sábado, 31 de agosto de 2024

O filme "Hellboy e o Homem Torto" traz de volta o demónio vermelho para mais uma dose de ação e terror

 

O demónio vermelho está de regresso numa nova adaptação com Hellboy e o Homem Torto (Hellboy: The Crooked Man). A partir da história original de Mike Mignola que é o criador do personagem Hellboy, esta produção é realizada por Brian Taylor. E no elenco fazem parte nomes, tais como, Jack Kesy, Adeline Rudolph e Jefferson White.

Hellboy (Jack Kesy) e Bobbie, a nova agente novata do BPRD (Adeline Rudolph) ficam retidos nos Apalaches rurais dos anos 50, onde descobrem uma pequena comunidade assombrada por bruxas e liderada por um demónio local que possui uma inquietante ligação ao passado de Hellboy: o Homem Torto, cujo verdadeiro nome é Jeremiah Witkins, um avarento especulador do século XVIII que lucrava com a guerra e que foi enforcado pelos seus crimes. No entanto, o Homem Torto voltou do inferno e tornou-se no demónio residente da região.

Divulgação: NOS Audiovisuais

Na década de 1950 e num lugar bastante remoto em que se sente desde o início que algo de estranho se passa, Hellboy e Bobbie começam a explorar os seus mistérios sombrios, enquanto vão sabendo histórias sobre o Homem Torto, um demónio que foi enviado de volta à Terra para coletar almas para o diabo. Além disso, esta figura acaba por ter uma conexão preocupante com Hellboy que faz com que tenha de enfrentar segredos do seu passado que já estavam há muito tempo, bem enterrados. Essa será uma batalha poderosa contra forças malignas que ameaçam trazer o caos para o mundo. Será que este demónio vermelho vai conseguir lidar com o seu passado e acabar com esta ameaça repleta de escuridão?

Divulgação: NOS Audiovisuais

Hellboy e o Homem Torto é uma nova versão mais sinistra e peculiar que nos dá a oportunidade de investigarmos e testemunharmos o início de todo o mal que é envolvido em entidades demoníacas perigosas, violência e algumas revelações. Também tem uma boa combinação de ação com terror e suspense que se desenrola num ambiente sombrio, onde tudo pode acontecer.

No entanto, a escolha na fotografia não foi a mais adequada, chegando a um ponto em que determinadas cenas eram tão escuras que acabavam por tirar o foco naquilo que estava a suceder e criando assim, alguma distração para o próprio espetador. E isso, também ocorreu em cenas mais impactantes como as de ação, em que existia uma maior dificuldade em acompanhar as lutas e os movimentos que foram sendo utilizados em certas situações. Além disso, houve diálogos que me pareceram mais forçados, tirando assim, um pouco da essência da narrativa e das personagens. E as próprias personagens poderiam ter sido desempenhadas de outra forma.

Divulgação: NOS Audiovisuais

Um ponto bastante positivo é que surpreendeu a nível do terror introduzido ao longo do filme. Nesta produção, houve muitas mais situações assustadoras que foram complementadas com efeitos visuais satisfatórios do que em outros projetos que possuem um orçamento mais elevado. Infelizmente, os filmes de terror já não são o que eram antigamente e por isso, é cada vez mais difícil a pessoa surpreender-se por este género que tem inúmeros admiradores. Neste caso, surgiram momentos na história mais aterrorizantes que foram uma boa surpresa e são fulcrais que façam parte dos ingredientes para um bom argumento de terror.

Hellboy e o Homem Torto é daqueles filmes que apesar de algumas falhas, continua a criar vontade em se saber o que vai acontecer de seguida e nos dá uma boa fonte de entretenimento cheia de ação, bruxaria e terror e possui uma dose de criatividade que é interessante de se acompanhar.


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Filme "O Corvo" - será que devemos comparar este remake com o filme original de 1994?

 

Já estreou o filme, O Corvo (The Crow, como título original) que é um remake moderno da banda desenhada original de James O’Barr. A primeira versão de O Corvo que foi lançada nos cinemas em 1994, ficou marcada pela morte acidental, durante as filmagens, de Brandon Lee, ator e filho do ícone das artes marciais, Bruce Lee.

Desta vez, esta nova adaptação é realizada por Rupert Sanders e Bill Skarsgård assume este papel marcante do universo da cultura pop. FKA Twigs e Danny Huston também fazem parte do elenco.

Esta é a história de um super-herói sobrenatural, que é ressuscitado após a sua morte para combater o crime.  

As almas gémeas Eric Draven (Bill Skarsgård) e Shelly Webster (FKA Twigs) são brutalmente assassinadas quando demónios do seu passado sombrio os alcançam. Para salvar o seu verdadeiro amor, Eric sacrifica-se e sai em busca de uma impiedosa vingança contra os seus assassinos, atravessando o mundo dos vivos e dos mortos para restaurar o que está errado.

Divulgação: Pris Audiovisuais

Primeiramente, há que referir que existem produções que são remakes que não devem ser comparados com o seu original, porque depois acaba por dar um mau resultado e assim, desiludir as pessoas que estão com as expetativas muito elevadas. Este remake é um desses casos e por isso, o melhor é separarem por completo estes dois filmes.

Eric Draven, uma pessoa que parecia que não fazia mal a uma mosca muda completamente, quando ele e a sua companheira são assassinados. Devido a isso, ele decide assumir o papel de vingador e a identidade do Corvo em busca de uma impiedosa vingança contra os seus assassinos. Ninguém está a salvo desta figura obscura rodeada de corvos.

Divulgação: Pris Audiovisuais

Com quase duas horas de duração, esta versão de O Corvo é um thriller de ação que garantidamente, não vai ser para todos os gostos, principalmente se forem feitas comparações com o original. Mas, de vez em quando, consegue entreter à sua maneira. É evidente alguns dos seus problemas, sendo que um dos seus principais foi sem dúvida, a escolha do elenco, exceto Bill Skarsgård. Temos o exemplo de FKA Twigs que deu pele a um personagem sem qualquer carisma, irritante e que não transmitia uma química realista com Bill Skarsgård. E muito da sua interpretação pareceu bastante artificial, levando a que seja uma das razões pelos quais não é possível criar uma empatia com ela. Assim, acaba por se tornar num personagem facilmente esquecível.  

No entanto, foi bom assistir ao trabalho de desenvolvimento de Bill Skarsgård, onde temos a chance de acompanhar a jornada e transformação de Eric Draven que se tornou num lutador determinado, perspicaz e infalível. Este é daqueles atores que foi interessante observar as suas expressões corporais e faciais em certas cenas que muitas vezes, valem mais do que diversas palavras. Além disso, um dos destaques também vai para as cenas de ação que incluem lutas bem coreografadas, levando assim, a prender mais a atenção de quem está a ver.  

Este remake de O Corvo tem os seus altos e baixos e é plenamente diferente do original. Contudo, não foi uma perda de tempo ver mais um desempenho de Bill Skarsgård que continua a surpreender em cada um dos personagens que interpreta.


quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Filme "Blink Twice" - o que esperar deste thriller de terror psicológico?

 

Zoë Kravitz estreia-se como realizadora de longas-metragens com Blink Twice (Um Sinal Secreto, como título em português), onde irá proporcionar umas férias misteriosas que não irão deixar ninguém indiferente. Também é escritora e produtora deste projeto.

O elenco é composto por Naomi Ackie, Channing Tatum, Alia Shawkat, Simon Rex, Adria Arjona, Haley Joel Osment, Christian Slater, Kyle MacLachlan e Geena Davis.

Este thriller psicológico promete envolver os espetadores numa trama intensa, cheia de suspense e oferecer ainda uma visão intrigante, onde o perigo está sempre à espreita e o mistério se esconde à vista.

Esta trama inicia-se quando Slater King (Channing Tatum), multimilionário do ramo tecnológico, conhece Frida (Naomi Ackie), uma empregada de mesa, na sua gala de angariação de fundos, a chama acende. Ele convida-a a juntar-se a ele e aos seus amigos numa viagem de sonho à sua ilha privada. É o paraíso. Noites selvagens fundem-se em dias ensolarados e todos estão a divertir-se imenso. Ninguém quer que esta viagem acabe, mas à medida que coisas estranhas começam a acontecer, Frida começa a questionar a sua realidade. Há algo de errado neste lugar. Ela terá de descobrir a verdade se quiser sair desta festa viva.

O que parecia uma escapadela perfeita transforma-se rapidamente num pesadelo, com comportamentos estranhos e uma crescente sensação de desconforto.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal

Já imaginaram como seria se alguém que era considerada como invisível, e de repente e inesperadamente consegue chamar a atenção de um bilionário do setor tecnológico? E conquistou de uma tal forma, que acaba por ser convidada a passar com ele e com os seus amigos, uns dias de luxo na sua ilha privada. Parece algo tão improvável de acontecer, mas na realidade quando surge essa oportunidade, a pessoa até desconfia não? Contudo, Frida simplesmente aproveitou e seguiu viagem com pessoas desconhecidas, esperando apenas uma enorme diversão e sem pensar em possíveis consequências.

Para imergimos melhor na história, temos Slater King, um bilionário da tecnologia, conhecido pelo seu estilo de vida extravagante e um dia, ele resolve comprar uma ilha para escapar temporariamente da realidade. No entanto, rapidamente toma um rumo inesperado, mergulhando numa atmosfera de tensão.

E depois temos a Frida, uma empregada de mesa à procura de umas férias. E vê no convite de Slater essa oportunidade. Mas à medida que Frida se adapta ao ambiente luxuoso, começa a notar sinais alarmantes que a levam a questionar a verdadeira natureza dos eventos ao seu redor. O que parecia um sonho perfeito revela-se cada vez mais ameaçador, conduzindo Frida por uma jornada de descobertas inquietantes e revelações perturbadoras.        

Apesar de ser uma narrativa ficcional, infelizmente ainda existe uma possibilidade deste tipo de situações acontecerem na vida real e até pessoas identificarem-se na pele. Por isso, pode não ser um filme aconselhado para todos, pois aborda temas intensos e até cenas de violência, nos quais inclui violência sexual.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal

Blink Twice é uma viagem louca e surreal por um thriller psicológico que tem muitos elementos surpresa e está cheio de traumas, caos, tensão e mistério, sendo que apresenta uma perspetiva da forma como pode ser usado o abuso de poder, como as ações têm as suas próprias consequências e o efeito devastador de como a diversão pode ultrapassar todos os limites. Algumas personagens são facilmente dispensáveis, sendo que não conseguiram criar qualquer tipo de impacto. Além disso, mesmo que considere uma produção bem realizada e com um bom nível de criatividade no modo como executaram cada cena, a história em si acaba por ser previsível. Porém, não tira a vontade do espetador querer continuar a acompanhar o que vai acontecer de seguida e até de imaginar o seu desfecho. E também tem o seu lado mais estranho e selvagem, mas de um modo que beneficia a história que está a ser contada.

Este é um filme envolvente repleto de fotografias para a posteridade que cria um interesse imediato desde o início e que é tratado como se fosse um puzzle, onde vão sendo introduzidas pistas que são fulcrais para construir este jogo perigoso, em que a sanidade mental é colocada em causa. E basta, um simples sinal secreto para que tudo mude de uma vez por todas e que pode fazer toda a diferença. Uma coisa é certa! Para vencer, a pessoa tem de sobreviver a todo o custo, não importa o que tenha de fazer. E quem sabe, o prémio deste jogo possa ser muito maior do que escapar e sair viva desta ilha privada com os seus encantos, mas onde este local remoto acabou por testemunhar muitos segredos aterrorizantes e traumatizantes.

Divulgação: Warner Bros. Pictures Portugal   

Blink Twice também transmite uma mensagem pertinente e de chamada de atenção para a importância de o indivíduo lidar com os seus traumas e os cuidados que as pessoas devem ter, caso algo do género possa vir a acontecer, incluindo os sinais que muitas vezes estão à nossa frente e no início não nos apercebemos. Muitas vezes, nem tudo é o que parece ser. E este foi um desses casos, onde inicialmente parecia ser muita diversão à mistura, mas que na realidade acabou por se transformar em algo muito pior.  

No entanto, para quem gosta de thrillers de terror psicológicos é uma boa aposta que tem a capacidade de num mero piscar de olhos, tudo mudar radicalmente e ainda, de surpreender à sua maneira! E que futuramente, venham mais projetos realizados por Zoë Kravitz!   


quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Filme "Alien: Romulus" - será que esta produção traz algo de novo a esta franquia?

 

Da 20th Century Studios, Alien: Romulus é uma das estreias mais recentes, relativamente ao género de ficção científica que traz de volta mais uma produção da franquia Alien. Produzido por Ridley Scott, Fede Alvarez é o realizador e ainda, escreveu o argumento juntamente com Rodo Sayagues, baseando nas personagens criadas por Dan O’Bannon e Ronald Shusett. E já podem acompanhar o filme na plataforma de streaming da Disney+.

Desta vez no elenco temos Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux, Isabela Merced, Spike Fearn e Aileen Wu.

Esta narrativa leva o fenomenal sucesso da franquia Alien de volta às suas raízes: enquanto vasculham nas profundezas de uma estação espacial abandonada, um grupo de jovens colonizadores espaciais depara-se com a forma de vida mais aterradora do universo.

Será que Alien: Romulus traz algo de novo para esta saga que é considerada como um fenómeno? Uma coisa é garantida! Vai ter a capacidade de agarrar de certeza o espetador ao ecrã, principalmente se estivermos a assistir em IMAX®.

O facto de terem decidido regressar às raízes foi uma ideia bem concebida, pois ainda existia diversas maneiras de explorar ainda mais este universo e de uma certa forma, criar uma visão mais rejuvenescida e até cativante.

Divulgação: 20th Century Studios Portugal

Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que proporciona uma experiência cinematográfica aterradora, surpreendendo pela positiva quem está a ver e ainda, excede qualquer tipo de expetativas iniciais.

A história em si é sólida, mas previsível e é executada num ritmo mais lento do que se poderia esperar. E para quem nunca acompanhou esta franquia, também acaba por dar uma introdução breve e eficaz daquilo que é necessário a pessoa saber para compreender o desenrolar desta produção.

Divulgação: 20th Century Studios Portugal

Os efeitos visuais e sonoros combinaram muito bem neste filme. Neste argumento incluiu elementos fundamentais e maneiras inovadoras de continuar a criar interesse na saga, onde também não faltou terror, tensão, violência, criaturas assustadoras e implacáveis, ação, sustos ligeiros, instintos de sobrevivência, perseguições constantes e destruições explosivas.

Infelizmente, muitas das personagens apresentadas têm alguma dificuldade em se criar algum tipo de empatia. E por vezes, até se tornam demasiado irritantes e dispensáveis, fazendo com que sejam facilmente esquecíveis.    

Divulgação: 20th Century Studios Portugal

Em Alien: Romulus, o perigo está constantemente à espreita e há sempre algo a acontecer neste ambiente sombrio e remoto que possui uma boa dose de suspense. E, onde podemos definir como uma realidade estranha, intensa e repleta de loucura que vai tendo os seus momentos de tirar o fôlego e outros mais emocionantes e caóticos.  

Este é um regresso bem-sucedido que pode não ser totalmente perfeito, ter as suas falhas ou até dividir opiniões. Mas que cria a sua própria marca, sendo envolvida num clássico que continua a entreter fãs da saga e a conquistar novos admiradores. Além disso, esta obra apresenta de um modo leve aos amantes deste universo, algumas referências bem introduzidas de outros filmes que levam a criar uma conexão imediata com toda esta franquia.

Alien Romulus é uma boa fonte de entretenimento na área da ficção científica e terror que traz um resultado satisfatório e divertido para o seu público. É um filme que não podem perder!


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Filme "Borderlands" - o que devemos esperar da adaptação desta franquia de videojogos

 

Do produtor de Uncharted, Homem-Aranha e Venom chega Borderlands que é realizado por Eli Roth, tendo sido baseado numa das franquias de videojogos mais vendidas de sempre.

No elenco, temos Cate Blanchett, Jamie Lee Curtis, Kevin Hart, Ariana Greenblatt, Florian Muntenu, Edgar Ramírez e Jack Black.

Tudo começa com Lilith (Cate Blanchett), uma infame caçadora de recompensas com um passado misterioso, regressa a Pandora, o planeta mais caótico da galáxia. A missão é encontrar a filha desaparecida de Atlas (Edgar Ramírez), o SOB mais poderoso do universo. Lilith forma uma inesperada aliança com uma equipa de desastrados – Roland (Kevin Hart), um experiente mercenário em busca de redenção; Tiny Tina (Ariana Greenblatt), uma incrível demolidora pré-adolescente; Krieg (Florian Munteanu), o musculoso protetor de Tina; Tannis (Jamie Lee Curtis), a excêntrica cientista que já viu de tudo; e Claptrap (Jack Black), um robot muito esperto. Juntos, estes improváveis heróis vão combater uma espécie alienígena e perigosos bandidos para descobrir um dos segredos mais explosivos de Pandora. O destino do universo pode estar nas mãos deles – mas eles lutarão por algo mais poderoso: uns pelos outros.

Preparados para conhecer de perto o planeta Pandora, considerado como o planeta mais caótico da galáxia? Esta é uma das franquias que teve a chance de ter uma adaptação para o grande ecrã, criando alegria para muitos amantes dos videojogos. No entanto, será que cumpre realmente com o seu propósito?

Borderlands é um autêntico caos, mas não no bom sentido, sendo que não há uma consistência na própria história e o que não falta são falhas consecutivas em várias situações. Até pode ser engraçado de se ver num aspeto visual, mas não é o suficiente para criar interesse naquilo que se está a ver. E chega a um ponto que é demasiado artificial, exagerado e cansativo de se assistir. Infelizmente, não conseguiu aproveitar a riqueza e potencial que o material original possuía.

Esta é daquelas produções que me criou uma curiosidade imediata após ter visto o seu trailer, mas neste caso não correspondeu às expetativas que tinha inicialmente.

Se tivesse de escolher qual seria a parte do filme que possa ter captado uma maior atenção, eu diria provavelmente os últimos 15 a 20 minutos do mesmo. Contudo, mesmo assim, não foi suficiente para proporcionar uma experiência positiva e acabou por se transformar numa confusão forçada cheia de problemas que o próprio elenco não conseguiu salvar.

Borderlands pode conter uma aventura com alguma maluquice, ação e inúmeras explosões pelo meio, mas o seu resultado não convenceu e perdeu-se completamente desde o início ao fim.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Percy Jackson - 5 razões para verem esta série de aventura original da Disney+

 

A série de sucesso original da Disney+, Percy Jackson tem conquistado admiradores espalhados pelo mundo que desde o início estavam curiosos para saber como seria esta nova adaptação dos livros de Rick Riordan. Esta produção da Disney Branded Television e da 20th Television tem a criação de Rick Riordan e Jonathan E. Steinberg.  

O elenco é protagonizado por Walker Scobell (Percy Jackson), Leah Sava Jeffries (Annabeth Chase) e Aryan Simhadri (Grover Underwood). Na primeira temporada também fazem parte nomes, tais como, Lin-Manuel Miranda (Hermes), Megan Mullally (Alecto/Sra. Dodds), Toby Stephens (Poseidon), Virginia Kull (Sally Jackson), Jason Mantzoukas (Dionysus/Sr. D), Jay Duplass (Hades), Glynn Turman (Quíron/Sr. Brunner), Lance Reddick (Zeus), Adam Copeland (Ares), Charlie Bushnell (Luke Castellan), Dior Goodjohn (Clarisse La Rue), Jessica Parker Kennedy (Medusa), Olivea Morton (Nancy Bobofit), Suzanne Cryer (Equidna), Timm Sharp (Gabe Ugliano) e Timothy Omundson (Hafesto).

A primeira temporada é composta por 8 episódios, sendo que já foi renovada para uma segunda temporada.

Esta série conta a fantástica história de um semideus moderno de 12 anos, Percy Jackson, que está a tentar adaptar-se aos seus novos poderes divinos, quando Zeus o acusa de roubar o seu raio-mestre. Com a ajuda dos seus amigos Grover e Annabeth, Percy tem de embarcar na aventura de uma vida para o encontrar e restaurar a ordem no Olimpo.

Percy Jackson está numa missão perigosa. Tendo de fugir de monstros e de ser mais esperto que os deuses, ele tem de viajar pelos EUA para devolver o Raio de Zeus e impedir a guerra. Após perder a mãe, Percy é acolhido na Colónia dos Mestiços, um santuário para miúdos semideuses. Ele tem de provar o seu valor e enfrentar as suas origens quando descobre que também é um semideus. Depois, encontrará os perigos de perseguir inimigos enquanto busca o Submundo. Com a ajuda dos seus companheiros de missão, Annabeth e Grover, a jornada de Percy irá aproximá-lo das respostas que procura: Como se integrar num mundo em que se sente deslocado? Irá voltar a ver a mãe? Conseguirá, um dia, descobrir quem está destinado a ser?    

Desta vez, partilho com vocês, 5 razões para assistirem a Percy Jackson!

 

1. Uma nova adaptação mais fiel aos livros

Uma das principais críticas feitas aos filmes que surgiram como primeira adaptação aos livros de Percy Jackson era que diferenciava bastante do original e houve muitas pessoas que não gostaram desse resultado.

A coleção de livros best-sellers do Percy Jackson publicados pela Disney Hyperion já vendeu mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo, sendo que nesta adaptação existe uma colaboração mais próxima de Rick Riordan, o seu autor e que também é um dos produtores executivos desta série.

Por isso, esta é a adaptação que os admiradores dos livros já esperavam há muito tempo que fosse colocada em prática! Agora sim, foi finalmente possível dar realmente vida aos livros de Rick Riordan e apresentar uma série que se mantém fiel à sua visão destas personagens que milhões se conectam e adoram. Claro que podem existir ligeiras alterações ao material original, mas nada que influencie por completo a experiência de quem leu o livro.

2.       A escolha de Walker Scobell como Percy Jackson

Divulgação: Disney+

Na primeira temporada desta série que adapta o primeiro livro de Rick Riordan, Percy Jackson tem de devolver o Raio de Zeus, impedir uma guerra e descobrir o seu próprio destino. Além disso, Percy, Annabeth e Grover são postos à prova na sua aventura de restaurar a ordem no Monte Olimpo e salvar o mundo.

Uma das maiores surpresas desta produção foi a escolha acertada de Walker Scobell para interpretar Percy Jackson. Ele fez um ótimo trabalho a adaptar este herói e no seu desenvolvimento, onde deu para perceber todo o cuidado que teve a desempenhá-lo e executado de um modo tão natural.

Quem acompanha esta série, cria logo uma empatia e uma ligação imediata com este protagonista, onde torce para que ele tenha sucesso na sua jornada. É um jovem carismático e determinado que vai fazer o que for preciso para cumprir com a sua missão, não importa os obstáculos que possam vir a surgir e os adversários que querem impedi-lo.

Além disso, a dinâmica de Percy Jackson com Annabeth e Grover é bem engraçada, onde não faltam picardias entre esta tripla e criando assim, mais vontade em querer acompanhar as suas aventuras cheias de desafios pelo caminho. Tanto Leah Sava Jeffries, como Aryan Simhadri também fazem um ótimo desempenho das suas personagens. 

3.       Os Deuses Gregos e os Semideuses

Divulgação: Disney+

Quem é admirador da mitologia grega como eu acaba por ficar instantaneamente interessado quando surge uma narrativa relacionada com os Deuses Gregos. A pessoa fica cativada desde o primeiro instante para aprender mais sobre cada um destes deuses, enquanto coloca a sua imaginação à prova sobre o que vai acontecendo de seguida e muito mais. E ainda, pode ver como determinados deuses são apresentados para esta realidade.

É daquelas histórias que tem um enorme potencial, principalmente quando também incluímos os semideuses. Os semideuses são o resultado da junção dos humanos com os deuses, sendo que normalmente possuem uma habilidade especial do lado mais divino. Assim, há muita história para ser explorada que pode ser contada e executada de inúmeras formas.  

Por isso, acredito que surpresas e reviravoltas não irão faltar para prender a atenção e surpreender positivamente o público. No entanto, houveram situações que poderiam ter sido melhor aproveitadas e desenvolvidas.  

4.       Os cenários e as aventuras deste mundo de fantasia

Divulgação: Disney+

Percy Jackson pertence a um universo cheio de possibilidades que continua a cativar a mente de espetadores de todas as idades, um pouco por todo o mundo.

Este mundo de fantasia é repleto de magia, emoção e aventuras e também contém imagens que deixam muitos sem palavras. Muito se deve ao trabalho excelente na construção dos cenários que podemos ver nesta série e que são divinais. É tão bem feito que até chega a um ponto que parece que fomos transportados diretamente para aquele ambiente mágico com as suas peculiaridades, onde participamos nas suas cenas e estamos ao lado das personagens. E criando assim, uma maior empatia com estas personagens e principalmente com este mundo de Percy Jackson que estava apenas inserido na nossa imaginação.  

A sensação de embarcar numa nova aventura e participar numa viagem heroica é sem dúvida, fascinante!

 5. Uma história que não termina apenas com uma primeira temporada

Divulgação: Disney+

Muitas vezes, existem séries que estreiam com argumentos convincentes e até interessantes. Mas, que infelizmente não ultrapassam da primeira temporada e fazendo com que a história em si, fique em aberto e sem final. Por isso, há quem opte por não começar a ver determinadas séries por esse mesmo motivo. É sem dúvida, frustrante quando começamos a acompanhar uma série com episódios cativantes que depois acaba por ser cancelada. E levando assim, a que fique tudo sem resolução e apenas sobrem meras teorias que não chegam a ser confirmadas ou desmentidas.

Uma coisa é certa! Já perdi a conta do número de séries em que isso já me aconteceu. Felizmente, Percy Jackson tem mais uma chance para continuar a contar as suas aventuras! Quem sabe, ainda possamos ver todos os livros a serem adaptados em futuras temporadas.   

 

Divulgação: Disney+

Assim, Percy Jackson é uma combinação de fantasia com aventura e ação que vai entreter imediatamente o público, onde conseguimos identificar-nos com aquilo que está a ser contado. Contudo, não é perfeita e tem as suas falhas. Infelizmente, tem problemas a nível de ritmo e tem falta de cenas de ação para aquilo que se esperava. As cenas de luta tinham potencial, mas algumas foram demasiado rápidas de se assistir e não foram bem aproveitadas. Houve momentos em que senti que a história estava a ser contada de um modo muito mais apressado do que era suposto. Se os episódios tivessem sido ligeiramente com uma duração mais longa, talvez pudesse ajudar. Espero que em episódios futuros, tudo isso possa ser aperfeiçoado e assim, melhorar significativamente a experiência de quem está a ver.  

Mesmo assim, na primeira temporada do Percy Jackson, este teve a capacidade de conquistar, tanto quem leu os livros como as pessoas que não leram, tornando-se assim, num sucesso autêntico da plataforma do Disney+! Esta é uma série divertida para todas as idades que não irão dar conta do tempo a passar e não irão querer perder!

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Filme "Podia Ter Esperado por Agosto" de César Mourão é uma boa surpresa para o cinema português

Podia Ter Esperado por Agosto é uma das últimas novidades para o cinema português que foi filmada na vila do Soajo, no norte do País. É uma comédia romântica escrita, realizada e protagonizada por César Mourão, sendo que ele se estreia na realização de uma longa metragem. Também é protagonizado pela Júlia Palha e Kevin Dias (ator luso francês que entra na série da Netflix, Emily in Paris).

O filme é produzido pela 313, a empresa co-fundada por César Mourão, juntamente com Diogo Brito. E também tem o apoio da SIC e da sua plataforma OPTO.

Esta narrativa desenrola-se numa aldeia remota do interior do país, onde um homem apaixonado e o seu melhor amigo engendram um plano, sem pés nem cabeça, para atrair de Lisboa a mulher amada. Contra todas as expetativas, o plano resulta e aí começam os verdadeiros problemas, originando uma comédia romântica rocambolesca onde dois mundos se chocam.

Este homem da aldeia tem o nome de Xavier (César Mourão) e é uma pessoa simples e ingénua que ocupa uma parte do seu tempo como sacristão. Contudo, ele está perdidamente apaixonado por Laura (Júlia Palha), uma jovem da cidade de Lisboa que costuma passar as suas férias de verão à casa isolada do seu avô.  

Numa tentativa de fazer os possíveis para que Laura regresse à aldeia, Xavier e o seu melhor amigo Julião (Kevin Dias), um sacristão e um autêntico artista de esquemas imprevisível que tem sempre um plano maluco para colocar em prática juntam-se para arranjar uma maneira dela voltar. Apesar do plano ultrapassar os limites, será que irá resultar ou será que tudo irá cair por água abaixo? Poderão Xavier e Laura ficar realmente juntos nesta comédia romântica?

Podia Ter Esperado por Agosto é um filme engraçado com o seu sentido de humor negro composto por uma história simples cheia de sensibilidade, tendo sido executada com inteligência e naturalidade, sem não esquecer o lado mais de improviso que funciona perfeitamente. Tem uma magia própria e é repleta de surpresas e reviravoltas, onde possui a capacidade de envolver o público e conseguimos identificar-nos automaticamente com as personagens. Além disso, mostra como é a vida solitária e diária de uma população numa aldeia portuguesa, enquanto transmite uma mensagem pertinente que nos faz refletir, que muitas vezes só valorizamos algo quando o perdemos e isso não é certo.

Um dos destaques principais deste filme é sem dúvida, as cenas partilhadas entre o Xavier e Julião. Eles são dois malucos bastante caricatos que têm uma enorme cumplicidade e que trazem uma alegria instantânea ao espetador. As cenas mais divertidas são protagonizadas por eles. E foi uma ótima surpresa ver o Kevin Dias num registo completamente diferente daquele que temos visto na série Emily in Paris.

Já César Mourão está de parabéns por esta comédia romântica. Ele é um artista versátil, onde neste caso temos a oportunidade de ver o seu trabalho como argumentista, realizador e ainda, como um dos protagonistas. Cada vez mais têm surgido obras portuguesas que têm arriscado e de uma certa forma, conseguem inovar à sua maneira, surpreendido assim, o público. E este filme não é exceção! Por isso, a pessoa acaba por ficar com mais interesse em acompanhar mais cinema português.       

Esta é uma produção divertida com a sua dose de loucura que tem uma boa qualidade e é feita com os pés na terra para toda a família! É apresentado um ambiente familiar na deliciosa aldeia do Soajo, na Peneda-Gerês que é caracterizada por casas típicas em granito e muito mais. Também podemos ver imagens de vistas lindíssimas deste local e arredores que deixam qualquer um fascinado com aquilo que o nosso País oferece, criando assim, uma maior vontade em visitar pelo seu próprio pé.  

Podia Ter Esperado por Agosto é uma aposta que traz boa disposição, faz bem à mente e é sem dúvida, uma animação garantida que irá cativar, sendo protagonizada por um elenco talentoso que vocês não irão querer perder!

A sessão de cinema em que fui assistir a este filme teve a presença de César Mourão, Júlia Palha e Kevin Dias. Eles tiveram a apresentar esta produção portuguesa e foi ótimo ter tido a possibilidade de conhecê-los pessoalmente!