Chegou
a nova adaptação da lenda tão imortal que é o Conde Drácula!
Apresentado
no Festival de Cannes 2024, Drácula: Uma História de Amor (Dracula: A
Love Tale, como título original) é realizado por Luc Besson e designa-se
como uma reinterpretação visualmente deslumbrante e emocionalmente intensa do
mito de Vlad, o Empalador que está dividido entre a escuridão e a
memória de um amor que resiste ao tempo.
Esta
produção foi rodada em Paris, entre estúdios e locais históricos como o Hôtel
de la Marine e o Palais Royal, sendo que o filme conjuga paisagens góticas,
guarda-roupa luxuoso e atmosferas intensas que pretendem criar uma experiência
cinematográfica grandiosa. Será que irá conseguir surpreender?
Desta
vez, esta figura ganha nova vida através de Caleb Landry Jones, onde no elenco
também se junta Christoph Waltz, Zoë Bleu, Matilda De Angelis,
Ewens Abid e Guillaume de Tonquédec.
No século XV,
o príncipe Vladimir, após a repentina e cruel morte da sua amada esposa,
renega a Deus e herda uma maldição eterna: ele torna-se Drácula.
Condenado a vaguear pelos séculos, desafia o destino e a própria morte, guiado
por uma única esperança – reunir-se novamente com o seu amor perdido.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Ele ficou
devastado pela morte da mulher que amava e por isso é que renega a fé e é amaldiçoado
com a vida eterna. Séculos depois, já como Drácula, vive isolado do
mundo até reconhecer numa jovem o rosto da sua amada perdida – dando início a
um caminho entre desejo e redenção, onde o tempo e a mortalidade perdem
significado.
Para Drácula,
a morte é um privilégio que Deus concede. E apesar dele ter sido um dos servos
mais fiéis, a morte foi-lhe negada. Assim, durante 400 anos, Drácula espera
pelo regresso da sua princesa e faz o que for preciso para que isso aconteça.
Nesta visão, em
vez de termos um Drácula mais aterrorizante e perigoso, ele é profundamente
mais humano, sendo que sofreu uma tragédia e nunca largou a memória do amor da
sua vida. Caleb Landry
Jones faz aqui uma interpretação diferente e convincente com um sotaque
peculiar que leva a conhecermos o lado provavelmente mais vulnerável e
ternurento de Drácula, apesar de continuar a ser uma ameaça para a humanidade e
de ter as suas entradas mais dramáticas.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Drácula:
Uma História de Amor
é particularmente um romance trágico envolvido num mistério obscuro e
fantasioso que reinventa a clássica história de Bram Stoker sobre um dos ícones
mais populares da cultura pop.
Nesta
história intemporal, temos violência, cenas de batalha excelentes, lutas empolgantes,
mas os momentos de horror são praticamente inexistentes, sendo que se foca mais
no romance tórrido de Drácula e na procura exaustiva pela sua amada que
acredita que irá reencarnar na pele de outra mulher. Mesmo assim, esta fantasia
sombria que contém uma perspetiva mais emocional e juntamente com uma pequena
dose de humor consegue criar algum interesse em acompanhar o seu desenrolar.
Enquanto
isso, temos Christoph Waltz a assumir o papel de um perseguidor enigmático, que
promete revelar a verdadeira natureza do protagonista. No entanto, a personagem
em si não criou grande impacto no enredo, sendo que houve falta na sua
construção, acabando por tornar-se facilmente esquecível e dispensável.
Sempre
apreciei produções de época e esta não é exceção. Neste caso, traz um maior
requinte ao ambiente representado que é rodeado por um estilo mais gótico e elegante,
uma cinematografia bem executada, um guarda-roupa lindíssimo, uma banda sonora adequada
à narrativa contada, vistas bonitas e ainda, por uma vampira muito bem desempenhada
por Matilda De Angelis. E tudo isto está alinhado com o ângulo proposto por
este realizador e sem esquecer do equilíbrio que existe em relação à escuridão
que também faz parte da história.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Com
Drácula: Uma História de Amor, testemunhamos um amor de um príncipe do
século XV e da sua esposa forjado com sangue e destinado à eternidade. Uma
união apaixonante que será a salvação dele. E não importa, o tempo que possa
ter de esperar, porque um dia, ele irá reencontrar a sua alma gémea. Enquanto isso, também conhecemos uma Paris
do século XIX com todas as suas características e costumes que rapidamente nos
conquista.
Como
já tinha referido anteriormente, esta é uma nova adaptação mais leve e moderna deste
protagonista que pode ter as suas falhas, tais como: erros no argumento, rapidez
em alguns momentos do filme, falta de tempo para explorar determinados pontos
pertinentes, os efeitos de um perfume que faz enfraquecer e exagerar a trama. E
ainda, os efeitos especiais estranhos que foram usados para darem vida às gárgulas,
os servos do Conde Drácula.
Contudo, é um filme ligeiramente mais sentimental que também mostra o poder da esperança em voltar a ver quem mais se ama. Poderá entreter muitos e para mim, vale a pena ver, mas não se deve ter qualquer tipo de expetativas. Simplesmente, aproveitar e assistir a este romance envolvente e intenso que possui a sua própria essência.
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