Chegou
o momento de termos a adaptação em imagem real do clássico de animação de 2002,
da Disney, Lilo e Stitch. Este filme do Walt Disney Animation
Studios realizado por Dean Fleischer Campera foi considerado como um dos mais
esperados do ano de 2025.
O
elenco é constituído por Maia Kealoha, Sydney Lizebeth Agudong, Billy
Magnussen, Tia Carrere, Hannah Waddingham, Chris Sanders, Courtney B. Vance e
Zach Galifianakis.
Esta
é a história engraçada e emocionante de uma rapariga havaiana solitária e do
alienígena fugitivo que a ajuda a recuperar a sua família desfeita.
Então,
está na hora de acompanharmos esta nova versão com algumas alterações do seu
original da dupla caótica, Lilo e Stitch!
Divulgação: Disney
Lilo é uma miúda extrovertida e solitária,
porque infelizmente não é bem aceite pelas outras crianças e também está a
passar por uma fase mais difícil. Um dia, ela conhece Stitch, um
alienígena que parece um cão, mas que na realidade foi criado com o único
objetivo de causar destruição. No entanto, a ligação entre eles começa a
tornar-se cada vez mais próxima e especial, chegando a um ponto que Stitch
vai descobrindo o verdadeiro significado da amizade e da família e o seu respetivo
valor.
Stitch é o primeiro da sua espécie que foi
criado no planeta Turo que é liderado pela Federação Galáctica. Foi inicialmente
designado como a experiência 626, sendo que ele possui uma programação
destrutiva que é praticamente impossível de ignorar.
Como
referido anteriormente, o instinto deste extraterrestre procurado é destruir
tudo aquilo em que toca. Mas será que há algum de bom dentro dele? Isso é o que
vamos saber, depois dele conhecer Lilo.
Lilo é uma menina que deseja um amigo que
não fuja e quando ela se cruza com Stitch, tudo irá mudar na vida destes
dois, provocando assim, o caos. O que ela não imaginava é que o seu novo
companhia tinha um nível de maldade elevado e era completamente imparável. E há
quem o achasse como um monstro ou uma abominação. Será que Stitch vai aprender
com a Lilo aquilo que é realmente mais importante?
Divulgação: Disney
Lilo e Stitch é um
filme divertido e emocionante que nos faz rir, viajar com as suas personagens e
simplesmente, deixa-nos muito bem-dispostos e fascinados com tudo o que nos vai
sendo mostrado. Este live-action tem todos os elementos fulcrais para ser
um sucesso e cativar com a sua essência mágica quem está a ver, principalmente
graças a este alienígena fugitivo fofo que tem sido um dos nossos favoritos desde o
original de 2002.
Todas
as alterações feitas ao seu original foram ideias inteligentes e não afetaram
em nada a sua exibição. Pessoalmente, nesta adaptação em imagem real achei mais
interessante e também gostei mais do modo como desenvolveram a sua história e as
dinâmicas entre as personagens.
Tanto
Lilo como Stitch conseguem criar uma empatia imediata com o
espetador e existem alturas, em que acabamos por nos identificar de uma forma
muito genuína com esta dupla bem engraçada. Depois, temos situações que são
mesmo muito caricatas de se ver, principalmente quando Stitch é o
protagonista. Ele demonstra como o caos pode ser hilariante. E é algo que já
estaríamos à espera e apesar de ele ter sido feito com o intuito de destruir, tudo
acaba por ser executado com criatividade e humor.
Divulgação: Disney
Lilo e Stitch é um
entretenimento maravilhoso com ótima qualidade e cheio de energia que vai de
certeza, animar quem for assistir, sendo que é entusiasmante, leve e transmite
uma mensagem muito bonita ao redor da palavra Ohana e do seu próprio significado.
E tem uma maneira muito especial de nos ensinar lições úteis, fazer sonhar e
acreditar no amor da família, na aceitação, na amizade, no companheirismo e em tudo o que a
humanidade tem de bom, independentemente das circunstâncias.
Este fica na lista dos melhores live-actions produzidos pela Disney que mesmo com as suas mudanças conseguiu com
a sua identidade e simplicidade marcar o mundo dos filmes deste género. E que
esperemos que haja uma continuação, porque tem ainda muito potencial para ser
partilhado com o público. Além disso, estamos mesmo a precisar de ter mais histórias
deste tipo que nos faça abstrair por um tempo do mundo em que vivemos.
Chegou
o momento muito aguardado pelos fãs de um dos maiores blockbusters de sempre!
Missão:
Impossível – O Ajuste de Contas Final
é o oitavo filme de uma das sagas mais populares da indústria do
entretenimento. E assim, ocorre o seu capítulo final que promete ser uma
despedida em grande e sem dúvida, inesquecível.
Christopher
McQuarrie produz e é o responsável pela realização. Já Tom Cruise regressa ao
papel principal, juntamente com o papel de produtor. No elenco também temos
nomes, tais como, Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Pom Klementieff, Esai
Morales, Angela Bassett, Hannah Waddingham, entre outros.
Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais
Pautado
por um ritmo frenético, sequências de ação envolventes e um enredo surpreendente,
este filme dá continuidade à trama do capítulo anterior – ‘Missão Impossível – Ajuste
de Contas – Parte I’ – na qual Ethan (Tom Cruise) e a sua equipa
embarcam na missão mais perigosa de sempre contra um inimigo misterioso do
passado do protagonista, que regressa para o atormentar.
Ethan
Hunt enfrenta
desafios ainda mais perigosos enquanto tenta lidar com uma missão que põe à
prova não só as suas habilidades, mas também as suas alianças e o seu destino.
Aqui
todos têm um papel a desempenhar. Desde as acrobacias vertiginosas de Ethan
Hunt até à inteligência estratégica dos seus parceiros. Por isso, cada
elemento é vital na luta contra uma ameaça que transcende os limites da
tecnologia e da lealdade.
Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais
Neste
derradeiro capítulo, é-nos demonstrado que as nossas vidas são a soma das
nossas escolhas. E ninguém sabe disso melhor do que Ethan Hunt que
apesar de já ter salvo a humanidade diversas vezes, também a colocou em perigo
iminente.
Ethan e a sua equipa têm pela frente uma
missão bastante desafiante quando têm de enfrentar e destruir a Entidade, uma inteligência
artificial fora do controlo que tem a capacidade de ameaçar o futuro da
humanidade. Será que vão conseguir encontrar e destruir a Entidade? Uma coisa é
certa! A humanidade está em risco com possíveis consequências catastróficas
para o futuro e todos os segundos contam.
Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais
Missão:
Impossível – O Ajuste de Contas Final transmite uma magia radical, surpreendente e é repleta de adrenalina que possui
cenas de ação de cortar completamente o fôlego e onde assistimos a uma das
maiores acrobacias do Cinema.
O
espetador mergulha profundamente por uma nova aventura entusiasmante com
sequências de ação extraordinárias que eleva ainda mais a fasquia e qualidade,
em relação às acrobacias que neste caso são tão reais, soberbas e incríveis. E que
deixam qualquer um perplexo e com uma vontade imediata de ver muito mais.
A
cinematografia em si está fantástica, sendo que todos os ângulos de filmagem
adotados e acompanhados pela sua banda sonora tão característica foram escolhas
inteligentes e que prendem ainda mais, a atenção do público. Um desses
exemplos, foram as cenas de Tom Cruise no avião que são maravilhosas e ficam logo
na memória.
Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais
Esta
é mais uma produção alucinante que é uma autêntica loucura, mas arrisca com
respeito pelo público. Isso porque quer proporcionar a melhor experiência
cinematográfica possível e apresentar inovação nos filmes de espionagem e ação.
Na realidade, tudo é feito ao pormenor a pensar diretamente no público. E muito
disso, é devido ao compromisso total do lendário Tom Cruise que mais uma vez testa
a sua resistência e coloca em prática as suas habilidades, sendo que está
disposto a fazer qualquer coisa e ainda, entrega tudo dele, tornando-o assim, num
dos artistas mais dedicados e talentosos do cinema de ação.
No
entanto, com todas as suas referências aos filmes anteriores, ficamos com a
sensação de um clima de despedida e isso era esperado. Mas, o enredo final
peca, porque dá a entender algo diferente e assim, pode tornar-se um pouco
incoerente e até perder o sentido deste filme ser considerado como o capítulo final de Ethan
Hunt. Será que é realmente a conclusão? Na verdade, eu esperava muito mais
do seu desfecho.
Divulgação: Paramount Pictures Portugal e NOS Audiovisuais
Mesmo
assim, num geral não desaponta, porque a missão principal foi cumprida que foi
trazer ao público, um espetáculo magnífico e uma excelente experiência
cinematográfica. Temos aqui um thriller de espionagem com momentos de suspense
e de grande intensidade que envolve quem está a ver. E ainda com boas
reviravoltas combinadas com explosões e cenas de ação e acrobacias estupendas
que conduzem a muita adrenalina e são de arrepiar, principalmente para quem é
apaixonado por este tipo de cenas.
Missão:
Impossível – O Ajuste de Contas Final
também deixará a sua marca e pode vir a testar produções futuras do género de
ação, seja a seguir ou até mesmo a ultrapassar os patamares definidos por este
filme. E para Tom Cruise, tudo é possível. Enquanto esperamos por isso, não
percam por agora, a última viagem arriscada e tensa de Ethan Hunt e
companhia!
Concluindo,
esta superprodução superou as expetativas e é mais uma fonte de entretenimento
de excelência que vale a pena ver em IMAX.
Ainda
se lembram do Rogue One: A Star Wars Story? Este foi o primeiro filme independente
de Star Wars da LucasFilm que estreou em 2016 e o elenco era composto
por Felicity Jones, Diego Luna, Ben Mendelsohn, Donnie Yen, Mads Mikkelsen e
Alan Tudyk.
Para
quem não se recorda, a trama desenrolava-se numa época de conflito, onde um
grupo de heróis improváveis junta-se numa missão para roubar os planos da
Estrela da Morte, e a derradeira arma de destruição do Império. Este evento
chave na cronologia de Star Wars que prepara o terreno para os
acontecimentos do filme original de 1977, reúne pessoas comuns que escolheram
fazer coisas extraordinárias e, ao fazê-lo, tornaram-se parte de algo maior do
que elas.
Na
altura, esta foi uma produção que foi bastante elogiada, tanto pela crítica
como pelo público. E tornou-se num fenómeno tão grande que acabou por ser anunciada
uma prequela deste filme designada por Andor.
Divulgação: Disney+ e LucasFilm
Andor é uma série original criada em 2022 por
Tony Gilroy que teve um total de 24 episódios e que foram divididos em duas
temporadas, terminando em maio de 2025. Também foi nomeada para os Emmys. O protagonista
foi Diego Luna que volta a dar vida a Cassian Andor. E no elenco também
fizeram parte nomes, tais como, Genevieve O’Reilly, Adria Arjona, Stellan
Skarsgård, Denise Gough, Elizabeth Dulau, Kyle Soller, Anton Lesser, Faye
Marsay, Muhannad Ben Amor, Forest Whitaker e Fiona Shaw.
Neste
caso, numa era repleta de perigos, enganos e intriga, Cassian Andor vai
descobrir a diferença que pode fazer na luta contra o tirânico Império Galáctico.
E embarca numa jornada destinada a torná-lo um herói da Rebelião.
Depois
da pessoa assistir ao filme Rogue One: A Star Wars Story surge um
interesse imediato em saber mais sobre a identidade de Cassian Andor. E
com esta série foi proporcionada a oportunidade perfeita para conhecer melhor a
jornada deste rebelde até chegar ao momento em que nos é apresentado no filme. E
uma coisa é garantida! Depois de vermos a série, acabamos por ver os eventos de
Rogue One com outros olhos.
Divulgação: Disney+ e LucasFilm
Agora
falando particularmente de Andor que recua cinco anos em relação aos
acontecimentos de Rogue One para contar a história do herói do filme, Cassian
Andor. Afinal como é que Andor se tornou o espião rebelde que
conhecemos de Rogue One? Esta série explora uma nova perspetiva da galáxia
Star Wars, focando-se na jornada de Cassian Andor para descobrir
a diferença que ele próprio pode fazer. A série traz à tona a história da crescente
rebelião contra o Império e como pessoas e os planetas se envolveram.
Já
a segunda temporada decorre à medida que o horizonte da guerra se aproxima e Cassian
se torna numa peça chave na Aliança Rebelde. Todos serão postos à prova e, à
medida que os riscos aumentam, as traições, os sacrifícios e os conflitos de
interesse serão cada vez maiores.
Andor é um presente valioso e sensacional que
encaixa perfeitamente e consegue surpreender bastante quem acompanha ou não o
universo de Star Wars. Enquanto dá esperança que ainda é possível oferecer
ao público, narrativas de excelente qualidade, conquistando também novos
admiradores.
Divulgação: Disney+ e LucasFilm
Quando
conhecemos Cassian Andor pela primeira vez, conseguimos perceber logo o
seu rancor perante o Império que estão a causar muito sofrimento pela galáxia
fora. Desde cedo que ele sente que tem estado a lutar contra o Império, mas
naquele momento, o que realmente queria era fazer parte de alguma coisa que
causasse estrago. E é aí que entra o misterioso Luthen Rael (Stellan
Skarsgård), um aliado da Rebelião que é uma peça chave nesta narrativa toda e arrisca
tudo por ele, pois acredita que Cassian tem o que é preciso e propõe-lhe
lutar a sério contra o Império. Será que Cassian prefere dar tudo de si
por algo que possa fazer uma diferença significativa? E será que ele próprio
vai ser uma ameaça real para o Império? Tudo isso, é algo que é aliciante de se
vir a descobrir.
Além
disso, podemos ver que o Império está tão distraído com os seus planos de destruição
e de ganhar mais poder que até nem imaginam que alguém podia alguma vez entrar
no território deles e criar inquietação em diferentes setores imperiais. Esse é
um dos exemplos da Rebelião precisar de pessoas como Cassian do seu lado
para atingir o Império onde realmente dói.
Divulgação: Disney+ e LucasFilm
Cassian
Andor é uma força
imparável que é eficaz em tudo o que faz e cheio de talento. No entanto, de
acordo com as missões que vai executado, ele vai percorrendo o caminho que está
destinado ao mesmo tempo que vai desenvolvendo habilidades que serão úteis para
mais tarde, tornar-se no líder e herói que precisa de ser.
Ao
longo destes episódios, acompanhamos a transformação impressionante de Cassian
Andor, inicialmente um cético revoltado para um herói rebelde que terá um
papel vital para a luta da Aliança Rebelde contra o Império.
Divulgação: Disney+ e LucasFilm
No
entanto, Andor não é inteiramente focado no seu protagonista, mas sim também
temos um destaque importante relacionado com o crescimento da Rebelião. Estamos
a falar das pessoas que estão a resistir à tirania do Império e eles escolheram
um lado e estão a lutar contra as trevas. Isto é sim, o que torna a série
brilhante. São-nos apresentadas um grupo de pessoas que todos os dias correm
riscos e até podem meter-se em sarilhos, mas que na mente delas, a luta estará
sempre em primeiro lugar, não importa os sacrifícios que tenham de vir a fazer.
A
Rebelião vai surgindo em todo o lado e basta um pequeno ato de insurreição para
fazer toda a diferença para avançarem. E atrás da Rebelião são pessoas reais
com a ideia de liberdade que lutam contra o regime autoritário do Império por
um bem maior, sendo que fazem o que for preciso para os parar e estão dispostas
a sacrificar tudo para que a Resistência vença. Por isso, este foco é o que
mais cativa e prende a atenção de quem está a ver, chegando a um ponto que até
sentimos um género de marcha desta rebelião e o próprio peso genuíno da mesma.
Assim,
é fundamental que os rebeldes se mantenham com essa força para lutar e unidos
para vencer, apesar de se entender que a revolução não é para qualquer um.
Divulgação: Disney+ e LucasFilm
A
essência de Andor mostra o que é realmente a revolução, uma guerra prestes
a rebentar e o crescimento da rede rebelde, sendo que é uma carta de
boas-vindas à Rebelião envolvida numa banda sonora intimidante, em que ficamos
cheios de adrenalina e com a sensação de que fazemos parte da narrativa. E que
implica uma viagem arriscada, imprevisível e perigosa repleta de surpresas,
perseguições, caos, manipulações, assaltos pertinentes, tiroteios, lutas, explosões,
violência, tensão, conspirações, armadilhas, intrigas, massacres, ação,
traições e missões vitais para que o Império não possa vencer.
Esta
produção bem intensa, envolvente e por vezes complexa é uma ótima surpresa e
até inédita para o género de espionagem que acrescenta um guarda-roupa,
fotografia e efeitos visuais fabulosos, cenários de tirar o fôlego, um elenco
que entrega performances sublimes, personagens bem desenvolvidas e com uma
história inteligente e sólida rodeada de bons diálogos e dinâmicas que têm
atenção aos detalhes. Também aborda a vulnerabilidade, a vingança, os
conflitos, a dor, os traumas e perdas do ser humano e transmite discursos
inspiradores e mensagens que fazem refletir profundamente.
Em
Andor, observamos a fachada, transmissão de medo e a opressão enrolada
em mentiras contadas pelo Império que leva a que esta galáxia esteja a ser
injustiçada e a sofrer na pele, sendo que a pessoa cria uma ligação com as suas
personagens e torce para que a Resistência seja bem-sucedida.
Divulgação: Disney+ e LucasFilm
É
importante referir que uma história de Star Wars não precisa de ser
especificamente sobre Jedis, Siths ou sabres de luz. É muito mais
do que isso. E Andor é exemplo disso, porque tem uma capacidade
autêntica de nos conectar e emocionar de um modo muito próprio, através da
partilha da opressão de um sistema que esmaga tão lentamente que as pessoas nem
têm a noção e também da resiliência de um grupo específico de pessoas com
paixão espalhadas pela galáxia que enfrentam o Império, querem uma mudança e serem
livres, mas que sabem o que significa o sentido de compromisso e
responsabilidade. Além disso, também nos apresenta Cassian Andor como um
protagonista que passou por uma jornada difícil que foi essencial para nos
identificarmos ainda mais com ele e compreendermos melhor o seu papel heroico em
Rogue One e graças ao final da série, acabamos por ter uma perspetiva
completamente diferente deste líder que nunca esqueceremos tão cedo e que
deixou a sua marca no universo de Star Wars.
Andor merece todo o reconhecimento, sendo
que possui o seu lado político e às vezes mais provocador e é composto por momentos
mais dramáticos e por uma fusão de espionagem com aventura, ação e ficção
científica que é cativante e estrondosa, deixando assim, o espetador orgulhoso
e grato com tudo aquilo que lhe foi proporcionado e pela experiência
extremamente satisfatória.
Assim,
na minha opinião defino Andor como sendo brilhante, mais madura e uma
das melhores produções live-action de Star Wars que foi muito bem
construída, contém uma cinematografia maravilhosa, referências relevantes e trouxe
figuras fulcrais que ficaram pelo caminho e se sacrificaram pela Rebelião e por
um bem maior, mas que não serão esquecidas. Também transmitiu declarações,
lições úteis e ainda frases tão marcantes, como por exemplo, “as rebeliões
baseiam-se na esperança” e “eu tenho amigos em todo o lado”. Por isso, apesar
de existirem alguns episódios com um ritmo mais lento, devem na mesma dar-lhe
uma oportunidade, porque vale mesmo a pena assistirem a algo tão único e inovador
para o universo criado por George Lucas! E que a Força Esteja Convosco!
Fãs de The
Weeknd, chegou Hurry Up Tomorrow com a realização de Trey Edward Shults.
Este é o filme que
acompanha a edição do novo álbum do artista canadiano The Weeknd, ou seja, é
uma extensão do próximo álbum de estúdio, que leva o mesmo nome e completa a
trilogia iniciada com After Hours (2020) e seguida por Dawn FM (2022).
Esta
produção é uma espécie de thriller psicológico que explora temas existenciais e
autocríticos e segundo o cantor, o objetivo é oferecer uma experiência
cinematográfica imersiva que une música e cinema, criando assim, uma odisseia
jamais vista.
Abel
Tesfaye, conhecido como The Weeknd é o protagonista que divide a tela com a
Jenna Ortega e o Barry Keoghan.
A
história desenrola-se ao redor de um músico famoso que é atormentado por uma
crise emocional. Durante uma noite de insónia, ele é levado para uma odisseia
sem precedentes com uma fã misteriosa e obcecada (Jenna Ortega). A relação
entre os dois deixa o cantor à beira de um colapso e isso o faz questionar o
cerne da sua existência.
Este
é um artista complicado que está na margem de um colapso mental, sendo que
depois de conhecer uma mulher que é considerada como uma fã obsessiva obriga-o
a embarcar numa jornada muito peculiar que desafia tudo aquilo que ele conhece
de si próprio. É algo que lhe vai abrir consideravelmente os olhos e em que a
sua vida nunca mais será a mesma. Será que ele vai sobreviver mentalmente ao
seu tormento?
Divulgação: Pris Audiovisuais
Hurry
Up Tomorrow é uma viagem
tóxica e confusa que é envolvida num ambiente intenso composto por uma loucura
ao mais alto nível, sendo que pode dar cabo da cabeça de qualquer um e esgotar
quem está a ver. E onde entramos pela mente de alguém que tem de
obrigatoriamente enfrentar os seus demónios para chegar a um determinado ponto,
enquanto existem vários comportamentos perigosos.
Esta
é daquelas situações em que chegamos ao fim desta experiência cinematográfica e
ficamos a processar aquilo que se acaba de ver, fazendo com que se tenha
diferentes interpretações em relação ao resultado em si. É garantido que vai
dividir opiniões, principalmente se a pessoa é fã ou não dos The Weeknd.
Este
é um thriller psicológico com uma combinação de suspense com drama que até é
interessante ver inicialmente a criatividade usada para transmitir o impacto
que as pessoas podem ter em alguém com a saúde mental frágil e como as
vivências desse mesmo individuo podem afetá-lo e até destruí-lo por completo. E
também, se essas pessoas estiverem ao redor dele, torna-se ainda mais assustador.
No entanto, a forma como tudo é apresentado não é a melhor, chegando a um ponto
que é cansativo, em que outras vezes perde o sentido e consequentemente, o próprio
interesse. Sim, é verdade que estamos a presenciar uma mente instável, mas
acredito que haveria estratégias mais atrativas para representar a mesma.
Divulgação: Pris Audiovisuais
Não
posso deixar de destacar positivamente a interpretação musical de Abel Tesfaye
e o bom desempenho de Jenna Ortega. E ainda, vemos um lado diferente e mais
vulnerável de Abel que pode criar uma maior ligação com o músico e também temos
a pressão constante que pode haver quando se é um artista muito popular, mesmo
que a representação do tema em si não tenha sido das melhores.
Concluindo, Hurry Up
Tomorrow é um caos complexo e estranho que desiludiu bastante com a sua
falta de equilíbrio, tendo sido demasiado comprido e cheio de falhas. Sei que
isto era um tipo de presente para os admiradores de The Weeknd, mas na minha
opinião, eles mereciam muito mais. E provavelmente, este filme não será para
todos os gostos.
Pode ter demorado, mas chegou!
Desta vez, vamos falar de uma das minhas produções favoritas que por mais anos
que passem, continuará a estar na minha lista!
Inicialmente, transmitida pela
AMC, Night Manager (O Gerente da Noite, como título em português)
foi uma minissérie de seis episódios, baseada no romance de 1993 de John le
Carré e é adaptado por David Farr para os dias atuais. Contudo, após a sua
estreia, em 2016, foram precisos sete anos para a BBC One e a Prime Video
resolverem renovar para uma segunda e terceira temporadas. Foi sem dúvida, um
momento de celebração para os fãs desta produção britânica que venceu 3 Globos
de Ouro, 2 Emmys e outros prémios.
Atualmente pode ser visto no canal AMC e na plataforma de streaming Prime Video.
O elenco é constituído por Tom
Hiddleston, Hugh Laurie, Olivia Colman, Elizabeth Debicki, Alistair Petrie,
Michael Nardone, Tom Hollander, David Harewood, Tobias Menzies, entre
outros.
Night Manager mostra as
peripécias de Jonathan Pine (Tom Hiddleston), que depois de entrar para
o serviço de inteligência britânico, tem de se infiltrar no círculo de
confiança do perigoso traficante de armas Richard Onslow Roper (Hugh
Laurie).
Jonathan Pine é o gerente
noturno de um hotel no Cairo que é recrutado para se infiltrar no círculo
interno deste traficante de armas.
Tudo isto inicia-se no auge dos
protestos da Primavera árabe, onde Jonathan recebe um pedido de ajuda de
uma hóspede elegante e com bons contactos. Como amante de um poderoso, mas
perigoso proprietário deste hotel, ela tem provas de um acordo de armas que
pode ajudar a arrasar o levante popular. Comprometido a fazer o que acha certo,
Pine contacta o seu amigo na embaixada britânica. As suas ações levam-no
involuntariamente para o terrível mundo do cruel traficante de armas, Richard
Roper.
Quando a informação desta hóspede
chega a Angela Burr (Olivia Colman), uma agente anti-corrupção do
Governo com a intenção de derrubar o império de Roper, desencadeiam-se
uma cadeia de eventos que terminam em tragédia.
Três anos depois, quando os seus
caminhos se cruzam novamente na Suiça, Pine tem a sua hipótese de
vingança. Pine e Angela Burr elaboram juntos um plano para
derrubar Roper.
Anteriormente,
Jonathan Pine foi um soldado britânico e acredita-se que é a pessoa
certa para derrubar a aliança que o empresário Richard Onslow Roper tem
com o comércio de armas. Será que o Pine vai conseguir enganar este
especialista de armas e cumprir com a sua missão?
The
Night Manager é uma
produção genial que tem tudo o que é preciso para prender a atenção, desde o
primeiro instante. E muito disso, deve-se à interpretação brilhante de Tom
Hiddleston que dá vida a este Pine bem ousado que passa a viver uma vida
dupla e que não se assusta facilmente. Ele tem um trabalho difícil pela frente,
mas fará o que for preciso para ser bem-sucedido.
Apesar
de ser uma história mais complexa de espionagem e com uma boa dose de mistério
pelo meio, esta acaba por ser muito bem elaborada e é apresentada de um modo
sólido e exatamente ao ritmo certo. A própria cinematografia é executada com um
nível elevado de qualidade, juntamente com a escolha eficiente perante as
diferentes cidades que vão sendo mostradas e que dão mais naturalidade e relevo
ao argumento. E o seu elenco faz um excelente trabalho.
Este
é daquele tipo de narrativas empolgantes que marca completamente a indústria do
entretenimento que atrai automaticamente o espetador, mesmo que inicialmente
pode não apreciar o género de assuntos abordados. Contudo, a partir do momento em
que se começa a ver, a pessoa fica com um interesse imediato em querer saber
como tudo se irá desenrolar.
Neste
caso, também temos uma melhor noção de como funciona o mercado negro
especializado em armas e como a negociação vai sendo executada, enquanto a
inteligência britânica está a usar todos os seus recursos para impedir a mesma.
The
Night Manager é um
thriller fenomenal e muito inteligente que consegue criar um impacto próprio
com todo o seu drama, intrigas, revelações, suspense, crime e ação. E também
não tem falta de amor, vingança, manipulação, perseguições e estratégias bem
planeadas. Tudo encaixa mesmo na perfeição.
Até
podia ser improvável, mas é cativante acompanhar a transformação de um mero
gerente da noite de um hotel do Cairo para um agente valioso da inteligência
britânica que surpreende de um modo excecional.
Agora,
preparem-se para mais aventuras singulares de Jonathan Pine que se
desloca mais uma vez por diferentes países para cumprir com as suas próximas
missões, sendo que ainda tem muito para mostrar!