domingo, 30 de junho de 2024

Receita de um Creme frio de Pepino com Esparguete Integral e Avelãs

O Verão já chegou e parece que o nosso apetite já não é o mesmo, certo?

Além disso, com temperaturas mais elevadas, a probabilidade de deixar de lado alguns alimentos, devido à vontade de optar por outras opções mais frescas acaba por ser maior! Um desses exemplos, acaba por ser a sopa que maioritariamente é consumida numa temperatura mais morna, fazendo com que durante a época do Verão a sua frequência de consumo seja menor. 

Sabiam que mesmo durante o Verão podem continuar a incluir a sopa na vossa alimentação? É verdade! Existem inúmeras receitas de sopas frias que podem escolher e com a combinação de ingredientes que até podiam nem sequer imaginar misturar.

Por isso, vou partilhar de seguida com vocês, uma receita de um Creme frio de Pepino com Esparguete Integral e Avelãs! Uma opção de uma sopa mais fresca!


Ingredientes:

  • 200 g de Pepino
  • 100 g de Chuchu
  • 100 g de Cebola
  • 40 g de Esparguete Integral
  • 40 g de Avelãs
  • 20 ml de Azeite
  • Sal e Pimenta q.b.
  • Cebolinho q.b.

Modo de Procedimento:

1. Coloque as avelãs sobre papel vegetal num tabuleiro e leve-as ao forno na temperatura de 180 º C até ficarem crocantes. Retire e parta grosseiramente;

2. Junte numa panela com água, a cebola picada e o chuchu cortado em pedaços. Tempere com sal e pimenta e depois deixe cozer;

3. Introduza o pepino e o azeite e depois passe com a varinha. De seguida, arrefeça em água com gelo;

4. Coza o esparguete integral em água temperada com sal, de acordo com as indicações da embalagem;

5. Sirva bem fresco e decore com o esparguete integral, as avelãs e o cebolinho picado.


Com esta receita, podem experimentar uma forma diferente e criativa de introduzir a sopa na vossa alimentação. Podem introduzir esta receita num almoço ou jantar mais leve e depois acrescentar uma salada de frango ou ovo com cuscuz, espinafres, espargos, cenoura ralada ou outro legume à vossa escolha. Não se esqueçam de terminar a refeição com uma peça de fruta. Para esta altura do ano, podem optar por uma fatia de melancia ou de melão.

Experimentem esta receita e depois digam nos comentários o que acharam!  

sexta-feira, 21 de junho de 2024

The Bikeriders - o que esperar deste filme que conta a história de um clube de motards do oeste americano

 

The Bikeriders é o filme mais recente realizado por Jeff Nichols e produzido em 2023. É inspirado na história do fotógrafo americano Danny Lyon, que documentou a vida de um clube de motards do Midwestern entre 1965 e 1967, sendo que chegou a fazer parte deste grupo e a viver com eles.

O elenco é constituído por Austin Butler, Tom Hardy, Jodie Comer e Norman Reedus.

Esta é a história da ascensão de um clube de motards do oeste americano, os Vândalos. Visto pela perspetiva do dia a dia dos seus membros, o clube evolui ao longo de uma década de local de encontro de inadaptados locais para um gangue sinistro, ameaçando o estilo de vida original e único do grupo.

Nesta combinação de drama com crime e thriller, tudo isto é contado maioritariamente pelos olhos da teimosa Kathy (Jodie Comer) que depois de um encontro casual, ela é atraída de um modo inexplicável por Benny (Austin Butler), o membro mais recente do clube de motards do oeste americano, os Vândalos que é liderado pelo enigmático Johnny (Tom Hardy). À medida que o clube se transforma num perigoso submundo de violência, Benny vai ter de escolher entre Kathy e a sua lealdade para com o clube.   

Toda esta narrativa é desenrolada num tempo mais rebelde na América, no momento em que a cultura e as pessoas estavam a sofrer mudanças. Essa evolução tem acontecido ao redor do país e este clube não é exceção. Um clube que começou como um local de convívio para muitos e torna-se em algo completamente diferente e repleto de riscos, levando assim a uma degradação iminente deste grupo.

Divulgação: Universal Pictures Portugal

Inspirado em factos verídicos, os Vândalos de Chicago são um clube de motards que foi construído por Johnny a partir do nada, acabando por se tornarem numa família e onde faziam parte da época dourada das motas. Como os tempos foram mudando, tornaram-se rebeldes e o próprio clube começou a mudar e a seguir caminhos mais obscuros e violentos. Muitos foram aqueles que não os enfrentavam e realmente tinham medo deles. Enquanto isso, os Vândalos não pararam de crescer, tendo sido espalhados pelo país e chegando a um ponto que nunca mais foram os mesmos. Não faltaram inúmeras traições e eles eram mais vistos como um gangue criminoso a começar a meter-se em negócios mais ilegais e guerras desnecessárias.

É uma narrativa que comprova plenamente como determinadas mudanças ao nosso redor pode mudar completamente a própria sociedade e a levar alguns a seguirem por trajetos mais destrutivos e errados perante a lei. Tudo começou como um clube restrito, em que todos se conheciam e estavam lá presentes para o que fosse preciso. Contudo, mais tarde, transformou-se numa organização pouco familiar que não partilha os mesmos valores, com elementos a mais e também com a perda de membros que eram o pilar dos Vândalos. Isso fez com que o presidente perdesse o controlo, levando o clube a sofrer com as consequências das suas decisões.

Divulgação: Universal Pictures Portugal

Esta produção não teria tido o impacto positivo que teve se também não fosse pelas personagens carismáticas presentes e pelo elenco que deu a vida a eles. O destaque vai para a Jodie Comer que faz um desempenho excelente, onde temos a chance de vê-la em outro registo e com um sotaque típico daquela região dos Estados Unidos muito bem implementado. É sempre fantástico ver os atores conseguirem mudar os seus sotaques britânicos para outros completamente diferentes e opostos. E Jodie Corner fez um trabalho excecional não só na mudança do seu sotaque, mas também no desempenho da teimosa e determinada Kathy que sempre que entrava em cena, brilhava com a sua atuação. Também a dinâmica dela com o Austin Butler foi muito natural e divertida de se ver. Austin Butler é uma outra boa surpresa, pois também temos a oportunidade de ver outros registos deste ator que tem mostrado constantemente a sua versatilidade em cada papel que interpreta. Como este jovem que entrou numa série chamada de As Crónicas de Shannara evoluiu tanto como artista. E não vamos esquecer do ótimo trabalho também executado por Tom Hardy. Outra surpresa foi ver Norman Reedus, a desempenhar uma personagem engraçada com uma paixão por motas, tal como ele tem na vida real.  

Divulgação: Universal Pictures Portugal

The Bikeriders representa a essência de um grupo unido em busca pela liberdade que vêm a todo o gás, tirando assim, o fôlego a qualquer um. E cujos valores mais importantes eram a lealdade, o amor pelas motas e companheirismo. Este filme está muito bem desenvolvido e tem uma capacidade automática de entreter o espetador, desde o início até ao fim. Além disso, traz elementos nostálgicos que faz lembrar a história de outros clubes de motards que a pessoa teve a oportunidade de ver anteriormente, como é o caso da série Sons of Anarchy. Sons of Anarchy marcou com a sua intensidade e as suas reviravoltas inesperadas, mas tinham algo em comum, a lealdade, o amor pelas motas e o companheirismo. Num universo paralelo, já imaginaram como seria se os Vândalos se cruzassem com os Sons of Anarchy? Seriam aliados ou adversários? De certeza que iriam encaixar muito bem e seria sem dúvida, muito interessante de se acompanhar!

The Bikeriders é uma boa fonte de entretenimento com um ponto de vista muito particular e retratado numa época fulcral nos Estados Unidos que consegue envolver o público neste mundo e naquilo que está a ser contado. E ao mesmo tempo, apresentar aquela sensação de adrenalina e liberdade que todos nós gostamos de sentir e de ter.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Série "Geek Girl" é uma história leve, animada e diferente que cria uma conexão própria com quem está a ver

 

Uma das estreias mais recentes da Netflix é Geek Girl, uma combinação de comédia com drama criada por Holly Smale e Jessica Ruston. É baseada nos livros da coleção homónima da autora britânica Holly Smale que inclui 6 best-sellers e foi lançado entre 2013 e 2017.

O elenco é composto por Emily Carey, Emmanuel Imani, Liam Woodrum, Tim Downie, Jemima Rooper, James Murray, Sarah Parish, Rochelle Harrington, Zac Looker, Daisy Jelley, Mia Jenkins, Hebe Beardsall e Alana Boden.

Esta é a história de Harriet Manners, uma adolescente desajeitada e neurodivergente, cuja vida é virada do avesso quando é descoberta como a próxima modelo. E embarca assim, numa jornada de autodescoberta, enquanto concilia a escola com a moda.

Esta é uma reviravolta radical na vida desta jovem estranha que inesperadamente torna-se modelo na Infinity Models, uma agência de modelos em Londres. Apesar de querer sentir-se integrada, ela nunca imaginava o que era preciso para seguir esta carreira e como cada detalhe da sua vida passa a ser controlado. Tudo isto começa quando a sua turma de Têxteis ganha uma viagem para a Semana da Moda de Londres, mas Harriet e a sua melhor amiga Nat sofrem um percalço de indumentária antes de lá chegarem. De seguida, Harriet chama acidentalmente a atenção de agentes da Infinity Models que acreditam que encontraram alguém com um talento único para seguir o caminho da moda.   

Harriet Manners é uma jovem insegura de si mesma, mas que é definida como uma autêntica Geek, pois é uma pessoa muito informada e curiosa sobre diferentes áreas e por isso, é alvo de bullying na escola. Apesar de não especificarem, ela tem autismo, logo a forma como ela vê as coisas ao seu redor é completamente diferente. Mesmo assim, ela tem um apoio fantástico no seu pai e na sua madrasta e também na sua melhor amiga Nat.

Tim Downie faz uma boa prestação, desempenhando o papel de um pai determinado com a sensibilidade necessária para apoiar a sua filha, em tudo aquilo em que ela mais deseja.

Por vezes, Harriet pode ser irritante, ter mau feitio ou até ser obcecada por algumas coisas, mas tenta ver o melhor nos outros. É ingénua com uma essência muito peculiar e especial, sendo que tem um bom coração e tem os seus momentos, onde é engraçada e tem um bom sentido de humor. No que toca a relacionamentos sociais não é muito boa, porém apesar de tudo, ela percorre esta jornada de autodescoberta, onde ela expõe-se, enfrenta os seus medos e supera obstáculos para encontrar o seu propósito, por mais contratempos que possam vir a surgir. Mesmo com uma condição neurodivergente, Harriet tem uma personalidade que acaba por nos unir de alguma forma.

Podemos acompanhar a jornada de aprendizagem de Harriet que é cheia de desafios, onde finalmente aprende a sentir-se mais confortável consigo mesma, tanto como modelo e como uma rapariga geek. E conhecemos a perspetiva desta jovem que está num processo de construção da sua auto-estima que é realizado de um modo relativamente saudável, enquanto aceita os erros, aprende com eles e permanece fiel a si mesma.

Temos a oportunidade de assistir em como funciona todo o processo de casting na área da moda que acaba por ser mais duro do que se pensava inicialmente. E ainda como é o trabalho de uma modelo e os respetivos bastidores, seja numa sessão fotográfica e até num desfile de uma estilista consagrada e popular. Além disso, também podemos perceber como a moda é considerado como fazendo parte de um mundo excêntrico e extremamente competitivo que pode tornar-se num ambiente caótico para uma jovem mais tímida e com ansiedade.

Geek Girl é uma história leve, animada e aconchegante com os seus momentos insólitos e comoventes, reviravoltas e intrigas que surpreende pela positiva, sendo que faz uma boa representação do autismo. Aqui estamos a falar sobre a experiência que Holly Smale, a autora dos livros teve durante a sua adolescência e que na altura não sabia do seu diagnóstico de autismo. E esta narrativa é tão realista, de tal forma que Emily Carey, a atriz que interpreta a protagonista também possui esta condição neurodivergente, trazendo assim, uma representação mais autêntica.

Mesmo assim, é tudo apresentado de um modo simples, diferente e muito informativo, sendo que haverão aqueles que se irão identificar e que também irão perceber que não estão sozinhos. Esta é uma das razões pelo qual tem a capacidade de criar uma ligação imediata e especial com o público. É possível sermos quem nós quisermos, onde o improvável pode acontecer e qualquer um pode tornar-se num sucesso inesperado e merecido na área que mais gosta.

Esta produção com uma boa qualidade é uma série fresca e divertida para toda a família que tem o seu lado mais juvenil e uma particularidade de romance, mas não tira o foco para aquilo que é mais importante. No entanto, tem a sua vertente inspiradora e encaixa em temas atuais que precisam de continuar a serem discutidos, tais como o bullying e a saúde mental, como é o caso da ansiedade. Também é relevante para os desafios que os adolescentes enfrentam nos dias de hoje nas escolas e na sociedade. E a chamada de atenção muito bem retratada, em relação ao impacto das redes sociais na vida de alguém que podem causar danos elevados. Infelizmente, existe uma realidade distorcida devido às redes sociais que precisa de ser discutida. Além disso, o bullying que ocorre tanto nas escolas, como nas redes sociais é cada vez mais cruel e repleto de maldade, sendo que por vezes é importante reagir quando se está a ser vítima de bullying.  

Geek Girl é relaxante, alegre e muito fácil de se ver, sendo que a pessoa descontrai de tal forma, que não dá conta pelo tempo a passar. Também contém o seu poder mais feminino e cria uma conexão própria com quem está a ver, transmitindo uma mensagem simples que como referido anteriormente, nós podemos ser quem nós quisermos e que não importa a opinião dos outros. Às vezes é difícil encontrar o nosso lugar no mundo, principalmente quando falamos de saúde mental, mas não devemos de desistir de seguir os nossos sonhos. E devemos encontrar a nossa paixão e respeitar-nos uns aos outros, sejam quais foram as peculiaridades de cada um. Por isso, não tem qualquer mal em termos o nosso próprio lado geek. Esta é uma narrativa original e envolvente que foi uma boa surpresa, funcionou bem, e captou a atenção do espetador. Assim, que venham mais episódios da jornada de aprendizagem e de amadurecimento de Harriet Manners.