quarta-feira, 15 de novembro de 2023

The Hunger Games: A Balada dos Pássaros e das Serpentes - um espetáculo criativo, alucinante e cativante que surpreende

O universo The Hunger Games está de regresso! The Hunger Games: A Balada dos Pássaros e das Serpentes (The Hunger Games: The Ballad of Songbirds & Snacks, como título original) é o quinto filme desta franquia tão popular e adorada pelo público, tendo sido realizado por Francis Lawrence e é basado no livro com o mesmo nome de Suzanne Collins.

O elenco é constituído por Tom Blyth, Rachel Zegler, Peter Dinklage, Hunter Schafer, Josh Andrés Rivera, Jason Schwartzman e Viola Davis.

Esta história ocorre 64 antes de Katniss Everdeen se voluntariar como Tributo, e décadas antes de Coriolanus Snow se tornar o tirano Presidente de Panem.

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

A nova aventura acompanha o jovem Coriolanus (Tom Blyth), a última esperança da outrora orgulhosa família Snow, cuja linhagem decadente significou uma queda em desgraça no Capitólio do pós-guerra. Com o seu sustento ameaçado, Snow aceita relutantemente a missão de ser o mentor de Lucy Gray Baird (Rachel Zegler) – um tributo do empobrecido Distrito 12 – nos 10º The Hunger Games. Assim que o encanto de Lucy Gray cativa o público de Panem, Snow vê uma oportunidade de mudar o destino de ambos. Com tudo pelo que trabalhou em jogo, Snow une-se a Lucy Gray para virar as probabilidades a seu favor. Lutando contra os seus instintos tanto para o bem quanto para o mal, Snow parte numa corrida contra o tempo para sobreviver e revelar se acabará por tornar-se um pássaro…ou uma cobra.

Esta narrativa desenvolve a dualidade do espírito entre pássaro e serpente que existe dentro de todos nós. Como todos somos luz e escuridão, bem e mal, alegria e tristeza, ou seja, um tipo de fusão de penas e escamas. Cada decisão que tomamos é fulcral para nos levar por um caminho que acabará por revelar o nosso verdadeiro eu.

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

Este filme oferece um cenário original que leva a um território desconhecido, ao mesmo tempo que permanece tematicamente conectado aos outros filmes da franquia. A prequela examina o passado de Panem e desenterra toda a rica história referenciada nos filmes anteriores através dos olhos de um jovem Coriolanus Snow, cuja história se torna o fio condutor de todos os filmes anteriores de The Hunger Games.

É graças à história de origem de Coriolanus Snow que vamos perceber como é que esta figura se transformou no arrepiante Presidente de Panem, cuja maldade não tem limites.

Esta saga de sucesso continua a ser um fenómeno global e a atrair quem acompanha a mesma, pois continua a ter muito por onde explorar. E ainda, tem a capacidade de fazer com que o público coloque a sua imaginação em prática para tentar adivinhar o que irá acontecer de seguida. Com esta visão mais recente não é exceção!

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

Como referido anteriormente, o foco vai completamente para Coriolanus Snow que depois de ter mostrado o seu valor e merecer ganhar um prémio vital para o seu futuro e o da sua família, as coisas não correm como ele esperava. Na realidade, as regras mudam e agora o que mais importa é o desempenho que terá como mentor de Lucy Gray do distrito 12 que tem todas as probabilidades contra ela para vencer esta edição dos The Hunger Games. Mas será que ela vai conseguir fazer a diferença e sobreviver na arena? Uma coisa é certa! Coriolanus Snow coloca tudo em risco, sendo que vai arriscar e fazer o que for preciso para que Lucy Gray saia de lá viva e vencedora!

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

Uma das partes mais empolgantes do filme é sem dúvida quando ocorre o espetáculo do The Hunger Games que contém sempre surpresas inesperadas para o público que está a assistir e com tributos que vai fazer qualquer um torcer pela sua vitória. O desenrolar de alguns participantes é mais previsível do que outros, mas mesmo assim capta a atenção. A estratégia que vai sendo colocada por uns até acaba por ser interessante de acompanhar.

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

Contudo, há uma personagem que rouba todas as atenções, cativando desde o primeiro momento em que surge e que merece o seu devido destaque. Desempenhada pela extraordinária Viola Davis, estou a referir-me à Dra. Volumnia Gaul, a mente por trás do jogo da 10ª edição dos The Hunger Games e que implementou os anteriores. Além de ser a responsável pelo departamento de Guerra, esta é uma mulher muito inteligente, calculista e criativa que é apaixonada pelo seu trabalho, sendo que está constantemente a inventar novas formas de tornar o jogo mais difícil de sobreviver e cumprir assim, com o seu propósito. Por vezes, tem uns comportamentos diabólicos, mas é daquelas pessoas que impõe um enorme respeito e que, também cria uma sensação de medo instantâneo a quem está ao seu redor. Viola Davis fez um excelente trabalho, onde se encaixou na perfeição a dar vida a esta mulher louca e com uma gargalhada contagiante de uma vilã.

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

Relativamente à jornada de Coriolanus Snow nesta história, temos a oportunidade de conhecer um lado diferente daquele que temos estado habituados. Um jovem bondoso, preocupado e com boas intenções que quer tomar conta da sua família da melhor forma que conhece. Porém, a sua relação conturbada com o diretor Highbottom (Peter Dinklage) que quer prejudicá-lo a todo o custo, pode vir a ser a ponta do iceberg para tudo mudar na sua vida no Capitólio e também de ver as coisas com outros olhos.

Foi interessante acompanhar o seu desenvolvimento e os sacrifícios que teve de fazer ao longo do seu caminho pelo Capitólio e fora dele para chegar onde queria, levando a escolhas que o iriam atormentar. E mais tarde, fazendo com que se transformasse para sempre em alguém irreconhecível e completamente sem escrúpulos. A pessoa acaba por ficar com uma melhor noção das razões pelas quais, ele se tornou assim.  

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

Além disso, temos a jovem Lucy Gray que conseguiu conquistar o público de Panem e até de surpreender tudo e todos não só com a sua bonita voz, mas com a sua capacidade de sobrevivência quando precisa de usar os seus instintos. Desde o primeiro instante que ela captou a atenção de Coriolanus Snow, chegando a um ponto que vemos uma versão dele mais vulnerável que é capaz de tudo para proteger Lucy Gray. Porém, isso pode não ser bom para a missão pessoal de Coriolanus e até mais tarde, vir a prejudicá-lo.

A dinâmica desta dupla é bem conseguida e cria uma empatia imediata no espetador, sendo que ficamos com curiosidade em saber como se irá desenrolar a aventura perigosa desta dupla.

Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais

The Hunger Games: A Balada dos Pássaros e das Serpentes é uma boa combinação de ação, aventura e drama que traz como resultado, um espetáculo criativo, alucinante e cativante que é uma boa fonte de entretenimento pelo modo como tudo é apresentado. Seja pelos ângulos de filmagem escolhidos, pela história intrigante repleta de violência, destruição, mortes, armadilhas, manipulações, reviravoltas e enganos ou até pela banda sonora que possui músicas que são introduzidas na altura certa e acabam por ficar no ouvido.

Este é um mundo incrível cheio de surpresas que não podem mesmo perder! E que eu acredito que não ficará por aqui, pois ainda há muita história para ser contada. Por isso, termino com: May the odds be ever in your favor


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