Preparem-se
para um drama que não vai deixar ninguém indiferente. Dos criadores Stephen
King e Mike Flanagan temos The Life of Chuck (A Vida de Chuck,
como título em português).
Do elenco
fazem parte, Tom Hiddleston, Chiwetel Ejiofor, Karen Gillan, Jacob Tremblay e
Mark Hamill.
Esta
é uma história extraordinária de um homem aparentemente comum. Baseado no conto
de Stephen King, este celebra a vida de Charles “Chuck” Krantz
(Tom Hiddleston), acompanhando-o enquanto vive o encanto do amor, a dor da
perda e as muitas dimensões que existem dentro de cada um de nós.
Ao
longo deste filme, acompanhamos a vida deste Charles “Chuck” Krantz
ao longo de três capítulos distintos, onde explora a memória, o luto e a
celebração dos pequenos momentos do quotidiano. E de uma maneira muito peculiar
leva-nos a olhar para a vida com outros olhos e até a reconhecer a beleza no
que é simples, e a valorizar tudo aquilo que somos e vivemos.
Divulgação: Cinemundo
The
Life of Chuck é uma
obra completamente diferente daquilo que a indústria do entretenimento nos tem
oferecido nos últimos tempos, sendo que nos faz refletir profundamente sobre a
importância que é viver no momento presente e aproveitar todos os instantes que
a vida nos proporciona.
Uma
das diferenças está relacionada com a forma como a história em si é executada,
onde é dividida em três atos, começando assim, pelo terceiro até chegar ao
primeiro. Inicialmente com o terceiro ato, observamos um mundo à beira do
colapso, onde vamos conhecer diferentes personagens que vivem num lugar em que
a imagem de Chuck é um autêntico mistério. De seguida, já ficamos a
saber mais sobre a vida adulta de Chuck que continua envolvida em
segredos, mas que se destaca pelas suas aptidões maravilhosas de dança. E depois,
é-nos apresentada a infância de Chuck e aí sim, a pessoa começa a
encaixar todas as peças de puzzle que forem sendo lançadas nos atos anteriores
e também fica a saber mais sobre o valor da matemática e as ligações com ela.
Ao
longo destes três atos apresentados de ordem decrescente foi pertinente e por
vezes, interessante descobrir as conexões das diferentes personagens com o Chuck,
principalmente como tudo acabou por se interligar. Primeiramente, parecia complexo,
mas no final até deu para olhar pelo ponto de vista de Chuck.
Divulgação: Cinemundo
Tom
Hiddleston dá vida a um homem bastante comum, cuja existência acaba por revelar
que afinal cada vida é, por si só, um universo cheio de memórias, desafios,
amor e tudo aquilo que nos define enquanto seres humanos. Este ator possui uma
versatilidade e desempenho de elevada qualidade em cada uma das suas
personagens e aqui não é exceção. Apesar de ter pouco tempo no ecrã, ele
consegue mesmo assim, captar de um modo único, o próprio espetador. Seja
simplesmente pelo olhar, pelas performances de dança fenomenais ou pelo carisma
com que apresenta este Chuck, Tom Hiddleston é realmente um dos melhores atores
da sua geração. Felizmente, eu já assisti a inúmeras interpretações dele em
filmes, séries e até em teatro. E recomendo que se tiverem a oportunidade que
vão ver uma peça de teatro protagonizada por ele, porque garanto que irão ter
uma experiência inesquecível.
Graças
a Tom Hiddleston, uma das melhores cenas deste drama combinado com alguma ficção
científica é a sua performance de dança no meio da rua que é tão contagiante,
elegante e alegre que nos dá vontade de simplesmente acompanhá-lo e dançar como
se não houvesse amanhã. A coreografia mostrada foi simplesmente perfeita.
Este
filme também tem um lado mais descontraído com um humor mais leve que pode
soltar uns risos e ainda, aborda ligeiramente a espiritualidade, na qual pode
fazer com que a pessoa questione ou mesmo crie alguma curiosidade em saber
mais.
Divulgação: Cinemundo
The
Life of Chuck pode
por vezes ser estranho, não fazer sentido a alguns e até ter as suas falhas. No
entanto, traz-nos amor, paixão, alegria, humanidade e também uma mistura de
emoções, onde cada vida é um universo por si só e que nos mostra o quanto a
arte é preciosa e como a felicidade existe nas pequenas coisas. Aqui, temos uma
celebração comovente da vida que nos espalha a mensagem, que é em momentos
muito específicos que tornam a vida digna de ser vivida. E cuja mensagem de alguma
forma nos conforta daquelas alturas da nossa vida que são mais difíceis de se
lidar.
Ainda
assim, é uma produção que pode precisar do seu tempo para ser processada como
deve ser pelo espetador e não vão faltar teorias e divisão de opiniões relacionadas
com o desenvolvimento desta narrativa, mas isso é algo que faz parte do
universo único de Stephen King.
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