quinta-feira, 31 de julho de 2025

Filme "The Naked Gun: Aonde é Que Para a Polícia?! - o que esperar do próximo projeto desta famosa saga de comédia e ação

 

The Naked Gun: Aonde é Que Para a Polícia?! é o próximo projeto desta famosa saga de comédia e ação, cuja nova versão é realizada por Akiva Schaffer e tem como protagonista, Liam Neeson.

Juntando-se a Liam Neeson, temos Pamela Anderson, Paul Walter Hauser, CCH Pounder, Kevin Durand, Cody Rhodes, Liza Koshy, Eddie Yu e Danny Huston.  

Esta é uma aventura que promete trazer a essência excêntrica da conhecida comédia dos anos 80 e 90. Mas, será que Liam Neeson é capaz de conquistar o público com o seu Frank Drebin Jr., o filho do detetive tão icónico Frank Drebin, interpretado por Leslie Nielsen na trilogia original?

Nesta divertida aventura Frank Drebin Jr. (Neeson), um detetive inexperiente, acaba envolvido num enredo cheio de reviravoltas e situações hilariantes quando é forçado a seguir os passos do seu pai.

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Só um homem tem as habilidades necessárias para liderar a Polícia e salvar o mundo, sendo Frank Drebin Jr., a pessoa indicada para tal. Ao seu lado, temos Beth que é desempenhada por Pamela Anderson e que traz um charme inconfundível para esta mulher.  

Inicialmente, este foi daqueles filmes de comédia que a partir do momento em que vi o seu trailer, até suscitou alguma curiosidade. Pois, parecia ser bastante hilariante e divertido. No entanto, a experiência em si foi diferente das expetativas iniciais.

Apesar de manter o seu tom de ação e humor que é tão típico da saga, isso não foi o suficiente para impactar unicamente quem está a assistir.

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

The Naked Gun: Aonde é Que Para a Polícia?! possui uma história extremamente desequilibrada em que várias vezes não tem ponta por onde se lhe pegue, chegando a um ponto que acaba por ter momentos demasiado exagerados, onde a pessoa perde completamente o foco no que está a ver.

Não deixa de ter cenas que até são engraçadas, têm a sua piada e podem divertir. Porém, são poucas as vezes em que isso acontece. Existem alturas em que podemos estar a assistir a uma determinada situação que está a entreter com eficácia. Mas logo de seguida, surge algo absolutamente descabido, desproporcionado e sem sentido nenhum que acaba por tirar o interesse em querer acompanhar o que vem a seguir.

É verdade que é suposto haver cenas hilariantes e palhaçadas ao mais alto nível que são totalmente idiotas, e cujo objetivo é simplesmente fazer o público soltar uma gargalhada por ser tão absurdo. Porém, isso nem sempre aconteceu, porque acredito que há formas mais inteligentes e criativas de o fazer. E não é a ser tudo executado a 8 ou 80, perdendo assim, a capacidade de encontrar um ponto de equilíbrio.   

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

The Naked Gun: Aonde é Que Para a Polícia?! tinha potencial para ser algo mais do que aquilo que mostrou e podia ter sido mais bem aproveitado. Houve referências que tiveram a sua piada no modo como combinaram com a história em si. Já Liam Neeson fez um bom trabalho a soltar este seu lado mais cómico e juntamente com Pamela Anderson e Paul Walter Hauser partilharam algumas cenas divertidas. Mesmo assim, não me pareceu que esta nova versão fosse irreverente.

Honestamente, esperava algo muito superior daquilo que foi apresentado. Tenho a certeza de que haverá muitos daqueles que poderão gostar deste tipo de abordagens mais desalinhadas que incluem piadas secas ilimitadas, situações muito excessivas e por vezes, irreais. Este é um excelente exemplo de que nem todos os tipos de comédia funcionam e são dirigidos para todos.

Concluindo, irá haver aqueles que irão considerar este filme como facilmente esquecível. Enquanto outros, irão definir esta produção como memorável para o género de comédia misturada com ação.

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Filme "The Fantastic Four: First Steps" é uma viagem transformadora que apresenta a Primeira Família da Marvel

 

Chegou o tão aguardado filme que muitos esperaram durante muito tempo para finalmente celebrarem este mundo tão icónico criado por Stan Lee e Jack Kirby!

The Fantastic Four: First Steps (Quarteto Fantástico: Primeiros Passos) realizado por Matt Shakman apresenta a Primeira Família da Marvel que tem como protagonistas: Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach. No elenco, também participam Paul Walter Hauser, Natasha Lyonne e Sarah Niles.

Tendo como pano de fundo um mundo retro-futurista inspirado nos anos 60, temos Reed Richards/Mister Fantastic (Pedro Pascal), Sue Storm/Invisible Woman (Vanessa Kirby), Johnny Storm/Human Torch (Joseph Quinn) e Ben Grimm/The Thing (Ebon Moss-Bachrach) – à medida que enfrentam o seu maior desafio até à data. Forçados a equilibrar os seus papéis de heróis com a força dos seus laços familiares, têm de defender a Terra de um deus espacial voraz chamado Galactus (Ralph Ineson) e do seu enigmático Arauto, a Silver Surfer. E se o plano de Galactus para devorar o planeta inteiro e todos os que nele habitam não fosse suficientemente mau, de repente torna-se muito pessoal.

Divulgação: Marvel Studios

Com uma duração mais de 60 anos, o Fantastic Four tem sido um género de tesouro no storytelling da Marvel, misturando ciência, aventura, humor e coração.

Depois de muitos anos de antecipação por parte dos fãs espalhados por todo o mundo e de ter havido outras tentativas de adaptação deste grupo de super-heróis que não tiveram o resultado desejado. Então, finalmente chegou o momento da Marvel Studios apresentar a sua versão. Isso, também levou a que este filme fosse uma das estreias mais esperadas para 2025.

Ultimamente, a Marvel tem estado a deixar algumas dicas de que tinha o interesse de entrar por uma abordagem mais inovadora nos seus próximos projetos cinematográficos. E assim, compensar pelos erros cometidos no passado e apostando mais na qualidade, em vez da quantidade. Isso começou a ver-se com Deadpool & Wolverine e mais recentemente, Thunderbolts.

Divulgação: Marvel Studios

E que bela forma de inicial a Fase 6 da MCU do que com o filme nº 38 e desta vez focado na história da lendária Primeira Família no universo 828 e envolvida numa vibe retro-futurista dos anos 60. E juntamente com esta família, teríamos o companheiro H.E.R.B.I.E e os antagonistas, a misteriosa Silver Surfer e o implacável ser cósmico Galactus.    

Como referido anteriormente, neste filme somos transportados para uns anos 60 alternativos da cidade de New York, onde os Fantastic Four já são heróis. Mas, quando surge uma ameaça cósmica, eles vão ter de se chegar à frente para protegerem todos do ser Galactus. Enquanto isso, conhecemos eles como uma equipa unida e com todos os altos e baixos que fazem parte da vida familiar.

Contrariamente ao que acontece noutros filmes, este não é uma história de origem deste quarteto, mas sim inicia-se com a celebração do quarto aniversário desta equipa. E de uma forma muito repentina e acelerada, é-nos dado a conhecer, através de imagens mais vintage, tudo aquilo que precisamos de saber sobre como chegámos ao momento presente.

Esta foi uma retrospetiva pertinente e bem construída, porque, de um modo muito resumido, temos filmagens dos momentos antes da partida deles para uma viagem espacial na nave Excelsior que foi crucial para depois regressarem mudados para sempre. E foi durante esta expedição que se depararam com um evento inesperado que estava rodeado de raios cósmicos e que iria mudar o rumo principal da história que estava a ser contada na atualidade. E por isso, é que regressaram com superpoderes, passaram a proteger o mundo de qualquer ameaça e tornaram-se assim, numa inspiração para todos.   

Divulgação: Marvel Studios

The Fantastic Four: First Steps é uma viagem transformadora há muito esperada que proporciona uma conexão imediata e especial com o espetador. E apresenta-nos boas cenas de ação, visuais deslumbrantes, uma dinâmica familiar única e momentos emocionantes que tocam exclusivamente o coração, fazendo com que a pessoa se identifique com cada um dos membros desta família e esteja constantemente a torcer por eles. E isso acontece, porque sentimos que eles mostram o melhor de nós e é como se fizessem parte da nossa família.

Um dos maiores destaques vai sem dúvida, para o elenco escolhido para protagonizar estes quatro super-heróis repletos de carisma! Cada um dos atores teve o tempo de ecrã suficiente para brilhar à sua maneira e criar uma ligação particular com quem está a ver.  Pedro Pascal, Vanessa Kircy, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach tiveram desempenhos impactantes e também protagonizaram uma dinâmica bastante engraçada e cativante. Eles foram mesmo fantásticos e deu para sentir que todos tiveram uma química mesmo muito real.

Esta é uma família aguerrida cuja sua maior força é a união, sendo que eles estão juntos, não importa o que aconteça. Eles são a única equipa de super-heróis que têm problemas familiares, sendo que são pessoas calorosas e têm muito amor uns pelos outros, por mais que possam discutir ou desentender. Juntos, enfrentarão tudo como uma família e sempre que for necessário, irão encontrar uma solução em conjunto, por mais louca que possa ser.

Divulgação: Marvel Studios

Uma coisa que é transmitida é que eles só sabem salvar a humanidade por simplesmente serem uma família, mesmo que a missão seja difícil. E a proximidade deles enquanto família faz mesmo toda a diferença. Um destaque para a Sue que é sem dúvida, uma mulher lutadora e determinada cheia de compaixão e é o coração deste filme.

Assim, estas personagens mostram o verdadeiro significado de família, de união, de sacrifício e também, como uma criança muda para sempre a vida deles, chegando a um ponto em que as pessoas se identificam num instante. Tudo isto é sobre algo que realmente compreendemos como seres humanos, tanto o valor de família, como o facto de querermos tomar conta deles.

Esta aventura com alguma ação pelo meio possui uma energia contagiante e também se desenrolou na década em que não só brilharam os astronautas, como na altura em que estes quatro protagonistas foram criados nos comics e que existem desde 1961. E também foi muito interessante ver a década de 60 como conhecemos juntar-se a um mundo retro-futurista. É mesmo impressionante como algo que é de um futuro tão distante, como a tecnologia construída pelo Reed conseguiu implementar-se tão bem nesta era e como os sets foram construídos a partir do zero. E o resultado em si faz-nos mergulhar diretamente para essa época, sendo que Matt Shakman entrega um presente visual e dá para ver a paixão que ele tem pelos comics.

Divulgação: Marvel Studios

Contudo, como a narrativa foi mais dedicada à dinâmica familiar, isso fez com que não houvesse muito espaço para desenvolver como deve ser outras personagens que também mereciam mais relevância, como foi o caso da Silver Surfer e Galactus. No caso de Galactus, ficamos a saber um pouco da solidão e isolamento que sofre e o quanto estava cansado. E por isso, ele queria livrar-se a todo o custo da sua fome ilimitada. Já Silver Surfer tivemos uma breve apresentação da história desta personagem tão complexa que era um autêntico enigma, mas que infelizmente não teve tempo suficiente para destacar-se mais e acabou por ter um desfecho mais de cliché.

Esta é daquelas produções que poderia ter tido uma duração mais longa, pois houve alturas em que se notou o quanto acelerada estava a própria história e houve algumas limitações a nível das cenas de ação. Teria sido ainda mais cativante ter visto mais cenas de ação, principalmente dos Fantastic Four a atuarem como uma equipa e a usarem os seus poderes. E assim, também haveria mais tempo para retratar melhor a Silver Surfer que foi tão bem interpretada pela Julie Garner e claro, Galactus. Apesar de não ter aparecido em algumas cenas, dava para sentir a presença, o perigo e a ameaça da voz peculiar do destemido Galactus.

Divulgação: Marvel Studios

The Fantastic Four: First Steps inicia um capítulo novo e ousado, trazendo a primeira família para a MCU, apresentando num estilo próprio, tudo aquilo que faz esta família ser tão especial e combinando perfeitamente com um visual maravilhoso e uma banda sonora, cuja cada batida fica no ouvido.

Acima de tudo, é um filme sobre família, onde cada membro da equipa é igualmente importante e que nos transmite esperança. Além disso, faz-nos ter um interesse imediato em querer continuar a acompanhar mais aventuras da jornada espacial destes 4 heróis. E ainda, acreditar que afinal, a Marvel ainda pode surpreender, renovar e reinventar-se com distinção.

Desta vez a magia da Marvel funcionou na perfeição e acredito que este quarteto irá trazer para Avengers: Doomsday, uma dinâmica muito promissora e interessante. E ainda apresentar muito mais o enorme potencial que cada um destes membros possui e ainda tem para mostrar.

Divulgação: Marvel Studios

Para além disso, depois da pessoa ver a primeira cena pós-créditos, aumenta significativamente a vontade de ver a continuação desta história.

Este filme filmado para IMAX é diferente em comparação com outros projetos pertencentes à MCU. E teve a capacidade de entregar uma adaptação mais fiel dos comics, onde incluiu uma qualidade muito superior ao que já tinha sido feito antes, sendo que a história destas personagens foi devidamente respeitada.

Concluindo, também cumpre com a palavra tão emblemática e característica do seu título que é sem quaisquer dúvidas, fantástico!


sexta-feira, 18 de julho de 2025

Smurfs: O Grande Filme | Entrevista com o elenco da dobragem portuguesa

 

A nova aventura azul dos Smurfs já estreou! Por isso, preparem-se para mais uma viagem mágica com Smurfs: O Grande Filme!

Desta vez quando o Grande Smurf é misteriosamente levado pelos feiticeiros maléficos Razamel e Gargamel, a Smurfina conduz os Smurfs numa missão até ao mundo real para o libertar. Com a ajuda de novos amigos, os Smurfs têm de descobrir o que define o seu destino para salvar o universo.

Para além da sua versão original, também podemos assistir ao filme com a dobragem portuguesa.

Se quiserem saber mais sobre o que esperar deste filme de animação, então podem Ler a Crítica Aqui!

Na antestreia dos Smurfs: O Grande Filme, A Geek Traveller esteve à conversa com Soraia Tavares que deu voz a Smurfina, KIKO is HOT que fez a sua primeira dobragem com a personagem do Smurf Vaidoso e Inês Silva (Tecas) que deu a sua voz ao Asmodius e ao Smurf das Listas.

Um agradecimento à Soraia Tavares, KIKO is HOT e à Tecas pela disponibilidade em responderem às minhas perguntas. E um obrigada à Paramount Pictures Portugal e à NOS pelo convite para estar presente nesta antestreia!

Não percam este filme e levem a família, pois vão ter a oportunidade de viajar pelo universo azul dos Smurfs! 

De seguida, partilho com vocês a entrevista completa que também podem encontrar na conta do YouTube do A Geek Traveller!


quinta-feira, 17 de julho de 2025

Smurfs: O Grande Filme - o que esperar da próxima aventura deste universo azul

 

Preparados para uma grande aventura mágica com os Smurfs?

Smurfs: O Grande Filme (Smurfs: The Movie, como título original) é o próximo filme de animação realizado por Chris Miller.

Na versão original, o elenco é composto por Rhianna, James Corden, Nick Offerman, JP Karliak, Daniel Levy, Amy Sedaris, Natasha Lyonne, Sandra Oh, Jimmy Kimmel, Octavia Spencer, Nick Kroll, Hannah Waddingham, Alex Winter, Maya Erskine, Kurt Russel e John Goodman.

Já na dobragem portuguesa em relação ao elenco temos Soraia Tavares, Áurea, Eduardo Madeira, Nuno Markl, Ana Garcia Martins (Pipoca Mais Doce), Renato Godinho, Inês Filipe (Tecas), Kiko is Hot, entre outros.

Nesta história passada numa aldeia onde nada corre mal…vai soar o código azul! Os Smurfs vão ter de salvar o universo!

Quando o Grande Smurf é misteriosamente levado pelos feiticeiros maléficos Razamel e Gargamel, a Smurfina conduz os Smurfs numa missão até ao mundo real para o libertar. Com a ajuda de novos amigos, os Smurfs têm de descobrir o que define o seu destino para salvar o universo.

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Primeiramente, entramos num universo azul que é rodeado por outras cores tão vivas, onde temos uma comunidade feliz de Smurfs que vivem em harmonia e onde cada um tem um talento muito especial. Porém, houve um que ainda não tinha encontrado o seu propósito e nem uma habilidade para partilhar. Perante centenas de habilidades já entregues a outros Smurfs, este ser sentia-se de alguma forma desencaixado desta aldeia.

Contudo, um dia tudo isso muda quando por circunstâncias inesperadas, ele adquire a aptidão mais rara de todas. Ele torna-se num feiticeiro que não sabe muito bem como controlar a sua magia recém-chegada, chegando a um ponto que coloca todos em perigo e que leva ao desaparecimento do Grande Smurf.

Mesmo assim, este Smurf, juntamente com a sua comunidade arriscam as suas vidas por dimensões desconhecidas para salvar o Grande Smurf e o próprio universo de quem tem planos para o destruir. Não será uma jornada nada fácil que também implica deslocarem-se até ao mundo real que terá com certeza os seus desafios.


Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Smurfs: O Grande Filme é uma aventura divertida com um lado mágico que nos transporta para um mundo encantado e genuíno, sendo repleto de alegria, fantasia, bondade, amizade, coragem e união. Esta é constituída por um design peculiar, tendo sido acompanhado por bons efeitos visuais e uma banda sonora com um tom diferente e mais moderno do habitual daquilo que vemos nestes filmes, mas que até combina.

No entanto, é uma história com uma visão mais madura com algumas irregularidades pelo meio que pode não agradar a todos, pois não temos a toda a hora, uma narrativa completamente de fantasia e também tem os seus erros. Tem o seu lado ligeiramente mais obscuro, principalmente nas alturas em que os antagonistas tentam colocar em prática os seus planos. Para além disso, há momentos em que a pessoa sente que falta ali algo. E até podem existir situações específicas que acabam por fazer perder o equilíbrio na história que está a ser contada.  

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Este é um filme de animação com um toque mais moderno, sendo que possui uma energia e vibração muito própria que vai tendo os seus momentos engraçados de humor que são bastante leves, mas nem sempre têm piada. E vão sendo rodeados pelo tema mais que abordado do multiverso, onde a um ritmo mais acelerado visitamos diversas dimensões, cada uma com as suas peculiaridades que estes Smurfs têm de lidar.

Além disso, temos aqui uma mensagem mais dedicada à união, ao poder que a bondade pode ter no mundo e a importância de ter uma comunidade que está lá para nos receber, aconteça o que acontecer.  

Aproveitem este filme familiar simplesmente para descontraírem e não tenham grandes expetativas. Pode possuir uma ou outra falha ou até não ser nada de especial, mas mesmo assim, acredito que poderá à sua maneira, entreter todas as gerações. Isto, porque este é um universo constituído por uma aldeia azul única que, por mais anos que passem, irá continuar a receber um certo carinho por parte do público, seja qual for a sua faixa etária.

Podem assistir à entrevista que fiz a alguns elementos do elenco da versão portuguesa Aqui!

A Geek Traveller esteve na antestreia deste filme, onde esteve presente o elenco da dobragem portuguesa e de seguida, partilha um vídeo relacionado com este evento que também pode ser visto na conta do YouTube do A Geek Traveller. Um agradecimento à Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais pelo convite!


quinta-feira, 10 de julho de 2025

Filme "Superman" é uma obra cinematográfica ousada que marca o início de um novo capítulo para o universo da DC

 

Preparados para um dos filmes mais esperados de 2025?

Chegou o momento para a apresentação de Superman, o primeiro filme da DC Studios, marcando assim, uma nova era para um universo tão popular e acarinhado pelos fãs. James Gunn assume a realização e o argumento, baseando nas personagens da DC, com o Superman criado por Jerry Siegel e Joe Shuster. E já está disponível para se assistir na plataforma da HBO Max.

Desta vez, o protagonista é David Corenswet no papel duplo de “Superman”/Clark Kent, Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult no papel de Lex Luthor.

O elenco também é constituído com a participação da atriz portuguesa Sara Sampaio, juntamente com Nathan Fillion, Alan Tudyk, Isabela Merced, Wendell Pierce, Anthony Carrigan, Skyler Gisondo, Edi Gathegi, María Gabriela de Faría, Pruitt Taylor Vince e Neva Howell.

No seu estilo inconfundível, James Gunn traz uma nova visão do icónico super-herói original neste novo universo da DC, combinando ação épica, humor e emoção, apresentando um Superman movido pela compaixão e por uma fé inata na bondade da humanidade.

Com uma abordagem mais moderna, atual e sem esquecer o seu lado mais emocional, Superman apresenta o herói na sua forma mais transparente que é movido pela coragem, pela esperança e por um profundo sentido de justiça.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Superman é uma obra cinematográfica fabulosa e ousada, onde é envolvida num espetáculo visual maravilhoso que nos faz mergulhar diretamente para a ação num mundo de meta-humanos que já está em movimento, enquanto faz uma celebração épica e divertida deste super-herói, proporcionando aos fãs um presente gratificante e transformando a definição pura de Superman. Até pode não agradar a todos, mas é sem dúvida, um triunfo para este novo universo da DC. E que marca assim, o início de um novo capítulo para os próximos filmes supervisionados por James Gunn.

Nesta visão, ficamos com a sensação que um comic deu à luz para a nossa realidade, através de formas que nunca imaginávamos que seriam possíveis, chegando a um ponto em que este Superman é aquela produção que sentimos que estávamos mesmo a precisar e que ainda consegue ser muito mais do que isso.

Apesar de estar presente em crises humanitárias, guerras políticas no leste europeu e batalhas com todo o tipo de adversários, aqui temos uma história que reflete realmente quem ele é. Ele pode ser um alienígena de outro mundo, mas na realidade compreende melhor do que ninguém, o que significa ser humano. Ele tem de lidar com o seu primeiro desafio real, sendo alguém que ama e sofre como nós, tem as suas hesitações e medos, comete erros tal como nós e ainda, está determinado a salvar a humanidade, aconteça o que acontecer. Além disso, a sua batalha não inclui apenas confrontar o seu inimigo Lex Luthor, mas também enfrentar um mundo que frequentemente desconfia dele e fala mal. Tudo isso torna-o profundamente humano.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

E a escolha de David Corenswet para dar vida, tanto a Clark Kent como a Superman também foi uma decisão muito inteligente por parte de James Gunn. Este artista faz um ótimo desempenho desta figura íntegra e bastante familiar, interpretando a  versatilidade deste protagonista perante as suas diferentes camadas. E mostrando como a sua vontade em querer ajudar a melhorar o mundo vale muito e também porque ele é considerado como um farol de esperança. Enquanto isso, homenageia o legado de Christopher Reeve com excelência.

Depois temos uma abordagem ligeiramente mais intimista do relacionamento entre Clark Kent e Lois Lane. Rachel Brosnahan foi a atriz escolhida para desempenhar esta jornalista emblemática, uma personagem feminina com uma personalidade muito forte, determinada e corajosa que é um apoio muito importante para Clark, tanto nos bons como nos maus momentos. Eu já era admiradora do trabalho impressionante de Rachel Brosnahan na série The Marvelous Mrs. Maisel, sendo que a sua versão de Lois Lane foi fantástica de se assistir. Em relação, às cenas partilhadas entre David Corenswet e Rachel Brosnahan, eles conseguiram representar muito bem a essência apaixonante desta dupla tão popular que foi composta por uma relação sustentada com esforço e amor, apesar de todas as suas imperfeições. Tanto a química, como a dinâmica entre eles foi tão natural, real e ternurenta de se ver.   

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Agora, um dos maiores destaques vai para a performance brilhante de Nicholas Hoult como Lex Luthor. Admito que uma das coisas que eu tinha mais curiosidade em ver neste filme era assistir a esta nova versão de um dos maiores vilões da cultura pop. Como já acompanho há muito tempo o trabalho versátil de Nicholas Hoult, que tem interpretado nos últimos tempos várias personagens muito diferentes entre si e que tem surpreendido pela positiva em cada uma delas. Por isso, as minhas expetativas para o seu Lex Luthor eram bem elevadas. E posso dizer que superou essas mesmas expetativas!

Este Lex Luthor é o melhor vilão que o Superman já teve em live-action. Ele é um bilionário invejoso que tem uma obsessão com o Superman, sendo que utiliza um incidente político como pretexto para tentar destruir Superman. Este antagonista é detestável do jeito que deveria ser, onde transmite uma energia inquietante de um calculista frio, inteligente que promove um desprezo ameaçador e profundo perante Superman. Nicholas Hoult faz um trabalho notável, onde rapou o cabelo para esta personagem e até chega a uns momentos que mostra o quanto assustador, perturbador e descompensado Lex Luthor pode ser. Foi mesmo incrível acompanhar David Corenswet e Nicholas Hoult, dois atores que com esta relação de tensão representam dois polos opostos numa das rivalidades mais icónicas da cultura pop que é levada ao limite.

Uma coisa é certa! Já deu para se perceber que Lex Luthor vai ter um papel muito relevante para o futuro deste novo universo da DC e estou muito interessada para ver o que virá de seguida para ele.

Para mim, David Corenswet, Rachel Brosnahan e Nicholas Hoult foram o trio perfeito para esta narrativa de Superman!

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Uma das muitas boas surpresas do filme foi a presença da atriz e modelo portuguesa Sara Sampaio. Ela dá vida a Eve Teschmacher, namorada de Lex Luthor (Nicholas Hoult). Apaixonada por selfies e aparentemente descomplicada, a personagem revela ter mais camadas do que se poderia imaginar à primeira vista. Além disso, é uma das personagens com a sua relevância que traz um tom ainda mais leve e vai ter um papel essencial para o desenrolar da trama.

Uma outra boa surpresa que merece a sua menção vai para a personagem do Mr. Terrific. Aqui temos outro especialista em tecnologia que brilha em todas as cenas que surge, através da sua presença magnética.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

E não nos vamos esquecer do imprevisível e adorável Krypto que traz um tom humorístico à trama. Ele é um cão muito especial com poderes próprios e que é puramente caos. Todas as cenas em que ele está presente são hilariantes e muito engraçadas.

Superman é o início de toda uma nova aventura que o público sempre sonhou em ter e foi executada com tanto amor, respeito, dedicação e sensibilidade. É mais humano e real, num estilo muito próprio de James Gunn. Este é um protagonista muito carismático e genuíno que nos faz sentir que estamos a voar com ele. Também vibramos e torcemos por ele, criando assim automaticamente, uma ligação emocional por este super-herói icónico. Além disso, a pessoa fica cheia de vontade de ver o que vem de seguida para Superman.

Este é o renascimento perspicaz e corajoso de uma figura retratada numa interpretação mais moderna e honesta que representa da melhor forma o símbolo da esperança para um mundo melhor e cuja construção do universo em si está genial. Símbolo esse que é cada vez mais necessário no mundo em que vivemos hoje. E faz-nos lembrar porque estas histórias são importantes que sejam partilhadas com toda a gente.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal e Cinemundo

Garantidamente, possui uma mensagem poderosa que mostra que são as escolhas e as ações que nos torna quem nós somos, mostrando assim a fé em nós mesmos. E que a bondade é um valor que nunca devemos perder, aconteça o que acontecer. Às vezes nem temos a noção do impacto e a energia que a esperança pode ter numa pessoa. Por estas e por outras razões, eles chegaram ao ponto crucial do significado de uma boa história de Superman que traz esperança, mesmo quando se possa estar no fundo do poço.

Superman é uma explosão de satisfação, pois oferece uma história muito bonita, emocionante, alegre e inspiradora com humor no timing certo e personagens carismáticas. Tudo isto equilibra muito bem com os efeitos visuais, cinematografia, edição e design de produção. E ainda é acompanhada por uma banda sonora memorável que conecta com o espetador e cenas de ação criativas numa escala estupenda de qualidade. É um dos melhores do género que irá marcar de uma maneira única, a história do cinema.

Por isso, vejam este filme no maior ecrã possível e caso seja em IMAX 3D também irão gostar! Não se esqueçam que existem duas cenas pós-créditos.

Juntem-se a um novo universo cinematográfico da DC que promete surpreender ainda mais no futuro! E que venham mais produções deste novo universo da DC que parece estar em boas mãos.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Minissérie "Ironheart" da Marvel - será que vale a pena assistir a estes seis episódios?

 

Depois de ter sido guardado na gaveta por algum tempo, Ironheart (Coração de Ferro, como título em português) é a próxima produção da Marvel Television a estrear. Esta é uma minissérie composta por seis episódios que é passada após os eventos do filme, Black Panther: Wakanda Para Sempre. E tem no elenco Dominique Thorne, Anthony Ramos, Lyric Ross, Alden Enrenreich e Manny Montana.

Esta trama coloca a tecnologia contra a magia quando Riri Williams (Dominique Thorne) – uma jovem inventora genial, determinada a deixar a sua marca no mundo – regressa à sua cidade natal, Chicago. A sua abordagem única na construção de armaduras de ferro é brilhante, mas, na busca das suas ambições, vê-se envolvida com o misterioso e encantador Parker Robbins, também conhecido por O Capuz (Anthony Ramos).

Quando conhecemos Riri Williams pela primeira vez foi no Black Panther: Wakanda Para Sempre, onde ela teve um papel essencial para o desenrolar dos acontecimentos deste filme. Na altura, acabou por criar alguma curiosidade em conhecer melhor esta rapariga que cria a armadura mais avançada desde o Homem de Ferro.

Divulgação: Disney+

Será que Ironheart vale a pena assistir e foi uma boa aposta para se dedicar seis episódios numa minissérie? Ou na realidade, foi mais uma daquelas situações que será facilmente esquecível?

Antes de responder a esta questão, acho que seria relevante referir que nem sempre as percentagens e respetivas classificações dadas no Rotten Tomatoes são totalmente credíveis e já há algum tempo que tenho reparado nisso. Mais um desses exemplos acaba de acontecer com o valor dado a Ironheart. Depois de Ms. Marvel ter tido uma classificação inesperadamente elevada em relação a outras produções que marcaram o público, eu fiquei completamente estupefacta quando fui ver que Ironheart tinha uma classificação muito semelhante à série do Loki, sendo que na minha opinião, Loki é uma das melhores séries que foram feitas do universo Marvel! Além disso, são produções totalmente distintas, principalmente a nível de qualidade, argumento e desempenho do seu elenco. Para mim, Loki é extremamente superior a Ironheart e simplesmente, não faz sentido terem classificações tão semelhantes na altura em que estou a escrever esta análise.

E se formos fazer uma comparação de classificação destas duas produções a nível do IMDb, então vão perceber perfeitamente aquilo que quis dizer anteriormente.  

Divulgação: Disney+

Agora falando propriamente de Ironheart. Apesar de não ter tido grandes expetativas iniciais, pois não foi uma personagem que me tivesse suscitasse muito interesse em querer saber mais, eu resolvi dar o benefício da dúvida e assistir a esta minissérie que lançou no dia de estreia, os seus três primeiros episódios e na semana seguinte, os três que faltavam. Infelizmente, não me trouxe um resultado satisfatório.

Ironheart foi uma aposta arriscada que pecou muito no modo como construiu todo o seu argumento e as respetivas personagens. É mesmo muito difícil, a pessoa conseguir criar algum género de empatia com qualquer uma delas, incluindo a protagonista. No caso da protagonista, não é pelo facto de ao longo dos episódios, mostrar um lado mais negro, porque são várias as personagens de diferentes sagas que acabam por seguirem caminhos mais obscuros e a tomarem decisões duvidosas, mas que no final fazem todo o sentido e até conseguem criar algum tipo de conexão. No entanto, isso não acontece com Ironheart.

Nesta situação, temos um argumento incoerente e cheio de falhas, personagens pouco ou nada interessantes que faz com que perdemos imediatamente a vontade de ver. O que se safa são algumas cenas de ação com os seus efeitos visuais, mas que mesmo assim, não trazem nada de novo. A história em si perde mais tempo a focar-se em cenas que não têm interesse nenhum, em vez de optarem por aquilo que um fã do universo quer realmente ver.   

Divulgação: Disney+

De seguida, partilho este pequeno Spoiler, mas que vale a pena incluir nesta análise!

Uma das coisas que mais tive pena foi a decisão de introduzirem um dos antagonistas mais esperados do universo nesta produção em específico. Muitos foram aqueles que estavam praticamente convencidos que Mephisto iria ser apresentado no fenómeno que foi a minissérie WandaVision. E com a história que nos foi sendo mostrada e devido à sua ligação aos comics, fazia todo o sentido que fosse acontecer. Infelizmente, isso não aconteceu. Depois também tivemos uma menção breve na minissérie Agatha All Along, mas não chegou a mostrar a cara.

Então, a sua apresentação oficial foi feita em Ironheart e talvez essa seja das poucas coisas positivas que posso considerar destes seis episódios. Mephisto é daquelas personagens repletas de muito potencial que suscita logo um interesse em querer acompanhar a jornada deste vilão.

Se fazia sentido Mephisto estar presente em Ironheart? Até podia fazer, mas acho que seria mais glorioso, se ele tivesse sido apresentado oficialmente em WandaVision do que em Ironheart.

Assim, vale a pena assistir a Ironheart? Na minha opinião, pode ser uma perda de tempo, principalmente se a pessoa for com expetativas. Mas, se quiserem ver Mephisto pela primeira vez no ecrã, então basta verem os últimos três episódios.  

Por fim, fica a questão…será que era preferível ter deixado Ironheart na gaveta ou o facto de ter sido lançada foi uma mais-valia? Uma reflexão que implica pensar na evolução que estas últimas fases da Marvel têm tido como um todo.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Filme "Head of State" da Prime Video - o que esperar desta comédia de ação protagonizada por Idris Elba e John Cena

 

Heads of State é o novo filme original da Prime Video realizado por Ilya Naishuller e baseado numa história de Harrison Query.

Os protagonistas são Idris Elba, John Cena e Priyanka Chopra Jonas que são acompanhados por Paddy Considine, Stephen Root, Carla Gugino, Jack Quaid e Sarah Niles.

Nesta comédia de ação, o Primeiro-Ministro britânico Sam Clarke (Idris Elba) e o Presidente dos EUA Will Derringer (John Cena) têm uma rivalidade pouco amigável e pública que põe em risco a “relação especial” dos seus países. Mas quando se tornam alvo de um poderoso e implacável adversário estrangeiro, que se revela um adversário acima das forças de segurança dos dois líderes, são forçados a confiar um no outro. Aliando-se à brilhante agente do MI6, Noel Bisset (Priyanka Chopra Jonas), têm de fugir e encontrar uma forma de trabalhar em conjunto para impedir uma conspiração global que ameaça todo o mundo livre.

Divulgação: Prime Video Portugal

Desta vez, temos um Presidente dos EUA que parecia uma opção improvável e atípica, mas que na realidade podia ser a figura que o país estava a precisar naquele momento. Inicialmente, um ator popular de filmes de ação que foi conquistando vários admiradores. E depois, acabou por tornar-se no homem mais poderosa do mundo, fazendo com que houvesse muitos que não concordavam com a sua liderança. Esta é uma estrela de ação muito otimista que não irá deixar ninguém indiferente.

Apesar de ser admirado por muitos, Sam Clarke com a sua maneira de ser particular era daqueles que não suportava e nem tinha uma boa relação com Will Derringer. No entanto, quando uma tragédia ocorre e que tomou proporções significativas, estes dois líderes têm de sobreviver em território inimigo. Além disso, devido a circunstâncias fora do controlo deles, eles também acabam por se tornarem num alvo de um perigoso adversário estrangeiro que não irá descansar, enquanto não os eliminar. Será que eles vão escapar? Uma coisa é certa. Eles vão ter de juntar forças para sobreviverem e impedir um risco de guerra a nível global que poderá levar a um possível caos.

Divulgação: Prime Video Portugal

Heads of State é uma aposta fora da caixa que desperta um entusiasmo genuíno e possui momentos visivelmente envolventes. Este filme é composto por sequências de ação e de luta impactantes e intensas que são envolvidas em acrobacias criativas que prendem a atenção do espetador. Também tem o seu lado mais divertido e cheio de piadas que cativam ainda mais quem está a ver.

O principal destaque vai para a dinâmica brilhante entre Idris Elba e John Cena que protagonizaram cenas hilariantes e bem engraçadas, enquanto vão tendo as suas picardias. É daquelas duplas carismáticas que atrai logo no primeiro instante e cuja química é muito natural. A pessoa fica constantemente curiosa para acompanhar esta aventura bem perigosa destes líderes que não sabem em quem confiar e quem está comprometido. Apesar de terem feitios completamente diferentes, quando realmente importa, eles unem-se não só para sobreviverem, mas também para serem o apoio um do outro. Garantidamente, estes dois protagonistas combinaram muito bem em cada cena que participaram, aprenderam a trabalharem juntos, usaram qualquer tipo de ferramenta para lutar, fizeram o que foi preciso e foi divertido de se ver.

Divulgação: Prime Video Portugal

Outra personagem que merece ser destacada é sem dúvida, aquela que foi interpretada por Jack Quaid. Apesar de estar pouco tempo em cena, este agente da CIA muito peculiar e extremamente doido conseguiu arrancar umas boas gargalhadas. Em cada papel que interpreta, Jack Quaid tem surpreendido e tem demonstrado o modo como deixa a sua marca, mostra a sua versatilidade e ainda, tem uma capacidade implacável de entreter e surpreender o público. E neste caso, também não é exceção. Por isso, merece o devido reconhecimento.

Sabemos que as fórmulas de filmes de ação têm sido cada vez mais reinventadas, mas nem sempre conseguem obter resultados satisfatórios ou simplesmente, cativar o espetador. Tudo isso, porque acaba por ser praticamente o mesmo tipo de narrativa. No entanto, Heads of State é um exemplo para um bom ponto de partida para criarmos uma maior expetativa em futuros filmes deste género que poderão impactar mais o espetador com as tramas que apresentam.

É verdade que recentemente tem havido muitos filmes de ação que fazem uma ligação notória com a política norte-americana e com possíveis ameaças que possam levar a guerras, onde é-nos dada a chance de ter uma melhor noção do que poderá ser os bastidores do trabalho não só da Casa Branca, mas também do seu presidente. No entanto, são este tipo de histórias que até têm conseguido criar algum interesse, chegando a um ponto que fazem a pessoa imaginar como seria ter um líder de uma das pátrias mais poderosas do mundo com um carácter muito diferente daquilo que temos visto nos últimos tempos. Como o bom carácter de alguém no poder pode fazer toda a diferença a promover a paz, evitar a guerra e ainda, dar importância àquilo que realmente importa.

Divulgação: Prime Video Portugal

Nesta história não vão faltar terceiros que querem provocar guerra, interesses envolvidos, frases caricatas, armadilhas bem executadas, rivalidades, infiltrados, tiroteios, perseguições, explosões, violência, traições, manipulações, conspirações, viagens perigosas por diferentes localizações, reviravoltas e muito mais. Além disso, é acompanhada por uma banda sonora atraente que fica no ouvido e que cria vontade de dançar, encaixando assim, perfeitamente no filme em si. É impressionante como uma banda sonora constituída por músicas com ritmos opostos podem interligar tão bem entre si.

Heads of State cumpre com o seu propósito de entreter o espetador em cada uma das suas cenas numa comédia de ação misturada com thriller que possui a sua própria identidade visual e traz uma dose ligeira de nostalgia. Tem um argumento feito a um ritmo acelerado e mesmo que possa ter uma ou outra falha, a pessoa não leva muito a sério e por isso, acaba por não influenciar a experiência em si. Falando da realização, o trabalho foi bem efetuado, onde combinou com efeitos visuais incríveis e trouxe boas escolhas a nível de ângulos de filmagem, enquanto foram proporcionando situações em câmara lenta que resultaram muito bem no corte final.  

Esta é uma produção sem grandes exageros que proporciona um excelente momento de entretenimento, sendo que vale a pena ver e que não podem perder na plataforma da Prime Video!