quinta-feira, 10 de julho de 2025

Filme "Superman" é uma obra cinematográfica ousada que marca o início de um novo capítulo para o universo da DC

 

Preparados para um dos filmes mais esperados de 2025?

Chegou o momento para a apresentação de Superman, o primeiro filme da DC Studios, marcando assim, uma nova era para um universo tão popular e acarinhado pelos fãs. James Gunn assume a realização e o argumento, baseando nas personagens da DC, com o Superman criado por Jerry Siegel e Joe Shuster.

Desta vez, o protagonista é David Corenswet no papel duplo de “Superman”/Clark Kent, Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult no papel de Lex Luthor.

O elenco também é constituído com a participação da atriz portuguesa Sara Sampaio, juntamente com Nathan Fillion, Alan Tudyk, Isabela Merced, Wendell Pierce, Anthony Carrigan, Skyler Gisondo, Edi Gathegi, María Gabriela de Faría, Pruitt Taylor Vince e Neva Howell.

No seu estilo inconfundível, James Gunn traz uma nova visão do icónico super-herói original neste novo universo da DC, combinando ação épica, humor e emoção, apresentando um Superman movido pela compaixão e por uma fé inata na bondade da humanidade.

Com uma abordagem mais moderna, atual e sem esquecer o seu lado mais emocional, Superman apresenta o herói na sua forma mais transparente que é movido pela coragem, pela esperança e por um profundo sentido de justiça.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Superman é uma obra cinematográfica fabulosa e ousada, onde é envolvida num espetáculo visual maravilhoso que nos faz mergulhar diretamente para a ação num mundo de meta-humanos que já está em movimento, enquanto faz uma celebração épica e divertida deste super-herói, proporcionando aos fãs um presente gratificante e transformando a definição pura de Superman. Até pode não agradar a todos, mas é sem dúvida, um triunfo para este novo universo da DC. E que marca assim, o início de um novo capítulo para os próximos filmes supervisionados por James Gunn.

Nesta visão, ficamos com a sensação que um comic deu à luz para a nossa realidade, através de formas que nunca imaginávamos que seriam possíveis, chegando a um ponto em que este Superman é aquela produção que sentimos que estávamos mesmo a precisar e que ainda consegue ser muito mais do que isso.

Apesar de estar presente em crises humanitárias, guerras políticas no leste europeu e batalhas com todo o tipo de adversários, aqui temos uma história que reflete realmente quem ele é. Ele pode ser um alienígena de outro mundo, mas na realidade compreende melhor do que ninguém, o que significa ser humano. Ele tem de lidar com o seu primeiro desafio real, sendo alguém que ama e sofre como nós, tem as suas hesitações e medos, comete erros tal como nós e ainda, está determinado a salvar a humanidade, aconteça o que acontecer. Além disso, a sua batalha não inclui apenas confrontar o seu inimigo Lex Luthor, mas também enfrentar um mundo que frequentemente desconfia dele e fala mal. Tudo isso torna-o profundamente humano.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

E a escolha de David Corenswet para dar vida, tanto a Clark Kent como a Superman também foi uma decisão muito inteligente por parte de James Gunn. Este artista faz um ótimo desempenho desta figura íntegra e bastante familiar, interpretando a sua versatilidade perante as diferentes camadas deste protagonista. E mostrando como a sua vontade em querer ajudar a melhorar o mundo vale muito e também porque ele é considerado como um farol de esperança. Enquanto isso, homenageia o legado de Christopher Reeve com excelência.

Depois temos uma abordagem ligeiramente mais intimista do relacionamento entre Clark Kent e Lois Lane. Rachel Brosnahan foi a atriz escolhida para desempenhar esta jornalista emblemática, uma personagem feminina com uma personalidade muito forte, determinada e corajosa que é um apoio muito importante para Clark, tanto nos bons como nos maus momentos. Eu já era admiradora do trabalho impressionante de Rachel Brosnahan na série The Marvelous Mrs. Maisel, sendo que a sua versão de Lois Lane foi fantástica de se assistir. Em relação, às cenas partilhadas entre David Corenswet e Rachel Brosnahan, eles conseguiram representar muito bem a essência apaixonante desta dupla tão popular que foi composta por uma relação sustentada com esforço e amor, apesar de todas as suas imperfeições. Tanto a química, como a dinâmica entre eles foi tão natural, real e ternurenta de se ver.   

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Agora, um dos maiores destaques vai para a performance brilhante de Nicholas Hoult como Lex Luthor. Admito que uma das coisas que eu tinha mais curiosidade em ver neste filme era assistir a esta nova versão de um dos maiores vilões da cultura pop. Como já acompanho há muito tempo o trabalho versátil de Nicholas Hoult, que tem interpretado nos últimos tempos várias personagens muito diferentes entre si e que tem surpreendido pela positiva em cada uma delas. Por isso, as minhas expetativas para o seu Lex Luthor eram bem elevadas. E posso dizer que superou essas mesmas expetativas!

Este Lex Luthor é o melhor vilão que o Superman já teve em live-action. Ele é um bilionário invejoso que tem uma obsessão com o Superman, sendo que utiliza um incidente político como pretexto para tentar destruir Superman. Este antagonista é detestável do jeito que deveria ser, onde transmite uma energia inquietante de um calculista frio, inteligente que promove um desprezo ameaçador e profundo perante Superman. Nicholas Hoult faz um trabalho notável, onde rapou o cabelo para esta personagem e até chega a uns momentos que mostra o quanto assustador, perturbador e descompensado Lex Luthor pode ser. Foi mesmo incrível acompanhar David Corenswet e Nicholas Hoult, dois atores que com esta relação de tensão representam dois polos opostos numa das rivalidades mais icónicas da cultura pop que é levada ao limite.

Uma coisa é certa! Já deu para se perceber que Lex Luthor vai ter um papel muito relevante para o futuro deste novo universo da DC e estou muito interessada para ver o que virá de seguida para ele.

Para mim, David Corenswet, Rachel Brosnahan e Nicholas Hoult foram o trio perfeito para esta narrativa de Superman!

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Uma das muitas boas surpresas do filme foi a presença da atriz e modelo portuguesa Sara Sampaio. Ela dá vida a Eve Teschmacher, namorada de Lex Luthor (Nicholas Hoult). Apaixonada por selfies e aparentemente descomplicada, a personagem revela ter mais camadas do que se poderia imaginar à primeira vista. Além disso, é uma das personagens com a sua relevância que traz um tom ainda mais leve e vai ter um papel essencial para o desenrolar da trama.

Uma outra boa surpresa que merece a sua menção vai para a personagem do Mr. Terrific. Aqui temos outro especialista em tecnologia que brilha em todas as cenas que surge, através da sua presença magnética.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

E não nos vamos esquecer do imprevisível e adorável Krypto que traz um tom humorístico à trama. Ele é um cão muito especial com poderes próprios e que é puramente caos. Todas as cenas em que ele está presente são hilariantes e muito engraçadas.

Superman é o início de toda uma nova aventura que o público sempre sonhou em ter e foi executada com tanto amor, respeito, dedicação e sensibilidade. É mais humano e real, num estilo muito próprio de James Gunn. Este é um protagonista muito carismático e genuíno que nos faz sentir que estamos a voar com ele. Também vibramos e torcemos por ele, criando assim automaticamente, uma ligação emocional por este super-herói icónico. Além disso, a pessoa fica cheia de vontade de ver o que vem de seguida para Superman.

Este é o renascimento perspicaz e corajoso de uma figura retratada numa interpretação mais moderna e honesta que representa da melhor forma o símbolo da esperança para um mundo melhor e cuja construção do universo em si está genial. Símbolo esse que é cada vez mais necessário no mundo em que vivemos hoje. E faz-nos lembrar porque estas histórias são importantes que sejam partilhadas com toda a gente.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Garantidamente, possui uma mensagem poderosa que mostra que são as escolhas e as ações que nos torna quem nós somos, mostrando assim a fé em nós mesmos. E que a bondade é um valor que nunca devemos perder, aconteça o que acontecer. Às vezes nem temos a noção do impacto e a energia que a esperança pode ter numa pessoa. Por estas e por outras razões, eles chegaram ao ponto crucial do significado de uma boa história de Superman que traz esperança, mesmo quando se possa estar no fundo do poço.

Superman é uma explosão de satisfação, pois oferece uma história muito bonita, emocionante, alegre e inspiradora com humor no timing certo e personagens carismáticas. Tudo isto equilibra muito bem com os efeitos visuais, cinematografia, edição e design de produção. E ainda é acompanhada por uma banda sonora memorável que conecta com o espetador e cenas de ação criativas numa escala estupenda de qualidade. É um dos melhores do género que irá marcar de uma maneira única, a história do cinema.

Por isso, vejam este filme no maior ecrã possível e caso seja em IMAX 3D também irão gostar! Não se esqueçam que existem duas cenas pós-créditos.

Juntem-se a um novo universo cinematográfico da DC que promete surpreender ainda mais no futuro! E que venham mais produções deste novo universo da DC que parece estar em boas mãos.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Minissérie "Ironheart" da Marvel - será que vale a pena assistir a estes seis episódios?

 

Depois de ter sido guardado na gaveta por algum tempo, Ironheart (Coração de Ferro, como título em português) é a próxima produção da Marvel Television a estrear. Esta é uma minissérie composta por seis episódios que é passada após os eventos do filme, Black Panther: Wakanda Para Sempre. E tem no elenco Dominique Thorne, Anthony Ramos, Lyric Ross, Alden Enrenreich e Manny Montana.

Esta trama coloca a tecnologia contra a magia quando Riri Williams (Dominique Thorne) – uma jovem inventora genial, determinada a deixar a sua marca no mundo – regressa à sua cidade natal, Chicago. A sua abordagem única na construção de armaduras de ferro é brilhante, mas, na busca das suas ambições, vê-se envolvida com o misterioso e encantador Parker Robbins, também conhecido por O Capuz (Anthony Ramos).

Quando conhecemos Riri Williams pela primeira vez foi no Black Panther: Wakanda Para Sempre, onde ela teve um papel essencial para o desenrolar dos acontecimentos deste filme. Na altura, acabou por criar alguma curiosidade em conhecer melhor esta rapariga que cria a armadura mais avançada desde o Homem de Ferro.

Divulgação: Disney+

Será que Ironheart vale a pena assistir e foi uma boa aposta para se dedicar seis episódios numa minissérie? Ou na realidade, foi mais uma daquelas situações que será facilmente esquecível?

Antes de responder a esta questão, acho que seria relevante referir que nem sempre as percentagens e respetivas classificações dadas no Rotten Tomatoes são totalmente credíveis e já há algum tempo que tenho reparado nisso. Mais um desses exemplos acaba de acontecer com o valor dado a Ironheart. Depois de Ms. Marvel ter tido uma classificação inesperadamente elevada em relação a outras produções que marcaram o público, eu fiquei completamente estupefacta quando fui ver que Ironheart tinha uma classificação muito semelhante à série do Loki, sendo que na minha opinião, Loki é uma das melhores séries que foram feitas do universo Marvel! Além disso, são produções totalmente distintas, principalmente a nível de qualidade, argumento e desempenho do seu elenco. Para mim, Loki é extremamente superior a Ironheart e simplesmente, não faz sentido terem classificações tão semelhantes na altura em que estou a escrever esta análise.

E se formos fazer uma comparação de classificação destas duas produções a nível do IMDb, então vão perceber perfeitamente aquilo que quis dizer anteriormente.  

Divulgação: Disney+

Agora falando propriamente de Ironheart. Apesar de não ter tido grandes expetativas iniciais, pois não foi uma personagem que me tivesse suscitasse muito interesse em querer saber mais, eu resolvi dar o benefício da dúvida e assistir a esta minissérie que lançou no dia de estreia, os seus três primeiros episódios e na semana seguinte, os três que faltavam. Infelizmente, não me trouxe um resultado satisfatório.

Ironheart foi uma aposta arriscada que pecou muito no modo como construiu todo o seu argumento e as respetivas personagens. É mesmo muito difícil, a pessoa conseguir criar algum género de empatia com qualquer uma delas, incluindo a protagonista. No caso da protagonista, não é pelo facto de ao longo dos episódios, mostrar um lado mais negro, porque são várias as personagens de diferentes sagas que acabam por seguirem caminhos mais obscuros e a tomarem decisões duvidosas, mas que no final fazem todo o sentido e até conseguem criar algum tipo de conexão. No entanto, isso não acontece com Ironheart.

Nesta situação, temos um argumento incoerente e cheio de falhas, personagens pouco ou nada interessantes que faz com que perdemos imediatamente a vontade de ver. O que se safa são algumas cenas de ação com os seus efeitos visuais, mas que mesmo assim, não trazem nada de novo. A história em si perde mais tempo a focar-se em cenas que não têm interesse nenhum, em vez de optarem por aquilo que um fã do universo quer realmente ver.   

Divulgação: Disney+

De seguida, partilho este pequeno Spoiler, mas que vale a pena incluir nesta análise!

Uma das coisas que mais tive pena foi a decisão de introduzirem um dos antagonistas mais esperados do universo nesta produção em específico. Muitos foram aqueles que estavam praticamente convencidos que Mephisto iria ser apresentado no fenómeno que foi a minissérie WandaVision. E com a história que nos foi sendo mostrada e devido à sua ligação aos comics, fazia todo o sentido que fosse acontecer. Infelizmente, isso não aconteceu. Depois também tivemos uma menção breve na minissérie Agatha All Along, mas não chegou a mostrar a cara.

Então, a sua apresentação oficial foi feita em Ironheart e talvez essa seja das poucas coisas positivas que posso considerar destes seis episódios. Mephisto é daquelas personagens repletas de muito potencial que suscita logo um interesse em querer acompanhar a jornada deste vilão.

Se fazia sentido Mephisto estar presente em Ironheart? Até podia fazer, mas acho que seria mais glorioso, se ele tivesse sido apresentado oficialmente em WandaVision do que em Ironheart.

Assim, vale a pena assistir a Ironheart? Na minha opinião, pode ser uma perda de tempo, principalmente se a pessoa for com expetativas. Mas, se quiserem ver Mephisto pela primeira vez no ecrã, então basta verem os últimos três episódios.  

Por fim, fica a questão…será que era preferível ter deixado Ironheart na gaveta ou o facto de ter sido lançada foi uma mais-valia? Uma reflexão que implica pensar na evolução que estas últimas fases da Marvel têm tido como um todo.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Filme "Head of State" da Prime Video - o que esperar desta comédia de ação protagonizada por Idris Elba e John Cena

 

Heads of State é o novo filme original da Prime Video realizado por Ilya Naishuller e baseado numa história de Harrison Query.

Os protagonistas são Idris Elba, John Cena e Priyanka Chopra Jonas que são acompanhados por Paddy Considine, Stephen Root, Carla Gugino, Jack Quaid e Sarah Niles.

Nesta comédia de ação, o Primeiro-Ministro britânico Sam Clarke (Idris Elba) e o Presidente dos EUA Will Derringer (John Cena) têm uma rivalidade pouco amigável e pública que põe em risco a “relação especial” dos seus países. Mas quando se tornam alvo de um poderoso e implacável adversário estrangeiro, que se revela um adversário acima das forças de segurança dos dois líderes, são forçados a confiar um no outro. Aliando-se à brilhante agente do MI6, Noel Bisset (Priyanka Chopra Jonas), têm de fugir e encontrar uma forma de trabalhar em conjunto para impedir uma conspiração global que ameaça todo o mundo livre.

Divulgação: Prime Video Portugal

Desta vez, temos um Presidente dos EUA que parecia uma opção improvável e atípica, mas que na realidade podia ser a figura que o país estava a precisar naquele momento. Inicialmente, um ator popular de filmes de ação que foi conquistando vários admiradores. E depois, acabou por tornar-se no homem mais poderosa do mundo, fazendo com que houvesse muitos que não concordavam com a sua liderança. Esta é uma estrela de ação muito otimista que não irá deixar ninguém indiferente.

Apesar de ser admirado por muitos, Sam Clarke com a sua maneira de ser particular era daqueles que não suportava e nem tinha uma boa relação com Will Derringer. No entanto, quando uma tragédia ocorre e que tomou proporções significativas, estes dois líderes têm de sobreviver em território inimigo. Além disso, devido a circunstâncias fora do controlo deles, eles também acabam por se tornarem num alvo de um perigoso adversário estrangeiro que não irá descansar, enquanto não os eliminar. Será que eles vão escapar? Uma coisa é certa. Eles vão ter de juntar forças para sobreviverem e impedir um risco de guerra a nível global que poderá levar a um possível caos.

Divulgação: Prime Video Portugal

Heads of State é uma aposta fora da caixa que desperta um entusiasmo genuíno e possui momentos visivelmente envolventes. Este filme é composto por sequências de ação e de luta impactantes e intensas que são envolvidas em acrobacias criativas que prendem a atenção do espetador. Também tem o seu lado mais divertido e cheio de piadas que cativam ainda mais quem está a ver.

O principal destaque vai para a dinâmica brilhante entre Idris Elba e John Cena que protagonizaram cenas hilariantes e bem engraçadas, enquanto vão tendo as suas picardias. É daquelas duplas carismáticas que atrai logo no primeiro instante e cuja química é muito natural. A pessoa fica constantemente curiosa para acompanhar esta aventura bem perigosa destes líderes que não sabem em quem confiar e quem está comprometido. Apesar de terem feitios completamente diferentes, quando realmente importa, eles unem-se não só para sobreviverem, mas também para serem o apoio um do outro. Garantidamente, estes dois protagonistas combinaram muito bem em cada cena que participaram, aprenderam a trabalharem juntos, usaram qualquer tipo de ferramenta para lutar, fizeram o que foi preciso e foi divertido de se ver.

Divulgação: Prime Video Portugal

Outra personagem que merece ser destacada é sem dúvida, aquela que foi interpretada por Jack Quaid. Apesar de estar pouco tempo em cena, este agente da CIA muito peculiar e extremamente doido conseguiu arrancar umas boas gargalhadas. Em cada papel que interpreta, Jack Quaid tem surpreendido e tem demonstrado o modo como deixa a sua marca, mostra a sua versatilidade e ainda, tem uma capacidade implacável de entreter e surpreender o público. E neste caso, também não é exceção. Por isso, merece o devido reconhecimento.

Sabemos que as fórmulas de filmes de ação têm sido cada vez mais reinventadas, mas nem sempre conseguem obter resultados satisfatórios ou simplesmente, cativar o espetador. Tudo isso, porque acaba por ser praticamente o mesmo tipo de narrativa. No entanto, Heads of State é um exemplo para um bom ponto de partida para criarmos uma maior expetativa em futuros filmes deste género que poderão impactar mais o espetador com as tramas que apresentam.

É verdade que recentemente tem havido muitos filmes de ação que fazem uma ligação notória com a política norte-americana e com possíveis ameaças que possam levar a guerras, onde é-nos dada a chance de ter uma melhor noção do que poderá ser os bastidores do trabalho não só da Casa Branca, mas também do seu presidente. No entanto, são este tipo de histórias que até têm conseguido criar algum interesse, chegando a um ponto que fazem a pessoa imaginar como seria ter um líder de uma das pátrias mais poderosas do mundo com um carácter muito diferente daquilo que temos visto nos últimos tempos. Como o bom carácter de alguém no poder pode fazer toda a diferença a promover a paz, evitar a guerra e ainda, dar importância àquilo que realmente importa.

Divulgação: Prime Video Portugal

Nesta história não vão faltar terceiros que querem provocar guerra, interesses envolvidos, frases caricatas, armadilhas bem executadas, rivalidades, infiltrados, tiroteios, perseguições, explosões, violência, traições, manipulações, conspirações, viagens perigosas por diferentes localizações, reviravoltas e muito mais. Além disso, é acompanhada por uma banda sonora atraente que fica no ouvido e que cria vontade de dançar, encaixando assim, perfeitamente no filme em si. É impressionante como uma banda sonora constituída por músicas com ritmos opostos podem interligar tão bem entre si.

Heads of State cumpre com o seu propósito de entreter o espetador em cada uma das suas cenas numa comédia de ação misturada com thriller que possui a sua própria identidade visual e traz uma dose ligeira de nostalgia. Tem um argumento feito a um ritmo acelerado e mesmo que possa ter uma ou outra falha, a pessoa não leva muito a sério e por isso, acaba por não influenciar a experiência em si. Falando da realização, o trabalho foi bem efetuado, onde combinou com efeitos visuais incríveis e trouxe boas escolhas a nível de ângulos de filmagem, enquanto foram proporcionando situações em câmara lenta que resultaram muito bem no corte final.  

Esta é uma produção sem grandes exageros que proporciona um excelente momento de entretenimento, sendo que vale a pena ver e que não podem perder na plataforma da Prime Video!