Chegou
o tão aguardado filme que muitos esperaram durante muito tempo para finalmente celebrarem
este mundo tão icónico criado por Stan Lee e Jack Kirby!
The
Fantastic Four: First Steps
(Quarteto Fantástico: Primeiros Passos) realizado por Matt Shakman
apresenta a Primeira Família da Marvel que tem como protagonistas: Pedro
Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach. No elenco, também
participam Paul Walter Hauser, Natasha Lyonne e Sarah Niles.
Tendo como pano de fundo um mundo retro-futurista inspirado nos anos 60, temos Reed Richards/Mister Fantastic (Pedro Pascal), Sue Storm/Invisible Woman (Vanessa Kirby), Johnny Storm/Human Torch (Joseph Quinn) e Ben Grimm/The Thing (Ebon Moss-Bachrach) – à medida que enfrentam o seu maior desafio até à data. Forçados a equilibrar os seus papéis de heróis com a força dos seus laços familiares, têm de defender a Terra de um deus espacial voraz chamado Galactus (Ralph Ineson) e do seu enigmático Arauto, a Silver Surfer. E se o plano de Galactus para devorar o planeta inteiro e todos os que nele habitam não fosse suficientemente mau, de repente torna-se muito pessoal.
Divulgação: Marvel Studios
Com
uma duração mais de 60 anos, o Fantastic Four tem sido um género de tesouro
no storytelling da Marvel, misturando ciência, aventura, humor e coração.
Depois
de muitos anos de antecipação por parte dos fãs espalhados por todo o mundo e de
ter havido outras tentativas de adaptação deste grupo de super-heróis que não
tiveram o resultado desejado. Então, finalmente chegou o momento da Marvel
Studios apresentar a sua versão. Isso, também levou a que este filme fosse uma
das estreias mais esperadas para 2025.
Ultimamente,
a Marvel tem estado a deixar algumas dicas de que tinha o interesse de entrar
por uma abordagem mais inovadora nos seus próximos projetos cinematográficos. E
assim, compensar pelos erros cometidos no passado e apostando mais na qualidade,
em vez da quantidade. Isso começou a ver-se com Deadpool & Wolverine
e mais recentemente, Thunderbolts.
Divulgação: Marvel Studios
E que bela forma de inicial a Fase 6 da MCU do que com o filme nº 38 e desta vez focado na história da lendária Primeira Família no universo 828 e envolvida numa vibe retro-futurista dos anos 60. E juntamente com esta família, teríamos o companheiro H.E.R.B.I.E e os antagonistas, a misteriosa Silver Surfer e o implacável ser cósmico Galactus.
Como
referido anteriormente, neste filme somos transportados para uns anos 60
alternativos da cidade de New York, onde os Fantastic Four já são
heróis. Mas, quando surge uma ameaça cósmica, eles vão ter de se chegar à
frente para protegerem todos do ser Galactus. Enquanto isso, conhecemos
eles como uma equipa unida e com todos os altos e baixos que fazem parte da
vida familiar.
Contrariamente
ao que acontece noutros filmes, este não é uma história de origem deste quarteto,
mas sim inicia-se com a celebração do quarto aniversário desta equipa. E de uma
forma muito repentina e acelerada, é-nos dado a conhecer, através de imagens
mais vintage, tudo aquilo que precisamos de saber sobre como chegámos ao
momento presente.
Esta
foi uma retrospetiva pertinente e bem construída, porque, de um modo muito
resumido, temos filmagens dos momentos antes da partida deles para uma viagem
espacial na nave Excelsior que foi crucial para depois regressarem mudados para
sempre. E foi durante esta expedição que se depararam com um evento inesperado que
estava rodeado de raios cósmicos e que iria mudar o rumo principal da história
que estava a ser contada na atualidade. E por isso, é que regressaram com
superpoderes, passaram a proteger o mundo de qualquer ameaça e tornaram-se assim,
numa inspiração para todos.
Divulgação: Marvel Studios
The
Fantastic Four: First Steps
é uma viagem transformadora há muito esperada que proporciona uma conexão
imediata e especial com o espetador. E apresenta-nos boas cenas de ação, visuais
deslumbrantes, uma dinâmica familiar única e momentos emocionantes que tocam exclusivamente
o coração, fazendo com que a pessoa se identifique com cada um dos membros
desta família e esteja constantemente a torcer por eles. E isso acontece,
porque sentimos que eles mostram o melhor de nós e é como se fizessem parte da
nossa família.
Um
dos maiores destaques vai sem dúvida, para o elenco escolhido para protagonizar
estes quatro super-heróis repletos de carisma! Cada um dos atores teve o tempo
de ecrã suficiente para brilhar à sua maneira e criar uma ligação particular com
quem está a ver. Pedro Pascal, Vanessa
Kircy, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach tiveram desempenhos impactantes e também
protagonizaram uma dinâmica bastante engraçada e cativante. Eles foram mesmo
fantásticos e deu para sentir que todos tiveram uma química mesmo muito real.
Esta
é uma família aguerrida cuja sua maior força é a união, sendo que eles estão
juntos, não importa o que aconteça. Eles são a única equipa de super-heróis que
têm problemas familiares, sendo que são pessoas calorosas e têm muito amor uns
pelos outros, por mais que possam discutir ou desentender. Juntos, enfrentarão
tudo como uma família e sempre que for necessário, irão encontrar uma solução
em conjunto, por mais louca que possa ser.
Divulgação: Marvel Studios
Uma
coisa que é transmitida é que eles só sabem salvar a humanidade por
simplesmente serem uma família, mesmo que a missão seja difícil. E a proximidade
deles enquanto família faz mesmo toda a diferença. Um destaque para a Sue
que é sem dúvida, uma mulher lutadora e determinada cheia de compaixão e é o
coração deste filme.
Assim,
estas personagens mostram o verdadeiro significado de família, de união, de
sacrifício e também, como uma criança muda para sempre a vida deles, chegando a
um ponto em que as pessoas se identificam num instante. Tudo isto é sobre algo
que realmente compreendemos como seres humanos, tanto o valor de família, como
o facto de querermos tomar conta deles.
Esta
aventura com alguma ação pelo meio possui uma energia contagiante e também se
desenrolou na década em que não só brilharam os astronautas, como na altura em
que estes quatro protagonistas foram criados nos comics e que existem
desde 1961. E também foi muito interessante ver a década de 60 como conhecemos
juntar-se a um mundo retro-futurista. É mesmo impressionante como algo que é de
um futuro tão distante, como a tecnologia construída pelo Reed conseguiu
implementar-se tão bem nesta era e como os sets foram construídos a partir do
zero. E o resultado em si faz-nos mergulhar diretamente para essa época, sendo
que Matt Shakman entrega um presente visual e dá para ver a paixão que ele tem
pelos comics.
Divulgação: Marvel Studios
Contudo,
como a narrativa foi mais dedicada à dinâmica familiar, isso fez com que não
houvesse muito espaço para desenvolver como deve ser outras personagens que
também mereciam mais relevância, como foi o caso da Silver Surfer e Galactus.
No caso de Galactus, ficamos a saber um pouco da solidão e isolamento
que sofre e o quanto estava cansado. E por isso, ele queria livrar-se a todo o
custo da sua fome ilimitada. Já Silver Surfer tivemos uma breve apresentação da
história desta personagem tão complexa que era um autêntico enigma, mas que
infelizmente não teve tempo suficiente para destacar-se mais e acabou por ter
um desfecho mais de cliché.
Esta
é daquelas produções que poderia ter tido uma duração mais longa, pois houve
alturas em que se notou o quanto acelerada estava a própria história e houve
algumas limitações a nível das cenas de ação. Teria sido ainda mais cativante
ter visto mais cenas de ação, principalmente dos Fantastic Four a
atuarem como uma equipa e a usarem os seus poderes. E assim, também haveria
mais tempo para retratar melhor a Silver Surfer que foi tão bem
interpretada pela Julie Garner e claro, Galactus. Apesar de não ter
aparecido em algumas cenas, dava para sentir a presença, o perigo e a ameaça da
voz peculiar do destemido Galactus.
Divulgação: Marvel Studios
The
Fantastic Four: First Steps
inicia um capítulo novo e ousado, trazendo a primeira família para a MCU, apresentando
num estilo próprio, tudo aquilo que faz esta família ser tão especial e
combinando perfeitamente com um visual maravilhoso e uma banda sonora, cuja
cada batida fica no ouvido.
Acima
de tudo, é um filme sobre família, onde cada membro da equipa é igualmente
importante e que nos transmite esperança. Além disso, faz-nos ter um interesse
imediato em querer continuar a acompanhar mais aventuras da jornada espacial
destes 4 heróis. E ainda, acreditar que afinal, a Marvel ainda pode
surpreender, renovar e reinventar-se com distinção.
Desta
vez a magia da Marvel funcionou na perfeição e acredito que este quarteto irá
trazer para Avengers: Doomsday, uma dinâmica muito promissora e
interessante. E ainda apresentar muito mais o enorme potencial que cada um
destes membros possui e ainda tem para mostrar.
Divulgação: Marvel Studios
Para
além disso, depois da pessoa ver a primeira cena pós-créditos, aumenta
significativamente a vontade de ver a continuação desta história.
Este
filme filmado para IMAX é
diferente em comparação com outros projetos pertencentes à MCU. E teve a
capacidade de entregar uma adaptação mais fiel dos comics, onde incluiu uma
qualidade muito superior ao que já tinha sido feito antes, sendo que a história
destas personagens foi devidamente respeitada.
Concluindo, também cumpre com a palavra tão emblemática e característica do seu título que é sem quaisquer dúvidas, fantástico!
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