Adolescence tornou-se num surpreendente fenómeno
com os seus quatro episódios que pode ser visto na Netflix. Muito se tem falado
desta minissérie criada por Stephen Graham e Jack Thorne que já foi vista por
inúmeras pessoas. Esta é daquelas produções que tem dado muito que falar, e onde
têm existido várias campanhas para que possa ser exibida nas escolas.
O
elenco é constituído por Owen Cooper, Stephen Graham, Ashley Walters e Faye
Marsay.
A
história é focada num jovem de 13 anos que é acusado do homicídio de uma colega
da escola. A família dele, a sua terapeuta e o detetive responsável pela
investigação terão de questionar e descobrir o que realmente aconteceu.
De
seguida, partilho com vocês, 3 Razões para assistirem a esta minissérie:
1.
O
desempenho singular de Owen Cooper
Estando
a assistir a esta minissérie, a conclusão a que se chega é que um dos maiores
destaques desta produção é sem dúvida, a interpretação de Owen Cooper no papel
de protagonista. Agora, uma coisa que não nos passaria pela cabeça é que este
foi o primeiro trabalho de interpretação num set de filmagens deste jovem ator.
Desde
a sua audição para o papel até à sua performance em Adolescence, Owen
Cooper surpreendeu tudo e todos. Ninguém estaria à espera daquilo que ele iria
transmitir para o público, onde a sua prestação incluiu improvisação e cenas de
tensão elevada.
Owen Cooper é uma das grandes revelações de Adolescence e de certeza, que irá ter pela frente uma ótima carreira no mundo da representação.
2.
Os
temas abordados são importantes que sejam discutidos em sociedade
Infelizmente,
cada vez mais têm ocorrido vários crimes em escolas em todo o mundo, sendo que
no caso do Reino Unido, o número de crimes com facas continua a aumentar
consideravelmente.
Já
foi revelado que esta história foi inspirada em relatos relacionados com
rapazes envolvidos neste tipo de crimes, mas não em nenhum caso em específico.
Em
Adolescence, temos um jovem de 13 anos que é suspeito de ter esfaqueado
várias vezes uma rapariga da sua escola.
Um
dos principais focos deste argumento e que acaba por ser um dos maiores alertas
é o impacto das redes sociais e da internet no comportamento dos adolescentes.
Como um adolescente pode ser manipulado de tal forma, que o leva a cometer atos
irrepreensíveis. E como jovens vulneráveis podem ser arrastados para caminhos mais
perigosos.
Adolescence até pode dividir opiniões, mas consegue
ter a capacidade em quatro episódios de criar mais discussão neste tipo de
assuntos que são essenciais que sejam abordados. Esta minissérie é impactante e
faz refletir sobre a razão pelo qual este tipo de eventos acontece cada vez com
mais frequência com os jovens da atualidade.
3.
Técnica
de filmagem ousada que prende automaticamente a atenção
Uma
das partes que eu acho mais interessante numa produção são os seus bastidores.
Como tudo é executado e toda a parte técnica envolvida.
Na
maior parte das produções são-nos mostradas diferentes sequências de filmagem
com uma variedade em termos de ângulos de filmagem. No entanto, Adolescence
opta por uma técnica de filmagem ousada que prende automaticamente a atenção do
espetador.
Em
Adolescence são usados planos-sequência sem qualquer tipo de cortes e
edições. Esta é uma abordagem única, onde tudo é filmado num único plano
contínuo. Mas, para isso resultar, todas as localizações utilizadas teriam de
ser próximas umas das outras para que assim, tanto os atores, como a câmara
tivessem a possibilidade de deslocarem-se em tempo real. Isso significa que assim
que um episódio iniciasse, só pararia apenas no seu final, tornando-se assim
mais real e cativante.
De
acordo com a Academia Internacional de Cinema, o plano-sequência é uma técnica
audiovisual em que uma cena é apresentada sem cortes, geralmente para
acompanhar um personagem a partir de uma única perspetiva e ao longo de toda
uma ação.
Dá
para entender desde o início que é uma técnica sofisticada e complicada de se
concretizar e que implica muito tempo, tanto de preparação, como de ensaios e
coordenação. Isso porque, chega o momento crucial e não há margem para erros. Tudo
tem de ser pensado e encaixado ao pormenor, como é o caso do modo como a câmara
se vai movimentar, os ângulos em que a mesma vai filmar e como combinar os
mesmos com as localizações utilizadas. Até poderíamos comparar isto como se
fosse uma coreografia extremamente complexa de dança.
Utilizar
planos-sequência com o auxílio de um drone cria um impacto maior não só em quem
está a executar os mesmos, como também em quem está a assistir ao produto final.
A pessoa consegue sentir toda a tensão envolvida, enquanto parece que está a
fazer parte da própria narrativa. Assim, existe uma maior proximidade com o
público em cada uma das cenas apresentadas e cria um entusiasmo muito superior
em querer saber o que vai acontecer de seguida.
Assim,
este plano-sequência é gravado num único take, sendo que é um método muito raro
de ser usado noutras produções. Porém, para que isto tenha um resultado com uma
qualidade excelente é necessário compromisso total de cada elemento que esteja
a trabalhar na produção, seja a nível do elenco como de toda a equipa técnica.
Esta
é uma abordagem cinematográfica ousada e muito inteligente realizada por Philip
Barantini que conseguiu em conjunto com a sua equipa manter a autenticidade do
plano-sequência, onde incluiu localização estratégica de cenários e tudo foi
meticulosamente ensaiado e organizado.
Em
Adolescence, a câmara movimenta-se naturalmente em sintonia com os
atores e captura a sua narrativa de um modo preciso e sem interrupções.
Não percam esta minissérie de quatro episódios que pode ser vista na Netflix!
É uma série bastante boa, mas deixa um final muito incógnito, dá até a sensação de que irá haver uma continuação da série, revela um tema bastante atual nos dias de hoje, mas quem vê a série não fica convencido de que o assassino é o rapaz que é detido logo no início, o segredo para entender melhor a série está nos diálogos e não nas imagens. É o segredo para melhor entender a série
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