A
Presença (Presence,
como título original) é o próximo projeto realizado por Steven Soferbergh, cuja
escrita fica à responsabilidade de David Koepp.
No
elenco, estão presentes Lucy Liu, Chris Sullivan, Callina Liang, Eddy Maday e
Julia Fox.
Neste
caso, uma família apercebe-se de que não está sozinha depois de se mudar para a
sua nova casa nos subúrbios.
Falamos
de uma família disfuncional, a Payne composta por mãe, pai e dois
filhos, onde cada um está a lidar com os seus próprios problemas. Porém, quando
se mudam para uma nova habitação, apercebem-se que este lugar tem muito mais do
que aquilo que aparenta.
Já
imaginaram como se sentiriam se soubessem que estão a ser constantemente
observados por uma entidade invisível? Ou se simplesmente estivessem a sentir a
presença de algo desconhecido?
Primeiramente,
uma das coisas que me interessou bastante foi o facto desta história com o seu
lado sobrenatural ter sido filmada inteiramente pela perspetiva de um espírito.
O que não faltam são obras relacionadas com fantasmas, assombrações e outros
temas do paranormal, chegando a um ponto que é difícil proporcionarem algo de
novo para o espetador. Por isso, quando começamos a ter a noção que desta vez,
vamos ter a chance de acompanhar tudo pela visão de um espírito que está a assombrar
um determinado lar, então a curiosidade suscita imediatamente.
A
Presença é mais definido
por ser um drama psicológico envolvido num mistério que possui elementos do
sobrenatural, mas poucos a nível de terror. Esperava-se uma história muito mais
desenvolvida e cativante, porque acredito que tinha potencial para tal. Ainda
assim, pelo trailer prometeu muito, mas num geral entregou um conteúdo com
alguma perda de equilíbrio e de sentido. E no final, a interpretação e a explicação
da narrativa fica na ótica do público. Assim, cada um fica com a sua teoria em
relação ao desenrolar deste thriller, tenha ou não lógica.
No
entanto, um dos principais destaques vai sem dúvida, para o trabalho executado
pela câmara que proporciona uma experiência impactante para quem está a ver,
fazendo com que a pessoa se sinta a fazer parte do próprio filme. Através dos
ângulos de filmagem foi visualmente arriscado, sendo que teve um resultado
eficiente e perspicaz para o espetador. E foi pertinente e original, o modo
como foram apresentados cada um dos detalhes presentes em cada uma das divisões
da casa. Além disso, houve alturas em que devido à velocidade das cenas
apresentadas, parecia que estávamos a ficar com a cabeça à roda e isso foi
totalmente inesperado. E tudo graças ao trabalho técnico com um estilo próprio
que teve um bom desempenho.
Ao
longo de 85 minutos, A Presença também apresenta um rumo ligeiramente
sombrio, perturbador e cheio de suspense e alguma tensão, enquanto vai testando
o psicológico das personagens. Contudo, o que realmente criou um maior impacto
foi a intensidade pelo qual acompanhámos inteiramente a visão específica de um
espírito, onde podíamos observar as suas reações e atitudes invisíveis,
dependendo das situações que iam ocorrendo.
Por isso, à sua maneira conseguiu inovar um pouco um assunto que já foi muito retratado, em que até trouxe algo diferente daquilo que já conhecíamos e acrescentou um toque mais emocional. Mesmo assim, este filme acabou por não corresponder às expetativas iniciais, nomeadamente quando se aborda a nível do argumento.
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