Recentemente
estreou em exclusivo no evento digital, Comic Con Portugal Celebration, o filme
Max Reload and the Nether Blasters, apesar de já ter sido lançado nos EUA. Scott
Conditt é um dos produtores, argumentistas e realizadores desta história de
ficção científica de cerca de 1 hora e 40 minutos, sendo uma boa homenagem aos
admiradores de gaming, especificamente os jogos retro, em que Greg Grunberg
também é um dos seus produtores juntamente com Jeremy Tremp, como parte da equipa de criação
e realização.
Este
filme conta a história de Max Jenkins (Tom Plumley), um jovem que tem talentos
para a programação, mas é um grande especialista de jogos, sendo que trabalha
numa loja de videogames. Um dia, Max descobre um jogo tão raro, mas ao mesmo
tempo, muito perigoso para qualquer participante do mesmo que faz parte da versão emblemática e perdida do jogo, Nether Game. Ele nunca imaginara que jogar algo que queria
há muito tempo iria desbloquear um perigo plenamente letal, como um tipo de
força do mal que pode colocar em risco, a sua própria cidade. Para combater
este inimigo, Max terá de confiar na sua equipa de aliados chamados Liz (Hassie
Harrison), Reggie (Joey Morgan) e também num dos criadores originais do jogo,
Eugene Wylder (Greg Grunberg), sendo assim, ele terá de vencer o jogo, seguindo
as suas próprias regras e sem ter nenhuma segunda oportunidade para corrigir
possíveis erros.
O
elenco é constituído por Tom Plumley (Max Jenkins), Hassie Harrison (Liz), Joey
Morgan (Reggie), Greg Grunberg (Eugene Wylder), Joseph D. Reitman (Barton
Grabowski), Kevin Smith (Chuck), Lin Shaye (Sra. Wylder), Matin Kove (Avô
Jenkins), Jesse Kove (Steve), Lukas Gage (Seth), Will Wheaton (narrador do
Arcade Heroes), entre outros.
A
história é dividida por diversos géneros, tais como, ficção científica,
aventura, ação e comédia, incluindo um humor bem inteligente, em que também são
introduzidas referências a filmes muito conhecidos do público, dando assim,
origem a uma certa nostalgia que é sempre bom de recordar.
Max
é um miúdo caraterizado por um nerd com determinados talentos para a programação
que vive com o seu avô, numa casa muito simples, onde ele passa a maior parte
do seu tempo a jogar e trabalha na loja, Fallout Games. Ele não tem ambição, em
que por vezes acaba por ser um pouco arrogante, e nem sempre Max vive no mundo
real, pois acaba por estar constantemente a jogar mais num tipo de mundo
virtual e nem se importa em comparecer pontualmente ao seu trabalho, devido a
perder a noção do tempo e infelizmente não dá a valorização suficiente aos seus
dois melhores amigos, Liz e Reggie com quem joga em conjunto e trabalha no
mesmo sítio.
Este
é um grupo de jovens com gostos específicos, considerando-se assim como nerds,
que têm uma paixão por videogames, sendo que estão a trabalhar numa loja
dedicada a este tema. A loja onde trabalham é gerida por Chuck, que é uma
pessoa contagiante, amigável e divertida na forma como ele representa, um
amante deste universo, em que gosta de ter experiências inovadoras, mesmo que
tenha de estar em realidade virtual durante várias horas ou quem sabe, dias.
Enquanto
Max estava a limpar a casa de banho como castigo de ter chegado mais uma vez ao
trabalho, um homem misterioso deixa na loja, uma caixa e no seu interior
encontrava-se uma cópia exclusiva e acredita-se que seja a única existente de
um jogo do Nether Dungeon. Assim que chega a casa, resolve ir buscar uma
televisão bem antiga para conectar o jogo para assim o jogar ao mesmo tempo que
transmitia em direto na internet a sua prestação, mas não imaginava que vencer
com facilidade o mesmo poderia vir a libertar um mal para todos ao seu redor e
assim, infectá-los de um modo peculiar e com olhos vermelhos a brilhar.
Esta
é uma história que inclui demónios e pessoas possuídas, devido a um jogo
contendo uma magia mais negra, em que aqueles que jogam não dão conta da sua
influência e poder perante eles e mostrando o quanto a dimensão real e virtual
podem estar mais próximas do que se imaginava ser possível. Para além disso,
também é constituída por algum suspense em que a banda sonora vai acompanhando
o mesmo de forma bem eficaz, deixando a pessoa mais curiosa com o que vai suceder
a seguir.
Para além da amizade, confiança e suporte, este filme mostra o quanto é essencial e vital o trabalho em equipa que pode levar a resultados surpreendentes. Infelizmente, Max nunca trabalha com a sua equipa quando estão a jogar em conjunto, fazendo com que a respetiva prestação não seja a melhor e assim, ele vai compreender a importância que é ter uma equipa do seu lado que estará presente para ajudar no que for necessário antes que todas as pessoas da sua cidade sejam completamente influenciadas por este mal. Por isso, Max conta com os seus dois melhores amigos, Liz e Reggie e com Eugene nesta missão que é salvar o mundo do mal.
Eugene
é um hacker e criador original deste jogo, sendo que tem andado desaparecido por vários
anos mas quando volta, ele conduz um DeLorean, referenciando assim, o filme em que
é utilizado este carro e ainda constrói armas para destruir os demónios que já
tinham possuído pessoas. Estas armas são construídas com uma boa imaginação e
com um nível de poder suficiente para parar estas criaturas, apesar de por
vezes terem alguns problemas técnicos, mas será suficiente para combater este
mal?
Liz
não é aquela rapariga típica que estamos habituados a ver, mas vemos a sua
evolução a acontecer ao mesmo tempo que vemos uma pessoa corajosa que não tem
medo de enfrentar o perigo e assim, ajudar os seus amigos a vencer esta batalha.
Max
Reload and the Nether Blasters é uma boa forma de recordar jogos antigos que
eram tão utilizados na época, criando uma bela nostalgia, principalmente nos
efeitos visuais, onde estes foram bem introduzidos, com limitações para o baixo
orçamento que tinham disponível, mas mesmo assim, conseguiram aproveitar ao
máximo e também colocando no intervalo entre cenas, animações bem engraçadas
que fez recordar os jogos retro, trazendo boas memórias, quando jogava
antigamente.
As
partes que mais gostei do filme foram sem dúvida, as cenas de ação que incluíam
disparar armas criativas e os momentos misteriosos e divertidos do mesmo que
eram feitos de um modo bem peculiar em que a pessoa poderia imaginar diversos obstáculos
e situações que podiam vir a acontecer com as personagens.
Esta
história mostra como um jogo mágico consegue abrir o caminho entre o digital e
o mundo real, criando perigos para as personagens. Tudo é feito de uma forma
genuína e simples, tentando colocar as ideias em prática e levando a um bom resultado
final. Para além disso, não é frequente ver as personagens a falarem uma
linguagem que só quem realmente gosta deste tema é que percebe, relacionando
também os seus gostos de gaming com outras áreas, como o cinema. Dá para
perceber que os criadores deste filme percebem de gaming e a influência que pode
ter para os seus admiradores, pois isto foi criado por geeks para um público-alvo
que faz parte do mesmo mundo.
Existe
uma parte da história que é contada a partir de um narrador quando se fica a
saber a origem do jogo e respetivos criadores com o auxílio de animações. Também presenciamos situações em
que as personagens estão a mandar piadas umas às outras que são bem inseridas
no momento em questão. Para além de fazer uma homenagem aos admiradores de
videojogos, também o fazem a filmes emblemáticos da história do cinema.
Este
projeto é um bom entretenimento, principalmente para quem gosta de videogames constituída
por uma história leve, mas bem indicada para os períodos em que vivemos hoje,
mesmo que tenha tido um orçamento baixo, pois existem filmes com um maior
orçamento que não são tão cativantes quanto este. Temos a oportunidade de ver
um possível fim do mundo complementado com a luta entre o bem e o mal que faz
parte de uma aventura divertida, em que a interpretação dos atores é boa na
forma como vão desempenhando as respetivas personagens.
Mesmo
não sendo uma grande conhecedora do tema de gaming, considero que este filme
foi uma ideia ambiciosa que resultou muito bem e uma boa homenagem a todos os
admiradores deste universo extenso, principalmente aos que gostam de jogos
retro. Pessoalmente, eu considero que conseguiram criar algo bem interessante,
cativando o público, mesmo com um orçamento baixo e surpreendendo pela
positiva, tornando-se num filme que eu acredito que vai ficar na memória e que
pode vir a ter uma continuação, pela forma como terminou. Será que terão
oportunidade de continuar com a história? Por mim, sem dúvida que deveriam para
assim darem um final a esta aventura que eu gostei muito de ver.
Pode
não ser um filme que seja indicado para todos, pois tem um público bem
específico, mas acredito que pessoas que até têm um gosto por este tema, mas
nem costumam dar muita relevância pode ser uma sugestão interessante e quem
sabe para matar as saudades deste tipo de jogos mais antigos e que nem sempre são
muito falados atualmente.
Max
Reload and the Nether Blasters é um filme que eu acho que não devem perder,
principalmente se quiserem optar por algo divertido e também nostálgico, em que
juntamos o antigo com o mais moderno no universo do gaming, principalmente a
nível de tecnologia.
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