desta vez focado na história da lendária Primeira Família no universo 828 e envolvida numa vibe retro-futurista dos anos 60. E juntamente com esta família, teríamos o companheiro H.E.R.B.I.E e os antagonistas, a misteriosa Silver Surfer e o implacável ser cósmico Galactus.    

Como referido anteriormente, neste filme somos transportados para uns anos 60 alternativos da cidade de New York, onde os Fantastic Four já são heróis. Mas, quando surge uma ameaça cósmica, eles vão ter de se chegar à frente para protegerem todos do ser Galactus. Enquanto isso, conhecemos eles como uma equipa unida e com todos os altos e baixos que fazem parte da vida familiar.

Contrariamente ao que acontece noutros filmes, este não é uma história de origem deste quarteto, mas sim inicia-se com a celebração do quarto aniversário desta equipa. E de uma forma muito repentina e acelerada, é-nos dado a conhecer, através de imagens mais vintage, tudo aquilo que precisamos de saber sobre como chegámos ao momento presente.

Esta foi uma retrospetiva pertinente e bem construída, porque, de um modo muito resumido, temos filmagens dos momentos antes da partida deles para uma viagem espacial na nave Excelsior que foi crucial para depois regressarem mudados para sempre. E foi durante esta expedição que se depararam com um evento inesperado que estava rodeado de raios cósmicos e que iria mudar o rumo principal da história que estava a ser contada na atualidade. E por isso, é que regressaram com superpoderes, passaram a proteger o mundo de qualquer ameaça e tornaram-se assim, numa inspiração para todos.   

Divulgação: Marvel Studios

The Fantastic Four: First Steps é uma viagem transformadora há muito esperada que proporciona uma conexão imediata e especial com o espetador. E apresenta-nos boas cenas de ação, visuais deslumbrantes, uma dinâmica familiar única e momentos emocionantes que tocam exclusivamente o coração, fazendo com que a pessoa se identifique com cada um dos membros desta família e esteja constantemente a torcer por eles. E isso acontece, porque sentimos que eles mostram o melhor de nós e é como se fizessem parte da nossa família.

Um dos maiores destaques vai sem dúvida, para o elenco escolhido para protagonizar estes quatro super-heróis repletos de carisma! Cada um dos atores teve o tempo de ecrã suficiente para brilhar à sua maneira e criar uma ligação particular com quem está a ver.  Pedro Pascal, Vanessa Kircy, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach tiveram desempenhos impactantes e também protagonizaram uma dinâmica bastante engraçada e cativante. Eles foram mesmo fantásticos e deu para sentir que todos tiveram uma química mesmo muito real.

Esta é uma família aguerrida cuja sua maior força é a união, sendo que eles estão juntos, não importa o que aconteça. Eles são a única equipa de super-heróis que têm problemas familiares, sendo que são pessoas calorosas e têm muito amor uns pelos outros, por mais que possam discutir ou desentender. Juntos, enfrentarão tudo como uma família e sempre que for necessário, irão encontrar uma solução em conjunto, por mais louca que possa ser.

Divulgação: Marvel Studios

Uma coisa que é transmitida é que eles só sabem salvar a humanidade por simplesmente serem uma família, mesmo que a missão seja difícil. E a proximidade deles enquanto família faz mesmo toda a diferença. Um destaque para a Sue que é sem dúvida, uma mulher lutadora e determinada cheia de compaixão e é o coração deste filme.

Assim, estas personagens mostram o verdadeiro significado de família, de união, de sacrifício e também, como uma criança muda para sempre a vida deles, chegando a um ponto em que as pessoas se identificam num instante. Tudo isto é sobre algo que realmente compreendemos como seres humanos, tanto o valor de família, como o facto de querermos tomar conta deles.

Esta aventura com alguma ação pelo meio possui uma energia contagiante e também se desenrolou na década em que não só brilharam os astronautas, como na altura em que estes quatro protagonistas foram criados nos comics e que existem desde 1961. E também foi muito interessante ver a década de 60 como conhecemos juntar-se a um mundo retro-futurista. É mesmo impressionante como algo que é de um futuro tão distante, como a tecnologia construída pelo Reed conseguiu implementar-se tão bem nesta era e como os sets foram construídos a partir do zero. E o resultado em si faz-nos mergulhar diretamente para essa época, sendo que Matt Shakman entrega um presente visual e dá para ver a paixão que ele tem pelos comics.

Divulgação: Marvel Studios

Contudo, como a narrativa foi mais dedicada à dinâmica familiar, isso fez com que não houvesse muito espaço para desenvolver como deve ser outras personagens que também mereciam mais relevância, como foi o caso da Silver Surfer e Galactus. No caso de Galactus, ficamos a saber um pouco da solidão e isolamento que sofre e o quanto estava cansado. E por isso, ele queria livrar-se a todo o custo da sua fome ilimitada. Já Silver Surfer tivemos uma breve apresentação da história desta personagem tão complexa que era um autêntico enigma, mas que infelizmente não teve tempo suficiente para destacar-se mais e acabou por ter um desfecho mais de cliché.

Esta é daquelas produções que poderia ter tido uma duração mais longa, pois houve alturas em que se notou o quanto acelerada estava a própria história e houve algumas limitações a nível das cenas de ação. Teria sido ainda mais cativante ter visto mais cenas de ação, principalmente dos Fantastic Four a atuarem como uma equipa e a usarem os seus poderes. E assim, também haveria mais tempo para retratar melhor a Silver Surfer que foi tão bem interpretada pela Julie Garner e claro, Galactus. Apesar de não ter aparecido em algumas cenas, dava para sentir a presença, o perigo e a ameaça da voz peculiar do destemido Galactus.

Divulgação: Marvel Studios

The Fantastic Four: First Steps inicia um capítulo novo e ousado, trazendo a primeira família para a MCU, apresentando num estilo próprio, tudo aquilo que faz esta família ser tão especial e combinando perfeitamente com um visual maravilhoso e uma banda sonora, cuja cada batida fica no ouvido.

Acima de tudo, é um filme sobre família, onde cada membro da equipa é igualmente importante e que nos transmite esperança. Além disso, faz-nos ter um interesse imediato em querer continuar a acompanhar mais aventuras da jornada espacial destes 4 heróis. E ainda, acreditar que afinal, a Marvel ainda pode surpreender, renovar e reinventar-se com distinção.

Desta vez a magia da Marvel funcionou na perfeição e acredito que este quarteto irá trazer para Avengers: Doomsday, uma dinâmica muito promissora e interessante. E ainda apresentar muito mais o enorme potencial que cada um destes membros possui e ainda tem para mostrar.

Divulgação: Marvel Studios

Para além disso, depois da pessoa ver a primeira cena pós-créditos, aumenta significativamente a vontade de ver a continuação desta história.

Este filme filmado para IMAX é diferente em comparação com outros projetos pertencentes à MCU. E teve a capacidade de entregar uma adaptação mais fiel dos comics, onde incluiu uma qualidade muito superior ao que já tinha sido feito antes, sendo que a história destas personagens foi devidamente respeitada.

Concluindo, também cumpre com a palavra tão emblemática e característica do seu título que é sem quaisquer dúvidas, fantástico!


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