O universo The Hunger Games está de regresso! The Hunger Games: A
Balada dos Pássaros e das Serpentes (The Hunger Games: The Ballad of
Songbirds & Snacks, como título original) é o quinto filme desta
franquia tão popular e adorada pelo público, tendo sido realizado por Francis
Lawrence e é basado no livro com o mesmo nome de Suzanne Collins.
O elenco é constituído por Tom Blyth, Rachel Zegler, Peter Dinklage, Hunter
Schafer, Josh Andrés Rivera, Jason Schwartzman e Viola Davis.
Esta história ocorre 64 antes de Katniss Everdeen se voluntariar
como Tributo, e décadas antes de Coriolanus Snow se tornar o
tirano Presidente de Panem.
Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais
A nova aventura acompanha o jovem Coriolanus (Tom Blyth), a última
esperança da outrora orgulhosa família Snow, cuja linhagem decadente
significou uma queda em desgraça no Capitólio do pós-guerra. Com o seu sustento
ameaçado, Snow aceita relutantemente a missão de ser o mentor de Lucy
Gray Baird (Rachel Zegler) – um tributo do empobrecido Distrito 12 – nos 10º
The Hunger Games. Assim que o encanto de Lucy Gray cativa o
público de Panem, Snow vê uma oportunidade de mudar o destino de
ambos. Com tudo pelo que trabalhou em jogo, Snow une-se a Lucy Gray
para virar as probabilidades a seu favor. Lutando contra os seus instintos
tanto para o bem quanto para o mal, Snow parte numa corrida contra o
tempo para sobreviver e revelar se acabará por tornar-se um pássaro…ou uma
cobra.
Esta narrativa desenvolve a dualidade do espírito entre pássaro e serpente
que existe dentro de todos nós. Como todos somos luz e escuridão, bem e mal,
alegria e tristeza, ou seja, um tipo de fusão de penas e escamas. Cada decisão
que tomamos é fulcral para nos levar por um caminho que acabará por revelar o
nosso verdadeiro eu.
Este filme oferece um cenário original que leva a um território
desconhecido, ao mesmo tempo que permanece tematicamente conectado aos outros
filmes da franquia. A prequela examina o passado de Panem e desenterra
toda a rica história referenciada nos filmes anteriores através dos olhos de um
jovem Coriolanus Snow, cuja história se torna o fio condutor de todos os
filmes anteriores de The Hunger Games.
É graças à história de origem de Coriolanus Snow que vamos perceber
como é que esta figura se transformou no arrepiante Presidente de Panem,
cuja maldade não tem limites.
Esta saga de sucesso continua a ser um fenómeno global e a atrair quem
acompanha a mesma, pois continua a ter muito por onde explorar. E ainda, tem a
capacidade de fazer com que o público coloque a sua imaginação em prática para
tentar adivinhar o que irá acontecer de seguida. Com esta visão mais recente
não é exceção!
Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais
Como referido anteriormente, o foco vai completamente para Coriolanus
Snow que depois de ter mostrado o seu valor e merecer ganhar um prémio
vital para o seu futuro e o da sua família, as coisas não correm como ele
esperava. Na realidade, as regras mudam e agora o que mais importa é o
desempenho que terá como mentor de Lucy Gray do distrito 12 que tem
todas as probabilidades contra ela para vencer esta edição dos The Hunger
Games. Mas será que ela vai conseguir fazer a diferença e sobreviver na
arena? Uma coisa é certa! Coriolanus Snow coloca tudo em risco, sendo
que vai arriscar e fazer o que for preciso para que Lucy Gray saia de lá
viva e vencedora!
Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais
Uma das partes mais empolgantes do filme é sem dúvida quando ocorre o espetáculo
do The Hunger Games que contém sempre surpresas inesperadas para o público
que está a assistir e com tributos que vai fazer qualquer um torcer pela sua vitória.
O desenrolar de alguns participantes é mais previsível do que outros, mas mesmo
assim capta a atenção. A estratégia que vai sendo colocada por uns até acaba
por ser interessante de acompanhar.
Contudo, há uma personagem que rouba todas as atenções, cativando desde o
primeiro momento em que surge e que merece o seu devido destaque. Desempenhada
pela extraordinária Viola Davis, estou a referir-me à Dra. Volumnia Gaul,
a mente por trás do jogo da 10ª edição dos The Hunger Games e que
implementou os anteriores. Além de ser a responsável pelo departamento de Guerra,
esta é uma mulher muito inteligente, calculista e criativa que é apaixonada
pelo seu trabalho, sendo que está constantemente a inventar novas formas de
tornar o jogo mais difícil de sobreviver e cumprir assim, com o seu propósito. Por
vezes, tem uns comportamentos diabólicos, mas é daquelas pessoas que impõe um
enorme respeito e que, também cria uma sensação de medo instantâneo a quem está
ao seu redor. Viola Davis fez um excelente trabalho, onde se encaixou na
perfeição a dar vida a esta mulher louca e com uma gargalhada contagiante de
uma vilã.
Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais
Relativamente à jornada de Coriolanus Snow nesta história, temos a
oportunidade de conhecer um lado diferente daquele que temos estado habituados.
Um jovem bondoso, preocupado e com boas intenções que quer tomar conta da sua
família da melhor forma que conhece. Porém, a sua relação conturbada com o
diretor Highbottom (Peter Dinklage) que quer prejudicá-lo a todo o
custo, pode vir a ser a ponta do iceberg para tudo mudar na sua vida no Capitólio
e também de ver as coisas com outros olhos.
Foi interessante acompanhar o seu desenvolvimento e os sacrifícios que teve
de fazer ao longo do seu caminho pelo Capitólio e fora dele para chegar onde
queria, levando a escolhas que o iriam atormentar. E mais tarde, fazendo com
que se transformasse para sempre em alguém irreconhecível e completamente sem
escrúpulos. A pessoa acaba por ficar com uma melhor noção das razões pelas
quais, ele se tornou assim.
Divulgação: Lionsgate e Pris Audiovisuais
Além disso, temos a jovem Lucy Gray que conseguiu conquistar o
público de Panem e até de surpreender tudo e todos não só com a sua
bonita voz, mas com a sua capacidade de sobrevivência quando precisa de usar os
seus instintos. Desde o primeiro instante que ela captou a atenção de Coriolanus
Snow, chegando a um ponto que vemos uma versão dele mais vulnerável que é
capaz de tudo para proteger Lucy Gray. Porém, isso pode não ser bom para
a missão pessoal de Coriolanus e até mais tarde, vir a prejudicá-lo.
A dinâmica desta dupla é bem conseguida e cria uma empatia imediata no
espetador, sendo que ficamos com curiosidade em saber como se irá desenrolar a
aventura perigosa desta dupla.
The Hunger Games: A Balada dos Pássaros e das
Serpentes é uma boa combinação
de ação, aventura e drama que traz como resultado, um espetáculo criativo, alucinante e cativante que é uma boa fonte de entretenimento pelo modo como tudo
é apresentado. Seja pelos ângulos de filmagem escolhidos, pela história intrigante
repleta de violência, destruição, mortes, armadilhas, manipulações, reviravoltas e enganos
ou até pela banda sonora que possui músicas que são introduzidas na altura
certa e acabam por ficar no ouvido.
Este é um mundo incrível cheio de surpresas que não podem mesmo perder! E que eu acredito que não ficará por aqui, pois ainda há muita história para ser contada. Por isso, termino com: May the odds be ever in your favor!
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