sexta-feira, 23 de maio de 2025

"Lilo e Stitch" : o live-action que é um entretenimento maravilhoso com ótima qualidade, cheio de energia e divertido

 

Chegou o momento de termos a adaptação em imagem real do clássico de animação de 2002, da Disney, Lilo e Stitch. Este filme do Walt Disney Animation Studios realizado por Dean Fleischer Campera foi considerado como um dos mais esperados do ano de 2025.

O elenco é constituído por Maia Kealoha, Sydney Lizebeth Agudong, Billy Magnussen, Tia Carrere, Hannah Waddingham, Chris Sanders, Courtney B. Vance e Zach Galifianakis.

Esta é a história engraçada e emocionante de uma rapariga havaiana solitária e do alienígena fugitivo que a ajuda a recuperar a sua família desfeita.

Então, está na hora de acompanharmos esta nova versão com algumas alterações do seu original da dupla caótica, Lilo e Stitch!

Divulgação: Disney

Lilo é uma miúda extrovertida e solitária, porque infelizmente não é bem aceite pelas outras crianças e também está a passar por uma fase mais difícil. Um dia, ela conhece Stitch, um alienígena que parece um cão, mas que na realidade foi criado com o único objetivo de causar destruição. No entanto, a ligação entre eles começa a tornar-se cada vez mais próxima e especial, chegando a um ponto que Stitch vai descobrindo o verdadeiro significado da amizade e da família e o seu respetivo valor.

Stitch é o primeiro da sua espécie que foi criado no planeta Turo que é liderado pela Federação Galáctica. Foi inicialmente designado como a experiência 626, sendo que ele possui uma programação destrutiva que é praticamente impossível de ignorar.

Como referido anteriormente, o instinto deste extraterrestre procurado é destruir tudo aquilo em que toca. Mas será que há algum de bom dentro dele? Isso é o que vamos saber, depois dele conhecer Lilo.

Lilo é uma menina que deseja um amigo que não fuja e quando ela se cruza com Stitch, tudo irá mudar na vida destes dois, provocando assim, o caos. O que ela não imaginava é que o seu novo companhia tinha um nível de maldade elevado e era completamente imparável. E há quem o achasse como um monstro ou uma abominação. Será que Stitch vai aprender com a Lilo aquilo que é realmente mais importante?

Divulgação: Disney

Lilo e Stitch é um filme divertido e emocionante que nos faz rir, viajar com as suas personagens e simplesmente, deixa-nos muito bem-dispostos e fascinados com tudo o que nos vai sendo mostrado. Este live-action tem todos os elementos fulcrais para ser um sucesso e cativar com a sua essência mágica quem está a ver, principalmente graças a este alienígena fugitivo fofo que tem sido um dos nossos favoritos desde o original de 2002.

Todas as alterações feitas ao seu original foram ideias inteligentes e não afetaram em nada a sua exibição. Pessoalmente, nesta adaptação em imagem real achei mais interessante e também gostei mais do modo como desenvolveram a sua história e as dinâmicas entre as personagens.  

Tanto Lilo como Stitch conseguem criar uma empatia imediata com o espetador e existem alturas, em que acabamos por nos identificar de uma forma muito genuína com esta dupla bem engraçada. Depois, temos situações que são mesmo muito caricatas de se ver, principalmente quando Stitch é o protagonista. Ele demonstra como o caos pode ser hilariante. E é algo que já estaríamos à espera e apesar de ele ter sido feito com o intuito de destruir, tudo acaba por ser executado com criatividade e humor.

Divulgação: Disney

Lilo e Stitch é um entretenimento maravilhoso com ótima qualidade e cheio de energia que vai de certeza, animar quem for assistir, sendo que é entusiasmante, leve e transmite uma mensagem muito bonita ao redor da palavra Ohana e do seu próprio significado. E tem uma maneira muito especial de nos ensinar lições úteis, fazer sonhar e acreditar no amor da família, na aceitação, na amizade, no companheirismo e em tudo o que a humanidade tem de bom, independentemente das circunstâncias.

Este fica na lista dos melhores live-actions produzidos pela Disney que mesmo com as suas mudanças conseguiu com a sua identidade e simplicidade marcar o mundo dos filmes deste género. E que esperemos que haja uma continuação, porque tem ainda muito potencial para ser partilhado com o público. Além disso, estamos mesmo a precisar de ter mais histórias deste tipo que nos faça abstrair por um tempo do mundo em que vivemos.


quarta-feira, 21 de maio de 2025

Filme "Missão: Impossível - O Ajuste de Contas Final" transmite uma magia radical e é repleta de adrenalina

 

Chegou o momento muito aguardado pelos fãs de um dos maiores blockbusters de sempre!

Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final é o oitavo filme de uma das sagas mais populares da indústria do entretenimento. E assim, ocorre o seu capítulo final que promete ser uma despedida em grande e sem dúvida, inesquecível.

Christopher McQuarrie produz e é o responsável pela realização. Já Tom Cruise regressa ao papel principal, juntamente com o papel de produtor. No elenco também temos nomes, tais como, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Pom Klementieff, Esai Morales, Angela Bassett, Hannah Waddingham, entre outros.   

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Pautado por um ritmo frenético, sequências de ação envolventes e um enredo surpreendente, este filme dá continuidade à trama do capítulo anterior – ‘Missão Impossível – Ajuste de Contas – Parte I’ – na qual Ethan (Tom Cruise) e a sua equipa embarcam na missão mais perigosa de sempre contra um inimigo misterioso do passado do protagonista, que regressa para o atormentar.

Ethan Hunt enfrenta desafios ainda mais perigosos enquanto tenta lidar com uma missão que põe à prova não só as suas habilidades, mas também as suas alianças e o seu destino.

Aqui todos têm um papel a desempenhar. Desde as acrobacias vertiginosas de Ethan Hunt até à inteligência estratégica dos seus parceiros. Por isso, cada elemento é vital na luta contra uma ameaça que transcende os limites da tecnologia e da lealdade.

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Neste derradeiro capítulo, é-nos demonstrado que as nossas vidas são a soma das nossas escolhas. E ninguém sabe disso melhor do que Ethan Hunt que apesar de já ter salvo a humanidade diversas vezes, também a colocou em perigo iminente.  

Ethan e a sua equipa têm pela frente uma missão bastante desafiante quando têm de enfrentar e destruir a Entidade, uma inteligência artificial fora do controlo que tem a capacidade de ameaçar o futuro da humanidade. Será que vão conseguir encontrar e destruir a Entidade? Uma coisa é certa! A humanidade está em risco com possíveis consequências catastróficas para o futuro e todos os segundos contam.  

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final transmite uma magia radical, surpreendente e é repleta de adrenalina que possui cenas de ação de cortar completamente o fôlego e onde assistimos a uma das maiores acrobacias do Cinema.

O espetador mergulha profundamente por uma nova aventura entusiasmante com sequências de ação extraordinárias que eleva ainda mais a fasquia e qualidade, em relação às acrobacias que neste caso são tão reais, soberbas e incríveis. E que deixam qualquer um perplexo e com uma vontade imediata de ver muito mais.

A cinematografia em si está fantástica, sendo que todos os ângulos de filmagem adotados e acompanhados pela sua banda sonora tão característica foram escolhas inteligentes e que prendem ainda mais, a atenção do público. Um desses exemplos, foram as cenas de Tom Cruise no avião que são maravilhosas e ficam logo na memória.  

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Esta é mais uma produção alucinante que é uma autêntica loucura, mas arrisca com respeito pelo público. Isso porque quer proporcionar a melhor experiência cinematográfica possível e apresentar inovação nos filmes de espionagem e ação. Na realidade, tudo é feito ao pormenor a pensar diretamente no público. E muito disso, é devido ao compromisso total do lendário Tom Cruise que mais uma vez testa a sua resistência e coloca em prática as suas habilidades, sendo que está disposto a fazer qualquer coisa e ainda, entrega tudo dele, tornando-o assim, num dos artistas mais dedicados e talentosos do cinema de ação.

No entanto, com todas as suas referências aos filmes anteriores, ficamos com a sensação de um clima de despedida e isso era esperado. Mas, o enredo final peca, porque dá a entender algo diferente e assim, pode tornar-se um pouco incoerente e até perder o sentido deste filme ser considerado como o capítulo final de Ethan Hunt. Será que é realmente a conclusão? Na verdade, eu esperava muito mais do seu desfecho.

Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais

Mesmo assim, num geral não desaponta, porque a missão principal foi cumprida que foi trazer ao público, um espetáculo magnífico e uma excelente experiência cinematográfica. Temos aqui um thriller de espionagem com momentos de suspense e de grande intensidade que envolve quem está a ver. E ainda com boas reviravoltas combinadas com explosões e cenas de ação e acrobacias estupendas que conduzem a muita adrenalina e são de arrepiar, principalmente para quem é apaixonado por este tipo de cenas.

Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final também deixará a sua marca e pode vir a testar produções futuras do género de ação, seja a seguir ou até mesmo a ultrapassar os patamares definidos por este filme. E para Tom Cruise, tudo é possível. Enquanto esperamos por isso, não percam por agora, a última viagem arriscada e tensa de Ethan Hunt e companhia!

Concluindo, esta superprodução superou as expetativas e é mais uma fonte de entretenimento de excelência que vale a pena ver em IMAX.   


segunda-feira, 19 de maio de 2025

Série "Andor" é um presente valioso e sensacional que surpreende quem acompanha ou não o universo de Star Wars

Ainda se lembram do Rogue One: A Star Wars Story? Este foi o primeiro filme independente de Star Wars da LucasFilm que estreou em 2016 e o elenco era composto por Felicity Jones, Diego Luna, Ben Mendelsohn, Donnie Yen, Mads Mikkelsen e Alan Tudyk.

Para quem não se recorda, a trama desenrolava-se numa época de conflito, onde um grupo de heróis improváveis junta-se numa missão para roubar os planos da Estrela da Morte, e a derradeira arma de destruição do Império. Este evento chave na cronologia de Star Wars que prepara o terreno para os acontecimentos do filme original de 1977, reúne pessoas comuns que escolheram fazer coisas extraordinárias e, ao fazê-lo, tornaram-se parte de algo maior do que elas.

Na altura, esta foi uma produção que foi bastante elogiada, tanto pela crítica como pelo público. E tornou-se num fenómeno tão grande que acabou por ser anunciada uma prequela deste filme designada por Andor.

Divulgação: Disney+ e LucasFilm

Andor é uma série original criada em 2022 por Tony Gilroy que teve um total de 24 episódios e que foram divididos em duas temporadas, terminando em maio de 2025. Também foi nomeada para os Emmys. O protagonista foi Diego Luna que volta a dar vida a Cassian Andor. E no elenco também fizeram parte nomes, tais como, Genevieve O’Reilly, Adria Arjona, Stellan Skarsgård, Denise Gough, Elizabeth Dulau, Kyle Soller, Anton Lesser, Faye Marsay, Muhannad Ben Amor, Forest Whitaker e Fiona Shaw.   

Neste caso, numa era repleta de perigos, enganos e intriga, Cassian Andor vai descobrir a diferença que pode fazer na luta contra o tirânico Império Galáctico. E embarca numa jornada destinada a torná-lo um herói da Rebelião.  

Depois da pessoa assistir ao filme Rogue One: A Star Wars Story surge um interesse imediato em saber mais sobre a identidade de Cassian Andor. E com esta série foi proporcionada a oportunidade perfeita para conhecer melhor a jornada deste rebelde até chegar ao momento em que nos é apresentado no filme. E uma coisa é garantida! Depois de vermos a série, acabamos por ver os eventos de Rogue One com outros olhos.   

Divulgação: Disney+ e LucasFilm

Agora falando particularmente de Andor que recua cinco anos em relação aos acontecimentos de Rogue One para contar a história do herói do filme, Cassian Andor. Afinal como é que Andor se tornou o espião rebelde que conhecemos de Rogue One? Esta série explora uma nova perspetiva da galáxia Star Wars, focando-se na jornada de Cassian Andor para descobrir a diferença que ele próprio pode fazer. A série traz à tona a história da crescente rebelião contra o Império e como pessoas e os planetas se envolveram.

Já a segunda temporada decorre à medida que o horizonte da guerra se aproxima e Cassian se torna numa peça chave na Aliança Rebelde. Todos serão postos à prova e, à medida que os riscos aumentam, as traições, os sacrifícios e os conflitos de interesse serão cada vez maiores.

Andor é um presente valioso e sensacional que encaixa perfeitamente e consegue surpreender bastante quem acompanha ou não o universo de Star Wars. Enquanto dá esperança que ainda é possível oferecer ao público, narrativas de excelente qualidade, conquistando também novos admiradores.

Divulgação: Disney+ e LucasFilm

Quando conhecemos Cassian Andor pela primeira vez, conseguimos perceber logo o seu rancor perante o Império que estão a causar muito sofrimento pela galáxia fora. Desde cedo que ele sente que tem estado a lutar contra o Império, mas naquele momento, o que realmente queria era fazer parte de alguma coisa que causasse estrago. E é aí que entra o misterioso Luthen Rael (Stellan Skarsgård), um aliado da Rebelião que é uma peça chave nesta narrativa toda e arrisca tudo por ele, pois acredita que Cassian tem o que é preciso e propõe-lhe lutar a sério contra o Império. Será que Cassian prefere dar tudo de si por algo que possa fazer uma diferença significativa? E será que ele próprio vai ser uma ameaça real para o Império? Tudo isso, é algo que é aliciante de se vir a descobrir.

Além disso, podemos ver que o Império está tão distraído com os seus planos de destruição e de ganhar mais poder que até nem imaginam que alguém podia alguma vez entrar no território deles e criar inquietação em diferentes setores imperiais. Esse é um dos exemplos da Rebelião precisar de pessoas como Cassian do seu lado para atingir o Império onde realmente dói.  

Divulgação: Disney+ e LucasFilm

Cassian Andor é uma força imparável que é eficaz em tudo o que faz e cheio de talento. No entanto, de acordo com as missões que vai executado, ele vai percorrendo o caminho que está destinado ao mesmo tempo que vai desenvolvendo habilidades que serão úteis para mais tarde, tornar-se no líder e herói que precisa de ser.

Ao longo destes episódios, acompanhamos a transformação impressionante de Cassian Andor, inicialmente um cético revoltado para um herói rebelde que terá um papel vital para a luta da Aliança Rebelde contra o Império.

Divulgação: Disney+ e LucasFilm

No entanto, Andor não é inteiramente focado no seu protagonista, mas sim também temos um destaque importante relacionado com o crescimento da Rebelião. Estamos a falar das pessoas que estão a resistir à tirania do Império e eles escolheram um lado e estão a lutar contra as trevas. Isto é sim, o que torna a série brilhante. São-nos apresentadas um grupo de pessoas que todos os dias correm riscos e até podem meter-se em sarilhos, mas que na mente delas, a luta estará sempre em primeiro lugar, não importa os sacrifícios que tenham de vir a fazer.

A Rebelião vai surgindo em todo o lado e basta um pequeno ato de insurreição para fazer toda a diferença para avançarem. E atrás da Rebelião são pessoas reais com a ideia de liberdade que lutam contra o regime autoritário do Império por um bem maior, sendo que fazem o que for preciso para os parar e estão dispostas a sacrificar tudo para que a Resistência vença. Por isso, este foco é o que mais cativa e prende a atenção de quem está a ver, chegando a um ponto que até sentimos um género de marcha desta rebelião e o próprio peso genuíno da mesma.

Assim, é fundamental que os rebeldes se mantenham com essa força para lutar e unidos para vencer, apesar de se entender que a revolução não é para qualquer um. 

 

Divulgação: Disney+ e LucasFilm

A essência de Andor mostra o que é realmente a revolução, uma guerra prestes a rebentar e o crescimento da rede rebelde, sendo que é uma carta de boas-vindas à Rebelião envolvida numa banda sonora intimidante, em que ficamos cheios de adrenalina e com a sensação de que fazemos parte da narrativa. E que implica uma viagem arriscada, imprevisível e perigosa repleta de surpresas, perseguições, caos, manipulações, assaltos pertinentes, tiroteios, lutas, explosões, violência, tensão, conspirações, armadilhas, intrigas, massacres, ação, traições e missões vitais para que o Império não possa vencer.

Esta produção bem intensa, envolvente e por vezes complexa é uma ótima surpresa e até inédita para o género de espionagem que acrescenta um guarda-roupa, fotografia e efeitos visuais fabulosos, cenários de tirar o fôlego, um elenco que entrega performances sublimes, personagens bem desenvolvidas e com uma história inteligente e sólida rodeada de bons diálogos e dinâmicas que têm atenção aos detalhes. Também aborda a vulnerabilidade, a vingança, os conflitos, a dor, os traumas e perdas do ser humano e transmite discursos inspiradores e mensagens que fazem refletir profundamente.

Em Andor, observamos a fachada, transmissão de medo e a opressão enrolada em mentiras contadas pelo Império que leva a que esta galáxia esteja a ser injustiçada e a sofrer na pele, sendo que a pessoa cria uma ligação com as suas personagens e torce para que a Resistência seja bem-sucedida.

Divulgação: Disney+ e LucasFilm

É importante referir que uma história de Star Wars não precisa de ser especificamente sobre Jedis, Siths ou sabres de luz. É muito mais do que isso. E Andor é exemplo disso, porque tem uma capacidade autêntica de nos conectar e emocionar de um modo muito próprio, através da partilha da opressão de um sistema que esmaga tão lentamente que as pessoas nem têm a noção e também da resiliência de um grupo específico de pessoas com paixão espalhadas pela galáxia que enfrentam o Império, querem uma mudança e serem livres, mas que sabem o que significa o sentido de compromisso e responsabilidade. Além disso, também nos apresenta Cassian Andor como um protagonista que passou por uma jornada difícil que foi essencial para nos identificarmos ainda mais com ele e compreendermos melhor o seu papel heroico em Rogue One e graças ao final da série, acabamos por ter uma perspetiva completamente diferente deste líder que nunca esqueceremos tão cedo e que deixou a sua marca no universo de Star Wars.

Andor merece todo o reconhecimento, sendo que possui o seu lado político e às vezes mais provocador e é composto por momentos mais dramáticos e por uma fusão de espionagem com aventura, ação e ficção científica que é cativante e estrondosa, deixando assim, o espetador orgulhoso e grato com tudo aquilo que lhe foi proporcionado e pela experiência extremamente satisfatória.

Assim, na minha opinião defino Andor como sendo brilhante, mais madura e uma das melhores produções live-action de Star Wars que foi muito bem construída, contém uma cinematografia maravilhosa, referências relevantes e trouxe figuras fulcrais que ficaram pelo caminho e se sacrificaram pela Rebelião e por um bem maior, mas que não serão esquecidas. Também transmitiu declarações, lições úteis e ainda frases tão marcantes, como por exemplo, “as rebeliões baseiam-se na esperança” e “eu tenho amigos em todo o lado”. Por isso, apesar de existirem alguns episódios com um ritmo mais lento, devem na mesma dar-lhe uma oportunidade, porque vale mesmo a pena assistirem a algo tão único e inovador para o universo criado por George Lucas! E que a Força Esteja Convosco!


sexta-feira, 16 de maio de 2025

Filme "Hurry Up Tomorrow" acompanha a edição do novo álbum do artista canadiano The Weeknd

Fãs de The Weeknd, chegou Hurry Up Tomorrow com a realização de Trey Edward Shults. Este é o filme que acompanha a edição do novo álbum do artista canadiano The Weeknd, ou seja, é uma extensão do próximo álbum de estúdio, que leva o mesmo nome e completa a trilogia iniciada com After Hours (2020) e seguida por Dawn FM (2022).

Esta produção é uma espécie de thriller psicológico que explora temas existenciais e autocríticos e segundo o cantor, o objetivo é oferecer uma experiência cinematográfica imersiva que une música e cinema, criando assim, uma odisseia jamais vista.

Abel Tesfaye, conhecido como The Weeknd é o protagonista que divide a tela com a Jenna Ortega e o Barry Keoghan.

A história desenrola-se ao redor de um músico famoso que é atormentado por uma crise emocional. Durante uma noite de insónia, ele é levado para uma odisseia sem precedentes com uma fã misteriosa e obcecada (Jenna Ortega). A relação entre os dois deixa o cantor à beira de um colapso e isso o faz questionar o cerne da sua existência.

Este é um artista complicado que está na margem de um colapso mental, sendo que depois de conhecer uma mulher que é considerada como uma fã obsessiva obriga-o a embarcar numa jornada muito peculiar que desafia tudo aquilo que ele conhece de si próprio. É algo que lhe vai abrir consideravelmente os olhos e em que a sua vida nunca mais será a mesma. Será que ele vai sobreviver mentalmente ao seu tormento?

Divulgação: Pris Audiovisuais

Hurry Up Tomorrow é uma viagem tóxica e confusa que é envolvida num ambiente intenso composto por uma loucura ao mais alto nível, sendo que pode dar cabo da cabeça de qualquer um e esgotar quem está a ver. E onde entramos pela mente de alguém que tem de obrigatoriamente enfrentar os seus demónios para chegar a um determinado ponto, enquanto existem vários comportamentos perigosos.

Esta é daquelas situações em que chegamos ao fim desta experiência cinematográfica e ficamos a processar aquilo que se acaba de ver, fazendo com que se tenha diferentes interpretações em relação ao resultado em si. É garantido que vai dividir opiniões, principalmente se a pessoa é fã ou não dos The Weeknd.

Este é um thriller psicológico com uma combinação de suspense com drama que até é interessante ver inicialmente a criatividade usada para transmitir o impacto que as pessoas podem ter em alguém com a saúde mental frágil e como as vivências desse mesmo individuo podem afetá-lo e até destruí-lo por completo. E também, se essas pessoas estiverem ao redor dele, torna-se ainda mais assustador. No entanto, a forma como tudo é apresentado não é a melhor, chegando a um ponto que é cansativo, em que outras vezes perde o sentido e consequentemente, o próprio interesse. Sim, é verdade que estamos a presenciar uma mente instável, mas acredito que haveria estratégias mais atrativas para representar a mesma.  

Divulgação: Pris Audiovisuais

Não posso deixar de destacar positivamente a interpretação musical de Abel Tesfaye e o bom desempenho de Jenna Ortega. E ainda, vemos um lado diferente e mais vulnerável de Abel que pode criar uma maior ligação com o músico e também temos a pressão constante que pode haver quando se é um artista muito popular, mesmo que a representação do tema em si não tenha sido das melhores.

Concluindo, Hurry Up Tomorrow é um caos complexo e estranho que desiludiu bastante com a sua falta de equilíbrio, tendo sido demasiado comprido e cheio de falhas. Sei que isto era um tipo de presente para os admiradores de The Weeknd, mas na minha opinião, eles mereciam muito mais. E provavelmente, este filme não será para todos os gostos. 


terça-feira, 13 de maio de 2025

The Night Manager é uma produção genial protagonizada por Tom Hiddleston

 

Pode ter demorado, mas chegou! Desta vez, vamos falar de uma das minhas produções favoritas que por mais anos que passem, continuará a estar na minha lista!

Inicialmente, transmitida pela AMC, Night Manager (O Gerente da Noite, como título em português) foi uma minissérie de seis episódios, baseada no romance de 1993 de John le Carré e é adaptado por David Farr para os dias atuais. Contudo, após a sua estreia, em 2016, foram precisos sete anos para a BBC One e a Prime Video resolverem renovar para uma segunda e terceira temporadas. Foi sem dúvida, um momento de celebração para os fãs desta produção britânica que venceu 3 Globos de Ouro, 2 Emmys e outros prémios.

Atualmente pode ser visto no canal AMC e na plataforma de streaming Prime Video.

O elenco é constituído por Tom Hiddleston, Hugh Laurie, Olivia Colman, Elizabeth Debicki, Alistair Petrie, Michael Nardone, Tom Hollander, David Harewood, Tobias Menzies, entre outros. 

Night Manager mostra as peripécias de Jonathan Pine (Tom Hiddleston), que depois de entrar para o serviço de inteligência britânico, tem de se infiltrar no círculo de confiança do perigoso traficante de armas Richard Onslow Roper (Hugh Laurie).

Jonathan Pine é o gerente noturno de um hotel no Cairo que é recrutado para se infiltrar no círculo interno deste traficante de armas.

Tudo isto inicia-se no auge dos protestos da Primavera árabe, onde Jonathan recebe um pedido de ajuda de uma hóspede elegante e com bons contactos. Como amante de um poderoso, mas perigoso proprietário deste hotel, ela tem provas de um acordo de armas que pode ajudar a arrasar o levante popular. Comprometido a fazer o que acha certo, Pine contacta o seu amigo na embaixada britânica. As suas ações levam-no involuntariamente para o terrível mundo do cruel traficante de armas, Richard Roper.

Quando a informação desta hóspede chega a Angela Burr (Olivia Colman), uma agente anti-corrupção do Governo com a intenção de derrubar o império de Roper, desencadeiam-se uma cadeia de eventos que terminam em tragédia.

Três anos depois, quando os seus caminhos se cruzam novamente na Suiça, Pine tem a sua hipótese de vingança. Pine e Angela Burr elaboram juntos um plano para derrubar Roper.

Anteriormente, Jonathan Pine foi um soldado britânico e acredita-se que é a pessoa certa para derrubar a aliança que o empresário Richard Onslow Roper tem com o comércio de armas. Será que o Pine vai conseguir enganar este especialista de armas e cumprir com a sua missão?

The Night Manager é uma produção genial que tem tudo o que é preciso para prender a atenção, desde o primeiro instante. E muito disso, deve-se à interpretação brilhante de Tom Hiddleston que dá vida a este Pine bem ousado que passa a viver uma vida dupla e que não se assusta facilmente. Ele tem um trabalho difícil pela frente, mas fará o que for preciso para ser bem-sucedido.

Apesar de ser uma história mais complexa de espionagem e com uma boa dose de mistério pelo meio, esta acaba por ser muito bem elaborada e é apresentada de um modo sólido e exatamente ao ritmo certo. A própria cinematografia é executada com um nível elevado de qualidade, juntamente com a escolha eficiente perante as diferentes cidades que vão sendo mostradas e que dão mais naturalidade e relevo ao argumento. E o seu elenco faz um excelente trabalho.

Este é daquele tipo de narrativas empolgantes que marca completamente a indústria do entretenimento que atrai automaticamente o espetador, mesmo que inicialmente pode não apreciar o género de assuntos abordados. Contudo, a partir do momento em que se começa a ver, a pessoa fica com um interesse imediato em querer saber como tudo se irá desenrolar.

Neste caso, também temos uma melhor noção de como funciona o mercado negro especializado em armas e como a negociação vai sendo executada, enquanto a inteligência britânica está a usar todos os seus recursos para impedir a mesma.

The Night Manager é um thriller fenomenal e muito inteligente que consegue criar um impacto próprio com todo o seu drama, intrigas, revelações, suspense, crime e ação. E também não tem falta de amor, vingança, manipulação, perseguições e estratégias bem planeadas. Tudo encaixa mesmo na perfeição.  

Até podia ser improvável, mas é cativante acompanhar a transformação de um mero gerente da noite de um hotel do Cairo para um agente valioso da inteligência britânica que surpreende de um modo excecional.

Agora, preparem-se para mais aventuras singulares de Jonathan Pine que se desloca mais uma vez por diferentes países para cumprir com as suas próximas missões, sendo que ainda tem muito para mostrar!