O demónio vermelho está de regresso numa nova adaptação com Hellboy e o
Homem Torto (Hellboy: The Crooked Man). A partir da história
original de Mike Mignola que é o criador do personagem Hellboy, esta
produção é realizada por Brian Taylor. E no elenco fazem parte nomes, tais
como, Jack Kesy, Adeline Rudolph e Jefferson White.
Hellboy (Jack Kesy) e Bobbie, a nova agente novata do BPRD (Adeline
Rudolph) ficam retidos nos Apalaches rurais dos anos 50, onde descobrem uma
pequena comunidade assombrada por bruxas e liderada por um demónio local que
possui uma inquietante ligação ao passado de Hellboy: o Homem Torto,
cujo verdadeiro nome é Jeremiah Witkins, um avarento especulador do
século XVIII que lucrava com a guerra e que foi enforcado pelos seus crimes. No
entanto, o Homem Torto voltou do inferno e tornou-se no demónio
residente da região.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Na década de 1950 e num lugar bastante remoto em que se sente desde o
início que algo de estranho se passa, Hellboy e Bobbie começam a
explorar os seus mistérios sombrios, enquanto vão sabendo histórias sobre o Homem
Torto, um demónio que foi enviado de volta à Terra para coletar almas para
o diabo. Além disso, esta figura acaba por ter uma conexão preocupante com Hellboy
que faz com que tenha de enfrentar segredos do seu passado que já estavam há
muito tempo, bem enterrados. Essa será uma batalha poderosa contra forças
malignas que ameaçam trazer o caos para o mundo. Será que este demónio vermelho
vai conseguir lidar com o seu passado e acabar com esta ameaça repleta de
escuridão?
Divulgação: NOS Audiovisuais
Hellboy e o Homem Torto é uma nova versão mais sinistra e peculiar que
nos dá a oportunidade de investigarmos e testemunharmos o início de todo o mal
que é envolvido em entidades demoníacas perigosas, violência e algumas
revelações. Também tem uma boa combinação de ação com terror e suspense que se
desenrola num ambiente sombrio, onde tudo pode acontecer.
No entanto, a escolha na fotografia não foi a mais adequada, chegando a um
ponto em que determinadas cenas eram tão escuras que acabavam por tirar o foco
naquilo que estava a suceder e criando assim, alguma distração para o próprio espetador.
E isso, também ocorreu em cenas mais impactantes como as de ação, em que
existia uma maior dificuldade em acompanhar as lutas e os movimentos que foram
sendo utilizados em certas situações. Além disso, houve diálogos que me
pareceram mais forçados, tirando assim, um pouco da essência da narrativa e das
personagens. E as próprias personagens poderiam ter sido desempenhadas de outra
forma.
Divulgação: NOS Audiovisuais
Um ponto bastante positivo é que surpreendeu a nível do terror introduzido
ao longo do filme. Nesta produção, houve muitas mais situações assustadoras que
foram complementadas com efeitos visuais satisfatórios do que em outros
projetos que possuem um orçamento mais elevado. Infelizmente, os filmes de
terror já não são o que eram antigamente e por isso, é cada vez mais difícil a
pessoa surpreender-se por este género que tem inúmeros admiradores. Neste caso,
surgiram momentos na história mais aterrorizantes que foram uma boa surpresa e são
fulcrais que façam parte dos ingredientes para um bom argumento de terror.
Hellboy e o Homem Torto é daqueles filmes que apesar de algumas falhas,
continua a criar vontade em se saber o que vai acontecer de seguida e nos dá
uma boa fonte de entretenimento cheia de ação, bruxaria e terror e possui uma dose de
criatividade que é interessante de se acompanhar.
Já estreou o filme, O Corvo (The Crow, como título original)
que é um remake moderno da banda desenhada original de James O’Barr. A primeira
versão de O Corvo que foi lançada nos cinemas em 1994, ficou marcada
pela morte acidental, durante as filmagens, de Brandon Lee, ator e filho do
ícone das artes marciais, Bruce Lee.
Desta vez, esta nova adaptação é realizada por Rupert Sanders e Bill Skarsgård
assume este papel marcante do universo da cultura pop. FKA Twigs e Danny Huston
também fazem parte do elenco.
Esta é a história de um super-herói sobrenatural, que é ressuscitado após a
sua morte para combater o crime.
As almas gémeas Eric Draven (Bill Skarsgård) e Shelly Webster
(FKA Twigs) são brutalmente assassinadas quando demónios do seu passado sombrio
os alcançam. Para salvar o seu verdadeiro amor, Eric sacrifica-se e sai em
busca de uma impiedosa vingança contra os seus assassinos, atravessando o mundo
dos vivos e dos mortos para restaurar o que está errado.
Divulgação: Pris Audiovisuais
Primeiramente, há que referir que existem produções que são remakes que não
devem ser comparados com o seu original, porque depois acaba por dar um mau resultado
e assim, desiludir as pessoas que estão com as expetativas muito elevadas. Este
remake é um desses casos e por isso, o melhor é separarem por completo estes
dois filmes.
Eric Draven, uma pessoa que parecia que não fazia mal a uma
mosca muda completamente, quando ele e a sua companheira são assassinados. Devido
a isso, ele decide assumir o papel de vingador e a identidade do Corvo
em busca de uma impiedosa vingança contra os seus assassinos. Ninguém está a
salvo desta figura obscura rodeada de corvos.
Divulgação: Pris Audiovisuais
Com quase duas horas de duração, esta versão de O Corvo é um
thriller de ação que garantidamente, não vai ser para todos os gostos,
principalmente se forem feitas comparações com o original. Mas, de vez em
quando, consegue entreter à sua maneira. É evidente alguns dos seus problemas,
sendo que um dos seus principais foi sem dúvida, a escolha do elenco, exceto Bill
Skarsgård. Temos o exemplo de FKA Twigs que deu pele a um personagem sem
qualquer carisma, irritante e que não transmitia uma química realista com Bill Skarsgård.
E muito da sua interpretação pareceu bastante artificial, levando a que seja
uma das razões pelos quais não é possível criar uma empatia com ela. Assim, acaba
por se tornar num personagem facilmente esquecível.
No entanto, foi bom assistir ao trabalho de desenvolvimento de Bill Skarsgård,
onde temos a chance de acompanhar a jornada e transformação de Eric Draven
que se tornou num lutador determinado, perspicaz e infalível. Este é daqueles
atores que foi interessante observar as suas expressões corporais e faciais em
certas cenas que muitas vezes, valem mais do que diversas palavras. Além disso,
um dos destaques também vai para as cenas de ação que incluem lutas bem
coreografadas, levando assim, a prender mais a atenção de quem está a ver.
Este remake de O Corvo tem os seus altos e baixos e é plenamente
diferente do original. Contudo, não foi uma perda de tempo ver mais um
desempenho de Bill Skarsgård que continua a surpreender em cada um dos
personagens que interpreta.
Zoë Kravitz estreia-se como realizadora de longas-metragens com Blink
Twice (Um Sinal Secreto, como título em português), onde irá
proporcionar umas férias misteriosas que não irão deixar ninguém indiferente. Também
é escritora e produtora deste projeto.
O elenco é composto por Naomi Ackie, Channing Tatum, Alia Shawkat, Simon
Rex, Adria Arjona, Haley Joel Osment, Christian Slater, Kyle MacLachlan e Geena
Davis.
Este thriller psicológico promete envolver os espetadores numa trama
intensa, cheia de suspense e oferecer ainda uma visão intrigante, onde o perigo
está sempre à espreita e o mistério se esconde à vista.
Esta trama inicia-se quando Slater King (Channing Tatum),
multimilionário do ramo tecnológico, conhece Frida (Naomi Ackie), uma
empregada de mesa, na sua gala de angariação de fundos, a chama acende. Ele convida-a
a juntar-se a ele e aos seus amigos numa viagem de sonho à sua ilha privada. É
o paraíso. Noites selvagens fundem-se em dias ensolarados e todos estão a
divertir-se imenso. Ninguém quer que esta viagem acabe, mas à medida que coisas
estranhas começam a acontecer, Frida começa a questionar a sua realidade. Há
algo de errado neste lugar. Ela terá de descobrir a verdade se quiser sair
desta festa viva.
O que parecia uma escapadela perfeita transforma-se rapidamente num
pesadelo, com comportamentos estranhos e uma crescente sensação de desconforto.
Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal
Já imaginaram como seria se alguém que era considerada como invisível, e de
repente e inesperadamente consegue chamar a atenção de um bilionário do setor
tecnológico? E conquistou de uma tal forma, que acaba por ser convidada a
passar com ele e com os seus amigos, uns dias de luxo na sua ilha privada.
Parece algo tão improvável de acontecer, mas na realidade quando surge essa
oportunidade, a pessoa até desconfia não? Contudo, Frida simplesmente
aproveitou e seguiu viagem com pessoas desconhecidas, esperando apenas uma
enorme diversão e sem pensar em possíveis consequências.
Para imergimos melhor na história, temos Slater King, um bilionário
da tecnologia, conhecido pelo seu estilo de vida extravagante e um dia, ele
resolve comprar uma ilha para escapar temporariamente da realidade. No entanto,
rapidamente toma um rumo inesperado, mergulhando numa atmosfera de tensão.
E depois temos a Frida, uma empregada de mesa à procura de umas
férias. E vê no convite de Slater essa oportunidade. Mas à medida que Frida
se adapta ao ambiente luxuoso, começa a notar sinais alarmantes que a levam a
questionar a verdadeira natureza dos eventos ao seu redor. O que parecia um
sonho perfeito revela-se cada vez mais ameaçador, conduzindo Frida por
uma jornada de descobertas inquietantes e revelações perturbadoras.
Apesar de ser uma narrativa ficcional, infelizmente ainda existe uma possibilidade
deste tipo de situações acontecerem na vida real e até pessoas identificarem-se
na pele. Por isso, pode não ser um filme aconselhado para todos, pois aborda
temas intensos e até cenas de violência, nos quais inclui violência sexual.
Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal
Blink Twice é uma viagem louca e surreal por um thriller psicológico
que tem muitos elementos surpresa e está cheio de traumas, caos, tensão e
mistério, sendo que apresenta uma perspetiva da forma como pode ser usado o
abuso de poder, como as ações têm as suas próprias consequências e o efeito devastador
de como a diversão pode ultrapassar todos os limites. Algumas personagens são
facilmente dispensáveis, sendo que não conseguiram criar qualquer tipo de
impacto. Além disso, mesmo que considere uma produção bem realizada e com um bom
nível de criatividade no modo como executaram cada cena, a história em si acaba
por ser previsível. Porém, não tira a vontade do espetador querer continuar a
acompanhar o que vai acontecer de seguida e até de imaginar o seu desfecho. E
também tem o seu lado mais estranho e selvagem, mas de um modo que beneficia a
história que está a ser contada.
Este é um filme envolvente repleto de fotografias para a posteridade que
cria um interesse imediato desde o início e que é tratado como se fosse um
puzzle, onde vão sendo introduzidas pistas que são fulcrais para construir este
jogo perigoso, em que a sanidade mental é colocada em causa. E basta, um
simples sinal secreto para que tudo mude de uma vez por todas e que pode fazer
toda a diferença. Uma coisa é certa! Para vencer, a pessoa tem de sobreviver a
todo o custo, não importa o que tenha de fazer. E quem sabe, o prémio deste
jogo possa ser muito maior do que escapar e sair viva desta ilha privada com os
seus encantos, mas onde este local remoto acabou por testemunhar muitos
segredos aterrorizantes e traumatizantes.
Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal
Blink Twice também transmite uma mensagem pertinente e de
chamada de atenção para a importância de o indivíduo lidar com os seus traumas
e os cuidados que as pessoas devem ter, caso algo do género possa vir a
acontecer, incluindo os sinais que muitas vezes estão à nossa frente e no início não nos
apercebemos. Muitas vezes, nem tudo é o que parece ser. E este foi um
desses casos, onde inicialmente parecia ser muita diversão à mistura, mas que na
realidade acabou por se transformar em algo muito pior.
No entanto, para quem gosta de thrillers de terror psicológicos é uma boa
aposta que tem a capacidade de num mero piscar de olhos, tudo mudar radicalmente
e ainda, de surpreender à sua maneira! E que futuramente, venham mais projetos
realizados por Zoë Kravitz!
Da 20th Century Studios, Alien: Romulus é uma das estreias mais recentes,
relativamente ao género de ficção científica que traz de volta mais uma
produção da franquia Alien. Produzido por Ridley Scott, Fede Alvarez é o
realizador e ainda, escreveu o argumento juntamente com Rodo Sayagues, baseando
nas personagens criadas por Dan O’Bannon e Ronald Shusett. E já podem acompanhar o filme na plataforma de streaming da Disney+.
Desta vez no elenco temos Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux,
Isabela Merced, Spike Fearn e Aileen Wu.
Esta narrativa leva o fenomenal sucesso da franquia Alien de volta às
suas raízes: enquanto vasculham nas profundezas de uma estação espacial
abandonada, um grupo de jovens colonizadores espaciais depara-se com a forma de
vida mais aterradora do universo.
Será que Alien: Romulus traz algo de novo para esta saga que é considerada
como um fenómeno? Uma coisa é garantida! Vai ter a capacidade de agarrar de
certeza o espetador ao ecrã, principalmente se estivermos a assistir em IMAX®.
O facto de terem decidido regressar às raízes foi uma ideia bem concebida,
pois ainda existia diversas maneiras de explorar ainda mais este universo e de uma
certa forma, criar uma visão mais rejuvenescida e até cativante.
Divulgação: 20th Century Studios Portugal
Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que
proporciona uma experiência cinematográfica aterradora, surpreendendo pela
positiva quem está a ver e ainda, excede qualquer tipo de expetativas iniciais.
A história em si é sólida, mas previsível e é executada num ritmo mais
lento do que se poderia esperar. E para quem nunca acompanhou esta franquia,
também acaba por dar uma introdução breve e eficaz daquilo que é necessário a
pessoa saber para compreender o desenrolar desta produção.
Divulgação: 20th Century Studios Portugal
Os efeitos visuais e sonoros combinaram muito bem neste filme. Neste
argumento incluiu elementos fundamentais e maneiras inovadoras de continuar a
criar interesse na saga, onde também não faltou terror, tensão, violência, criaturas assustadoras
e implacáveis, ação, sustos ligeiros, instintos de sobrevivência, perseguições constantes
e destruições explosivas.
Infelizmente, muitas das personagens apresentadas têm alguma dificuldade em
se criar algum tipo de empatia. E por vezes, até se tornam demasiado irritantes
e dispensáveis, fazendo com que sejam facilmente esquecíveis.
Divulgação: 20th Century Studios Portugal
Em Alien: Romulus, o perigo está constantemente à espreita e há
sempre algo a acontecer neste ambiente sombrio e remoto que possui uma boa dose
de suspense. E, onde podemos definir como uma realidade estranha, intensa e
repleta de loucura que vai tendo os seus momentos de tirar o fôlego e outros mais emocionantes e caóticos.
Este é um regresso bem-sucedido que pode não ser totalmente perfeito, ter
as suas falhas ou até dividir opiniões. Mas que cria a sua própria marca, sendo
envolvida num clássico que continua a entreter fãs da saga e a conquistar novos
admiradores. Além disso, esta obra apresenta de um modo leve aos amantes deste
universo, algumas referências bem introduzidas de outros filmes que levam a
criar uma conexão imediata com toda esta franquia.
Alien Romulus é uma boa fonte de entretenimento na área da
ficção científica e terror que traz um resultado satisfatório e divertido para
o seu público. É um filme que não podem perder!
Do produtor de Uncharted, Homem-Aranha e Venom chega Borderlands
que é realizado por Eli Roth, tendo sido baseado numa das franquias de
videojogos mais vendidas de sempre.
No elenco, temos Cate Blanchett,
Jamie Lee Curtis, Kevin Hart, Ariana Greenblatt, Florian Muntenu, Edgar Ramírez
e Jack Black.
Tudo começa com Lilith (Cate Blanchett), uma infame caçadora de
recompensas com um passado misterioso, regressa a Pandora, o planeta mais
caótico da galáxia. A missão é encontrar a filha desaparecida de Atlas (Edgar
Ramírez), o SOB mais poderoso do universo. Lilith forma uma inesperada
aliança com uma equipa de desastrados – Roland (Kevin Hart), um
experiente mercenário em busca de redenção; Tiny Tina (Ariana
Greenblatt), uma incrível demolidora pré-adolescente; Krieg (Florian
Munteanu), o musculoso protetor de Tina; Tannis (Jamie Lee
Curtis), a excêntrica cientista que já viu de tudo; e Claptrap (Jack
Black), um robot muito esperto. Juntos, estes improváveis heróis vão combater
uma espécie alienígena e perigosos bandidos para descobrir um dos segredos mais
explosivos de Pandora. O destino do universo pode estar nas mãos deles –
mas eles lutarão por algo mais poderoso: uns pelos outros.
Preparados para conhecer de perto o planeta Pandora, considerado
como o planeta mais caótico da galáxia? Esta é uma das franquias que teve a
chance de ter uma adaptação para o grande ecrã, criando alegria para muitos
amantes dos videojogos. No entanto, será que cumpre realmente com o seu propósito?
Borderlands é um autêntico caos, mas não no bom sentido,
sendo que não há uma consistência na própria história e o que não falta são
falhas consecutivas em várias situações. Até pode ser engraçado de se ver num aspeto
visual, mas não é o suficiente para criar interesse naquilo que se está a ver.
E chega a um ponto que é demasiado artificial, exagerado e cansativo de se
assistir. Infelizmente, não conseguiu aproveitar a riqueza e potencial que o
material original possuía.
Esta é daquelas produções que me criou uma curiosidade imediata após ter visto
o seu trailer, mas neste caso não correspondeu às expetativas que tinha inicialmente.
Se tivesse de escolher qual seria a parte do filme que possa ter captado
uma maior atenção, eu diria provavelmente os últimos 15 a 20 minutos do mesmo. Contudo,
mesmo assim, não foi suficiente para proporcionar uma experiência positiva e
acabou por se transformar numa confusão forçada cheia de problemas que o
próprio elenco não conseguiu salvar.
Borderlands pode conter uma aventura com alguma maluquice, ação
e inúmeras explosões pelo meio, mas o seu resultado não convenceu e perdeu-se
completamente desde o início ao fim.
A série de sucesso original da Disney+, Percy Jackson tem
conquistado admiradores espalhados pelo mundo que desde o início estavam
curiosos para saber como seria esta nova adaptação dos livros de Rick Riordan.
Esta produção da Disney Branded Television e da 20th Television tem a criação
de Rick Riordan e Jonathan E. Steinberg.
O elenco é protagonizado por
Walker Scobell (Percy Jackson), Leah Sava Jeffries (Annabeth Chase) e Aryan
Simhadri (Grover Underwood). Na primeira temporada também fazem parte nomes,
tais como, Lin-Manuel Miranda (Hermes), Megan Mullally (Alecto/Sra. Dodds),
Toby Stephens (Poseidon), Virginia Kull (Sally Jackson), Jason Mantzoukas
(Dionysus/Sr. D), Jay Duplass (Hades), Glynn Turman (Quíron/Sr. Brunner), Lance
Reddick (Zeus), Adam Copeland (Ares), Charlie Bushnell (Luke Castellan), Dior
Goodjohn (Clarisse La Rue), Jessica Parker Kennedy (Medusa), Olivea Morton
(Nancy Bobofit), Suzanne Cryer (Equidna), Timm Sharp (Gabe Ugliano) e Timothy Omundson
(Hafesto).
A primeira temporada é composta por 8 episódios, sendo que já foi renovada
para uma segunda temporada.
Esta série conta a fantástica história de um semideus moderno de 12 anos, Percy
Jackson, que está a tentar adaptar-se aos seus novos poderes divinos,
quando Zeus o acusa de roubar o seu raio-mestre. Com a ajuda dos seus
amigos Grover e Annabeth, Percy tem de embarcar na
aventura de uma vida para o encontrar e restaurar a ordem no Olimpo.
Percy Jackson está numa missão perigosa. Tendo de fugir de
monstros e de ser mais esperto que os deuses, ele tem de viajar pelos EUA para
devolver o Raio de Zeus e impedir a guerra. Após perder a mãe, Percy
é acolhido na Colónia dos Mestiços, um santuário para miúdos semideuses. Ele
tem de provar o seu valor e enfrentar as suas origens quando descobre que
também é um semideus. Depois, encontrará os perigos de perseguir inimigos
enquanto busca o Submundo. Com a ajuda dos seus companheiros de missão, Annabeth
e Grover, a jornada de Percy irá aproximá-lo das respostas que
procura: Como se integrar num mundo em que se sente deslocado? Irá voltar a ver
a mãe? Conseguirá, um dia, descobrir quem está destinado a ser?
Desta vez, partilho com vocês, 5 razões para
assistirem a Percy Jackson!
1. Uma nova adaptação mais fiel aos livros
Uma das principais críticas feitas aos filmes que surgiram como primeira
adaptação aos livros de Percy Jackson era que diferenciava bastante do
original e houve muitas pessoas que não gostaram desse resultado.
A coleção de livros best-sellers do Percy Jackson publicados pela
Disney Hyperion já vendeu mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo,
sendo que nesta adaptação existe uma colaboração mais próxima de Rick Riordan,
o seu autor e que também é um dos produtores executivos desta série.
Por isso, esta é a adaptação que os admiradores dos livros já esperavam há muito
tempo que fosse colocada em prática! Agora sim, foi finalmente possível dar realmente
vida aos livros de Rick Riordan e apresentar uma série que se mantém fiel à sua
visão destas personagens que milhões se conectam e adoram. Claro que podem
existir ligeiras alterações ao material original, mas nada que influencie por
completo a experiência de quem leu o livro.
2.A escolha de Walker Scobell como Percy Jackson
Divulgação: Disney+
Na primeira temporada desta série que adapta o primeiro livro de Rick Riordan,
Percy Jackson tem de devolver o Raio de Zeus, impedir uma guerra
e descobrir o seu próprio destino. Além disso, Percy, Annabeth e Grover
são postos à prova na sua aventura de restaurar a ordem no Monte Olimpo e
salvar o mundo.
Uma das maiores surpresas desta produção foi a escolha acertada de Walker
Scobell para interpretar Percy Jackson. Ele fez um ótimo trabalho a
adaptar este herói e no seu desenvolvimento, onde deu para perceber todo o
cuidado que teve a desempenhá-lo e executado de um modo tão natural.
Quem acompanha esta série, cria logo uma empatia e uma ligação imediata com
este protagonista, onde torce para que ele tenha sucesso na sua jornada. É um
jovem carismático e determinado que vai fazer o que for preciso para cumprir
com a sua missão, não importa os obstáculos que possam vir a surgir e os
adversários que querem impedi-lo.
Além disso, a dinâmica de Percy Jackson com Annabeth e Grover
é bem engraçada, onde não faltam picardias entre esta tripla e criando assim, mais
vontade em querer acompanhar as suas aventuras cheias de desafios pelo caminho.
Tanto Leah Sava Jeffries, como Aryan Simhadri também fazem um ótimo desempenho
das suas personagens.
3.Os Deuses Gregos e os Semideuses
Divulgação: Disney+
Quem é admirador da mitologia grega como eu acaba por ficar
instantaneamente interessado quando surge uma narrativa relacionada com os
Deuses Gregos. A pessoa fica cativada desde o primeiro instante para aprender
mais sobre cada um destes deuses, enquanto coloca a sua imaginação à prova
sobre o que vai acontecendo de seguida e muito mais. E ainda, pode ver como
determinados deuses são apresentados para esta realidade.
É daquelas histórias que tem um enorme potencial, principalmente quando
também incluímos os semideuses. Os semideuses são o resultado da junção dos
humanos com os deuses, sendo que normalmente possuem uma habilidade especial do
lado mais divino. Assim, há muita história para ser explorada que pode ser
contada e executada de inúmeras formas.
Por isso, acredito que surpresas e reviravoltas não irão faltar para prender
a atenção e surpreender positivamente o público. No entanto, houveram situações
que poderiam ter sido melhor aproveitadas e desenvolvidas.
4.Os cenários e as aventuras deste mundo de fantasia
Divulgação: Disney+
Percy Jackson pertence a um universo cheio de possibilidades
que continua a cativar a mente de espetadores de todas as idades, um pouco por
todo o mundo.
Este mundo de fantasia é repleto de magia, emoção e aventuras e também contém imagens que
deixam muitos sem palavras. Muito se deve ao trabalho excelente na construção
dos cenários que podemos ver nesta série e que são divinais. É tão bem feito
que até chega a um ponto que parece que fomos transportados diretamente para
aquele ambiente mágico com as suas peculiaridades, onde participamos nas suas
cenas e estamos ao lado das personagens. E criando assim, uma maior empatia com
estas personagens e principalmente com este mundo de Percy Jackson que
estava apenas inserido na nossa imaginação.
A sensação de embarcar numa nova aventura e participar numa viagem heroica
é sem dúvida, fascinante!
5.Uma história que não termina apenas com uma primeira temporada
Divulgação: Disney+
Muitas vezes, existem séries que estreiam com argumentos convincentes e até
interessantes. Mas, que infelizmente não ultrapassam da primeira temporada e
fazendo com que a história em si, fique em aberto e sem final. Por isso, há
quem opte por não começar a ver determinadas séries por esse mesmo motivo. É
sem dúvida, frustrante quando começamos a acompanhar uma série com episódios
cativantes que depois acaba por ser cancelada. E levando assim, a que fique
tudo sem resolução e apenas sobrem meras teorias que não chegam a ser
confirmadas ou desmentidas.
Uma coisa é certa! Já perdi a conta do número de séries em que isso já me
aconteceu. Felizmente, Percy Jackson tem mais uma chance para continuar
a contar as suas aventuras! Quem sabe, ainda possamos ver todos os livros a
serem adaptados em futuras temporadas.
Divulgação: Disney+
Assim, Percy Jackson é uma combinação de fantasia com aventura e
ação que vai entreter imediatamente o público, onde conseguimos identificar-nos
com aquilo que está a ser contado. Contudo, não é perfeita e tem as suas
falhas. Infelizmente, tem problemas a nível de ritmo e tem falta de cenas de
ação para aquilo que se esperava. As cenas de luta tinham potencial, mas algumas
foram demasiado rápidas de se assistir e não foram bem aproveitadas. Houve momentos
em que senti que a história estava a ser contada de um modo muito mais apressado
do que era suposto. Se os episódios tivessem sido ligeiramente com uma duração
mais longa, talvez pudesse ajudar. Espero que em episódios futuros, tudo isso
possa ser aperfeiçoado e assim, melhorar significativamente a experiência de
quem está a ver.
Mesmo assim, na primeira temporada do Percy Jackson, este teve a
capacidade de conquistar, tanto quem leu os livros como as pessoas que não
leram, tornando-se assim, num sucesso autêntico da plataforma do Disney+! Esta
é uma série divertida para todas as idades que não irão dar conta do tempo a
passar e não irão querer perder!
Podia Ter Esperado por Agosto é uma das últimas novidades para o cinema
português que foi filmada na vila do Soajo, no norte do País. É uma comédia
romântica escrita, realizada e protagonizada por César Mourão, sendo que ele se
estreia na realização de uma longa metragem. Também é protagonizado pela Júlia
Palha e Kevin Dias (ator luso francês que entra na série da Netflix, Emily
in Paris).
O filme é produzido pela 313, a empresa co-fundada por César Mourão,
juntamente com Diogo Brito. E também tem o apoio da SIC e da sua plataforma
OPTO.
Esta narrativa desenrola-se numa aldeia remota do interior do país, onde um
homem apaixonado e o seu melhor amigo engendram um plano, sem pés nem cabeça,
para atrair de Lisboa a mulher amada. Contra todas as expetativas, o plano
resulta e aí começam os verdadeiros problemas, originando uma comédia romântica
rocambolesca onde dois mundos se chocam.
Este homem da aldeia tem o nome de Xavier (César Mourão) e é uma
pessoa simples e ingénua que ocupa uma parte do seu tempo como sacristão.
Contudo, ele está perdidamente apaixonado por Laura (Júlia Palha), uma
jovem da cidade de Lisboa que costuma passar as suas férias de verão à casa isolada
do seu avô.
Numa tentativa de fazer os possíveis para que Laura regresse à
aldeia, Xavier e o seu melhor amigo Julião (Kevin Dias), um sacristão
e um autêntico artista de esquemas imprevisível que tem sempre um plano maluco para
colocar em prática juntam-se para arranjar uma maneira dela voltar. Apesar do plano
ultrapassar os limites, será que irá resultar ou será que tudo irá cair por
água abaixo? Poderão Xavier e Laura ficar realmente juntos nesta
comédia romântica?
Podia Ter Esperado por Agosto é um filme engraçado com o seu sentido de
humor negro composto por uma história simples cheia de sensibilidade, tendo
sido executada com inteligência e naturalidade, sem não esquecer o lado mais de
improviso que funciona perfeitamente. Tem uma magia própria e é repleta de
surpresas e reviravoltas, onde possui a capacidade de envolver o público e
conseguimos identificar-nos automaticamente com as personagens. Além disso,
mostra como é a vida solitária e diária de uma população numa aldeia portuguesa,
enquanto transmite uma mensagem pertinente que nos faz refletir, que muitas
vezes só valorizamos algo quando o perdemos e isso não é certo.
Um dos destaques principais deste filme é sem dúvida, as cenas partilhadas
entre o Xavier e Julião. Eles são dois malucos bastante caricatos
que têm uma enorme cumplicidade e que trazem uma alegria instantânea ao
espetador. As cenas mais divertidas são protagonizadas por eles. E foi uma
ótima surpresa ver o Kevin Dias num registo completamente diferente
daquele que temos visto na série Emily in Paris.
Já César Mourão está de parabéns por esta comédia romântica. Ele é um
artista versátil, onde neste caso temos a oportunidade de ver o seu trabalho
como argumentista, realizador e ainda, como um dos protagonistas. Cada vez mais
têm surgido obras portuguesas que têm arriscado e de uma certa forma, conseguem
inovar à sua maneira, surpreendido assim, o público. E este filme não é
exceção! Por isso, a pessoa acaba por ficar com mais interesse em acompanhar
mais cinema português.
Esta é uma produção divertida com a sua dose de loucura que tem uma boa
qualidade e é feita com os pés na terra para toda a família! É apresentado um
ambiente familiar na deliciosa aldeia do Soajo, na Peneda-Gerês que é
caracterizada por casas típicas em granito e muito mais. Também podemos ver
imagens de vistas lindíssimas deste local e arredores que deixam qualquer um fascinado
com aquilo que o nosso País oferece, criando assim, uma maior vontade em
visitar pelo seu próprio pé.
Podia Ter Esperado por Agosto é uma aposta que traz boa disposição, faz
bem à mente e é sem dúvida, uma animação garantida que irá cativar, sendo protagonizada
por um elenco talentoso que vocês não irão querer perder!
A sessão de cinema em que fui assistir a este filme teve a presença de César Mourão, Júlia Palha e Kevin Dias. Eles tiveram a apresentar esta produção portuguesa e foi ótimo ter tido a possibilidade de conhecê-los pessoalmente!