O filme Morte no Nilo (Death on the Nile, como título original) da
20th Century Studios estreia esta semana nos cinemas portugueses, sendo baseado
no romance de 1937 de Agatha Christie. Realizado e protagonizado por Kenneth
Branagh no papel do icónico detetive Hercule Poirot, este é um ousado
thriller de mistério sobre o caos emocional e as consequências mortais
desencadeadas pelo amor obsessivo.
O elenco é constituído por
Kenneth Branagh (Hercule Poirot), Tom Bateman (Bouc), Annette Bening (Euphemia),
Russel Brand (Windlesham), Ali Fazal (Andrew Katchadourian), Dawn French, Gal Gadot (Linnet
Doyle), Armie Hammer (Simon Doyle), Rose Leslie (Louise Bourget), Emma Mackey
(Jacqueline De Bellefort), Sophie Okonedo (Salome Otterbourne), Jennifer Saunders (Marie Van Schuyler) e Letitia Wright
(Rosalie Otterbourne).
Divulgação: 20th Century Studios
Nesta história, as férias do
detetive belga, Hercule Poirot (Kenneth Branagh), no Egito, a bordo de
um glamoroso navio cruzeiro transformam-se numa procura terrível por um
assassino quando a lua de mel idílica de um casal perfeito é tragicamente
interrompida. Situado num cenário épico de paisagens desertas arrebatadoras e
as majestosas pirâmides de Gizé, este conto de desenfreada paixão e ciúme
incapacitante apresenta um grupo cosmopolita de viajantes impecavelmente
vestidos, e voltas e reviravoltas suficientes para deixar o público expectante
até ao chocante desfecho final.
Hercule Poirot é uma das personagens
mais emblemáticas do mundo de Agatha Christie, sendo considerado como um
brilhante detetive belga, perspicaz e encantadoramente auto-depreciativo. É um
cavalheiro gentil obcecado pela sua aparência que gosta da imunidade e que
advêm de uma vida de socialização com a elite. Parece que nunca tem férias,
pois há sempre casos a resolver, mas será que é desta que Poirot tem a
oportunidade de ter o seu merecido descanso? Uma coisa é certa! As aventuras de
Hercule Poirot mantêm constantemente o seu lado mais misterioso e uma viagem
de trabalho misturada com lazer já pode fazer toda a diferença.
Divulgação: 20th Century Studios
Neste caso, nós somos levados para a década de 30, onde são recriados muitos dos locais que serviram de inspiração para o glamoroso thriller da alta sociedade de Agatha Christie. É uma história clássica com crime à mistura, onde não vai faltar música, festa, emoção, paixão, ciúme, sensualidade, inveja, traição, luxo, romance, interrogatórios e mistérios do homicídio moderno, ao mesmo tempo que transmite grandeza, curiosidade e prende imediatamente a atenção na forma como é apresentado com requinte e elegância este período contemporâneo.
Divulgação: 20th Century Studios
Além de Hercule Poirot,
temos Linnet Ridgeway, a herdeira alegre, elegante com um bom coração e
absurdamente rica, de uma família proeminente e respeitada. Ela é uma mulher
confiante, egocêntrica, graciosa e segura de si que fez vários inimigos ao
longo dos anos à conta da sua riqueza e está habituada a fazer as coisas à sua
maneira. Porém nunca conheceu a sensação inebriante e consumidora do amor
verdadeiro até que conheceu Simon Doyle. Depois de Linnet estar
noiva de Simon, ela convenceu-se que finalmente estava na hora de ser
realmente feliz, apesar de se sentir muito sozinha e ter um grande vazio dentro
de si.
Nem todos estavam satisfeitos com essa união e o casal irá enfrentar alguns obstáculos, principalmente relacionados com Jacqueline De Bellefort que continuava a sentir uma forte ligação por Simon Doyle. Inicialmente, Simon Doyle é um homem desempregado que está a maior parte do tempo a esconder o seu verdadeiro eu, mas bonito e naturalmente charmoso, sendo que está apaixonado por Jackie de Bellefort, até que ela o apresenta à sua amiga de infância, a cativante Linnet Ridgeway, criando assim, um triângulo amoroso bem perigoso.
Divulgação: 20th Century Studios
Já Jacqueline De Bellefort
é uma mulher atraente, espirituosa e mais inteligente do que aparenta ser,
graças à sua educação num colégio interno. Nascida na aristocracia francesa,
mas atualmente pobre, ela está perdidamente apaixonada por Simon Doyle.
Mesmo sendo uma mulher forte, independente e resiliente, ela faz tudo por Simon
e este amor é a única coisa que a move, a sua razão de viver é Simon,
chegando a um ponto que ela o segue para onde ele for e alimentando esta sua
obsessão que chega a ser de uma certa forma, assustadora.
Como estamos tão acostumados a
ver nestas obras de ficção bem populares e que continuam a angariar
admiradores, um crime está prestes a acontecer e pelos vistos Hercule Poirot
está no sítio certo ao redor do grupo de suspeitos. Após um casamento cheio de
glamour e a bordo do S. S. Karnak, o enorme barco a vapor de luxo que
foi construído neste filme a partir do zero é que se inicia o mistério do homicídio
explosivo e cada um dos passageiros tem um potencial motivo, oportunidade para
matar e pode ser o responsável pelo crime.
Divulgação: 20th Century Studios
Hercule Poirot vai
investigar cada uma destas pessoas e terá o auxílio de Bouc, o sem rumo,
o bem-humorado, mas adorável braço direito deste detetive que vai lançando o
seu charme por onde passa. Bouc é uma personagem presente no filme “Um
Crime no Expresso do Oriente” que não aparece no livro de Agatha Christie, mas
abraçou eficazmente este enredo. Em “Um Crime no Expresso do Oriente”, ele era
um egocêntrico que não se importava com ninguém além de si próprio. Mas neste
filme, ele cresceu e aprendeu a importar-se com os outros, sendo que está nesta
viagem pelo Egito na companhia da sua mãe protetora e pintora de renome, Euphemia
Bouc.
Divulgação: 20th Century Studios
Morte no Nilo é um filme com
uma perspetiva única e bonita de contar este tipo de histórias, através de uma
boa escolha a nível dos planos e diferentes ângulos de filmagem e com cuidados
nos detalhes, sendo que tem um argumento fluído e previsível, apesar de por
vezes ter conseguido criar dúvidas sobre quem seria o responsável do crime. Também
apresenta uma visão arrebatadora de lugares exóticos com pirâmides e estátuas
egípcias muito bem representadas, uma arquitetura brilhante e com cenários bem
construídos, extraordinários e bem adequados à época. Além disso, tem uma ótima
banda sonora, um bom elenco e um guarda-roupa lindíssimo e deslumbrante, ao
mesmo tempo que vai mostrando a extravagância e sofisticação da vida de pessoas
da alta sociedade.
Esta é uma viagem pelas águas perigosas do Nilo e pelo majestoso esplendor do antigo Egito que vale a pena ver e é um bom escape para o público, sendo pensado ao pormenor e com a capacidade de representar muito bem o mundo de Agatha Christie, mostrando a sua beleza e continuando a conquistar admiradores.
Fiquei super interessada! Parabéns pela riqueza de detalhes na perspectivação.
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