quinta-feira, 24 de abril de 2025

Agatha All Along - 4 Razões para ver esta minissérie do universo da Marvel

 

Em 2024, estreou na plataforma de streaming da Disney+, Agatha All Along (Foi Sempre a Agatha, como título em português). Esta é uma minissérie criada por Jac Schaeffer, que é baseada na personagem Agatha Harkness da Marvel Comics.

Já o elenco é composto por Kathryn Hahn, Joe Locke, Sasheer Zamata, Ali Ahn, Patti LuPone e Aubrey Plaza.

Esta é a história, onde a infame Agatha Harkness está perdida e sem poder, após um estranho adolescente gótico a ajudar a libertar-se de um feitiço distorcido. O interesse de Agatha é despertado quando ele lhe implora que o leve à lendária Estrada das Bruxas, um conjunto de provas mágicas que, se superadas, recompensa uma bruxa com o que lha falta. Juntos, Agatha e este misterioso adolescente reúnem um clã desesperado e partem para chegar ao fundo, ao fundo, ao fundo da Estrada

Agatha All Along foi uma produção que teve a capacidade de ter o seu impacto e agora, de seguida, partilho com vocês, as 4 razões pelas quais devem assistir a esta minissérie.


1.       A ligação especial com WandaVision

Divulgação: Disney+

WandaVision foi dos maiores fenómenos a nível de produções criadas pela Marvel. Deixou muitos de queixo caído com os seus 9 episódios. Esta minissérie considerada como uma sitcom e estreada em 2021 também foi criada por Jac Schaeffer, sendo que o elenco foi constituído por Elizabeth Olsen, Paul Betthany, Kathryn Hahn e Teyonah Parris. E para saberem mais sobre esta minissérie, podem ver a crítica AQUI!

Agatha All Along acaba por ser uma sequência dos eventos de WandaVision, onde o foco é a Agatha Harkness que sofreu as consequências dos seus atos e agora terá de se reinventar, fazendo o que for necessário para tentar recuperar os seus poderes.

Além disso, ao longo destes 9 episódios, poderemos assistir a referências e a uma boa dose de easter eggs relacionados com a minissérie WandaVision.  


2.       O desempenho peculiar de Kathryn Hahn

Divulgação: Disney+

Desde WandaVision que tivemos a chance de ver a Agatha Harkness interpretada por Kathryn Hahn como a antagonista desta narrativa que queria prejudicar a todo o custo Wanda (Elizabeth Olsen). Em Agatha All Along, vamos conhecê-la ainda melhor, saber mais detalhes do seu passado e ter uma noção mais profunda sobre as suas motivações e desafios.

Esta é uma personagem cativante, complexa e cheia de traços específicos na sua personalidade que consegue conquistar o público de um modo muito próprio. O desempenho de Kathryn Hahn é empolgante, muito pela entrega emocional e versatilidade que ela traz a esta bruxa, fazendo com que possamos conectar mais com Agatha, apesar de por vezes, apresentar o seu lado mais obscuro. E também nos deixa com vontade de acompanhar mais a jornada carismática de Agatha Harkness. 


3.       Uma história rodeada de bruxas e de mistérios

Divulgação: Disney+

Para quem gosta de histórias de bruxas e dos seus feitiços, esta pode ser uma ótima sugestão. Além disso, é original e a forma inteligente como esta narrativa vai sendo desenvolvida é diferente do habitual, onde coloca as bruxas em situações caricatas e ainda, vai adicionando mistério, muitas reviravoltas, algumas surpresas e sem esquecer a inclusão de revelações interessantes.

A sua identidade e essência é mágica, onde o humor está no ponto certo e temos dinâmicas únicas e algumas delas bem engraçadas, que encaixam bem no enredo. E também somos transportados para um lugar desconhecido e místico, onde cada cantinho tem a sua fantasia e um puzzle para ser desvendado.  

Agatha All Along é uma animação garantida e envolvente que é agradável de se ver, sendo que a produção tem uma boa qualidade a nível técnico, como é o caso dos efeitos visuais, cinematografia, cenários, figurinos e banda sonora. E até tem uma música muito especial que fica automaticamente no ouvido e sem darmos conta, acabamos por estar a cantarolar na nossa mente.


4.       É uma minissérie com um início, um meio e um fim

Divulgação: Disney+

São várias as produções que possuem um número elevado de episódios e cujas histórias vão sendo contadas a um ritmo mais lento. Depois existem aquelas que acabam por terminar sem um fim. E por isso, há quem não tenha paciência para séries com várias temporadas ou sem um fim estipulado e então, prefira optar por minisséries com poucos episódios.

No caso de Agatha All Along, esta é uma minissérie que tem apenas 9 episódios e que traz uma conclusão satisfatória para o espetador. É verdade que o seu final pode abrir inúmeras possibilidades para o futuro desta protagonista e algumas perguntas não terem sido respondidas. Contudo, essas possibilidades podem ser aproveitadas para serem mencionadas em produções futuras da Marvel, caso faça sentido para a trama que está a ser apresentada no momento.   

Aqui temos uma narrativa com um toque leve e divertido que brilha à sua maneira e encanta quem está a ver. E ao longo dos seus episódios vai surpreendendo a diversos níveis. Assim, não vai faltar tensão, suspense, terror, drama, humor e uma boa intensidade de mistério, obstáculos e desafios.

Divulgação: Disney+

Este universo da Agatha é visualmente estimulante e uma grande aventura, onde faz-nos colocar a nossa imaginação à prova e também cria uma curiosidade imediata em estar presente nesse mesmo lugar, juntamente com estas personagens carismáticas e corajosas com quem temos empatia.

Concluindo, Agatha All Along pode ser uma boa aposta para entreter e proporcionar uma experiência positiva ao espetador, sendo que muitas das suas referências também percorrem à velocidade certa por diferentes mundos clássicos e populares de magia e fantasia.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Filme "The Life List" é a nova comédia romântica da Netflix que tem Sofia Carson como protagonista

 

The Life List (Um Ano Para Ser Feliz, como título em português) é a nova comédia romântica da Netflix que tem argumento e realização de Adam Brooks. Este filme é baseado no livro de Lori Nelson Spielman, apesar de ter algumas alterações em relação ao conteúdo original.

O elenco é constituído por Sofia Carson, Kyle Allen, Sebastian de Souza e Connie Britton.

De luto pela perda da sua mãe, uma jovem redescobre uma lista de desejos e parte numa jornada para realizar os seus sonhos de adolescência. No processo, ela desvenda segredos familiares, encontra o amor e redescobre as suas raízes.

Esta história retrata uma jovem perdida na vida e o último pedido da sua mãe, enquanto tenta completar uma lista de sonhos que fez na adolescência. Ao longo desta sua missão, Alex (Sofia Carson) descobre o amor, segredos de família e quem ela realmente é.

Divulgação: Netflix

Alex e a sua mãe eram muito chegadas e um dia, tudo muda quando a mãe descobre que o seu cancro regressou e desta vez, é terminal. Quando a mãe de Alex parte, o testamento é revelado e não era aquilo que esta jovem esperava. Na realidade, a sua mãe tinha outra coisa em mente para Alex.

Utilizando um leitor de DVD, Alex fica a saber quais são as intenções da sua mãe para com ela. Enquanto estava a preparar-se para a sua morte iminente, esta progenitora descobre uma lista de desejos que Alex escreveu quando ela tinha 13 anos.

Divulgação: Netflix

Assim, a missão de Alex era bem evidente. Ela teria um prazo de um ano para completar todos os desejos que estavam na sua lista e assim, ajudar a alcançar a melhor versão dela mesma. E sempre que ela cumprisse com algo da lista, Brad, o advogado da família dava-lhe mais um DVD feito pela mãe dela com mais mensagens e conselhos para ajudar Alex a lidar com o luto dela.   

Contudo, um dos desejos dessa lista era encontrar o amor verdadeiro. Será que durante esse ano, Alex vai encontrar quem realmente a fará feliz? Nunca se sabe e o inesperado pode acontecer quando ela menos espera. E quem sabe, até pode estar mais perto do que ela possa pensar.

Parece tudo uma grande loucura, verdade? Mas, mesmo assim, arriscando não se tem nada a perder!

Divulgação: Netflix

The Life List é uma comédia romântica leve, divertida e comovente com um toque dramático que possui uma banda sonora muito bonita e nos faz refletir sobre várias coisas da nossa vida. À sua maneira, faz-nos sonhar e imaginar como seria se conseguíssemos realizar a nossa própria lista dos desejos. É uma forma de conhecermos melhor a nossa identidade, essência e até evoluir enquanto seres humanos. Além disso, mostra o efeito que a perda e o luto podem ter em alguém e como se deve lidar com isso. Existem determinados momentos, em que nos podemos sentir perdidos e sem rumo a seguir, mas na realidade há sempre uma alternativa para voltarmos ao caminho certo. Assim, é importante encararmos as adversidades da vida, o melhor que conseguirmos e realçarmos de que não estamos sozinhos.

Este filme que se desenrola na cidade de New York transmite uma mensagem emocionante e útil, mostrando como a vida é bela, confusa e complicada e que por vezes, não parece aquilo que é suposto parecer. E como pequenas vitórias e um recomeço podem impactar de forma positiva a vida de uma pessoa. Enquanto isso, inspira e motiva a pessoa para continuar em frente, arriscar, aproveitar a vida e não desistir de lutar pelos seus desejos.  

Não é uma produção perfeita, pode ter os seus altos e baixos e até pode irritar algumas características da personalidade da protagonista. No entanto, apresenta uma obra interessante e satisfatória que tenho a certeza que o público irá rever mais do que uma vez.


terça-feira, 15 de abril de 2025

Adolescence - 3 Razões para assistir a esta minissérie que tornou-se num fenómeno mundial

Adolescence tornou-se num surpreendente fenómeno com os seus quatro episódios que pode ser visto na Netflix. Muito se tem falado desta minissérie criada por Stephen Graham e Jack Thorne que já foi vista por inúmeras pessoas. Esta é daquelas produções que tem dado muito que falar, e onde têm existido várias campanhas para que possa ser exibida nas escolas.

O elenco é constituído por Owen Cooper, Stephen Graham, Ashley Walters e Faye Marsay.

A história é focada num jovem de 13 anos que é acusado do homicídio de uma colega da escola. A família dele, a sua terapeuta e o detetive responsável pela investigação terão de questionar e descobrir o que realmente aconteceu.

De seguida, partilho com vocês, 3 Razões para assistirem a esta minissérie:

 

1.       O desempenho singular de Owen Cooper

Estando a assistir a esta minissérie, a conclusão a que se chega é que um dos maiores destaques desta produção é sem dúvida, a interpretação de Owen Cooper no papel de protagonista. Agora, uma coisa que não nos passaria pela cabeça é que este foi o primeiro trabalho de interpretação num set de filmagens deste jovem ator.

Desde a sua audição para o papel até à sua performance em Adolescence, Owen Cooper surpreendeu tudo e todos. Ninguém estaria à espera daquilo que ele iria transmitir para o público, onde a sua prestação incluiu improvisação e cenas de tensão elevada.

Owen Cooper é uma das grandes revelações de Adolescence e de certeza, que irá ter pela frente uma ótima carreira no mundo da representação.

2.       Os temas abordados são importantes que sejam discutidos em sociedade

Infelizmente, cada vez mais têm ocorrido vários crimes em escolas em todo o mundo, sendo que no caso do Reino Unido, o número de crimes com facas continua a aumentar consideravelmente.

Já foi revelado que esta história foi inspirada em relatos relacionados com rapazes envolvidos neste tipo de crimes, mas não em nenhum caso em específico.

Em Adolescence, temos um jovem de 13 anos que é suspeito de ter esfaqueado várias vezes uma rapariga da sua escola.

Um dos principais focos deste argumento e que acaba por ser um dos maiores alertas é o impacto das redes sociais e da internet no comportamento dos adolescentes. Como um adolescente pode ser manipulado de tal forma, que o leva a cometer atos irrepreensíveis. E como jovens vulneráveis podem ser arrastados para caminhos mais perigosos.

Adolescence até pode dividir opiniões, mas consegue ter a capacidade em quatro episódios de criar mais discussão neste tipo de assuntos que são essenciais que sejam abordados. Esta minissérie é impactante e faz refletir sobre a razão pelo qual este tipo de eventos acontece cada vez com mais frequência com os jovens da atualidade.

 

3.       Técnica de filmagem ousada que prende automaticamente a atenção

Uma das partes que eu acho mais interessante numa produção são os seus bastidores. Como tudo é executado e toda a parte técnica envolvida.

Na maior parte das produções são-nos mostradas diferentes sequências de filmagem com uma variedade em termos de ângulos de filmagem. No entanto, Adolescence opta por uma técnica de filmagem ousada que prende automaticamente a atenção do espetador.

Em Adolescence são usados planos-sequência sem qualquer tipo de cortes e edições. Esta é uma abordagem única, onde tudo é filmado num único plano contínuo. Mas, para isso resultar, todas as localizações utilizadas teriam de ser próximas umas das outras para que assim, tanto os atores, como a câmara tivessem a possibilidade de deslocarem-se em tempo real. Isso significa que assim que um episódio iniciasse, só pararia apenas no seu final, tornando-se assim mais real e cativante.

De acordo com a Academia Internacional de Cinema, o plano-sequência é uma técnica audiovisual em que uma cena é apresentada sem cortes, geralmente para acompanhar um personagem a partir de uma única perspetiva e ao longo de toda uma ação.

Dá para entender desde o início que é uma técnica sofisticada e complicada de se concretizar e que implica muito tempo, tanto de preparação, como de ensaios e coordenação. Isso porque, chega o momento crucial e não há margem para erros. Tudo tem de ser pensado e encaixado ao pormenor, como é o caso do modo como a câmara se vai movimentar, os ângulos em que a mesma vai filmar e como combinar os mesmos com as localizações utilizadas. Até poderíamos comparar isto como se fosse uma coreografia extremamente complexa de dança.

Utilizar planos-sequência com o auxílio de um drone cria um impacto maior não só em quem está a executar os mesmos, como também em quem está a assistir ao produto final. A pessoa consegue sentir toda a tensão envolvida, enquanto parece que está a fazer parte da própria narrativa. Assim, existe uma maior proximidade com o público em cada uma das cenas apresentadas e cria um entusiasmo muito superior em querer saber o que vai acontecer de seguida.

Assim, este plano-sequência é gravado num único take, sendo que é um método muito raro de ser usado noutras produções. Porém, para que isto tenha um resultado com uma qualidade excelente é necessário compromisso total de cada elemento que esteja a trabalhar na produção, seja a nível do elenco como de toda a equipa técnica.

Esta é uma abordagem cinematográfica ousada e muito inteligente realizada por Philip Barantini que conseguiu em conjunto com a sua equipa manter a autenticidade do plano-sequência, onde incluiu localização estratégica de cenários e tudo foi meticulosamente ensaiado e organizado.

Em Adolescence, a câmara movimenta-se naturalmente em sintonia com os atores e captura a sua narrativa de um modo preciso e sem interrupções.

Não percam esta minissérie de quatro episódios que pode ser vista na Netflix! 

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Filme "G20" é um thriller de ação original da Prime Video protagonizado pela Viola Davis que supera as expetativas

G20 é o novo thriller de ação original da Prime Video que é realizado por Patricia Riggen.

Protagonizado e produzido pela vencedora de um Oscar, Viola Davis, neste elenco também fazem parte Anthony Anderson (Derek Sutton), Marsai Martin (Serena Sutton), Ramón Rodríguez (Agente Manny Ruiz), Douglas Hodge (Oliver Everett), Elizabeth Marvel (Joanna Worth), Sabrina Ompacciatore (Elena Romano), Christopher Farrar (Demetrius Sutton) e Antony Starr (Rutledge).

Neste filme, quando uma cimeira do G20 é atacada, a presidente dos EUA, Danielle Sutton (Viola Davis), torna-se o alvo principal. Depois de escapar aos atacantes, Danielle tem de ser mais esperta que o inimigo para proteger a sua família, defender o país e proteger os líderes mundiais nesta aventura cheia de ação.

Danielle Sutton é a mulher mais poderosa dos EUA e até a nível mundial, mas é uma líder diferente, com uma personalidade muito forte e bastante perspicaz naquilo que faz. É difícil derrubá-la, mesmo que surja essa oportunidade.

A presidente dos EUA leva então a sua família para esta reunião do G20 que se desenrola na África do Sul, onde apresentará um plano para estabilizar países em desenvolvimento que não é bem aceite por todos. Porém, durante a receção, terroristas capturam os líderes presentes.

Uma ideia mais inovadora da sua parte faz com que se torne no assunto do momento na cimeira do G20, onde líderes de inúmeros países estarão presentes para este encontro. Com tanta segurança envolvida e neste caso, ainda mais reforçada, faz com que seja praticamente impossível que aconteça qualquer tipo de ataque. No entanto, quando o ataque é preparado com o auxílio de elementos do interior da sua comitiva, a situação pode mudar de figura.

Apesar de todas as medidas de seguranças implementadas, a cimeira do G20 é atacada por Rutledge com uma sede de vingança que preparou um plano metódico para levar o mundo ao caos. O que este fanático não imaginava é que teria na presidente dos EUA, uma adversária mais calculista e determinada a impedi-lo a todo o custo.

Divulgação: Prime Video Portugal

G20 é uma obra intensa de ação cheia de qualidade que prende imediatamente o interesse do espetador, principalmente com todas as suas cenas de luta bem coreografadas. A história em si é sólida e intrigante, onde temos a possibilidade de ter uma noção de como funciona a segurança extrema envolvida ao redor da presidente dos EUA e quais são as medidas e os protocolos a tomar quando surja uma possível ameaça. Além disso, também apresenta os perigos que a inteligência artificial e a tecnologia podem ter na transmissão de falsa informação que por vezes, é um gatilho muito maior para o caos.

A manipulação de factos pode tornar-se num grande problema para a estabilidade de qualquer país. O deepfake é uma técnica executada por inteligência artificial que é uma das formas mais eficazes de enganar, ao colocar, em vídeo, pessoas a exprimirem palavras que nunca disseram, criando assim, situações falsas. E com a evolução da inteligência artificial, consegue ser muito bem feito, de tal forma que é muitas vezes impossível de reparar que se trata de uma mentira.

E se este tipo de técnica for utilizado com caras de líderes mundiais, a tendência de a população acreditar é bastante superior. Assim, é muito perigoso este método de tecnologia avançada e esta produção mostra ligeiramente os efeitos do seu uso.  

Um dos destaques vai para a interpretação estrondosa de Viola, onde podemos vê-la não só como a presidente dos EUA, mas como uma líder forte e carismática capaz de enfrentar sem medos, qualquer tipo de ameaça. E muito disso, deve-se ao seu treinamento militar, onde ela colocou em prática todas as suas habilidades adquiridas durante o serviço militar, enquanto foi improvisando e dominando à sua maneira o inimigo. Já viram, como seria uma presidente dos EUA a lutar, utilizando as próprias mãos? É com certeza, uma premissa fantástica de se assistir. Por isso, é muito interessante ver esta atriz neste registo de ação que cativa logo quem está a ver.

Também não é a primeira vez que vemos Antony Starr como o antagonista. Este seu Rutledge faz lembrar e tem algumas semelhanças com o temido Homelander, personagem sem escrúpulos que ele interpreta de um modo extraordinário na série The Boys, disponível na plataforma da Prime Video. Este ator é mesmo fantástico a desempenhar vilões e Rutledge é mais um exemplo disso. E até parece que o tempo de ecrã não foi suficiente para mostrar todos os traços de maldade deste terrorista.

Com as suas reviravoltas enroladas em suspense e o modo inteligente com que apresentou toda a sua narrativa, G20 conseguiu superar todas as expetativas e trazer assim, um momento de puro entretenimento e Viola Davis está de parabéns. 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Filme "The Amateur" é um thriller de espionagem muito inteligente que atrai constantemente quem está a ver

The Amateur (O Amador, como título em português) é o novo thriller de espionagem da 20th Century Studios e que tem a realização de James Hawes. Este foi baseado no livro “The Amateur” de Robert Littell.

O elenco é constituído por Rami Malek, Laurence Fishburne, Rachel Brosnahan, Caitríona Balfe, Jon Bernthal, Michael Stuhlbarg, Holt McCallany, Julianne Nicholson, Adrian Martinez e Danny Sapani.

É focado em Charlie Heller (Rami Malek), descodificador da CIA brilhante, mas profundamente introvertido, da CIA, que trabalha num escritório na cave da sede em Langley e cuja vida é virada do avesso quando a sua mulher é morta num ataque terrorista em Londres. Quando os seus supervisores se recusam a tomar medidas, ele irá resolver o assunto pelas suas próprias mãos, embarcando numa perigosa viagem pelo mundo para encontrar os responsáveis, usando a sua inteligência como a derradeira arma para iludir os seus perseguidores e conseguir a sua vingança.

Divulgação: 20th Century Studios Portugal

Charlie quer encontrar, encarar os assassinos da sua mulher, olhá-los nos olhos para depois matá-los. Será que ele tem aquilo que é preciso e consegue assim, tornar-se num assassino?

Antes disso, ele tem de aprender os ensinamentos básicos de como ter a oportunidade de sobreviver como um agente no terreno. Apesar daquilo que ele faz ser muito importante para aquilo que a CIA faz, esta agência não tem intenções em ajudá-lo. Assim, Charlie tem de criar uma estratégia que lhes dê algum tipo de impulso para o ajudar, nem que seja simplesmente treiná-lo.

Charlie Heller é um género de totó que trabalha com computadores, mas foi ele que inventou praticamente toda a vigilância da CIA. Assim, a CIA tem de ter em atenção nas coisas em que ele é realmente bom. Seja ele bem-sucedido ou não no treinamento proporcionado pela CIA, é garantido que fará o que for preciso para cumprir com a sua própria missão.

Divulgação: 20th Century Studios

The Amateur é um thriller de espionagem muito inteligente que atrai constantemente quem está a ver e consegue criar algo de novo para este género de histórias. É muito bom que neste mundo da espionagem ainda têm a capacidade de se reinventar e é fascinante observar todos os recursos que agências como a CIA têm ao seu dispor.

Rami Malek dá vida a um agente da CIA que faz parte do departamento de criptografia. Ele é um autêntico génio nesta área e gosta de decifrar puzzles altamente complexos. Um dia, ele descobre algo que não era suposto saber e utiliza para chantagear os seus superiores a investigar e a encontrar as pessoas responsáveis pelo ataque terrorista em Londres que matou a sua mulher.

Neste caso, temos a oportunidade de acompanhar a jornada de alguém que não tem qualquer experiência no campo e cujos talentos são mais inclinados, tanto para a criptografia, como para explosivos. Mesmo assim, isso não o impede de perseguir e enfrentar estes criminosos. No caso dele, bastou utilizar a sua enorme inteligência e os recursos da CIA, em vez dos punhos. E isso acaba por ser igualmente ou mais gratificante de acompanhar.

Divulgação: 20th Century Studios Portugal

Esta é uma narrativa aliciante que possui uma camada de ação, tensão, explosões, tiroteios, perseguições, manipulações e planos muito bem elaborados. Enquanto isso, temos um homem introvertido e muito competente no seu trabalho que também está a lidar com a perda do seu ente querido e mergulhando num processo de luto difícil de enfrentar. Além disso, conseguimos sentir o sofrimento e a intensidade do luto de Charlie Heller. E ainda, a sua determinação para fazer os culpados pagarem por aquilo que fizeram.

São vários os momentos em que parece que estamos inseridos noutro universo que também foi protagonizado por Rami Malek. Charlie Heller e as suas habilidades extraordinárias para com os computadores, entre outras coisas faz lembrar imediatamente traços da personalidade e da inteligência fora da caixa do fabuloso Mr. Robot. Mr. Robot foi uma série fabulosa e bem complexa que estreou em 2015 e terminou em 2019. Desde o seu início que fez queimar neurónios ao público, enquanto se tentava conseguir processar e entender tudo aquilo que se desenrolou ao longo de quatro temporadas. Pode até não ter sido intencional, mas para mim criou uma certa nostalgia.

Divulgação: 20th Century Studios Portugal

Mesmo com algumas falhas pelo meio, The Amateur cria potencial para a produção de mais histórias de espionagem neste universo, mas num contexto diferente. Em vez de acompanharmos um agente secreto em missões perigosos, temos alguém inserido num departamento distinto da CIA, cujas habilidades são outras, mas que poderão ser bem relevantes para missões específicas. Mesmo que não haja continuação, Rami Malek fez um bom trabalho com esta personagem que teve uma evolução e uma transformação interessante e convincente. Teria sido uma mais-valia, se tivéssemos visto mais do planeamento e todo o trabalho de bastidores deste protagonista no campo, como por exemplo, mostrar ele a colocar em prática, tudo aquilo que foi aprendendo, mas com mais detalhes. E uma parceria entre ele e a personagem interpretada por Jon Bernthal também teria sido curioso e divertido de se assistir.  

Com este filme que tem um bom elenco a acompanhar Rami Malek, a experiência é agradável e traz um bom entretenimento para o espetador! 



sábado, 5 de abril de 2025

Filme "Drop - Número Desconhecido" : o que esperar deste thriller envolvido em mistério e tensão

Drop – Número Desconhecido é o próximo filme da Universal Pictures realizado por Christopher Landon. A estreia mundial ocorreu no SXSW Film Festival de 2025 e o elenco é constituído por Meghann Fahy, Brandon Sklenar, Violett Beane, Jacob Robinson, Reed Diamond, Gabrielle Ryan, Sarah McCormack, Jeffrey Self e Ed Weeks.

Esta é a história de como o primeiro encontro de uma mãe viúva dá uma reviravolta aterradora quando ela é bombardeada com mensagens anónimas ameaçadoras no seu telemóvel durante o seu jantar de luxo, deixando-a a questionar se o encantador par está por detrás do assédio.

Por vezes, os primeiros encontros podem ser um pesadelo, mas nada nos prepara para aquilo que vamos assistir em Drop – Número Desconhecido. Neste caso, é-nos mostrado como um primeiro encontro pode correr mesmo muito mal.

O foco deste suspense combinado com drama ocorre maioritariamente num restaurante luxuoso com uma vista de tirar o fôlego, onde Violet (Meghann Fahy) vai ter o seu primeiro encontro com Henry (Brandon Sklenar). Depois de ter tido um passado atribulado e violento com o seu ex-marido que acabou por falecer, Violet resolve dar uma nova oportunidade ao amor e encontrar-se com uma pessoa que nos últimos meses, tem estado a conversar via online. Contudo, esta noite iria tornar-se em algo completamente inesperado e perigoso. Será que tudo aconteceu por um simples acaso ou era tudo planeado? Isso é algo que Violet terá de descobrir, enquanto arranja uma maneira para salvar aqueles que mais ama.

Drop – Número Desconhecido é um thriller constrangedor envolvido em mistério e tensão que tem a capacidade de captar a atenção do espetador, criando assim, curiosidade em saber como tudo se irá desenrolar. Por mais que contenha situações que são bem improváveis de acontecer na vida real e algumas mais forçadas, a narrativa em si vai entretendo, por mais estranha que possa vir a parecer. No entanto, a maior parte das personagens acabam por ser facilmente descartáveis.

Um dos pontos fortes vai para a performance de Meghann Fahy, onde nos apresenta uma mãe em aflição disposta a fazer tudo pelo filho. E ao mesmo tempo, a tentar decifrar quem está por trás das mensagens anónimas que ameaçam o seu bem-estar e daqueles ao seu redor. De um modo muito simples, a pessoa cria uma empatia imediata por esta personagem determinada e torce para que ela seja bem-sucedida.

Há algum tempo que já acompanho o trabalho da Meghann Fahy e felizmente, tenho visto diferentes registos desta atriz e isso faz com que me continue a suscitar curiosidade em querer ver mais.  

O filme em si também tem tempo para transmitir uma mensagem de esperança, principalmente para quem é vítima de violência doméstica. Algo que eu também achei interessante foi o genérico apresentado para esta produção, sendo que foi bem realizado. Num geral, os filmes não têm no seu início, um momento para ser dedicado totalmente ao genérico e foi bom este não ter sido o caso.

Drop – Número Desconhecido também tem um lado ligeiramente mais romântico e faz uma boa construção na tensão que vai sendo adicionada ao longo da trama, onde vai deixando algumas pistas para tentarmos adivinhar quem está a observar esta protagonista, enquanto se adapta aos tempos modernos. Pode ter as suas falhas e às vezes ser cansativo, exagerado e artificial em algumas cenas, mas não deixa de ter as suas surpresas, um ou outro bom momento a nível de ação e ainda, proporciona uma experiência satisfatória para o espetador.