Alex Rider é uma série de ação e de espionagem da Amazon Prime Video que estreou em 2020, nos quais tem a transmissão exclusiva no canal português, AXN. Com apenas uma temporada de oito episódios e já com uma segunda temporada confirmada, este suspense foi produzido pelo Eleventh Hour Films e Sony Pictures Television, sendo que foi criado por Guy Burt e foi baseado nos livros de Alex Rider do britânico Anthony Horowitz, em que estes dois nomes fazem parte da lista de produtores executivos, juntamente com Eve Gutierrez, Jill Green e Andreas Prochaska e também tem a produção de Mat Chaplin.
Esta história conta as aventuras de Alex Rider (Otto Farrant), um jovem agente secreto britânico que tem uma mudança drástica e radical na sua vida de adolescente quando descobre que o seu tio Ian Rider (Andrew Buchan) foi assassinado, devido a uma missão em que trabalhava como espião e assim, chegou a sua vez de seguir os passos do seu familiar. Alex irá ser pressionado para participar num trabalho que pode estar relacionado com a investigação da morte misteriosa do seu tio, em que ele tem de se infiltrar num colégio interno nos Alpes Franceses chamado de Point Blanc e descobrir os segredos escondidos nesta instituição de elite, mas será que ele vai ter capacidades suficientes para evitar que seja descoberto?
O elenco é constituído por Otto Farrant (Alex Rider),
Stephen Dillane (Alan Blunt), Vicky McClure (Sra. Jones), Andrew Buchan (Ian
Rider), Brenock O’ Connor (Tom Harris), Ronke Adékoluejo (Jack Starbright),
Liam Garrigan (Martin Wilby), Ace Bhatti (John Crawley), Thomas Levin (Yassen
Gregorovitch), Haluk Bilginer (Dr. Hugo Greif), Howard Charles (Wolf), Nyasha
Hatendi (Smithers), Ana Ularu (Eva Stellenbosch) e Marli Siu (Kyra
Vashenko-Chao).
Alex Rider começa a fazer parte do mundo da espionagem após o seu tio ter sido morto, mas não será um caminho fácil de percorrer, pois ele vai ter de passar por muitos obstáculos e perigos mortais que até pode colocar em risco, as pessoas que ele mais gosta. Será que Alex vai conseguir cumprir com a sua missão?
Inicialmente, Alex
era um simples adolescente britânico que vivia uma vida normal em Londres,
juntamente com o seu tio, Ian Rider e
com a sua ama americana, Jack Starbright.
Um dia, uma tragédia ocorre quando o seu tio morre num acidente de carro,
segundo a polícia, mas Alex descobre
que afinal a morte de Ian Rider não
aconteceu por uma mera coincidência, mas sim devido a uma conspiração muito
maior do que ele imaginava, através do seu trabalho como espião do governo
britânico que ele desconhecia, pois Alex
estava convencido e acreditava que o seu tio trabalhava num banco. Assim, Alex vai fazer o que for preciso e o que
tiver ao seu alcance para tentar perceber o que aconteceu e desvendar a morte
misteriosa do seu tio.
Durante as suas investigações, Alex acaba por se cruzar com o departamento de espionagem do MI6
que era na realidade onde o seu tio trabalhava como agente secreto ao lado dos
seus colegas, Alan Blunt, Sra. Jones, Martin Wilby, entre outros. Esta agência começa a perceber as
habilidades inesperadas e evidentes de Alex,
sendo que ele é pressionado para que ajude na investigação da morte de dois
bilionários e de Ian Rider que podem
estar relacionados entre si e assim, este jovem é recrutado para que se possa
infiltrar num colégio interno chamado Point
Blanc que é localizado nos Alpes Franceses, mas para que isso possa
acontecer, Alex vai ter de assumir
uma nova identidade, treinando e preparando-se devidamente para que nada falhe,
caso venha a ser interrogado. Afinal qual será a ligação desta escola com a
morte do seu tio?
Point Blanc é um colégio privado que
recebe jovens que tenham comportamentos mais rebeldes e que podem ser
corrigidos, nos quais os seus pais ricos não conseguem controlar e lidar, mas
depois eles voltam a casa como pessoas completamente diferentes, educadas e com
atitudes exemplares. Este é um estabelecimento completamente isolado do mundo
que tem o Dr. Hugo Greif como o seu
diretor e Eva Stellenbosch como a
responsável dos estudantes, em que qualquer tentativa de fuga poderia vir a se
tornar mortal e que ocorrem acontecimentos muito estranhos, sendo que os seus
alunos podem fazer parte de um plano muito maior e que pode vir a trazer
consequências sérias. Qual é o verdadeiro propósito desta instituição? Isso é
algo que Alex vai ter de investigar durante a sua permanência por lá, sem que
ninguém desconfie.
Alex Rider é um rapaz misterioso,
reservado, teimoso e inteligente que gosta de estar no seu canto, mas que ao
mesmo tempo consegue adquirir informações facilmente e que vai enfrentar
grandes desafios ao longo da sua jornada que vão criar mudanças para o resto da
sua vida. Mesmo que inicialmente se recusa a cooperar com o departamento de
espionagem do MI6, ele percebe que não tem outra escolha quando começa a ser
ameaçado. Por isso, Alex participa
numa missão secreta que inclui ser um agente infiltrado no colégio Point Blanc que por acaso é o mesmo
local em que o seu tio estava a investigar antes de morrer, tentando obter o
máximo de respostas possíveis já que não é fácil, existir no mundo da
espionagem, um adolescente a fazer este tipo de trabalho e sem que seja
desmascarado.
O que Alex
não sabia é que o seu tio o estava a treinar como espião já que ele tinha
habilidades específicas que eram bem úteis para o seu trabalho como agente
secreto, seja a nível de arrombar fechaduras ou mesmo o facto de conseguir
lidar bem e resistir à tortura ou até mesmo em situações em que tem de lutar,
acabando por surpreender muitos profissionais da área, como Wolf, entre outros. Ele não tinha a
noção que estava a ser preparado desde a sua infância e que parecia sem dúvida,
um profissional mesmo sendo tão novo que pelos vistos foi treinado ao longo da
sua vida, mas infelizmente isto não chegou a ser bem explicado.
Este espião julgava que a sua infiltração em Point Blanc fosse muito simples, mas não foi isso que aconteceu, sendo que acaba por desvendar segredos bem perturbadores desta instituição que vão fazer com que Alex arrisque e coloque a sua vida em risco para tentar impedir o que está acontecer com os alunos desta escola, tornando-se assim, numa missão muito mais perigosa do que pensava.
Alex cria uma certa
curiosidade para com o público, pois eles querem saber mais sobre este
adolescente que tem um talento peculiar para a espionagem e consegue fazer
coisas que parecem impossíveis de serem colocadas em prática. Para além disso,
o espetador fica com a sensação que Alex
já estava muito mais bem preparado do que se pensava para ser um espião e com
habilidades específicas e impressionantes que foram úteis em diversos momentos
durante a realização da sua missão, tornando-se assim, as suas aventuras
divertidas e interessantes de se acompanhar.
Este thriller tem momentos que inclui conspirações, mistérios,
surpresas, revelações, traições, mortes, lutas com pouca violência, cenas de ação
e de adrenalina e situações de espionagem, mas não deixa de ter as suas alturas
mais dramáticas. Uma das melhores partes é sem dúvida, as perseguições a alta
velocidade em ambientes com neve que seriam difíceis para qualquer um de nós,
mas que Alex Rider consegue com uma
facilidade surpreendente e de certa forma, divertida que pode abranger descidas
bem inclinadas.
A história aborda as relações familiares e os seus dramas respetivos, mas também tem o seu lado mais leve e cómico, principalmente nas cenas que participa Tom Harris, o melhor amigo e o apoio de Alex Rider que é uma pessoa impulsiva e atrapalhada. Alex e Tom têm uma amizade próxima entre si, nos quais o jovem espião tenta esconder a sua vida dupla do seu amigo para não colocá-lo em perigo, mas será que vai conseguir protegê-lo?
A música de abertura da série chama-se The World is Mine de Samm Henshaw, sendo
constituída por uma mistura de imagens que estão muito bem e com uma montagem que
tem efeitos criativos, apresentando o tipo de história que vamos ter ao longo
destes episódios, juntamente com a sua banda sonora bem escolhida que vai sendo
apresentada durante as cenas com mais suspense, aventura e ação.
A cinematografia está mesmo muito bem realizada com
fotografia adequada ao tipo de história, com um argumento fácil de se
compreender e com uma edição bem implementada e trabalhada. Infelizmente, o
argumento teve as suas falhas e as suas faltas de detalhes que eram
fundamentais que tivessem presentes para que fossem explicadas determinadas
situações, pois houve muita coisa que poderia ter sido melhor desenvolvida,
como por exemplo, a relação de Alex
com Ian e Jack, as origens de cada um dos alunos de Point Blanc, principalmente de Kyra
que eu acho que seriam interessantes de se conhecer e as motivações que fizeram
com que um dos antagonistas da história quisesse colocar os seus planos em
prática.
O público não teve tempo suficiente para criar ligação com qualquer uma das personagens, sendo que foi o desenrolar da história em si que foi fazendo sentido e que acabou por prender a atenção do espetador, como foi o caso da criação de uma mistura de um objeto curioso, utilizando ideias improváveis que poderiam vir a ser uma ferramenta útil para ser utilizado mais tarde, numa perseguição a alta velocidade fascinante que ocorreu num dos episódios, mas mesmo assim não houve assim tanto perigo como se esperava neste tipo de narrativa. Para além disso, houve pontos que poderiam ter sido melhor explorados em que espero que sejam na próxima temporada, e também tenho pena que tivesse havido poucas cenas de ação e que a preparação de Alex Rider que foi realizada pelo seu tio tivesse sido pouco abordada.
Apesar de existirem situações em que falta algo, esta
ficção científica continua a ter potencial para ser muito mais do que foi
apresentado nestes oito episódios em que tem condições para melhorar com várias
possibilidades para aproveitar este universo que é o de Alex Rider e desenvolver melhor a história de cada uma das suas
personagens.
Num geral, Alex Rider traz uma boa história de espionagem numa versão adolescente que cria interesse a quem está a assistir, principalmente para quem gosta deste tipo de produções, pois temos a oportunidade de acompanhar um jovem que foi recrutado para o departamento de espionagem do MI6 e se torna num agente secreto britânico com uma vida dupla que é algo que não vemos todos os dias, sendo que é adequada para entreter o público mais jovem, mas também é uma boa aposta para adultos. A série tem um estilo próprio e faz lembrar ligeiramente situações que são mais frequentes de acontecer em filmes de espionagem muito conhecidos do público, chegando a um ponto que até chegamos a considerar Alex Rider como um tipo de James Bond quando era mais jovem.
Na minha opinião, esta série foi uma boa surpresa sem deixar de ter os seus momentos com mais adrenalina e feito de um modo muito simples que se enquadra para quem gosta deste tipo de aventuras ou até de espionagem e aconselhado a toda a família, sendo que fiquei curiosa para acompanhar mais sobre o universo de Alex Rider e com expetativas que eu espero que possa vir a surpreender nos seus próximos episódios.
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