Chegou o momento da estreia de The Marvels (As Marvels, como título em português) que é uma produção da Marvel Studios, desta vez realizada por Nia DaCosta e com Kevin Feige como produtor. Já está disponível na plataforma de streaming da Disney+.
O filme é protagonizado por Brie Larson, Teyonah Parris, Iman Vellani, Zawe
Ashton, Gary Lewis, Seo-Jun Park, Zenobiia Shroff, Mohan Kapur, Saagar Shaikh e
Samuel L. Jackson.
A narrativa desenrola-se ao redor de Carol Danvers (Brie Larson),
também conhecida como Capitão Marvel, recuperou a sua identidade da
tirania Kree e vingou-se da Inteligência Suprema. Mas, com consequências
imprevisíveis levam Carol a carregar o fardo de um universo
desestabilizado. Quando os seus deveres a enviam para uma fenda espacial anómala
ligada a um revolucionário Kree, os seus poderes interligam-se com os da
super-fã de Jersey City, Kamala Khan (Iman Velani), também
conhecida como Ms. Marvel; e com a sobrinha afastada de Carol, a Capitão
Monica Rambeau (Teyonah Parris), agora uma astronauta S.A.B.E.R. “As
Marvels”, um trio improvável, precisa unir-se e aprender a trabalhar em
conjunto para salvar o universo.
Já algum tempo que este filme suscitava algum interesse, principalmente
logo após a introdução das personagens Kamala Khan e Monica Rambeau
no universo da Marvel. Com Ms. Marvel, Kamala Khan teve uma série
própria para ser apresentada como a super-heroína que salvou Jersey City.
Enquanto Wandavision, uma das produções mais faladas da Marvel deu-nos
um pedacinho da história de Monica Rambeau. Na realidade, nem é
necessário acompanharem estas séries, pois o próprio filme dá as informações essenciais
sobre Kamala Khan e Monica Rambeau. Mas, acredito que a
perspetiva será bem diferente, caso a pessoa tenha tido a chance de acompanhar
essas produções que são muito distintas entre si.
Divulgação: Marvel Studios
Por vezes damos conta de que estamos a ver uma história juvenil mais
colorida e isso é muito devido à forma como foi construída a própria Ms.
Marvel. A Kamala Khan é daquelas personagens que traz uma energia
contagiante. E ao mesmo tempo, mostra o seu lado mais ingénuo e até nerd,
relativamente a tudo relacionado com a Carol Danvers, o seu ídolo. Já
imaginaram como seria ter a oportunidade de conhecer uma das nossas referências
e quando chegasse esse momento, as expetativas terem sido superadas? Foi isso o
que aconteceu com Kamala Khan, uma autêntica fan girl que lutou
ao lado da sua heroína e ainda, tem muito para aprender. Contudo, traz um ponto
de vista completamente novo que pode vir a inspirar muitos futuramente.
No caso de Monica Rambeau, depois de ter recebido os seus poderes
através de um feitiço criado por Wanda (Elizabeth Olsen), ela já
consegue ter controlo sobre eles e aproveita para colocá-los em prática no seu
trabalho no espaço, através do projeto S.A.B.E.R, liderado por Nick
Fury (Samuel L. Jackson). Porém, ela continua a lidar com os seus traumas
causados pelo “abandono” de Carol Danvers. Monica será testada de
diversas formas, entre elas, a partir do momento em que surge o reencontro há
muito aguardado.
Acompanhada pelo gato invulgar Goose, Carol Danvers está a aprender a estar sozinha e continua a lidar com as consequências dos seus atos, enquanto tenta recuperar
as suas memórias que tinham sido apagadas pelos Kree e perceber o que significa ser uma líder. De repente, ela é atirada para uma situação com uma nova equipa.
Divulgação: Marvel Studios
A decisão de incluírem Monica Rambeau e Kamala Khan como
parceiras desta Vingadora para esta nova aventura foi sem dúvida, uma ideia bem
inteligente. Estas três mulheres possuem uma dinâmica natural entre si, prendendo
mais a atenção de quem está a ver, tornando-se assim, especial e interessante vê-las a
trabalhar em equipa. E ainda, utilizando os seus poderes de uma certa forma com semelhanças, que num todo encaixam na perfeição.
Um dos pontos altos desta história é sem dúvida, as cenas de luta que estão
muito bem construídas e coreografadas, mostrando uma arte que podia ser difícil
de representar, principalmente quando esta tripla está constantemente a trocar
de lugar, devido aos poderes estarem interligados entre si. Os efeitos visuais
é outro ponto muito positivo que em certas situações, a pessoa ficava fascinada
com aquilo que estava a ver.
Porém, o argumento tem os seus altos e baixos e não conseguiu ser sempre
consistente, sendo que se fica com a sensação de que faltou algo e que poderiam
ter explorado outros elementos. Mesmo assim, tem o seu charme, dá para ver que foi feito com amor e existem alturas
em que brilha com elegância.
Divulgação: Marvel Studios
Infelizmente, esperava mais do papel da antagonista. Eu já conhecia o
trabalho de Zawe Ashton e admito que estava curiosa para vê-la interpretar uma
vilã. Mas, não foi de acordo com aquilo que esperava. Acabou por ser uma
personagem facilmente esquecível, em que faltou muita coisa para ser contada da
sua história de origem e que poderia ter sido mais bem aproveitada.
The Marvels cria um ambiente descontraído e engraçado com
algumas parvoíces pelo meio que consegue entreter à sua maneira. É um filme leve, divertido, refrescante e cheio de ação com humor criativo e possuindo ideias mais inovadoras que foram
interessantes de se ver, sendo que trouxe um resultado satisfatório. Além disso, tem
cameos e uma cena pós-créditos, apresentando uma realidade paralela com
personagens populares, que eu acredito que vai entusiasmar muitos admiradores
para o futuro da Marvel.
No entanto, é mais uma produção que vai dividir opiniões. Mas que mesmo assim, cria vontade de continuar a ter esperança de que o universo cinematográfico da Marvel vai voltar aos seus dias de glória.
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