Sing
Sing é um filme
premiado de Greg Kweda, tendo sido inspirado no programa de Reabilitação
Através das Artes, implementado na Prisão de Sing Sing (Nova Iorque). Além das
nomeações aos Óscares (Melhor Ator, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Canção
Original), esta obra cinematográfica recebeu nomeações aos BAFTA, aos Critics
Choice Awards, aos Film Independent Spirit Awards e aos Satellite Awards, tendo
já vencido 3 Gotham Awards e 1 Satellite Award, entre outros.
Já
a nível de protagonistas, temos Colman Domingo e Paul Raci, sendo que também
encontramos um elenco maioritariamente constituído por ex-presidiários
participantes do programa (RTA), entre os quais Clarence Maclin (mais conhecido
por Divine Eye). Clarence foi condenado por roubo e desde a sua libertação tem
trabalhado como conselheiro de jovens, especialista em artes criativas.
Tudo
se desenrola na Prisão de Sing Sing e conta-nos uma história emocionante de
redenção e esperança sobre um grupo de prisioneiros em diferentes fases no processo
judicial. Além disso, revela a complexidade das emoções humanas, num contexto
de privação de liberdade.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Divine
G (Colman Domingo), preso em Sing Sing por um crime que não cometeu, encontra
um propósito ao atual num grupo de teatro ao lado de outros homens
encarcerados, incluindo o desconfiado recém-chegado (Clarence Maclin), nesta
comovente história verdadeira de resistência, de humanidade e do poder
transformador da arte, com um elenco que inclui um conjunto inesquecível de
atores ex-presidiários.
Este
recuso condenado injustamente acaba por encontrar na expressão e na arte, uma
ferramenta de transformação pessoal e comunitária. Juntamente com outros homens
encarcerados, Divine G forma um grupo teatral que desafia os limites impostos
pelo sistema prisional, iluminando histórias de vida que são raramente
exploradas no cinema.
Esta
é uma das interpretações mais poderosas de Colman Domingo que lhe valeu uma
nomeação, como Melhor Ator aos Óscares, ao Globo de Ouro (Melhor Ator – Drama),
aos BAFTA e aos SAG Awards, entre outros. Neste papel, ele faz de John Divine G
Whitfield, um recluso real que participou neste programa. A performance em si
foi magnética e brilhou em cada uma das cenas que foi surgindo. E também fomos
acompanhando diversos traços da personalidade deste homem, onde um programa
específico foi vital na sua evolução enquanto ser humano.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Sing
Sing é uma obra intrigante
e repleta de resiliência que tem a capacidade única de apresentar um tema que é
muito raro que seja retratado e onde a experiência real destes homens
acrescenta muito ao próprio filme. Aqui temos uma nova forma de olhar para os
reclusos, de olhar para eles como indivíduos com a sua história e percurso. E
ainda, transmite uma mensagem importante e pertinente, levando a uma reflexão
mais profunda em relação à empatia e à forma como tratamos os seres humanos.
Esta
é uma história poderosa que de um modo autêntico mostra a aptidão do espírito
humano e como a arte pode ser um meio para a pessoa se libertar, regenerar e
onde possa sentir-se mais vulnerável. Foi muito inteligente e interessante o
facto de ter sido baseado num programa de reabilitação de prisioneiros nos
Estados Unidos, onde no elenco continha pessoas que realmente fizeram parte do
programa. E tudo isto desenrolar-se num dos estabelecimentos mais conhecidos e
temidos dos Estados Unidos, também acrescentou muito mais valor.
Divulgação: NOS Audiovisuais
É
impressionante o impacto que um programa de reabilitação pelas artes tem não só
nas prisões norte-americanas, como nos reclusos. Como lhes pode proporcionar
novas formas de viver e de estar no mundo, sendo que é criado para ajudar as
pessoas a lidarem melhor com as suas emoções e a conseguirem uma verdadeira
reabilitação, enquanto existe uma luta constante pelo preconceito, os valores
morais e qualquer outro tipo de tabus. Ainda, como um simples programa de
teatro se pode tornar em algo maravilhoso e situado num lugar onde se pode estar
presente sem filtros. E onde estes homens encarcerados podem encontrar
esperança e redenção.
Sing
Sing é inovador e tem
os seus momentos mais tocantes, onde expõe uma sensibilidade mais humana ao
abordar as histórias de homens encarcerados. Estamos a falar da realidade dura
e crua de quem está preso e as respetivas lutas que têm de enfrentar para
sobreviver, principalmente em termos de saúde mental. E como a força que um
escape à realidade dura de cada um, pode realmente fazer toda a diferença na
reabilitação de alguém.
Este é um filme com uma complexidade própria que vale muito a pena assistir e que consegue ser um tipo de fonte de inspiração e uma luz de esperança, em relação a este tema!
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